domingo, 30 de junho de 2013

Sonho

Tive um sonho numa noite friorenta
Super lua desfilando pelo céu
Segurança de um abraço que me esquenta
Segredos de um leitor sob o meu véu.

Apesar de me sentir injustiçada
Colho os frutos de uma fonte inesgotável
Caminho ereta e não sou envergonhada
Aliando-me somente ao que é amável.

Mudo a cena e já não corro mais
Não há medo, luto, fome ou tristeza
Apesar da escuridão só reina a paz
E nada pode abalar minha certeza.

Me vejo agora por entre as páginas de um livro
Em seu apelo subliminar e subversivo
Sou aprovada em todo o seu crivo
Descubro, então, por que é que vivo.

Volto prá casa cheia de saudades
Posso guardar todo o meu tesouro
Ignorando nossas maldades
Somos família que vale ouro.


(Angela Natel – 25/06/2013)

sábado, 29 de junho de 2013

Para morte

Você faz parte da vida?
Então quero te celebrar.
És o descanso dos que sofrem
Uma ponte para o ressuscitar.

Antes te combatia
Depois busquei-te intensamente
E toda vez que alguém partia
Chorava amargamente.

Mas agora te compreendo
Aliada fiel, à minha espera
És a mão da justiça, porém vendo
Com sua espada, teimosa fera.

Avisa-me de tua chegada
E deixa-me escolher qual a dor
Dos queridos a saudade aliviada
Para eu sentir deste cálice todo o sabor.


(Angela Natel – 24/06/2013)

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Pedidos

Me diz como calo essa mulher
E lhe arranco a arrogância de viver
Me ajuda a peneirar o que ela quer
Sem que hajam feridas em meu ser.

Me guia nesta aula de matar
E caminha livremente pela rua
Faz-me livre do discurso a embromar
Esta vida que ainda não é sua.

Me tira esse desejo incontrolável
Que a atenção aqui está a despertar
Me acalma na leitura inflamável
Que inicia a iniciativa por mudar.

Dá-me o gosto na pesquisa conduzida
E sabedoria no falar e apresentar
Uma oportunidade te peço nesta vida
Um doutorado na área que me agradar.


(Angela Natel – 24/06/2013)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Sono

Sono
Sono
Sono
Vai
Volta
Retorna
Frio
Palma
Morte
Calma
Sono
Dor
Peso
Flor
Chato
Voz
Grito
Som
Hora
Passa
Mas
Não
Sono
Sono
Sono
Sono
Todos
Loucos
Mais
Um pouco.


(Angela Natel – 24/06/2013)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Ei, você


Ei, você que sabe o que quer
Venha e mostre o meu erro
Desentorte o meu caminho
Sem saber como me sinto.

Ei, você em seus sapatos
Atire em mim a sua pedra
Repita vez após vez a mesma falha
E me lembre de que não tenho valor.

Ei, você que é tão experiente
Mais velho, mais sábio e inteligente
Continue me humilhando
E me calando toda vez que me encontrar.

Ei, você que parou de falar comigo
Ou que nunca fez questão de falar
Ou até falou, mas foi para comparar
Afinal, quem sou eu para ser alguma coisa?

Ei, você que só me trata como mercadoria
Serviço prestado, dicionário ambulante
Só me procura quando precisa
De um dos meus serviços prestados.

Ei, você que me encontra e diz: que saudade!
Que bom te ver por aqui, quanto tempo!
Mas nunca moveu um passo em minha direção
Nem ligou, nem escreveu, nem procurou.

Ei, você, sim, você mesmo
Acorde prá sua vida,
você não faz parte da minha
então siga seu caminho para longe de mim.


(Angela Natel – 22/06/2013)

domingo, 23 de junho de 2013

Teologia


Deus é sempre o maior
Pois ainda que não exista
Será a maior ilusão.

Crer na existência de Deus
É sempre a melhor opção
Se existe sai-se no ganho
Se não nada se perde.

Para ser teologia
Parte-se de Deus
Objeto impossível de ser
Plenamente conhecido.

Teologia relacional
Feita pelo Grande Teólogo.
Deus que se diz ser EU SOU
Unipluralmente amando.

Teologia absoluta
Autoconhecimento de Deus.
Teologia relativa
Limites expostos ao léu.

Deus que se revelou
Infalível, insondável
Escolhe os pequeninos
Por isso é tão admirável.


(Angela Natel  - 04/06/2013)

sábado, 22 de junho de 2013

Pistis & Práxis



Tudo o que trato
À luz da fé
Vira teologia.

Se não o faço
Tropeço no pé
Em pleno dia.

Preparo o prato
Só para quem quer
Com alegria.

Descanso no fato
Que vou prá onde der
Com os livros que eu lia.

O bom é ser grato
Haja o que houver
Isso é sabedoria.


(Angela Natel – 04/06/2013)

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Bartimeu



Palavras que evocam uma imagem
De história e autoridade
Peso real, alta linhagem
Promessas prá posteridade.

O cego no chão ouviu um nome
E dentre muitos foi quem enxergou
Esperança real para o pobre
De Davi o Filho o cego chamou.

Apesar de ser cego, foi ele quem viu.
Além da aparência reconheceu o chamado
Finalmente seu nome ouviu
Nunca mais seria humilhado.

Jesus perguntou sua vontade
E ele pediu para ver
Porém já enxergava a verdade
Desde que começou a crer.


(Angela Natel – 04/06/2013)

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O teólogo


O bom teólogo
É a inteligência da Igreja
A Igreja que pensa
A parte para o todo.

Faz ciência como se degusta
Ouve, vê, toca, cheira,
O caminho para se chegar ao alvo
Sob o Ângulo de Deus: a fé.

Os teólogos pequenos
Estudam teologia.
Os grandes teólogos
Estudam Deus.

Teologia é relação de aliança
Com um Deus que é pessoal
O puríssimo Revelador
Pendurado em uma cruz.

Rara independência intelectual
Críticos do tempo e da cultura
Derrubo os deuses dentro de mim
Para poder crer quando menos enxergar.


(Angela Natel – 04/06/2013)

Hermes C. Fernandes: HORA DE DAR O TROCO!

Hermes C. Fernandes: HORA DE DAR O TROCO!: O prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, veio a público numa entrevista coletiva para dizer que os vinte centavos que descontaria do a...

terça-feira, 18 de junho de 2013

Testamento


Quero semear a bondade
Derramar um pouco de mim
Encarnar toda a mensagem
Mostrar prá que foi que eu vim.

Distribuindo presentes
Vou selando amizades
Aliados consistentes
Nas adversidades.

Quero deixar uma herança
Melhor do que bens ou dinheiro
Ter todos comigo na dança
A vida viver por inteiro.

Sendo exemplo eu sigo
Contagiando de amor
Ensino somente o que vivo
Modelo que aprende na dor.

Deixo em meu testamento
Livros, brinquedos e histórias
Fotos de grandes momentos
Pedaços de mim nas memórias.


(Angela Natel – 04/06/2013)

#ogiganteacordou

segunda-feira, 17 de junho de 2013

À mesa


À mesa estão os hipócritas
Traidores, delatores, hostis
À mesa estão os corruptos
E os mentirosos vis.

À mesa está a prostituta
O gay, a lésbica, o trans
À mesa está o de vida dúbia
E o de palavras vãs.

À mesa está o traficante
O pedófilo e o violento
À mesa está o estuprador
E também o avarento.

À mesa senta a consumista
O plagiador, o tatuado
À mesa está o etnocentrista
E o que rouba calado.

À mesa senta o homicida
O torturador e o que manipula
À mesa senta o infanticida
E o que falsamente jura.
Sim, estão todos à mesa
E muitos outros além destes
Jesus os recebe, com certeza
Dando a todos de suas vestes.


(Angela Natel – 04/06/2013)

sábado, 15 de junho de 2013

Batalhas


Nem as glórias do passado
Ou sofrimento que se seguiu
Podem abafar meu brado
Nesta geração vil.

Primeiro luto contra mim
Sendo meu próprio algoz
É uma luta sem fim
É uma tortura atroz.

Contra a injustiça levantada
Em defesa do oprimido
Voz profética encarnada
Por tudo o que tenho assistido.

Continuo em meu combate
Estudando e prosseguindo
Conhecimento que faz parte
Do crescimento genuíno.

Busco a sabedoria
Sofrer a Palavra que aprendi
Dor que traz alegria
Uma fé nova prá mim.


(Angela Natel – 04/06/2013)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Minha turma de bioética


Um padre querido
Um ‘do contra’ amigo
Discipulador divertido
Mentor de um bandido.
Professora integrante
E também falante
Filósofa especial
A sabe tudo e tal
A legal diferente
A ‘chiclete’ irreverente
E o professor.
Mas é claro que tem a bipolar
Reunindo todos eles
Na mente e no coração
Imersos em sua emoção.


(Angela Natel – 03/06/2013)

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Noite & Dia


Fora de sala
Esperta me vejo
Dentro de sala
De sono não aguento.

Quero ouvir
Meus olhos se fecham
Quero partir
Minhas forças anelam.

É muito difícil
Porque sou noturna
Mantenho meu vício
De ser taciturna.

Não me acorde
Sou outra pessoa
Caso eu não volte
Fica a leoa.

Deixem-me em paz
Quero dormir
Pois meninas más
Não deixam de rir.


(Angela Natel – 03/06/2013)

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Sentidos



Cores e formas profusas
Luzes que se refletem sem fim
Texturas que se combinam juntas
Tambor que batuca em mim.

Imagens que ganham vida
Vida movendo ao redor
Tocando a pele na lida
Sussurro de um mundo melhor.

Veja a beleza das cores
Sinta a brisa e o mar
Cabeça de espinhos em dores
O homem na cruz a gritar.

Mundo de cores e dores
Todo sentido que posso esperar
No ar, na pele, ouvido e tremores
O belo é experimentar.


(Angela Natel – 03/06/2013)

terça-feira, 11 de junho de 2013

Inimigo



O grande grito da vida
Que me faz encontrar-me
Inevitável destino
A enredar-me.

Gigante de quem me escondo
Mas que espera paciente
Não fugirei muito tempo
Em breve o verei bem consciente.

Algoz sem compaixão
Também mostra misericórdia
Ora tira, ora dá sem razão
Ora com, ora sem concórdia.

Quero fugir, me encho de medo
Incertezas, desconfiança
Tudo vem por desconhecimento
Nela acaba-se a esperança.

Livra-me, ó Deus, deste gladiador
Tu, que o venceste, podes livrar-me
O último inimigo a ser vencido
É a morte que insiste em rodear-me.


(Angela Natel – 03/06/2013)

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Faça!



Estenda suas mãos
Dê-me um sorriso
Me faça esquecer
De que é comigo.

Eu quero crer
E ser otimista
Fazer tudo a tempo
Não ser mera isca.

Então vem, meu amor
Matar minha sede
Vem ler o meu livro
Sondar minha mente.

Ouça meu grito
Sou puro suor
Sou laço enredado
Que sabe de cor.

Não julgo esse dia
Um caso perdido
Aprendo a viver
Por quem tenho crido.

Então, vem, doce amor
Deixe-me te amar
Completa o teu ciclo
Faz-me, logo, calar.


(Angela Natel – 03/06/2013)

Sonho

Tive um sonho numa noite friorenta
Super lua desfilando pelo céu
Segurança de um abraço que me esquenta
Segredos de um leitor sob o meu véu.

Apesar de me sentir injustiçada
Colho os frutos de uma fonte inesgotável
Caminho ereta e não sou envergonhada
Aliando-me somente ao que é amável.

Mudo a cena e já não corro mais
Não há medo, luto, fome ou tristeza
Apesar da escuridão só reina a paz
E nada pode abalar minha certeza.

Me vejo agora por entre as páginas de um livro
Em seu apelo subliminar e subversivo
Sou aprovada em todo o seu crivo
Descubro, então, por que é que vivo.

Volto prá casa cheia de saudades
Posso guardar todo o meu tesouro
Ignorando nossas maldades
Somos família que vale ouro.


(Angela Natel – 25/06/2013)

Para morte

Você faz parte da vida?
Então quero te celebrar.
És o descanso dos que sofrem
Uma ponte para o ressuscitar.

Antes te combatia
Depois busquei-te intensamente
E toda vez que alguém partia
Chorava amargamente.

Mas agora te compreendo
Aliada fiel, à minha espera
És a mão da justiça, porém vendo
Com sua espada, teimosa fera.

Avisa-me de tua chegada
E deixa-me escolher qual a dor
Dos queridos a saudade aliviada
Para eu sentir deste cálice todo o sabor.


(Angela Natel – 24/06/2013)

Pedidos

Me diz como calo essa mulher
E lhe arranco a arrogância de viver
Me ajuda a peneirar o que ela quer
Sem que hajam feridas em meu ser.

Me guia nesta aula de matar
E caminha livremente pela rua
Faz-me livre do discurso a embromar
Esta vida que ainda não é sua.

Me tira esse desejo incontrolável
Que a atenção aqui está a despertar
Me acalma na leitura inflamável
Que inicia a iniciativa por mudar.

Dá-me o gosto na pesquisa conduzida
E sabedoria no falar e apresentar
Uma oportunidade te peço nesta vida
Um doutorado na área que me agradar.


(Angela Natel – 24/06/2013)

Sono

Sono
Sono
Sono
Vai
Volta
Retorna
Frio
Palma
Morte
Calma
Sono
Dor
Peso
Flor
Chato
Voz
Grito
Som
Hora
Passa
Mas
Não
Sono
Sono
Sono
Sono
Todos
Loucos
Mais
Um pouco.


(Angela Natel – 24/06/2013)

Ei, você


Ei, você que sabe o que quer
Venha e mostre o meu erro
Desentorte o meu caminho
Sem saber como me sinto.

Ei, você em seus sapatos
Atire em mim a sua pedra
Repita vez após vez a mesma falha
E me lembre de que não tenho valor.

Ei, você que é tão experiente
Mais velho, mais sábio e inteligente
Continue me humilhando
E me calando toda vez que me encontrar.

Ei, você que parou de falar comigo
Ou que nunca fez questão de falar
Ou até falou, mas foi para comparar
Afinal, quem sou eu para ser alguma coisa?

Ei, você que só me trata como mercadoria
Serviço prestado, dicionário ambulante
Só me procura quando precisa
De um dos meus serviços prestados.

Ei, você que me encontra e diz: que saudade!
Que bom te ver por aqui, quanto tempo!
Mas nunca moveu um passo em minha direção
Nem ligou, nem escreveu, nem procurou.

Ei, você, sim, você mesmo
Acorde prá sua vida,
você não faz parte da minha
então siga seu caminho para longe de mim.


(Angela Natel – 22/06/2013)

Teologia


Deus é sempre o maior
Pois ainda que não exista
Será a maior ilusão.

Crer na existência de Deus
É sempre a melhor opção
Se existe sai-se no ganho
Se não nada se perde.

Para ser teologia
Parte-se de Deus
Objeto impossível de ser
Plenamente conhecido.

Teologia relacional
Feita pelo Grande Teólogo.
Deus que se diz ser EU SOU
Unipluralmente amando.

Teologia absoluta
Autoconhecimento de Deus.
Teologia relativa
Limites expostos ao léu.

Deus que se revelou
Infalível, insondável
Escolhe os pequeninos
Por isso é tão admirável.


(Angela Natel  - 04/06/2013)

Pistis & Práxis



Tudo o que trato
À luz da fé
Vira teologia.

Se não o faço
Tropeço no pé
Em pleno dia.

Preparo o prato
Só para quem quer
Com alegria.

Descanso no fato
Que vou prá onde der
Com os livros que eu lia.

O bom é ser grato
Haja o que houver
Isso é sabedoria.


(Angela Natel – 04/06/2013)

Bartimeu



Palavras que evocam uma imagem
De história e autoridade
Peso real, alta linhagem
Promessas prá posteridade.

O cego no chão ouviu um nome
E dentre muitos foi quem enxergou
Esperança real para o pobre
De Davi o Filho o cego chamou.

Apesar de ser cego, foi ele quem viu.
Além da aparência reconheceu o chamado
Finalmente seu nome ouviu
Nunca mais seria humilhado.

Jesus perguntou sua vontade
E ele pediu para ver
Porém já enxergava a verdade
Desde que começou a crer.


(Angela Natel – 04/06/2013)

O teólogo


O bom teólogo
É a inteligência da Igreja
A Igreja que pensa
A parte para o todo.

Faz ciência como se degusta
Ouve, vê, toca, cheira,
O caminho para se chegar ao alvo
Sob o Ângulo de Deus: a fé.

Os teólogos pequenos
Estudam teologia.
Os grandes teólogos
Estudam Deus.

Teologia é relação de aliança
Com um Deus que é pessoal
O puríssimo Revelador
Pendurado em uma cruz.

Rara independência intelectual
Críticos do tempo e da cultura
Derrubo os deuses dentro de mim
Para poder crer quando menos enxergar.


(Angela Natel – 04/06/2013)

Hermes C. Fernandes: HORA DE DAR O TROCO!

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Hermes C. Fernandes: Podemos viver sem os políticos?

Hermes C. Fernandes: Podemos viver sem os políticos?: PODEMOS VIVER SEM OS POLÍTICOS?  SIM! Sem os vereadores, deputados e senadores como as leis seriam feitas? Os vereadores, deputados e s...

Don't come to Brazil / Não venha para a copa

Testamento


Quero semear a bondade
Derramar um pouco de mim
Encarnar toda a mensagem
Mostrar prá que foi que eu vim.

Distribuindo presentes
Vou selando amizades
Aliados consistentes
Nas adversidades.

Quero deixar uma herança
Melhor do que bens ou dinheiro
Ter todos comigo na dança
A vida viver por inteiro.

Sendo exemplo eu sigo
Contagiando de amor
Ensino somente o que vivo
Modelo que aprende na dor.

Deixo em meu testamento
Livros, brinquedos e histórias
Fotos de grandes momentos
Pedaços de mim nas memórias.


(Angela Natel – 04/06/2013)

#ogiganteacordou

À mesa


À mesa estão os hipócritas
Traidores, delatores, hostis
À mesa estão os corruptos
E os mentirosos vis.

À mesa está a prostituta
O gay, a lésbica, o trans
À mesa está o de vida dúbia
E o de palavras vãs.

À mesa está o traficante
O pedófilo e o violento
À mesa está o estuprador
E também o avarento.

À mesa senta a consumista
O plagiador, o tatuado
À mesa está o etnocentrista
E o que rouba calado.

À mesa senta o homicida
O torturador e o que manipula
À mesa senta o infanticida
E o que falsamente jura.
Sim, estão todos à mesa
E muitos outros além destes
Jesus os recebe, com certeza
Dando a todos de suas vestes.


(Angela Natel – 04/06/2013)

Batalhas


Nem as glórias do passado
Ou sofrimento que se seguiu
Podem abafar meu brado
Nesta geração vil.

Primeiro luto contra mim
Sendo meu próprio algoz
É uma luta sem fim
É uma tortura atroz.

Contra a injustiça levantada
Em defesa do oprimido
Voz profética encarnada
Por tudo o que tenho assistido.

Continuo em meu combate
Estudando e prosseguindo
Conhecimento que faz parte
Do crescimento genuíno.

Busco a sabedoria
Sofrer a Palavra que aprendi
Dor que traz alegria
Uma fé nova prá mim.


(Angela Natel – 04/06/2013)

Minha turma de bioética


Um padre querido
Um ‘do contra’ amigo
Discipulador divertido
Mentor de um bandido.
Professora integrante
E também falante
Filósofa especial
A sabe tudo e tal
A legal diferente
A ‘chiclete’ irreverente
E o professor.
Mas é claro que tem a bipolar
Reunindo todos eles
Na mente e no coração
Imersos em sua emoção.


(Angela Natel – 03/06/2013)

Noite & Dia


Fora de sala
Esperta me vejo
Dentro de sala
De sono não aguento.

Quero ouvir
Meus olhos se fecham
Quero partir
Minhas forças anelam.

É muito difícil
Porque sou noturna
Mantenho meu vício
De ser taciturna.

Não me acorde
Sou outra pessoa
Caso eu não volte
Fica a leoa.

Deixem-me em paz
Quero dormir
Pois meninas más
Não deixam de rir.


(Angela Natel – 03/06/2013)

Sentidos



Cores e formas profusas
Luzes que se refletem sem fim
Texturas que se combinam juntas
Tambor que batuca em mim.

Imagens que ganham vida
Vida movendo ao redor
Tocando a pele na lida
Sussurro de um mundo melhor.

Veja a beleza das cores
Sinta a brisa e o mar
Cabeça de espinhos em dores
O homem na cruz a gritar.

Mundo de cores e dores
Todo sentido que posso esperar
No ar, na pele, ouvido e tremores
O belo é experimentar.


(Angela Natel – 03/06/2013)

Inimigo



O grande grito da vida
Que me faz encontrar-me
Inevitável destino
A enredar-me.

Gigante de quem me escondo
Mas que espera paciente
Não fugirei muito tempo
Em breve o verei bem consciente.

Algoz sem compaixão
Também mostra misericórdia
Ora tira, ora dá sem razão
Ora com, ora sem concórdia.

Quero fugir, me encho de medo
Incertezas, desconfiança
Tudo vem por desconhecimento
Nela acaba-se a esperança.

Livra-me, ó Deus, deste gladiador
Tu, que o venceste, podes livrar-me
O último inimigo a ser vencido
É a morte que insiste em rodear-me.


(Angela Natel – 03/06/2013)

Faça!



Estenda suas mãos
Dê-me um sorriso
Me faça esquecer
De que é comigo.

Eu quero crer
E ser otimista
Fazer tudo a tempo
Não ser mera isca.

Então vem, meu amor
Matar minha sede
Vem ler o meu livro
Sondar minha mente.

Ouça meu grito
Sou puro suor
Sou laço enredado
Que sabe de cor.

Não julgo esse dia
Um caso perdido
Aprendo a viver
Por quem tenho crido.

Então, vem, doce amor
Deixe-me te amar
Completa o teu ciclo
Faz-me, logo, calar.


(Angela Natel – 03/06/2013)