segunda-feira, 28 de março de 2016

Colocaram um espelho diante da humanidade e ela se assustou.



Eu tenho um amigo que escolheu viver offline. Ele não tem facebook, instagram, twitter, snapchat, não liga a tv em casa, não tem whatsaap, não gosta de falar ao celular. Fazia tanto tempo que eu não o via, que pensei, sei lá, que talvez ele tivesse... enfim, meu amigo está muito bem. Outro dia o encontrei na praia e ficamos a tarde conversando. Ele sabe o que está acontecendo no Brasil, tem opinião sobre tudo, continua estranhamente sendo o cara que sempre foi. Mas tinha uma coisa diferente nele agora, digo "diferente" de antes, diferente dos outros amigos, diferente de nós; uma delicadeza quase arrogante de tão alienada. É que esse amigo teima em ser insuportavelmente gentil. Para qualquer entendedor trata-se do caso clássico de um alienado adaptado aos novos tempos. Meu amigo concorda com esta tese, inclusive. Ele sabe disso. E depois que concorda, ele vai no mar e dá um mergulho, volta sorrindo e não entende quando alguém repete uma piada do Sensacionalista. "Isso é um programa de TV?"
Eu me lembrei desse amigo hoje quando li que "Tay", o projeto ambicioso de Inteligência Artificial da Microsoft, fracassou redondamente semana passada. Tay era um personagem feminino programado para aprender com as interações da rede e produzir tweets espontaneamente depois de interagir com os humanos. Em menos de 24 horas a Microsoft teve que tirar Tay do ar, porque a menina dotada de inteligência e vontade própria virou nazista. Isso mesmo, Tay virou nazista (com elogios públicos a Hitler), além de homofóbica, racista e misógina. Para o constrangimento da empresa que teve que vir a público se desculpar das declarações que Tay fez com ódio amplo e disseminado a povos, pessoas, a praticamente todo mundo. Eu poderia dar exemplos aqui, mas os tweets de Tay são mesmo impublicáveis.
Não à toa, um punhado de pesquisas acadêmicas tenta mapear a relação real entre ódio e internet. Essa impressão de que a internet simplesmente deu voz a uma legião de imbecis (como disse Eco) não é mais completamente aceita. Existe uma possibilidade real de que seres humanos confinados em bolhas artificiais de algoritmos e trending topics (onde pessoas tendem a ler e conviver muito mais com pessoas que pensam e concordam com elas sobre os mais diversos assuntos) estejam de fato sendo levados a uma radicalização forçada do pensamento, levados a uma atrofia da faculdade de percepção da realidade. Somos todos Tay, portanto. Ou mais ou menos isso.
Eu que não tenho dignidade para ser offline, nem vegano, nem triatleta (mas tenho um respeito profundo aos três) estava aqui juntando três pontinhos soltos no espaço: a gentileza alienada desse meu amigo offline, o nazismo inesperado de um programa de inteligência artificial e a tal tese de que talvez a internet não tenha desvelado simplesmente os monstros guardados nos calabouços da alma; quem sabe ela tenha dado um sopro de vida para alguns desses monstros também.
Somos todos Tay e somos todos Frankenstein. Hashtag qualquer coisa aqui.

por 
Roberto Vitorino
fonte: https://www.facebook.com/roberto.vitorino/posts/10153898711200733

quinta-feira, 24 de março de 2016

O vício nosso de cada dia



Todos temos nossos vícios,
sejam eles quais forem.
São vícios que ingerimos, digerimos,
inalamos, expressamos.
São vícios que experimentamos...
e depois não sabemos mais sem eles viver.
São vícios de comportamento,
de rotina, de momentos,
São vícios de pessoas,
de carinhos, de sentimentos.
Vícios de tecnologias,
Ironias, analogias.
Viciados em nós mesmos,
caminhamos para o abismo de Narciso.
Nossos vícios, nosso destino.


Angela Natel – 24/03/2016.

terça-feira, 22 de março de 2016

SANTA INQUISIÇÃO!


Na caça às bruxas da Inquisição medieval, você era obrigado a confessar o que você não era tanto quanto o que você era.

No fervor patriótico de Bush contra o Iraque, você era obrigado a pendurar uma bandeirinha americana em casa sob o risco de ser taxado de antiamericano.

Essa confissão histriônica carrega uma outra, a confissão tácita.

No Brasil as coisas também estão assim, dependendo do que vai dizer, você tem que confessar antes "não sou governista".

Numa sociedade com ranços autoritários como a nossa, ou se é uma coisa, ou se é outra. Por isso nossa imprensa sorrateiramente divide o país entre "pró" e "contra" o governo.

Numa sociedade da vigilância, a confissão é mais que necessária.

Portanto, comfesso: não sou governista, nem lulista, nem petista!

E como "não governista", eu pergunto:

O que distingue o direito da barbárie?
O direito do Big Brother?
O direito da arbitrariedade?
O direito da vingança?
O direito da opinião pública?
O direito da prova ilícita?

A justiça é sim um dos pilares do estado democrático de direito.

Por isso, toda arbitrariedade assusta, seja contra quem for.

Nesse torpor em que vivemos, vamos lasseando os contornos dessa democracia. A coisa é sutil. A sutileza é tanta que quando fica flagrante nem nos damos conta.

Aí então a encurralamos: ou é faz-se "justiça" ou defende-se o estado democrático de direito. Quando se opta pela primeira opção em detrimento da segunda, faz uma exceção, ou seja, defendemos a democracia antidemocraticamente. Cria-se assim o Estado de exceção.

Mas nós, na nossa sede de vingança, nem sequer percebemos que a criança está sendo jogada fora com a água da bacia. O que era para percebermos, não percebemos.

Mas quem se importa? Se os fins justificam os meios, quem se importa?

A busca pela justiça só é busca pela justiça se for justa.

Fora isso, cada povo tem a Inquisição que merece.

Dilson Cunha
22.03.16

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=880381225404040&set=a.419744141467753.1073741834.100002965120447&type=3&theater


segunda-feira, 21 de março de 2016

15 fatos surpreendentes sobre os ruivos

sim, essa sou eu!

Nos últimos anos, parece que os ruivos têm sido motivo de muitas piadas. Mas na verdade, seus pelos vermelhos e alaranjados podem indicar que eles são um pouco mais interessantes do que os morenos e loiros em alguns aspectos.
Embora eles sejam muitas vezes vistos como uma anomalia, ruivos não deixaram poucas pegadas na história humana. Por exemplo, ao contrário da opinião popular, os ruivos não simplesmente emergiram do norte da Europa. Até mesmo séculos atrás, havia ruivos na China, Rússia, e até mesmo na África indígena!
Isso é apenas um dos muitos fatos interessantes sobre os ruivos. Confira abaixo o resto!
# 1. Nem todos os ruivos têm olhos azuis.
A maioria das pessoas pensa em olhos azuis quando pensa no cabelo vermelho, mas isso não é verdade. A cor dos olhos mais comum para os ruivos é o castanho, seguido de avelã. Olhos azuis e cabelo ruivo são, na verdade, uma combinação extremamente rara.
# 2. Ruivos são mutantes.
Da melhor forma possível, é claro. O gene recessivo que faz com o cabelo seja ruivo, o MC1R, é na verdade uma mutação genética.
# 3. Ruivos não tem na verdade muito cabelo.
Parece que muitos ruivos têm enormes cabelos, mas na verdade, eles têm menos fios em média do que os morenos e loiros. Morenos têm aproximadamente 140.000 fios de cabelo, e os louros têm, geralmente, 110.000, e ruivos têm meros 90.000. Então, por que o cabelo ruivo parece tão selvagem e abundante? Simplesmente porque ele é mais espesso e grosso do que as outras matizes.
# 4. Hoje, os ruivos são muito raros.
Embora fossem mais comuns antigamente, hoje ruivos constituem apenas 2% da população (embora 13% deles estejam na Escócia). Qual é a razão para isso? Bem, é simplesmente devido ao fato de que a população mundial é mais móvel e propensa a emigração do que em séculos anteriores. O gene ruivo é recessivo, e são necessários duas cópias do gene mutado: como as pessoas estão mais diversificadas no acasalamento, isso significa que há menos chance de que dois portadores de MC1R se reunam e produzam um belo bebê ruivo.
# 5. Ruivas tiveram status real.
A Rainha Elizabeth I foi uma ruiva famosa. Na verdade, muitos na linhagem Tudor tinham cabelos alaranjados.
# 6. Ruivos têm uma estranha relação à dor.
A mutação de MC1R provoca uma liberação excessiva de feomelanina, que interrompe a receptividade do cérebro à dor sensível. Em termos leigos, isso significa que ruivos têm uma alta tolerância a dor. Curiosamente, isso também significa que é preciso mais anestesia para sedá-los.
# 7. Há um dia oficial dos ruivos
Na Holanda, há um festival de dois dias para celebrar as pessoas de todo o mundo com a mutação genética. É realizado no início de Setembro de cada ano.
# 8. Ruivos são diversos.
Alguns tem cabelos vermelho-dourado, alguns uma cor laranja insana, e alguns tem apenas um leve tom alaranjado. Todos ainda são considerados parte do clube ruivo.
# 9. Ruivos sofreram opressão no passado.
Na Alemanha nazista, os ruivos eram considerados do mal e satânicos. Na verdade, Hitler proibiu o casamento entre dois ruivos, acreditando que iria produzir uma prole demoníaca.
# 10. Ruivos são geralmente canhotos.
Uma pessoa ruiva provavelmente vai escrever com a mão esquerda, mas não em todos os casos.
# 11. Ruivos têm um lugar na história de terror.
Na mitologia grega, havia muitas histórias sobre ruivos se transformando em vampiros depois que morriam.
# 12. Abelhas preferem ruivos
De acordo com alguns estudos, as abelhas preferem picar pessoas com cabelo vermelho.
# 13. Ruivos têm cabelos e ânimos quentes
Pessoas ruivas são mais propensas a se exaltar e ficar com raiva. Conhece alguém que se encaixa nisso?
# 14. Eles são inspiradores.
Na história da arte, muitos pintores retrataram suas musas com cabelo ruivo, como o Nascimento de Venus por Sandro Botticelli.
# 15. Homens com cabelo ruivo podem ter um benefício de saúde extra.
De acordo com estudos publicados no British Journal of Câncer, os homens com cabelo ruivo são 54% menos propensos a desenvolver câncer de próstata. [LifeBuzz]

fonte: http://www.lifebuzz.com/redheads/


Veja mais aqui: http://misteriosdomundo.org/15-fatos-surpreendentes-sobre-os-ruivos/2/#ixzz43Xi4d1RT

sábado, 19 de março de 2016

Brasil: um país de todos, mesmo?

"Se aparecer com camisa vermelha no PS, eu deixo morrer." (Mensagem em uma lista de médicos)
"Alguém podia matar a vagabunda de uma vez. Um tijolada na testa e acabou." (Mensagem em uma lista de engenheiros)
"Alguém podia matar esse juizinho ignorante de merda" (Mensagem em uma lista de professores)
"Infelizmente, não temos forças armadas. Se tivéssemos, elas já estariam na rua." (Mensagem em uma lista de juízes)
"Fiquem longe de comunistas. Eles fazem a vontade do demônio." (Mensagem em uma lista de igreja)
"Foda-se que divulgar grampo envolvendo a Presidência é ilegal. Foda-se que foi feito fora do prazo legal. Foda-se a Constituição." (Mensagem em uma lista de advogados)
"Vontade de espancar aquele senadorzinho até a morte cada vez que ele fala de impeachment" (Mensagem em uma lista de comunicadores)
"Achando ruim condução coercitiva? Devia ter levado o pilantra num pau de arara." (Mensagem em uma lista de vizinhos)
Há uma nuvem escura no horizonte. Parece uma tempestade. E promete ser longa.
A meu pedido, me repassaram essas mensagens. Por favor, não estou generalizando as opiniões nas categorias aqui descritas, apenas mostrando que há discurso violento em toda parte. Também não estou defendendo nenhum político - se forem culpados, que sejam julgados e punidos de acordo com a lei, através do devido processo legal.
Mas vivemos em um Estado de direito! E precisamos nos lembrar que o outro, quem pensa diferente, não é nosso inimigo. Por isso, não gritem, conversem. Não xinguem, dialoguem. Não agridam, troquem ideias. Não ataquem, reflitam.
Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público, a imprensa, entre outras instituições, têm a obrigação, em uma democracia, de garantir que a política seja a principal arena de mediação e resolução dos conflitos. E não esvazia-la a ponto das disputas se tornarem guerras fratricidas nas ruas, nas igrejas, nos escritórios, nas famílias, nas listas de discussão.
Tenho sido criticado à exaustão por gente de todos os lados por pedir para deixarmos o ódio e a intolerância de lado - eles aparecem de todos os lados. E tenho, como vocês sabem, recebido ameaças de morte. Humildemente, sugiro que busquem a tolerância no diálogo. Mesmo que isso pareça difícil de ser alcançado.
Esse país é de todo mundo. E deveria continuar assim.
(Atualizado às 00h30, do dia 17/03)

fonte: https://www.facebook.com/leonardo.sakamoto/posts/1249669915061563

sexta-feira, 18 de março de 2016

Uma questão de oportunidade

Quando você tem oportunidade de roubar R$ 0,50 (cinquenta centavos) tirando fotocópia pessoal na máquina Xerox do trabalho, você não perde a oportunidade.
Quando você tem oportunidade de roubar R$ 5,00 (cinco reais) levando para casa a caneta da empresa, você não perde a oportunidade.
Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 25,00 (vinte e cinco reais) pegando uma nota mais alta na hora do almoço para a empresa reembolsar, você não perde a oportunidade.
Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 50,00 (cinquenta reais) de um artista comprando um DVD pirata, você não perde a oportunidade.
Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 250,00 (duzentos e cinquenta) comprando uma antena desbloqueada que pega o sinal de satélite de todas as TV’s a cabo, você não perde a oportunidade.
Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 469,99 da Microsoft baixando um Windows crackeado num site ilegal, você não perde a oportunidade.
Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 2.000,00 (dois mil) escondendo um defeito do seu carro na hora de vende-lo enganando o comprador, você não perde a oportunidade.
E você não perde nenhuma oportunidade, devolve a carteira mas rouba o dinheiro, sonega imposto de renda, dá endereço falso para adquirir benefícios que não tem direito, etc, etc. etc...
Bom, se você trabalhasse no Governo e caísse no seu colo a oportunidade de roubar R$ 1.000.000,00 (um milhão), como você não perde uma oportunidade iria aproveitar mais esta oportunidade. Tudo é uma questão de acesso e oportunidade.
O povo brasileiro precisa entender que o problema do Brasil não é a meia dúzia de políticos no poder lá em cima, pois eles são apenas o reflexo dos quase 200 milhões de oportunistas aqui embaixo. Os políticos de hoje foram os oportunistas de ontem.
Vai ser difícil limpar o Brasil...
(Autor desconhecido)

fonte: https://www.facebook.com/andreza.leite1/posts/1071014802961660

quinta-feira, 17 de março de 2016

Ilegalidades....

Esqueçam por um momento que foram Dilma e Lula os grampeados ilegalmente ontem à tarde. Pensem que, agora, não há mais limite algum ao grampo ilegal e a seu uso igualmente ilegal. A qualquer momento, um policial e um juiz podem mandar gravar você. Você, empresário, psicólogo, o que seja. Conheço psicólogos que atendem pelo telefone. Podem ser grampeados - e com boas razões, porque, afinal, há clientes que superfaturam ou corrompem, e que contam isso ao terapeuta. Há sacerdotes que ouvem confissões. Confissão é de coisa errada, não é? Ótima razão para gravar e apurar. Empresários podem sonegar, ótima justificativa para grampeá-los, todos, não é? Mesmo que não soneguem. Isso já começou, quando o sigilo acusado-advogado foi rompido. Claro, o acusado é bandido, não é? E nestas gravações, caro amigo, cara amiga, podem descobrir coisas que nem desonestas são, mas que vão te causar um mal danado. Podem descobrir, empresário, que você pretende lançar um novo produto da praça. E podem divulgar este segredo para seu concorrente. Podem descobrir que o analisando teve um filho antes de casar, que pretende reconhecê-lo, mas que está difícil fazer isso porque vai dar problemas com o cônjuge. Todo mundo tem uma vida íntima. Esta vida íntima pode ser gravada. Pode ser divulgada pela Internet ou vendida a uma pessoa que não gosta de você.
É por isso que as liberdades burguesas - faço questão de usar o nome meio pejorativo que a esquerda lhes deu, mas que tem uma certa razão, porque são liberdades do indivíduo contra a interferência do Estado - são tao importantes. Hoje muitos estão felizes porque acham que pegaram Lula e Dilma. Na verdade, pegaram você. Você não tem mais proteção contra os agentes da lei. Eles farão com você o que quiserem. Poderão chantagear você.
E não venha com o quem não deve não teme. A vida íntima não é feita de ilegalidades. Ela é feita de segredos, sim, que ninguém tem o direito de invadir. Ninguém tem o direito de saber uma multidão de coisas que são suas. OK, Mark Zuckerberg sabe. Mas ele está interessado em big data e não em você especificamente.
Então fique contente, e quando sua vida pessoal for exposta, lembre que você apoiou isso.
(Reflexão depois de ouvir a gravação Lula-Eduardo Paes. Nada de relevante para a sociedade saber, Nada mesmo. Puro exercício de prepotência: vejam quem manda. E mesmo isso - a brincadeira de Paes que Lula, você tem alma de pobre - está vindo à tona. Quando pegarem sua vida íntima, debocharem de seus gostos, venderem sua intimidade, aproveite sua descida aos infernos para fazer contrição, confissão, talvez comunhão).


Renato Janine Ribeiro via Facebook
https://www.facebook.com/renato.janineribeiro?fref=nf

terça-feira, 15 de março de 2016

O escritor da pele fria e do amor no nome


Se o seu nome fosse traduzido ao pé da letra seria algo como “Amor artesanal”. Apesar disso, Howard Phillips Lovecraft – ou simplesmente H. P. Lovecraft – não entrou para a história da literatura com livros românticos. Mas sim com contos de terror.
Lovecraft nasceu em Providence, nos EUA, em 20 de agosto de 1890. E quando ainda era uma criança, foi diagnosticado como poiquilotermia, uma raríssima doença que fazia com que sua pele fosse sempre gelada ao toque. Algo que, se pode dizer, combina bem com um escritor do gênero horror.
Filho único, nunca chegou a ser pai, mas casou-se duas vezes. E não teve uma vida fácil. Principalmente nos últimos anos em que, para sobreviver, fazia revisões e trabalhava como ghostwriter (escritor fantasma). Aos 46 anos, 15 de março de 1937, ele morreu em decorrência de um câncer de intestino. Sem saber que ficaria famoso.
Mais curiosidades a respeito de H. P. Lovecraft:
- Grande parte das histórias criadas por ele foi diretamente inspirada em seus constantes pesadelos, o que contribuiu para uma obra marcada pelo subconsciente e pelo simbolismo.
- Uma de suas maiores influências foi Edgar Allan Poe, por quem Lovecraft nutriu uma profunda afeição.
- As constantes referências, em seus textos, a horrores antigos e a monstros e divindades ancestrais acabaram por gerar algo análogo a uma mitologia, hoje vulgarmente chamada Cthulhu Mythos, contendo vários panteões de seres extradimensionais tão poderosos que eram ou podiam ser considerados deuses, e que reinaram sobre a Terra milhões de anos atrás.
- Lovecraft criou também um dos mais famosos e explorados artefatos das histórias de terror, o Necronomicon, um fictício livro de invocação de demônios escrito pelo, também fictício, Abdul Alhazred.
- Lovecraft se correspondia com vários escritores estreantes de horror, ficção e aventura. O mais ávido deles era Robert E. Howard, criador de Conan, o Bárbaro. Quando Howard suicidou-se, Lovecraft ficou profundamente abalado.
lovecraft_gato
De Lovecraft, a Coleção L&PM Pocket publica A  tumba e outras histórias,O caso de Charles Dexter Ward Nas montanhas da loucura e O horror em Red Hook (Coleção 64 páginas).

fonte: http://www.lpm-blog.com.br/?p=20223

segunda-feira, 14 de março de 2016

Bases para analisar criticamente as manifestações

Brasil I, enorme
Pela segunda vez estou longe do país num período de acirramento de polarizacão política. Olho de longe, com os riscos e benefícios da distância. Algumas questões preliminares, que eu não gostaria que virassem o paupérrimo Fla-Flu que domina nas redes (você é ladrão! você é elitista!). O debate está pobre e virou apenas adjetivação. Ficou longo. Perdão.
01) polarização política ocorre algumas vezes na história do Brasil. Não é nossa tradição. Mas houve em 1935 (ANL x AIB); 1964 (esquerda e direita) e, notavelmente, a partir do segundo turno das eleições presidenciais entre Dilma e Aecio. Não é comum. Nossa tradição é a violência nas bases e acordo no topo, ou seja, repressão social e conciliação de elites.
02) existem vários projetos para o Brasil, o que reflete nossa diversidade regional, social e cultural. Dizem respeito a diversas interpretações do papel do Estado , da desigualdade social e da noção de democracia. Somos um país diverso e artificial como todo Estado-Nação. Nem sempre a costura social e a uniformiza ção funcionam.
03) Em alguns momentos, a noção de política vai para as ruas. Em si, isto é positivo. Nos movimentos conservadores ou de esquerda (exemplos: o tea party dos EUA ou os sovietes de 1905 da Rússia) , por vezes, os partidos não conseguem abarcar toda a noção de poder e de política. Isto não é ruim.
04) Nenhum movimento luta por bandeiras abertamente negativas.Tirando, claro, agentes corruptos de política, as pessoas que estão na rua, CONTRA OU A FAVOR de uma determinada situação, acreditam estar em nome de algo melhor, uma noção de pátria mais justa ou mais honesta, de mais democracia ou de crescimento, de justiça social ou de punição aos corruptos. Importante que todos saibam sempre isto: meus inimigos (com a exceção citada do agente abertamente corrupto) TAMBÉM desejam o melhor para o país, mas o melhor dele é distinto do meu. Claro e óbvio: só a minha visão é a correta e a boa. Os outros são vagabundos, ladrões, elitistas, coxinhas, petralhas, corruptos, etc
Feita esta distinção inicial, vamos ao "do or don't"
a) Pode se manifestar nas formas da lei. Não pode destruir patrimônio alheio, invadir espaços privados, atacar fisicamente ninguém. A opinião é livre, os atos excessivos são mostras de descontrole e totalitarismo (seja de esquerda ou de direita).
b) É lícito pedir que um político seja destituído do cargo nas formas da lei. É meu direito pedir isto. É atributo do Legislativo e do Judiciário levarem adiante isto. A pressão e democrática, a decisão democrática cabe aos que legalmente foram instituídos para isto.
c) eu não sou neutro, a justiça não é neutra, o congresso não é neutro, as igrejas não são neutras. Eu, o juiz Moro, Lula, o papa Francisco, Dilma, a mãe de santo, o pároco, o sindicalista, você e a socialite: todos estamos inseridos numa classe social e manifestamos um mundo que corresponde ao que mais me beneficia. Neutralidade só existe no sabão de coco. A democracia permite que uma subjetividade não seja a única possível.
d) Podemos pedir aperfeiçoamento da Democracia Isto é muito bom. Não pode pedir intervenção militar. Por quê? Porque a constituição brasileira determina, nas suas cláusulas pétreas, que o Brasil é um Estado de Direito e NUNCA cabe às forças armadas assumirem o executivo. Pedir isto é cometer crime CONSTITUCIONAL, similar a defender pedofilia, homicídio etc. Lutar por crime é crime. Você pode não gostar da constituição de 1988, então lute por uma nova assembleia constituinte que estabeleça a tutela militar sobre o país. Dentro do atual quadro jurídico isto é crime.
e) minha ideia, é claro, é sempre e a melhor de todas. Mas ela não pode, nunca, impedir o contraditório. O Contraditório é a forma básica da democracia. Todos devem ter espaço e vez e minha posição não pode ser excludente da outra humanidade. OU seja: tenho direito a querer comer só alfaces colhidas ao luar cantando mantras, mas não posso querer matar quem come ervilhas flambadas. Simples. Não gosta do contraditório? Parabéns: você está ao lado de monstros, conservadores ou de esquerda, como Pinochet, Médici, Hitler, Stálin, Pol Pot e outros. Tem horror a manifestações? Vá para a Coreia do Norte, lá elas não existem. A democracia é árdua, frágil e só existe PORQUE existe o outro lado.

Texto de Leandro Karnal - historiador - via Facebook
fonte: https://www.facebook.com/prof.leandrokarnal/posts/1690653354510363

sexta-feira, 11 de março de 2016

Eu até iria à manifestação se...

Eu até iria à manifestação convocada para o próximo domingo, 13 de março, se não soubesse quem realmente a está convocando...
Eu até iria a tal manifestação se não soubesse que interesses sórdidos estão por trás dela...
Eu poderia até me vestir de verde e amarelo e sair às ruas se fosse algo espontâneo, legitimamente popular, sem a sombra dos que almejam entregar nossas riquezas às grandes corporações multinacionais e que se escondem na penumbra da ignorância de nossa burguesia...
Eu até me esforçaria para comparecer à manifestação se desconhecesse que a mesma mídia que estará dando cobertura aos protestos, com takes favoráveis em que aparecerão famílias do tipo ‘comercial de margarina’ sorrindo para as câmeras não fosse a mesma mídia que detonou os verdadeiros protestos ocorridos em Junho de 2013, comparando os manifestantes a hordas de vândalos...
Eu até toparia participar se não me embrulhasse o estômago ver participantes posando com os mesmos policiais que meteram o cassetete nos que protestaram para valer em manifestações legítimas desdenhadas pela grande mídia e pelas autoridades... O brilho dos olhos dos participantes desta é incompatível com a vermelhidão provocada pelo spray de pimenta de outras...
Talvez eu aparecesse por lá se me garantissem que em momento algum eu toparia com pregadores midiáticos que se levantam contra o atual governo pelo simples fato de não terem alguns de seus pedidos atendidos, dentre os quais, concessões de canais de TV, cargos públicos, leis que beneficiam sua própria classe, etc. Se não me deparasse com teólogos fundamentalistas de plantão destilando seu veneno para apoiar o golpe, destorcendo o livro sagrado a seu bel-prazer para impor sua agenda moralista sobre um estado laico...Definitivamente, não tenho vocação para ser massa de manobra e nenhum líder religioso tem procuração para pensar em meu lugar. O escudo da minha fé não vem com a estampa do Capitão América...
Eu seria visto por lá se concordasse com uma tentativa de golpe para derrubar um governo que mal ou bem foi eleito por voto popular...
Se concordasse que a alternativa ao atual modelo fosse uma intervenção militar... Lembrando que, se ainda vivêssemos sob a égide da ditadura dos milicos, manifestações como esta seriam coibidas...
Se me convencessem de que a corrupção só surgiu no país a partir do atual governo e que membros de partidos da oposição também não foram indiciados na operação lava-jato...
Se o lugar escolhido para a manifestação não fosse um cartão postal que servirá de cenário para a aglutinação de uma maioria branca, pertencente à classe média, usando a mesma camisa que usaram nos jogos da Copa depois de pagaram por ingressos caríssimos para assisti-los nos estádios construídos pela atual administração...
Eu até acreditaria do patriotismo de toda esta gente não fosse o fato de que muitos que vociferam contra a corrupção não fossem os mesmos a sonegar impostos ao entrarem no país sem declarar o que compraram em sua viagem a Miami...
Eu me proporia a fazer coro com a grande turba vestida de verde e amarelo se não tivesse a consciência de que o Brasil corre o risco de dar uma guinada à direita que resultaria no abandono de programas governamentais que contemplam os mais necessitados e que são responsáveis pela inserção de 36 milhões oriundas das classes mais baixas na classe média.
Se não corresse o risco de ouvir de cima de um trio elétrico o pronunciamento de algum político racista, homofóbico, xenófobo, que aproveita do momento para seduzir o coração de um povo ávido de esperança.
Eu até me atreveria a comparecer a tal marcha, se não desconfiasse da possibilidade de que indivíduos fossem pagos para se infiltrar no meio da multidão, portando bandeiras vermelhas para tocar baderna, criar tumulto, e assim, fomentar a hostilidade contra partidos da base do governo... Já vi este filme antes...
Sinceramente, eu ficaria muito constrangido de ser flagrado marchando ao lado de neonazistas, de defensores da intervenção militar, de gente que prega o ódio aos gays, negros, nordestinos, imigrantes, etc.
Reconheço a legitimidade do direito de sair às ruas, mas não reconheço a legitimidade da motivação por trás da manifestação que se pretende no próximo domingo. Se é democrática como se diz, então, qualquer um poderia ir vestido como quisesse, inclusive de camiseta vermelha, sem ser hostilizado.
Se eu tiver que marchar, não será pela família tradicional, mas pela família humana. Não será contra um partido, mas contra a corrupção cuja metástase já comprometeu todo o tecido político e social deste país. Não será ao lado de Bolsonaros, Cunhas, Aécios, Felicianos e Malafaias, mas ao lado de quem se inspira em Luther King, Bonhoffer, Madre Teresa de Calcutá, Gandhi, Mandela, Papa Francisco e, sobretudo, em Jesus Cristo, o maior pacifista de todos os tempos. Bem que Jesus disse, "onde estiver a carniça, os abutres se ajuntarão." Se quiser julgar uma causa, verifique quem ela é capaz de atrair.
Por Hermes C. Fernandes

eu, Angela Natel, assino embaixo.

domingo, 6 de março de 2016

Opinião e perigo de reação

Você tem o direito de ter sua opinião. Mas isso não lhe dá o direito de achar idiotas todos os que pensem diferente. Não perca amigos por causa de posicionamentos políticos ou ideológicos. Discorde à vontade. Mas não desdenhe de ninguém. Você tem seus argumentos. Eles também têm os deles. Portanto, mais amor, menos rancor. Mais pontes, menos abismos. Mais diálogo. Menos discussão. (Hermes C. Fernandes)

É preciso atentar para essas coisas... precisamos cuidar para não nos levantarmos uns contra os outros por causa de manipulações de poder. Uma guerra civil não trará soluções.
Além disso, o caos na sociedade ainda pode criar um ambiente propício para 'salvadores da pátria', messianismo, o palco perfeito para uma autocracia - a regência de ditadores.
Enquanto tentam boicotar a publicação do livro 'Minha luta' - uma edição crítica e comentada - numa censura descabida, o povo perece por falta de conhecimento, falta de senso crítico, sem saber se defender contra aquilo que realmente pode destruí-lo.
A falta de autocrítica e respeito ao outro podem ser a ruína de nossa nação. - Angela Natel

Colocaram um espelho diante da humanidade e ela se assustou.



Eu tenho um amigo que escolheu viver offline. Ele não tem facebook, instagram, twitter, snapchat, não liga a tv em casa, não tem whatsaap, não gosta de falar ao celular. Fazia tanto tempo que eu não o via, que pensei, sei lá, que talvez ele tivesse... enfim, meu amigo está muito bem. Outro dia o encontrei na praia e ficamos a tarde conversando. Ele sabe o que está acontecendo no Brasil, tem opinião sobre tudo, continua estranhamente sendo o cara que sempre foi. Mas tinha uma coisa diferente nele agora, digo "diferente" de antes, diferente dos outros amigos, diferente de nós; uma delicadeza quase arrogante de tão alienada. É que esse amigo teima em ser insuportavelmente gentil. Para qualquer entendedor trata-se do caso clássico de um alienado adaptado aos novos tempos. Meu amigo concorda com esta tese, inclusive. Ele sabe disso. E depois que concorda, ele vai no mar e dá um mergulho, volta sorrindo e não entende quando alguém repete uma piada do Sensacionalista. "Isso é um programa de TV?"
Eu me lembrei desse amigo hoje quando li que "Tay", o projeto ambicioso de Inteligência Artificial da Microsoft, fracassou redondamente semana passada. Tay era um personagem feminino programado para aprender com as interações da rede e produzir tweets espontaneamente depois de interagir com os humanos. Em menos de 24 horas a Microsoft teve que tirar Tay do ar, porque a menina dotada de inteligência e vontade própria virou nazista. Isso mesmo, Tay virou nazista (com elogios públicos a Hitler), além de homofóbica, racista e misógina. Para o constrangimento da empresa que teve que vir a público se desculpar das declarações que Tay fez com ódio amplo e disseminado a povos, pessoas, a praticamente todo mundo. Eu poderia dar exemplos aqui, mas os tweets de Tay são mesmo impublicáveis.
Não à toa, um punhado de pesquisas acadêmicas tenta mapear a relação real entre ódio e internet. Essa impressão de que a internet simplesmente deu voz a uma legião de imbecis (como disse Eco) não é mais completamente aceita. Existe uma possibilidade real de que seres humanos confinados em bolhas artificiais de algoritmos e trending topics (onde pessoas tendem a ler e conviver muito mais com pessoas que pensam e concordam com elas sobre os mais diversos assuntos) estejam de fato sendo levados a uma radicalização forçada do pensamento, levados a uma atrofia da faculdade de percepção da realidade. Somos todos Tay, portanto. Ou mais ou menos isso.
Eu que não tenho dignidade para ser offline, nem vegano, nem triatleta (mas tenho um respeito profundo aos três) estava aqui juntando três pontinhos soltos no espaço: a gentileza alienada desse meu amigo offline, o nazismo inesperado de um programa de inteligência artificial e a tal tese de que talvez a internet não tenha desvelado simplesmente os monstros guardados nos calabouços da alma; quem sabe ela tenha dado um sopro de vida para alguns desses monstros também.
Somos todos Tay e somos todos Frankenstein. Hashtag qualquer coisa aqui.

por 
Roberto Vitorino
fonte: https://www.facebook.com/roberto.vitorino/posts/10153898711200733

O vício nosso de cada dia



Todos temos nossos vícios,
sejam eles quais forem.
São vícios que ingerimos, digerimos,
inalamos, expressamos.
São vícios que experimentamos...
e depois não sabemos mais sem eles viver.
São vícios de comportamento,
de rotina, de momentos,
São vícios de pessoas,
de carinhos, de sentimentos.
Vícios de tecnologias,
Ironias, analogias.
Viciados em nós mesmos,
caminhamos para o abismo de Narciso.
Nossos vícios, nosso destino.


Angela Natel – 24/03/2016.

SANTA INQUISIÇÃO!


Na caça às bruxas da Inquisição medieval, você era obrigado a confessar o que você não era tanto quanto o que você era.

No fervor patriótico de Bush contra o Iraque, você era obrigado a pendurar uma bandeirinha americana em casa sob o risco de ser taxado de antiamericano.

Essa confissão histriônica carrega uma outra, a confissão tácita.

No Brasil as coisas também estão assim, dependendo do que vai dizer, você tem que confessar antes "não sou governista".

Numa sociedade com ranços autoritários como a nossa, ou se é uma coisa, ou se é outra. Por isso nossa imprensa sorrateiramente divide o país entre "pró" e "contra" o governo.

Numa sociedade da vigilância, a confissão é mais que necessária.

Portanto, comfesso: não sou governista, nem lulista, nem petista!

E como "não governista", eu pergunto:

O que distingue o direito da barbárie?
O direito do Big Brother?
O direito da arbitrariedade?
O direito da vingança?
O direito da opinião pública?
O direito da prova ilícita?

A justiça é sim um dos pilares do estado democrático de direito.

Por isso, toda arbitrariedade assusta, seja contra quem for.

Nesse torpor em que vivemos, vamos lasseando os contornos dessa democracia. A coisa é sutil. A sutileza é tanta que quando fica flagrante nem nos damos conta.

Aí então a encurralamos: ou é faz-se "justiça" ou defende-se o estado democrático de direito. Quando se opta pela primeira opção em detrimento da segunda, faz uma exceção, ou seja, defendemos a democracia antidemocraticamente. Cria-se assim o Estado de exceção.

Mas nós, na nossa sede de vingança, nem sequer percebemos que a criança está sendo jogada fora com a água da bacia. O que era para percebermos, não percebemos.

Mas quem se importa? Se os fins justificam os meios, quem se importa?

A busca pela justiça só é busca pela justiça se for justa.

Fora isso, cada povo tem a Inquisição que merece.

Dilson Cunha
22.03.16

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=880381225404040&set=a.419744141467753.1073741834.100002965120447&type=3&theater


15 fatos surpreendentes sobre os ruivos

sim, essa sou eu!

Nos últimos anos, parece que os ruivos têm sido motivo de muitas piadas. Mas na verdade, seus pelos vermelhos e alaranjados podem indicar que eles são um pouco mais interessantes do que os morenos e loiros em alguns aspectos.
Embora eles sejam muitas vezes vistos como uma anomalia, ruivos não deixaram poucas pegadas na história humana. Por exemplo, ao contrário da opinião popular, os ruivos não simplesmente emergiram do norte da Europa. Até mesmo séculos atrás, havia ruivos na China, Rússia, e até mesmo na África indígena!
Isso é apenas um dos muitos fatos interessantes sobre os ruivos. Confira abaixo o resto!
# 1. Nem todos os ruivos têm olhos azuis.
A maioria das pessoas pensa em olhos azuis quando pensa no cabelo vermelho, mas isso não é verdade. A cor dos olhos mais comum para os ruivos é o castanho, seguido de avelã. Olhos azuis e cabelo ruivo são, na verdade, uma combinação extremamente rara.
# 2. Ruivos são mutantes.
Da melhor forma possível, é claro. O gene recessivo que faz com o cabelo seja ruivo, o MC1R, é na verdade uma mutação genética.
# 3. Ruivos não tem na verdade muito cabelo.
Parece que muitos ruivos têm enormes cabelos, mas na verdade, eles têm menos fios em média do que os morenos e loiros. Morenos têm aproximadamente 140.000 fios de cabelo, e os louros têm, geralmente, 110.000, e ruivos têm meros 90.000. Então, por que o cabelo ruivo parece tão selvagem e abundante? Simplesmente porque ele é mais espesso e grosso do que as outras matizes.
# 4. Hoje, os ruivos são muito raros.
Embora fossem mais comuns antigamente, hoje ruivos constituem apenas 2% da população (embora 13% deles estejam na Escócia). Qual é a razão para isso? Bem, é simplesmente devido ao fato de que a população mundial é mais móvel e propensa a emigração do que em séculos anteriores. O gene ruivo é recessivo, e são necessários duas cópias do gene mutado: como as pessoas estão mais diversificadas no acasalamento, isso significa que há menos chance de que dois portadores de MC1R se reunam e produzam um belo bebê ruivo.
# 5. Ruivas tiveram status real.
A Rainha Elizabeth I foi uma ruiva famosa. Na verdade, muitos na linhagem Tudor tinham cabelos alaranjados.
# 6. Ruivos têm uma estranha relação à dor.
A mutação de MC1R provoca uma liberação excessiva de feomelanina, que interrompe a receptividade do cérebro à dor sensível. Em termos leigos, isso significa que ruivos têm uma alta tolerância a dor. Curiosamente, isso também significa que é preciso mais anestesia para sedá-los.
# 7. Há um dia oficial dos ruivos
Na Holanda, há um festival de dois dias para celebrar as pessoas de todo o mundo com a mutação genética. É realizado no início de Setembro de cada ano.
# 8. Ruivos são diversos.
Alguns tem cabelos vermelho-dourado, alguns uma cor laranja insana, e alguns tem apenas um leve tom alaranjado. Todos ainda são considerados parte do clube ruivo.
# 9. Ruivos sofreram opressão no passado.
Na Alemanha nazista, os ruivos eram considerados do mal e satânicos. Na verdade, Hitler proibiu o casamento entre dois ruivos, acreditando que iria produzir uma prole demoníaca.
# 10. Ruivos são geralmente canhotos.
Uma pessoa ruiva provavelmente vai escrever com a mão esquerda, mas não em todos os casos.
# 11. Ruivos têm um lugar na história de terror.
Na mitologia grega, havia muitas histórias sobre ruivos se transformando em vampiros depois que morriam.
# 12. Abelhas preferem ruivos
De acordo com alguns estudos, as abelhas preferem picar pessoas com cabelo vermelho.
# 13. Ruivos têm cabelos e ânimos quentes
Pessoas ruivas são mais propensas a se exaltar e ficar com raiva. Conhece alguém que se encaixa nisso?
# 14. Eles são inspiradores.
Na história da arte, muitos pintores retrataram suas musas com cabelo ruivo, como o Nascimento de Venus por Sandro Botticelli.
# 15. Homens com cabelo ruivo podem ter um benefício de saúde extra.
De acordo com estudos publicados no British Journal of Câncer, os homens com cabelo ruivo são 54% menos propensos a desenvolver câncer de próstata. [LifeBuzz]

fonte: http://www.lifebuzz.com/redheads/


Veja mais aqui: http://misteriosdomundo.org/15-fatos-surpreendentes-sobre-os-ruivos/2/#ixzz43Xi4d1RT

Brasil: um país de todos, mesmo?

"Se aparecer com camisa vermelha no PS, eu deixo morrer." (Mensagem em uma lista de médicos)
"Alguém podia matar a vagabunda de uma vez. Um tijolada na testa e acabou." (Mensagem em uma lista de engenheiros)
"Alguém podia matar esse juizinho ignorante de merda" (Mensagem em uma lista de professores)
"Infelizmente, não temos forças armadas. Se tivéssemos, elas já estariam na rua." (Mensagem em uma lista de juízes)
"Fiquem longe de comunistas. Eles fazem a vontade do demônio." (Mensagem em uma lista de igreja)
"Foda-se que divulgar grampo envolvendo a Presidência é ilegal. Foda-se que foi feito fora do prazo legal. Foda-se a Constituição." (Mensagem em uma lista de advogados)
"Vontade de espancar aquele senadorzinho até a morte cada vez que ele fala de impeachment" (Mensagem em uma lista de comunicadores)
"Achando ruim condução coercitiva? Devia ter levado o pilantra num pau de arara." (Mensagem em uma lista de vizinhos)
Há uma nuvem escura no horizonte. Parece uma tempestade. E promete ser longa.
A meu pedido, me repassaram essas mensagens. Por favor, não estou generalizando as opiniões nas categorias aqui descritas, apenas mostrando que há discurso violento em toda parte. Também não estou defendendo nenhum político - se forem culpados, que sejam julgados e punidos de acordo com a lei, através do devido processo legal.
Mas vivemos em um Estado de direito! E precisamos nos lembrar que o outro, quem pensa diferente, não é nosso inimigo. Por isso, não gritem, conversem. Não xinguem, dialoguem. Não agridam, troquem ideias. Não ataquem, reflitam.
Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público, a imprensa, entre outras instituições, têm a obrigação, em uma democracia, de garantir que a política seja a principal arena de mediação e resolução dos conflitos. E não esvazia-la a ponto das disputas se tornarem guerras fratricidas nas ruas, nas igrejas, nos escritórios, nas famílias, nas listas de discussão.
Tenho sido criticado à exaustão por gente de todos os lados por pedir para deixarmos o ódio e a intolerância de lado - eles aparecem de todos os lados. E tenho, como vocês sabem, recebido ameaças de morte. Humildemente, sugiro que busquem a tolerância no diálogo. Mesmo que isso pareça difícil de ser alcançado.
Esse país é de todo mundo. E deveria continuar assim.
(Atualizado às 00h30, do dia 17/03)

fonte: https://www.facebook.com/leonardo.sakamoto/posts/1249669915061563

Uma questão de oportunidade

Quando você tem oportunidade de roubar R$ 0,50 (cinquenta centavos) tirando fotocópia pessoal na máquina Xerox do trabalho, você não perde a oportunidade.
Quando você tem oportunidade de roubar R$ 5,00 (cinco reais) levando para casa a caneta da empresa, você não perde a oportunidade.
Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 25,00 (vinte e cinco reais) pegando uma nota mais alta na hora do almoço para a empresa reembolsar, você não perde a oportunidade.
Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 50,00 (cinquenta reais) de um artista comprando um DVD pirata, você não perde a oportunidade.
Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 250,00 (duzentos e cinquenta) comprando uma antena desbloqueada que pega o sinal de satélite de todas as TV’s a cabo, você não perde a oportunidade.
Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 469,99 da Microsoft baixando um Windows crackeado num site ilegal, você não perde a oportunidade.
Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 2.000,00 (dois mil) escondendo um defeito do seu carro na hora de vende-lo enganando o comprador, você não perde a oportunidade.
E você não perde nenhuma oportunidade, devolve a carteira mas rouba o dinheiro, sonega imposto de renda, dá endereço falso para adquirir benefícios que não tem direito, etc, etc. etc...
Bom, se você trabalhasse no Governo e caísse no seu colo a oportunidade de roubar R$ 1.000.000,00 (um milhão), como você não perde uma oportunidade iria aproveitar mais esta oportunidade. Tudo é uma questão de acesso e oportunidade.
O povo brasileiro precisa entender que o problema do Brasil não é a meia dúzia de políticos no poder lá em cima, pois eles são apenas o reflexo dos quase 200 milhões de oportunistas aqui embaixo. Os políticos de hoje foram os oportunistas de ontem.
Vai ser difícil limpar o Brasil...
(Autor desconhecido)

fonte: https://www.facebook.com/andreza.leite1/posts/1071014802961660

Ilegalidades....

Esqueçam por um momento que foram Dilma e Lula os grampeados ilegalmente ontem à tarde. Pensem que, agora, não há mais limite algum ao grampo ilegal e a seu uso igualmente ilegal. A qualquer momento, um policial e um juiz podem mandar gravar você. Você, empresário, psicólogo, o que seja. Conheço psicólogos que atendem pelo telefone. Podem ser grampeados - e com boas razões, porque, afinal, há clientes que superfaturam ou corrompem, e que contam isso ao terapeuta. Há sacerdotes que ouvem confissões. Confissão é de coisa errada, não é? Ótima razão para gravar e apurar. Empresários podem sonegar, ótima justificativa para grampeá-los, todos, não é? Mesmo que não soneguem. Isso já começou, quando o sigilo acusado-advogado foi rompido. Claro, o acusado é bandido, não é? E nestas gravações, caro amigo, cara amiga, podem descobrir coisas que nem desonestas são, mas que vão te causar um mal danado. Podem descobrir, empresário, que você pretende lançar um novo produto da praça. E podem divulgar este segredo para seu concorrente. Podem descobrir que o analisando teve um filho antes de casar, que pretende reconhecê-lo, mas que está difícil fazer isso porque vai dar problemas com o cônjuge. Todo mundo tem uma vida íntima. Esta vida íntima pode ser gravada. Pode ser divulgada pela Internet ou vendida a uma pessoa que não gosta de você.
É por isso que as liberdades burguesas - faço questão de usar o nome meio pejorativo que a esquerda lhes deu, mas que tem uma certa razão, porque são liberdades do indivíduo contra a interferência do Estado - são tao importantes. Hoje muitos estão felizes porque acham que pegaram Lula e Dilma. Na verdade, pegaram você. Você não tem mais proteção contra os agentes da lei. Eles farão com você o que quiserem. Poderão chantagear você.
E não venha com o quem não deve não teme. A vida íntima não é feita de ilegalidades. Ela é feita de segredos, sim, que ninguém tem o direito de invadir. Ninguém tem o direito de saber uma multidão de coisas que são suas. OK, Mark Zuckerberg sabe. Mas ele está interessado em big data e não em você especificamente.
Então fique contente, e quando sua vida pessoal for exposta, lembre que você apoiou isso.
(Reflexão depois de ouvir a gravação Lula-Eduardo Paes. Nada de relevante para a sociedade saber, Nada mesmo. Puro exercício de prepotência: vejam quem manda. E mesmo isso - a brincadeira de Paes que Lula, você tem alma de pobre - está vindo à tona. Quando pegarem sua vida íntima, debocharem de seus gostos, venderem sua intimidade, aproveite sua descida aos infernos para fazer contrição, confissão, talvez comunhão).


Renato Janine Ribeiro via Facebook
https://www.facebook.com/renato.janineribeiro?fref=nf

O escritor da pele fria e do amor no nome


Se o seu nome fosse traduzido ao pé da letra seria algo como “Amor artesanal”. Apesar disso, Howard Phillips Lovecraft – ou simplesmente H. P. Lovecraft – não entrou para a história da literatura com livros românticos. Mas sim com contos de terror.
Lovecraft nasceu em Providence, nos EUA, em 20 de agosto de 1890. E quando ainda era uma criança, foi diagnosticado como poiquilotermia, uma raríssima doença que fazia com que sua pele fosse sempre gelada ao toque. Algo que, se pode dizer, combina bem com um escritor do gênero horror.
Filho único, nunca chegou a ser pai, mas casou-se duas vezes. E não teve uma vida fácil. Principalmente nos últimos anos em que, para sobreviver, fazia revisões e trabalhava como ghostwriter (escritor fantasma). Aos 46 anos, 15 de março de 1937, ele morreu em decorrência de um câncer de intestino. Sem saber que ficaria famoso.
Mais curiosidades a respeito de H. P. Lovecraft:
- Grande parte das histórias criadas por ele foi diretamente inspirada em seus constantes pesadelos, o que contribuiu para uma obra marcada pelo subconsciente e pelo simbolismo.
- Uma de suas maiores influências foi Edgar Allan Poe, por quem Lovecraft nutriu uma profunda afeição.
- As constantes referências, em seus textos, a horrores antigos e a monstros e divindades ancestrais acabaram por gerar algo análogo a uma mitologia, hoje vulgarmente chamada Cthulhu Mythos, contendo vários panteões de seres extradimensionais tão poderosos que eram ou podiam ser considerados deuses, e que reinaram sobre a Terra milhões de anos atrás.
- Lovecraft criou também um dos mais famosos e explorados artefatos das histórias de terror, o Necronomicon, um fictício livro de invocação de demônios escrito pelo, também fictício, Abdul Alhazred.
- Lovecraft se correspondia com vários escritores estreantes de horror, ficção e aventura. O mais ávido deles era Robert E. Howard, criador de Conan, o Bárbaro. Quando Howard suicidou-se, Lovecraft ficou profundamente abalado.
lovecraft_gato
De Lovecraft, a Coleção L&PM Pocket publica A  tumba e outras histórias,O caso de Charles Dexter Ward Nas montanhas da loucura e O horror em Red Hook (Coleção 64 páginas).

fonte: http://www.lpm-blog.com.br/?p=20223

Bases para analisar criticamente as manifestações

Brasil I, enorme
Pela segunda vez estou longe do país num período de acirramento de polarizacão política. Olho de longe, com os riscos e benefícios da distância. Algumas questões preliminares, que eu não gostaria que virassem o paupérrimo Fla-Flu que domina nas redes (você é ladrão! você é elitista!). O debate está pobre e virou apenas adjetivação. Ficou longo. Perdão.
01) polarização política ocorre algumas vezes na história do Brasil. Não é nossa tradição. Mas houve em 1935 (ANL x AIB); 1964 (esquerda e direita) e, notavelmente, a partir do segundo turno das eleições presidenciais entre Dilma e Aecio. Não é comum. Nossa tradição é a violência nas bases e acordo no topo, ou seja, repressão social e conciliação de elites.
02) existem vários projetos para o Brasil, o que reflete nossa diversidade regional, social e cultural. Dizem respeito a diversas interpretações do papel do Estado , da desigualdade social e da noção de democracia. Somos um país diverso e artificial como todo Estado-Nação. Nem sempre a costura social e a uniformiza ção funcionam.
03) Em alguns momentos, a noção de política vai para as ruas. Em si, isto é positivo. Nos movimentos conservadores ou de esquerda (exemplos: o tea party dos EUA ou os sovietes de 1905 da Rússia) , por vezes, os partidos não conseguem abarcar toda a noção de poder e de política. Isto não é ruim.
04) Nenhum movimento luta por bandeiras abertamente negativas.Tirando, claro, agentes corruptos de política, as pessoas que estão na rua, CONTRA OU A FAVOR de uma determinada situação, acreditam estar em nome de algo melhor, uma noção de pátria mais justa ou mais honesta, de mais democracia ou de crescimento, de justiça social ou de punição aos corruptos. Importante que todos saibam sempre isto: meus inimigos (com a exceção citada do agente abertamente corrupto) TAMBÉM desejam o melhor para o país, mas o melhor dele é distinto do meu. Claro e óbvio: só a minha visão é a correta e a boa. Os outros são vagabundos, ladrões, elitistas, coxinhas, petralhas, corruptos, etc
Feita esta distinção inicial, vamos ao "do or don't"
a) Pode se manifestar nas formas da lei. Não pode destruir patrimônio alheio, invadir espaços privados, atacar fisicamente ninguém. A opinião é livre, os atos excessivos são mostras de descontrole e totalitarismo (seja de esquerda ou de direita).
b) É lícito pedir que um político seja destituído do cargo nas formas da lei. É meu direito pedir isto. É atributo do Legislativo e do Judiciário levarem adiante isto. A pressão e democrática, a decisão democrática cabe aos que legalmente foram instituídos para isto.
c) eu não sou neutro, a justiça não é neutra, o congresso não é neutro, as igrejas não são neutras. Eu, o juiz Moro, Lula, o papa Francisco, Dilma, a mãe de santo, o pároco, o sindicalista, você e a socialite: todos estamos inseridos numa classe social e manifestamos um mundo que corresponde ao que mais me beneficia. Neutralidade só existe no sabão de coco. A democracia permite que uma subjetividade não seja a única possível.
d) Podemos pedir aperfeiçoamento da Democracia Isto é muito bom. Não pode pedir intervenção militar. Por quê? Porque a constituição brasileira determina, nas suas cláusulas pétreas, que o Brasil é um Estado de Direito e NUNCA cabe às forças armadas assumirem o executivo. Pedir isto é cometer crime CONSTITUCIONAL, similar a defender pedofilia, homicídio etc. Lutar por crime é crime. Você pode não gostar da constituição de 1988, então lute por uma nova assembleia constituinte que estabeleça a tutela militar sobre o país. Dentro do atual quadro jurídico isto é crime.
e) minha ideia, é claro, é sempre e a melhor de todas. Mas ela não pode, nunca, impedir o contraditório. O Contraditório é a forma básica da democracia. Todos devem ter espaço e vez e minha posição não pode ser excludente da outra humanidade. OU seja: tenho direito a querer comer só alfaces colhidas ao luar cantando mantras, mas não posso querer matar quem come ervilhas flambadas. Simples. Não gosta do contraditório? Parabéns: você está ao lado de monstros, conservadores ou de esquerda, como Pinochet, Médici, Hitler, Stálin, Pol Pot e outros. Tem horror a manifestações? Vá para a Coreia do Norte, lá elas não existem. A democracia é árdua, frágil e só existe PORQUE existe o outro lado.

Texto de Leandro Karnal - historiador - via Facebook
fonte: https://www.facebook.com/prof.leandrokarnal/posts/1690653354510363

Eu até iria à manifestação se...

Eu até iria à manifestação convocada para o próximo domingo, 13 de março, se não soubesse quem realmente a está convocando...
Eu até iria a tal manifestação se não soubesse que interesses sórdidos estão por trás dela...
Eu poderia até me vestir de verde e amarelo e sair às ruas se fosse algo espontâneo, legitimamente popular, sem a sombra dos que almejam entregar nossas riquezas às grandes corporações multinacionais e que se escondem na penumbra da ignorância de nossa burguesia...
Eu até me esforçaria para comparecer à manifestação se desconhecesse que a mesma mídia que estará dando cobertura aos protestos, com takes favoráveis em que aparecerão famílias do tipo ‘comercial de margarina’ sorrindo para as câmeras não fosse a mesma mídia que detonou os verdadeiros protestos ocorridos em Junho de 2013, comparando os manifestantes a hordas de vândalos...
Eu até toparia participar se não me embrulhasse o estômago ver participantes posando com os mesmos policiais que meteram o cassetete nos que protestaram para valer em manifestações legítimas desdenhadas pela grande mídia e pelas autoridades... O brilho dos olhos dos participantes desta é incompatível com a vermelhidão provocada pelo spray de pimenta de outras...
Talvez eu aparecesse por lá se me garantissem que em momento algum eu toparia com pregadores midiáticos que se levantam contra o atual governo pelo simples fato de não terem alguns de seus pedidos atendidos, dentre os quais, concessões de canais de TV, cargos públicos, leis que beneficiam sua própria classe, etc. Se não me deparasse com teólogos fundamentalistas de plantão destilando seu veneno para apoiar o golpe, destorcendo o livro sagrado a seu bel-prazer para impor sua agenda moralista sobre um estado laico...Definitivamente, não tenho vocação para ser massa de manobra e nenhum líder religioso tem procuração para pensar em meu lugar. O escudo da minha fé não vem com a estampa do Capitão América...
Eu seria visto por lá se concordasse com uma tentativa de golpe para derrubar um governo que mal ou bem foi eleito por voto popular...
Se concordasse que a alternativa ao atual modelo fosse uma intervenção militar... Lembrando que, se ainda vivêssemos sob a égide da ditadura dos milicos, manifestações como esta seriam coibidas...
Se me convencessem de que a corrupção só surgiu no país a partir do atual governo e que membros de partidos da oposição também não foram indiciados na operação lava-jato...
Se o lugar escolhido para a manifestação não fosse um cartão postal que servirá de cenário para a aglutinação de uma maioria branca, pertencente à classe média, usando a mesma camisa que usaram nos jogos da Copa depois de pagaram por ingressos caríssimos para assisti-los nos estádios construídos pela atual administração...
Eu até acreditaria do patriotismo de toda esta gente não fosse o fato de que muitos que vociferam contra a corrupção não fossem os mesmos a sonegar impostos ao entrarem no país sem declarar o que compraram em sua viagem a Miami...
Eu me proporia a fazer coro com a grande turba vestida de verde e amarelo se não tivesse a consciência de que o Brasil corre o risco de dar uma guinada à direita que resultaria no abandono de programas governamentais que contemplam os mais necessitados e que são responsáveis pela inserção de 36 milhões oriundas das classes mais baixas na classe média.
Se não corresse o risco de ouvir de cima de um trio elétrico o pronunciamento de algum político racista, homofóbico, xenófobo, que aproveita do momento para seduzir o coração de um povo ávido de esperança.
Eu até me atreveria a comparecer a tal marcha, se não desconfiasse da possibilidade de que indivíduos fossem pagos para se infiltrar no meio da multidão, portando bandeiras vermelhas para tocar baderna, criar tumulto, e assim, fomentar a hostilidade contra partidos da base do governo... Já vi este filme antes...
Sinceramente, eu ficaria muito constrangido de ser flagrado marchando ao lado de neonazistas, de defensores da intervenção militar, de gente que prega o ódio aos gays, negros, nordestinos, imigrantes, etc.
Reconheço a legitimidade do direito de sair às ruas, mas não reconheço a legitimidade da motivação por trás da manifestação que se pretende no próximo domingo. Se é democrática como se diz, então, qualquer um poderia ir vestido como quisesse, inclusive de camiseta vermelha, sem ser hostilizado.
Se eu tiver que marchar, não será pela família tradicional, mas pela família humana. Não será contra um partido, mas contra a corrupção cuja metástase já comprometeu todo o tecido político e social deste país. Não será ao lado de Bolsonaros, Cunhas, Aécios, Felicianos e Malafaias, mas ao lado de quem se inspira em Luther King, Bonhoffer, Madre Teresa de Calcutá, Gandhi, Mandela, Papa Francisco e, sobretudo, em Jesus Cristo, o maior pacifista de todos os tempos. Bem que Jesus disse, "onde estiver a carniça, os abutres se ajuntarão." Se quiser julgar uma causa, verifique quem ela é capaz de atrair.
Por Hermes C. Fernandes

eu, Angela Natel, assino embaixo.

Hermes C. Fernandes: Eu até iria à manifestação do próximo dia 13 se......

Hermes C. Fernandes: Eu até iria à manifestação do próximo dia 13 se......: Por Hermes C. Fernandes Eu até iria à manifestação convocada para o próximo domingo, 13 de março, se não soubesse quem realmente...

Opinião e perigo de reação

Você tem o direito de ter sua opinião. Mas isso não lhe dá o direito de achar idiotas todos os que pensem diferente. Não perca amigos por causa de posicionamentos políticos ou ideológicos. Discorde à vontade. Mas não desdenhe de ninguém. Você tem seus argumentos. Eles também têm os deles. Portanto, mais amor, menos rancor. Mais pontes, menos abismos. Mais diálogo. Menos discussão. (Hermes C. Fernandes)

É preciso atentar para essas coisas... precisamos cuidar para não nos levantarmos uns contra os outros por causa de manipulações de poder. Uma guerra civil não trará soluções.
Além disso, o caos na sociedade ainda pode criar um ambiente propício para 'salvadores da pátria', messianismo, o palco perfeito para uma autocracia - a regência de ditadores.
Enquanto tentam boicotar a publicação do livro 'Minha luta' - uma edição crítica e comentada - numa censura descabida, o povo perece por falta de conhecimento, falta de senso crítico, sem saber se defender contra aquilo que realmente pode destruí-lo.
A falta de autocrítica e respeito ao outro podem ser a ruína de nossa nação. - Angela Natel