sexta-feira, 30 de março de 2012

Os mais terríveis instrumentos de tortura usados pela Inquisição em nome da religião [Arquivo NSN]


[Nota: Esse post não é para fracos]
Você provavelmente estudou sobre a Idade Média, ou como ela também é conhecida: Idade das Trevas. Talvez na época você fosse uma criança, ou adolescente, e a professora não queria te chocar – ou desconhecia o assunto profundamente -, então provavelmente deixou de fora a parte mais pesada da coisa, que incluía torturas maníacas como nunca se viu, e que só devem encontrar paralelo nos delírios de Stalin, Pol Pot, ou dos carcereiros de Abu Ghraib.
Apesar de haver exceções, em sua maior parte o período foi exatamente isso: Trevas. Muitos historiadores colocam a culpa nas invasões bárbaras, e em como esses povos eram primitivos, mas o fato é que grande parte do atraso se deve aos sucessores do todo-poderoso Império Romano: a Igreja Católica. É só ver o rumo que tomou a Filosofia, as Artes e a Ciência para ver que estava tudo nas mãos da Igreja. Um caso clássico é o de Galileu Galilei, que teve de voltar atrás nas suas descobertas sobre a questão da translação da Terra, porque suas teorias iam de encontro ao pensamento (errôneo) imposto pela Igreja.
Também existiu o que ficou conhecido como Index Librorum Prohibitorum, que era uma lista de livros proibidos pela Igreja na época, administrada pelo Santo Ofício (que parece menos inócuo chamado por seu nome mais conhecido: Inquisição), que não por coincidência foi criado na mesma época que o protestantismo começou a assombrar a supremacia dos Católicos, por volta do século XVI. Para você ter uma idéia do atraso da Igreja, ela só foi abolir oficialmente o Index – que incluía em suas proibições, gente como os escritores Voltaire, Alexandre Dumas e Jean-Paul Sartre, e os cientistas Galileu Copérnico, Descartes e Pascal – no ano de 1966.
Mas essa escuridão cultural e conservadora foi uma das facetas mais amenas da Igreja Católica na Idade Média. Os piores momentos foram reservados aos distintos senhores responsáveis pelo Tribunal de Santo Ofício! Inicialmente, de acordo com relatos históricos medievais, a Inquisição foi criada para combater o sincretismo religioso, em 1184, que unia a fé católica a cultos pagãos e realizavam adivinhações utilizando coisas como plantas.
Mas as atribuições da Inquisição foram se tornando cada vez maiores. Além de iniciar uma campanha – é necessário que se entenda que mesmo tendo uma organização unificada, com um representante perante o Papa, os Tribunais eram mais ou menos independentes, assim como os Poderes Judiciários de hoje, sendo instalados onde tinham focos de heresias e outros pecados – contra o sincretismo, a Inquisição ficou a cargo de julgar crimes/pecados como heresias, adultérios, feitiçaria (esse levou muita gente pra fogueira), além de colocar a culpa nessa gente de toda a sorte de desgraça que ocorria no local em que estava instalado o Tribunal.
Logicamente, com tamanho poder, os Tribunais impunham punições políticas e econômicas, de forma a aumentar a expansão da Igreja na época. Dessa forma, as penas mais leves, geralmente vistas como alívio, era o confisco de bens, além de flagelos públicos, e desfiles com roupas de hereges. Com a vasta quantidade de penas aplicada, não é difícil entender porque a Igreja foi relativamente a instituição mais rica da história. Com ela, enriqueciam os reis que a apoiavam, como era o caso dos espanhóis.
E os relatos dizem que os Inquisidores eram eficientes. O mais famoso deles, o espanhol Tomás de Torquemada, foi o responsável por diversas campanhas contra judeus e muçulmanos na Espanha. E para chegarem a esse nível de eficiência, os inquisidores – a exemplo dos homens responsáveis pelo Gulag – eram criativos. Necessitavam espalhar o terror para que todos tivessem medo deles, e para isso abusavam de instrumentos sem precedentes na história humana, com o intuito de causar dor extrema, sem, contudo, matar o herege, dando tempo pra ele confessar seus pecados (ou dizer onde escondeu a herança dos avós dele)!
Dizem que a tortura nessa época não era tão comum quanto a gente pensa, mas fica difícil afirmar isso após dar uma olhada nessa lista de aparelhos que parecem ter saído de uma filme de Hellraiser, ou Jogos Mortais.
O Arranca-Seios
Este é um instrumento usado primordialmente em mulheres, geralmente acusadas de abortos ou de adulterarem. Seu uso era simples, e consistia em esquentar o aparelho numa fogueira, prende-lo no seio exposto da vítima, e depois arranca-lo vagarosa ou lentamente, dependendo do que o inquisidor queria causar. Logo depois se deixava a mulher sangrando para que pudesse morrer de hemorragia, ou que fosse levada a loucura pela dor.
A Serra
A imagem já explica toda a diabrura desse instrumento, mas tem um adendo: o fato da vítima ser virada de cabeça pra baixo tem uma explicação científica. Com o sangue descendo todo para o cérebro, a vítima não desmaiava enquanto sofria de dores extremas, como é normal no corpo humano. Ao invés disso, ela só morria quando a serra chegava no abdômen, quando os serradores paravam, e esperavam que a pessoa terminasse sua agonia, o que poderia durar horas. Seu uso era muito incentivado pelo fato de serras serem baratas e facilmente encontradas em muitos cantos.
O Berço de Judas
Esse instrumento era um pouco mais elaborado que o clássico empalamento popularizado por Vlad, o Drácula, mas parece muito pior, devido a lentidão com que a dor era infringida. A vítima era colocada com o ânus ou a vagina sobre a ponta do berço e era lentamente baixada através de cordas amarradas a ela. Parece simples, mas existe agravantes aí. Se ela demorasse a morrer – o que poderia levar dias – poderiam ser amarrados pesos nas suas pernas, para dar uma acelerada no processo. Mas se quisessem o efeito contrário, a vítima sofria sozinha. Fora que nunca lavavam o aparelho, o que produzia infecções dolorosas.
O Rack
A vítima era colocada nessa mesa, e cordas eram amarradas nos seus membros superiores e inferiores. Um algoz se punha a enrolar a corda vagarosamente, até que as articulações se deslocassem, o que causava dor extrema na vítima. Alguns algozes mais afoitos chegavam a arrancar braços e pernas, matando por hemorragia. Mais tarde foram incorporadas lanças para estocar a vítima enquanto ela ia sendo esticada…
A Pêra
Esse era o instrumento favorito a ser usado contra adúlteras e homossexuais. Esse aparelho era inserido no ânus ou na vagina (ou boca, se ele fosse um mentiroso) da vítima e através daquele engenho na ponta, ele se abria em duas partes ou mais partes, dilacerando o interior do inquirido. Raramente levava a morte, mas na verdade ela era, geralmente, apenas o início das dores do acusado.
O Corta-Joelhos
Os joelhos do acusado eram colocados no meio dessas garras, para serem esmagados lentamente. Às vezes, o aparelho – um dos preferidos pelos espanhóis – era aquecido, para aumentar a dor da vítima. Outras partes do corpo eram colocadas nas garras, como os pulsos, cotovelos, braços, ou as pernas. A idéia era inutilizar as articulações da vítima, ou o método servir como o início da tortura, visto que não era mortal em grande parte dos casos.
O Triturador de Cabeças
Outro preferido e aperfeiçoado pelos espanhóis! A cabeça do inquirido era coloca numa barra de ferro, com o queixo apoiado na barra – algumas tinham recipientes especiais para os globos oculares – enquanto seu crânio era lentamente esmagado. O primeiro a quebrar era o maxilar, e algumas dezenas de minutos depois, a morte, após dores lancinantes. O cérebro às vezes escorria pelo nariz, ou pelas orelhas no processo, podendo o método ser usado como tortura, caso o algoz escolha ficar horas parado, apenas fazendo perguntas.
Empalamento
Drácula, ou Vlad, O Empalador; foi o inventor desse aqui, na Romênia do século XV, de acordo com a tradição. A vítima era colocada sobre uma estava grande e pontuda. O tempo entre o início da punição e a morte, levava em torno de três dias. Alguns carrascos tinham cuidado para que a estaca entrasse no ânus e só saísse acima do queixo da vítima, o que aumentava a dor da vítima. Acredita-se que Vlad fez isso em torno de 20.000 a 300.000 vezes.
Dama de Ferro
Provavelmente o mais famoso e conhecido método de tortura medieval. A vítima era colocada dentro dessa câmara de madeira cheia de pregos e superfícies pontudas, que continha uma abertura para que se pudesse interrogar a vítima, ou enfiar facas. Os pregos de dentro da Dama não atingiam os pontos vitais, com o intuito de atrasar a morte do torturado. Geralmente as regiões furadas eram os olhos, braços, pernas, barriga, peito e nádegas.
Mesa de Evisceração
O torturado era deitado numa superfície com os pés e mãos imobilizados e logo acima dele existia uma manivela com espinhos. Um carrasco fazia uma incisão na altura do estômago e com um gancho preso a uma corrente, e através dele era retirado um pedaço do intestino, que era preso na manivela. Aos poucos a manivela era girada, e o intestino era enrolado nela.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Renato Russo Tinha Razão...




Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.

Quem me dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.


Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
o futuro não é mais como era antigamente.


Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer
.


Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante

Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente.

Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste
.

[...]
 
Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes
.

Quem me dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos, obrigado.


Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente.

[...].


Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.


Canção Índios, 1993, Legião Urbana, autor Renato Russo. Se estivesse vivo, o poeta completaria 52 anos de idade no dia de hoje.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Celebração do Dia Mundial do Teatro do Oprimido



Foi no dia 16 de março que o criador do Teatro do Oprimido, o carioca Augusto Boal, nasceu. Por conta disso, desde  2007, nos cerca de 80 países onde a metodologia é praticada, se celebra o Dia Mundial do Teatro do Oprimido.
Para homenagear o diretor artístico da instituição, o Centro de Teatro do Oprimido realiza evento comemorativo as 19h, em sua sede no boêmio bairro da Lapa.  Como abertura da noite teremos a apresentação de pouporrit musical do espetáculo Coisas do Gênero, com elenco do CTO. A exibição do documentário Augusto Boal e o Teatro do Oprimido, do cinesta Zelito Viana brindará os convidados com a histórica trajetória de vida e obra do dramaturgo.
Na programação também está a apresentação de performance internacional com elenco da Guatemala, Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai, Peru, França, Alemanha, Espanha, Itália e Brasil.  Os estrangeiros são multiplicadores do método mundo afora e participantes do Seminário Raízes e Asas, promovido pelo CTO e a instituição alemã Kuringa durante a semana que antecede o evento. Ainda acontece na noite, o lançamento do livro A Estética de Boal – Odisséia pelos Sentidos, de Flávio Sanctum.
As comemorações começam com a realização de um Encontro Latino Americano deTeatro do Oprimido que acontece entre os participantes do Seminário para discussão das ações futuras dos praticantes do método teatral no continente, a partir do 2º Encontro Latinoamericano de Teatro do Oprimido ocorrido na Guatemala em janeiro passado, na cidade de Quetzaltenango.
O CTO encerra suas comemorações no dia 17 com apresentação do Grupo de Teatro do Oprimido do Complexo da Maré – GTO Maré, às 15h no Museu da Maré. O grupo formado por adolescentes, criou a peça Quem pode leva, que levanta a discussão sobre o preconceito que os jovens sofrem por morarem na favela. O Museu da Maré está localizado na Av. Guilherme Maxwell, no.26, em frente ao PSF – Programa de Saúde da Família – Augusto Boal, uma homenagem da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.
Entre as diversas comemorações pelo mundo afora, o Projeto Centro Interuniversitário de Memória e Documentação – CIM, locado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, marcará o aniversário de Boal no Campus da Praia Vermelha. A restauração e divulgação do acervo do dramaturgo é a primeira ação do Projeto CIM. As comemorações na universidade tem uma intensa agenda de atividades, entre as quais a entrega do título de Doutor Honoris Causa para Boal, in memorium.  A agenda completa pode ser conhecida na página: http://casadaciencia.ufrj.br/Exposicao/boal/divulgacao/images/mala_boal.jpg

Dia Mundial do Teatro do Oprimido
Data: 16 de Março
Horário: 19h
Local: Av. Mem de Sá, 31, Lapa, Rio de Janeiro, RJ
ENTRADA FRANCA
Classificação Livre
Informações: (21) 2215-0503| (21) 2232-5826
Texto: Alessandro Conceição
Edição: Helen Sarapeck

domingo, 11 de março de 2012

Noite do Metal (31/03/2012)



Noite do Metal II

Sacramento Produções apresenta: Noite do Metal II
Com as bandas:
ANTIDEMON - SP (Death Metal)
Implement- PE (Death Metal)
Holocausto - PE (Metal Core)
Seventy Times Seven - PE (Metal Core)
Soterion - PE (Black Metal)
Plenitud - PE (Alternativo)
Salário do pecado - PE (Death metal)
Consagrados - PE (Metal Alternativo)
Parada 133 - PE (Metal Alternativo)

Ingressos limitados - Informações (81) 8644.9236
Primeiro Lote 10,00 R$ Segundo Lote 15,00 R$

Ingressos a venda:
Luz e Vida: 3224.4767
Blackout: 3221.2091
Disco de Ouro: 3423.3345
Gramofone: 3164.6298
Vinil Alternativo: 3222.2385

Data: Sábado, 31 de Março de 2012

Local: Teatro Maurício de Nassau
Vigário Tenório, 135 Recife Antigo, Recife, Brazil

Mais informações: VEJA AQUI!

Vídeo promocional do evento:

sábado, 10 de março de 2012

“Ler será possuir uma cópia ilegal no cérebro”


Publicado originalmente por UNISINUS
“Ler será possuir uma cópia ilegal no cérebro” , afirma Christopher Kelty, professor da Universidade da Califórnia, em uma reflexão sobre o encerramento da incrível livraria virtual que havia revolucionado o acesso ao conhecimento acadêmico.
A história da Library.nu e do recente encerramento do sítio que possuía milhares de livros “on-line”, no dia15 de fevereiro, poderia muito bem ser um romance. Certamente haverá algum sítio que o substitua. Desta vez, a coalizão das editoras ganhou a competição na onda de encerramentos dos sítios de compartilhamento de arquivos, já sofrido pela Megaupload e que pressionou a The Pirate Bay, entre outros. No entanto, diante da ausência de uma substituição considerável, em relação à oferta que havia conquistado a Library.nu, instituições e organizações que lutam pelos direitos dos usuários, professores e intelectuais se perguntam se o dano sobre o acesso à cultura não é maior que o dano ao “direito do autor”. A Library.nu era um problema e também uma grande solução.
Dezessete companhias editoriais se uniram nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha para barrar o sítio que tinha uma oferta inabarcável da literatura universal – cerca de 400.000 exemplares – e alguns dizem que poderia chegar a um milhão. Entre as editoras estão a Harper Collins, Oxford University Press eMacmillan. Aconteceu com a Library.nu algo parecido com o que ocorreu com os sítios que indexavam arquivos no Megaupload. Na Library.nu se acumulavam “links para download” de livros, que na verdade estavam armazenados na iFile.it, um serviço de “backup”de arquivos. Conforme informado, o Tribunal alemão recebeu dezessete demandas, em que foram mencionados dez livros de cada editora. As sansões esperadas poderiam chegar aos 250.000 euros e no máximo seis meses de prisão. Embora, em geral, as editoras lidam com o famoso “takedown notice” (algo como “avisamos que você tem que encerrar o sítio ou vamos pegá-lo”), desta vez decidiram juntarem-se diante da impossibilidade de chegarem diretamente ao sítio que comandava os índices dos livros. Os encarregados da tarefa de encontrá-los foram os alemães de Lausen Retchsanwalte, especializados na procura por violações da propriedade intelectual, uma árdua tarefa nos tempos de Internet.
A conexão entre os dois sítios veio após encontrarem uma coincidência entre a Library.nu, aparentemente hospedada na Ucrânia, com endereço legal na ilha Niue do Pacífico, mas em que o endereço de registro de ambos estava na Irlanda. Então, os advogados trabalharam com a Irish National Federation Against Copyright Theft (Federação Nacional Irlandesa contra Roubo de Direitos Autorais) para encontrar conexões até que conseguiram observar que o botão das “Doações” daLibrary.nu que confirmava a recepção pelo correio eletrônico e o recibo da PayPal chegavam com o nome dos verdadeiros donos da conta: Fidel Núñez e Irina Ivanova, os mesmos donos e diretores daLibrary.nu eram os da iFile.it.
Para além do desajuste dos criadores, o que questiona Christopher Kelty, professor da Universidade da Califórnia e autor do livro Two Bits: the cultural significance of the Free Software (Dois Bits: o significado cultural do Software livre), é que o sítio tinha principalmente livros escolares, monografias, análises biográficas, manuais técnicos, pesquisas em engenharia, matemática, biologia e ciência, textos com copyright, mas fora do mercado, mal e bem digitalizados, em inglês, francês, espanhol ou russo. Como conta Kelty em seu artigo: “The Disapearing virtual library”, publicado em Al Jazeera, esses “bárbaros que colocaram a indústria editorial de joelhos não eram ninguém menos que estudantes de cada canto do planeta”, desejosos em aprender. Isso é o que milhares de jovens e adultos com ansiedade em aprender fizeram com a Library.nu. Em apenas alguns anos “criaram um mundo de leitura e apostaram no compartilhamento de conteúdos”. Os editores pensam – disse Kelty – que se tratou de uma grande vitória na “guerra contra a pirataria”, que irá melhorar a renda da indústria e lhes oferecerão maior controle, e os “piratas” pensam que simplesmente o conteúdo irá para outro sítio.
Porém, para Kelty a questão está em compreender que a demanda global pela aprendizagem e escolarização não estão sendo levados em conta pela indústria editorial e “não pode ser levada em conta com este modelo de negócio e com estes preços”. A grande classe média global, desejosa em aprender e compartilhar conhecimento, repartida por todos os cantos do planeta, “clama pelo conhecimento” e, desta vez, o argumento contra a Library.nu está ainda mais difícil de se defender: não se trata de entretenimento sonoro ou audiovisual, de jovens fazendo travessuras e copiando discos para que sejam baixados por seus amigos, mas de um extraordinário acesso ao conhecimento.
O que ironicamente disse Kelty, é que o centro da discussão deverá vagar entre a ideia de criminalizar o acesso aos livros “ilegais” em contraposição ao “compartilhamento do conhecimento”. A fúria pela interrupção do acesso ao conhecimento se apoderou das redes sociais, dos blogs, dos “posts” e de milhares de universidades de todo o mundo que haviam encontrado na Library.nu um espaço para terminar com a escassez do acesso ao saber, num mundo em que a indústria editorial segue pensando que o saber ocupa lugar e que é preciso pagar por ele. Como disse magistralmente Kelty, em uma parte de seu artigo, “em breve, ler será possuir uma cópia ilegal de um livro no cérebro”.
dica do Jarbas Aragão

sexta-feira, 9 de março de 2012

Busca de paz

Som que se ouve longe a ecoar
na minh'alma vibra sem parar
inquietações acabam por nascer
justaposições de poder.

Não quero ouvir tais malefícios
nem tampouco meço os prejuízos
busco paz sem fim a todo instante
e um distanciamento no semblante.

Toque que me faz calar
som que agita o corpo
vista ao meu paladar
como um desejo torto.

São sons e emoções furtivas
confusa ando a carregá-las.
São cenas por demais inventivas
que não me encoraja compartilhá-las.

Quero ser livre e buscar a paz
sem viver a mendigar.
Que é, pois, isso que ela traz?
É cheiro de vida pelo ar.

(Angela Natel - 06/03/2012)

terça-feira, 6 de março de 2012

Homenagem à Joana D'Arc

Homenagem à Joana D'Arc

Neste dia 6 de janeiro, completam-se exatamente 600 anos que Joana D'Arc nasceu.
A menina nasceu em uma vila bem simples chamada Domremy de apenas 100 habitantes, era uma camponesa pobre e analfabeta mas muito dócil.

A partir dos 14 anos, ela descreve que ouvia vozes de um anjo, que dizia a ela para libertar a França, que há anos estava sob o domínio da Inglaterra. A partir daí ela começou a conversar muito consigo mesma até decidir o que ela sentiu que deveria fazer. Aos 17 anos ela foi até a nobreza francesa e lá começou a sua luta.

Até os 19 anos liderou exércitos de milhares soldados, venceu batalhas, libertou muitas cidades e voltou a coroar o rei da França (antes disso, a França ficou sem rei por vários anos). Ela cumpriu todos os objetivos que ela tinha proposto para si mesma.
Mais tarde, como algo que comumente acontece com grandes heróis, ela foi traída, presa e enviada aos ingleses.
Foi condenada à morte na fogueira, por "heresia". Consideravam ela uma bruxa. Seu coração continuou batendo mesmo enquanto estava sendo queimada... Mas para muitos continua batendo até hoje... pois ela pode ser considerada um dos maiores exemplos de CORAGEM que a história tem para nos contar.

 Parabéns Jeanne D'Arc

Uma menina pobre, camponesa, analfabeta... NAQUELA ÉPOCA???
Liderou 4000 soldados???
Libertou dos ingleses: Orléans, Jargeau, Meung-sur-Loire, Beaugency, Patay, Gien, Saint Fargeau, Mézilles, Auxerre, Saint Florentin e Saint Paul ???

 

 Pois é... para alguns não existe nada que possa impedí-lo de sair de seu caminho!

Os mais terríveis instrumentos de tortura usados pela Inquisição em nome da religião [Arquivo NSN]


[Nota: Esse post não é para fracos]
Você provavelmente estudou sobre a Idade Média, ou como ela também é conhecida: Idade das Trevas. Talvez na época você fosse uma criança, ou adolescente, e a professora não queria te chocar – ou desconhecia o assunto profundamente -, então provavelmente deixou de fora a parte mais pesada da coisa, que incluía torturas maníacas como nunca se viu, e que só devem encontrar paralelo nos delírios de Stalin, Pol Pot, ou dos carcereiros de Abu Ghraib.
Apesar de haver exceções, em sua maior parte o período foi exatamente isso: Trevas. Muitos historiadores colocam a culpa nas invasões bárbaras, e em como esses povos eram primitivos, mas o fato é que grande parte do atraso se deve aos sucessores do todo-poderoso Império Romano: a Igreja Católica. É só ver o rumo que tomou a Filosofia, as Artes e a Ciência para ver que estava tudo nas mãos da Igreja. Um caso clássico é o de Galileu Galilei, que teve de voltar atrás nas suas descobertas sobre a questão da translação da Terra, porque suas teorias iam de encontro ao pensamento (errôneo) imposto pela Igreja.
Também existiu o que ficou conhecido como Index Librorum Prohibitorum, que era uma lista de livros proibidos pela Igreja na época, administrada pelo Santo Ofício (que parece menos inócuo chamado por seu nome mais conhecido: Inquisição), que não por coincidência foi criado na mesma época que o protestantismo começou a assombrar a supremacia dos Católicos, por volta do século XVI. Para você ter uma idéia do atraso da Igreja, ela só foi abolir oficialmente o Index – que incluía em suas proibições, gente como os escritores Voltaire, Alexandre Dumas e Jean-Paul Sartre, e os cientistas Galileu Copérnico, Descartes e Pascal – no ano de 1966.
Mas essa escuridão cultural e conservadora foi uma das facetas mais amenas da Igreja Católica na Idade Média. Os piores momentos foram reservados aos distintos senhores responsáveis pelo Tribunal de Santo Ofício! Inicialmente, de acordo com relatos históricos medievais, a Inquisição foi criada para combater o sincretismo religioso, em 1184, que unia a fé católica a cultos pagãos e realizavam adivinhações utilizando coisas como plantas.
Mas as atribuições da Inquisição foram se tornando cada vez maiores. Além de iniciar uma campanha – é necessário que se entenda que mesmo tendo uma organização unificada, com um representante perante o Papa, os Tribunais eram mais ou menos independentes, assim como os Poderes Judiciários de hoje, sendo instalados onde tinham focos de heresias e outros pecados – contra o sincretismo, a Inquisição ficou a cargo de julgar crimes/pecados como heresias, adultérios, feitiçaria (esse levou muita gente pra fogueira), além de colocar a culpa nessa gente de toda a sorte de desgraça que ocorria no local em que estava instalado o Tribunal.
Logicamente, com tamanho poder, os Tribunais impunham punições políticas e econômicas, de forma a aumentar a expansão da Igreja na época. Dessa forma, as penas mais leves, geralmente vistas como alívio, era o confisco de bens, além de flagelos públicos, e desfiles com roupas de hereges. Com a vasta quantidade de penas aplicada, não é difícil entender porque a Igreja foi relativamente a instituição mais rica da história. Com ela, enriqueciam os reis que a apoiavam, como era o caso dos espanhóis.
E os relatos dizem que os Inquisidores eram eficientes. O mais famoso deles, o espanhol Tomás de Torquemada, foi o responsável por diversas campanhas contra judeus e muçulmanos na Espanha. E para chegarem a esse nível de eficiência, os inquisidores – a exemplo dos homens responsáveis pelo Gulag – eram criativos. Necessitavam espalhar o terror para que todos tivessem medo deles, e para isso abusavam de instrumentos sem precedentes na história humana, com o intuito de causar dor extrema, sem, contudo, matar o herege, dando tempo pra ele confessar seus pecados (ou dizer onde escondeu a herança dos avós dele)!
Dizem que a tortura nessa época não era tão comum quanto a gente pensa, mas fica difícil afirmar isso após dar uma olhada nessa lista de aparelhos que parecem ter saído de uma filme de Hellraiser, ou Jogos Mortais.
O Arranca-Seios
Este é um instrumento usado primordialmente em mulheres, geralmente acusadas de abortos ou de adulterarem. Seu uso era simples, e consistia em esquentar o aparelho numa fogueira, prende-lo no seio exposto da vítima, e depois arranca-lo vagarosa ou lentamente, dependendo do que o inquisidor queria causar. Logo depois se deixava a mulher sangrando para que pudesse morrer de hemorragia, ou que fosse levada a loucura pela dor.
A Serra
A imagem já explica toda a diabrura desse instrumento, mas tem um adendo: o fato da vítima ser virada de cabeça pra baixo tem uma explicação científica. Com o sangue descendo todo para o cérebro, a vítima não desmaiava enquanto sofria de dores extremas, como é normal no corpo humano. Ao invés disso, ela só morria quando a serra chegava no abdômen, quando os serradores paravam, e esperavam que a pessoa terminasse sua agonia, o que poderia durar horas. Seu uso era muito incentivado pelo fato de serras serem baratas e facilmente encontradas em muitos cantos.
O Berço de Judas
Esse instrumento era um pouco mais elaborado que o clássico empalamento popularizado por Vlad, o Drácula, mas parece muito pior, devido a lentidão com que a dor era infringida. A vítima era colocada com o ânus ou a vagina sobre a ponta do berço e era lentamente baixada através de cordas amarradas a ela. Parece simples, mas existe agravantes aí. Se ela demorasse a morrer – o que poderia levar dias – poderiam ser amarrados pesos nas suas pernas, para dar uma acelerada no processo. Mas se quisessem o efeito contrário, a vítima sofria sozinha. Fora que nunca lavavam o aparelho, o que produzia infecções dolorosas.
O Rack
A vítima era colocada nessa mesa, e cordas eram amarradas nos seus membros superiores e inferiores. Um algoz se punha a enrolar a corda vagarosamente, até que as articulações se deslocassem, o que causava dor extrema na vítima. Alguns algozes mais afoitos chegavam a arrancar braços e pernas, matando por hemorragia. Mais tarde foram incorporadas lanças para estocar a vítima enquanto ela ia sendo esticada…
A Pêra
Esse era o instrumento favorito a ser usado contra adúlteras e homossexuais. Esse aparelho era inserido no ânus ou na vagina (ou boca, se ele fosse um mentiroso) da vítima e através daquele engenho na ponta, ele se abria em duas partes ou mais partes, dilacerando o interior do inquirido. Raramente levava a morte, mas na verdade ela era, geralmente, apenas o início das dores do acusado.
O Corta-Joelhos
Os joelhos do acusado eram colocados no meio dessas garras, para serem esmagados lentamente. Às vezes, o aparelho – um dos preferidos pelos espanhóis – era aquecido, para aumentar a dor da vítima. Outras partes do corpo eram colocadas nas garras, como os pulsos, cotovelos, braços, ou as pernas. A idéia era inutilizar as articulações da vítima, ou o método servir como o início da tortura, visto que não era mortal em grande parte dos casos.
O Triturador de Cabeças
Outro preferido e aperfeiçoado pelos espanhóis! A cabeça do inquirido era coloca numa barra de ferro, com o queixo apoiado na barra – algumas tinham recipientes especiais para os globos oculares – enquanto seu crânio era lentamente esmagado. O primeiro a quebrar era o maxilar, e algumas dezenas de minutos depois, a morte, após dores lancinantes. O cérebro às vezes escorria pelo nariz, ou pelas orelhas no processo, podendo o método ser usado como tortura, caso o algoz escolha ficar horas parado, apenas fazendo perguntas.
Empalamento
Drácula, ou Vlad, O Empalador; foi o inventor desse aqui, na Romênia do século XV, de acordo com a tradição. A vítima era colocada sobre uma estava grande e pontuda. O tempo entre o início da punição e a morte, levava em torno de três dias. Alguns carrascos tinham cuidado para que a estaca entrasse no ânus e só saísse acima do queixo da vítima, o que aumentava a dor da vítima. Acredita-se que Vlad fez isso em torno de 20.000 a 300.000 vezes.
Dama de Ferro
Provavelmente o mais famoso e conhecido método de tortura medieval. A vítima era colocada dentro dessa câmara de madeira cheia de pregos e superfícies pontudas, que continha uma abertura para que se pudesse interrogar a vítima, ou enfiar facas. Os pregos de dentro da Dama não atingiam os pontos vitais, com o intuito de atrasar a morte do torturado. Geralmente as regiões furadas eram os olhos, braços, pernas, barriga, peito e nádegas.
Mesa de Evisceração
O torturado era deitado numa superfície com os pés e mãos imobilizados e logo acima dele existia uma manivela com espinhos. Um carrasco fazia uma incisão na altura do estômago e com um gancho preso a uma corrente, e através dele era retirado um pedaço do intestino, que era preso na manivela. Aos poucos a manivela era girada, e o intestino era enrolado nela.

Renato Russo Tinha Razão...




Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.

Quem me dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.


Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
o futuro não é mais como era antigamente.


Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer
.


Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante

Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente.

Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste
.

[...]
 
Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes
.

Quem me dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos, obrigado.


Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente.

[...].


Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.


Canção Índios, 1993, Legião Urbana, autor Renato Russo. Se estivesse vivo, o poeta completaria 52 anos de idade no dia de hoje.

Celebração do Dia Mundial do Teatro do Oprimido



Foi no dia 16 de março que o criador do Teatro do Oprimido, o carioca Augusto Boal, nasceu. Por conta disso, desde  2007, nos cerca de 80 países onde a metodologia é praticada, se celebra o Dia Mundial do Teatro do Oprimido.
Para homenagear o diretor artístico da instituição, o Centro de Teatro do Oprimido realiza evento comemorativo as 19h, em sua sede no boêmio bairro da Lapa.  Como abertura da noite teremos a apresentação de pouporrit musical do espetáculo Coisas do Gênero, com elenco do CTO. A exibição do documentário Augusto Boal e o Teatro do Oprimido, do cinesta Zelito Viana brindará os convidados com a histórica trajetória de vida e obra do dramaturgo.
Na programação também está a apresentação de performance internacional com elenco da Guatemala, Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai, Peru, França, Alemanha, Espanha, Itália e Brasil.  Os estrangeiros são multiplicadores do método mundo afora e participantes do Seminário Raízes e Asas, promovido pelo CTO e a instituição alemã Kuringa durante a semana que antecede o evento. Ainda acontece na noite, o lançamento do livro A Estética de Boal – Odisséia pelos Sentidos, de Flávio Sanctum.
As comemorações começam com a realização de um Encontro Latino Americano deTeatro do Oprimido que acontece entre os participantes do Seminário para discussão das ações futuras dos praticantes do método teatral no continente, a partir do 2º Encontro Latinoamericano de Teatro do Oprimido ocorrido na Guatemala em janeiro passado, na cidade de Quetzaltenango.
O CTO encerra suas comemorações no dia 17 com apresentação do Grupo de Teatro do Oprimido do Complexo da Maré – GTO Maré, às 15h no Museu da Maré. O grupo formado por adolescentes, criou a peça Quem pode leva, que levanta a discussão sobre o preconceito que os jovens sofrem por morarem na favela. O Museu da Maré está localizado na Av. Guilherme Maxwell, no.26, em frente ao PSF – Programa de Saúde da Família – Augusto Boal, uma homenagem da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.
Entre as diversas comemorações pelo mundo afora, o Projeto Centro Interuniversitário de Memória e Documentação – CIM, locado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, marcará o aniversário de Boal no Campus da Praia Vermelha. A restauração e divulgação do acervo do dramaturgo é a primeira ação do Projeto CIM. As comemorações na universidade tem uma intensa agenda de atividades, entre as quais a entrega do título de Doutor Honoris Causa para Boal, in memorium.  A agenda completa pode ser conhecida na página: http://casadaciencia.ufrj.br/Exposicao/boal/divulgacao/images/mala_boal.jpg

Dia Mundial do Teatro do Oprimido
Data: 16 de Março
Horário: 19h
Local: Av. Mem de Sá, 31, Lapa, Rio de Janeiro, RJ
ENTRADA FRANCA
Classificação Livre
Informações: (21) 2215-0503| (21) 2232-5826
Texto: Alessandro Conceição
Edição: Helen Sarapeck

Noite do Metal (31/03/2012)



Noite do Metal II

Sacramento Produções apresenta: Noite do Metal II
Com as bandas:
ANTIDEMON - SP (Death Metal)
Implement- PE (Death Metal)
Holocausto - PE (Metal Core)
Seventy Times Seven - PE (Metal Core)
Soterion - PE (Black Metal)
Plenitud - PE (Alternativo)
Salário do pecado - PE (Death metal)
Consagrados - PE (Metal Alternativo)
Parada 133 - PE (Metal Alternativo)

Ingressos limitados - Informações (81) 8644.9236
Primeiro Lote 10,00 R$ Segundo Lote 15,00 R$

Ingressos a venda:
Luz e Vida: 3224.4767
Blackout: 3221.2091
Disco de Ouro: 3423.3345
Gramofone: 3164.6298
Vinil Alternativo: 3222.2385

Data: Sábado, 31 de Março de 2012

Local: Teatro Maurício de Nassau
Vigário Tenório, 135 Recife Antigo, Recife, Brazil

Mais informações: VEJA AQUI!

Vídeo promocional do evento:

“Ler será possuir uma cópia ilegal no cérebro”


Publicado originalmente por UNISINUS
“Ler será possuir uma cópia ilegal no cérebro” , afirma Christopher Kelty, professor da Universidade da Califórnia, em uma reflexão sobre o encerramento da incrível livraria virtual que havia revolucionado o acesso ao conhecimento acadêmico.
A história da Library.nu e do recente encerramento do sítio que possuía milhares de livros “on-line”, no dia15 de fevereiro, poderia muito bem ser um romance. Certamente haverá algum sítio que o substitua. Desta vez, a coalizão das editoras ganhou a competição na onda de encerramentos dos sítios de compartilhamento de arquivos, já sofrido pela Megaupload e que pressionou a The Pirate Bay, entre outros. No entanto, diante da ausência de uma substituição considerável, em relação à oferta que havia conquistado a Library.nu, instituições e organizações que lutam pelos direitos dos usuários, professores e intelectuais se perguntam se o dano sobre o acesso à cultura não é maior que o dano ao “direito do autor”. A Library.nu era um problema e também uma grande solução.
Dezessete companhias editoriais se uniram nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha para barrar o sítio que tinha uma oferta inabarcável da literatura universal – cerca de 400.000 exemplares – e alguns dizem que poderia chegar a um milhão. Entre as editoras estão a Harper Collins, Oxford University Press eMacmillan. Aconteceu com a Library.nu algo parecido com o que ocorreu com os sítios que indexavam arquivos no Megaupload. Na Library.nu se acumulavam “links para download” de livros, que na verdade estavam armazenados na iFile.it, um serviço de “backup”de arquivos. Conforme informado, o Tribunal alemão recebeu dezessete demandas, em que foram mencionados dez livros de cada editora. As sansões esperadas poderiam chegar aos 250.000 euros e no máximo seis meses de prisão. Embora, em geral, as editoras lidam com o famoso “takedown notice” (algo como “avisamos que você tem que encerrar o sítio ou vamos pegá-lo”), desta vez decidiram juntarem-se diante da impossibilidade de chegarem diretamente ao sítio que comandava os índices dos livros. Os encarregados da tarefa de encontrá-los foram os alemães de Lausen Retchsanwalte, especializados na procura por violações da propriedade intelectual, uma árdua tarefa nos tempos de Internet.
A conexão entre os dois sítios veio após encontrarem uma coincidência entre a Library.nu, aparentemente hospedada na Ucrânia, com endereço legal na ilha Niue do Pacífico, mas em que o endereço de registro de ambos estava na Irlanda. Então, os advogados trabalharam com a Irish National Federation Against Copyright Theft (Federação Nacional Irlandesa contra Roubo de Direitos Autorais) para encontrar conexões até que conseguiram observar que o botão das “Doações” daLibrary.nu que confirmava a recepção pelo correio eletrônico e o recibo da PayPal chegavam com o nome dos verdadeiros donos da conta: Fidel Núñez e Irina Ivanova, os mesmos donos e diretores daLibrary.nu eram os da iFile.it.
Para além do desajuste dos criadores, o que questiona Christopher Kelty, professor da Universidade da Califórnia e autor do livro Two Bits: the cultural significance of the Free Software (Dois Bits: o significado cultural do Software livre), é que o sítio tinha principalmente livros escolares, monografias, análises biográficas, manuais técnicos, pesquisas em engenharia, matemática, biologia e ciência, textos com copyright, mas fora do mercado, mal e bem digitalizados, em inglês, francês, espanhol ou russo. Como conta Kelty em seu artigo: “The Disapearing virtual library”, publicado em Al Jazeera, esses “bárbaros que colocaram a indústria editorial de joelhos não eram ninguém menos que estudantes de cada canto do planeta”, desejosos em aprender. Isso é o que milhares de jovens e adultos com ansiedade em aprender fizeram com a Library.nu. Em apenas alguns anos “criaram um mundo de leitura e apostaram no compartilhamento de conteúdos”. Os editores pensam – disse Kelty – que se tratou de uma grande vitória na “guerra contra a pirataria”, que irá melhorar a renda da indústria e lhes oferecerão maior controle, e os “piratas” pensam que simplesmente o conteúdo irá para outro sítio.
Porém, para Kelty a questão está em compreender que a demanda global pela aprendizagem e escolarização não estão sendo levados em conta pela indústria editorial e “não pode ser levada em conta com este modelo de negócio e com estes preços”. A grande classe média global, desejosa em aprender e compartilhar conhecimento, repartida por todos os cantos do planeta, “clama pelo conhecimento” e, desta vez, o argumento contra a Library.nu está ainda mais difícil de se defender: não se trata de entretenimento sonoro ou audiovisual, de jovens fazendo travessuras e copiando discos para que sejam baixados por seus amigos, mas de um extraordinário acesso ao conhecimento.
O que ironicamente disse Kelty, é que o centro da discussão deverá vagar entre a ideia de criminalizar o acesso aos livros “ilegais” em contraposição ao “compartilhamento do conhecimento”. A fúria pela interrupção do acesso ao conhecimento se apoderou das redes sociais, dos blogs, dos “posts” e de milhares de universidades de todo o mundo que haviam encontrado na Library.nu um espaço para terminar com a escassez do acesso ao saber, num mundo em que a indústria editorial segue pensando que o saber ocupa lugar e que é preciso pagar por ele. Como disse magistralmente Kelty, em uma parte de seu artigo, “em breve, ler será possuir uma cópia ilegal de um livro no cérebro”.
dica do Jarbas Aragão

Busca de paz

Som que se ouve longe a ecoar
na minh'alma vibra sem parar
inquietações acabam por nascer
justaposições de poder.

Não quero ouvir tais malefícios
nem tampouco meço os prejuízos
busco paz sem fim a todo instante
e um distanciamento no semblante.

Toque que me faz calar
som que agita o corpo
vista ao meu paladar
como um desejo torto.

São sons e emoções furtivas
confusa ando a carregá-las.
São cenas por demais inventivas
que não me encoraja compartilhá-las.

Quero ser livre e buscar a paz
sem viver a mendigar.
Que é, pois, isso que ela traz?
É cheiro de vida pelo ar.

(Angela Natel - 06/03/2012)

Homenagem à Joana D'Arc

Homenagem à Joana D'Arc

Neste dia 6 de janeiro, completam-se exatamente 600 anos que Joana D'Arc nasceu.
A menina nasceu em uma vila bem simples chamada Domremy de apenas 100 habitantes, era uma camponesa pobre e analfabeta mas muito dócil.

A partir dos 14 anos, ela descreve que ouvia vozes de um anjo, que dizia a ela para libertar a França, que há anos estava sob o domínio da Inglaterra. A partir daí ela começou a conversar muito consigo mesma até decidir o que ela sentiu que deveria fazer. Aos 17 anos ela foi até a nobreza francesa e lá começou a sua luta.

Até os 19 anos liderou exércitos de milhares soldados, venceu batalhas, libertou muitas cidades e voltou a coroar o rei da França (antes disso, a França ficou sem rei por vários anos). Ela cumpriu todos os objetivos que ela tinha proposto para si mesma.
Mais tarde, como algo que comumente acontece com grandes heróis, ela foi traída, presa e enviada aos ingleses.
Foi condenada à morte na fogueira, por "heresia". Consideravam ela uma bruxa. Seu coração continuou batendo mesmo enquanto estava sendo queimada... Mas para muitos continua batendo até hoje... pois ela pode ser considerada um dos maiores exemplos de CORAGEM que a história tem para nos contar.

 Parabéns Jeanne D'Arc

Uma menina pobre, camponesa, analfabeta... NAQUELA ÉPOCA???
Liderou 4000 soldados???
Libertou dos ingleses: Orléans, Jargeau, Meung-sur-Loire, Beaugency, Patay, Gien, Saint Fargeau, Mézilles, Auxerre, Saint Florentin e Saint Paul ???

 

 Pois é... para alguns não existe nada que possa impedí-lo de sair de seu caminho!