terça-feira, 30 de junho de 2015

Sobre casamento, modelo de família e igreja cristã: um pouco de história.




A questão do casamento se está no âmbito dos direitos civis, tem muito pouco a ver com religião, a não ser como rito de passagem. Por que a religião se importa tanto com isso?
Há muitas noções de família e de casamento no decorrer da história. Na própria Bíblia hebraica, os grandes líderes são polig^amicos (será que quando alguns mencionam um modelo cristão de família consideram isso?). Mas, para ficar mais restrito à história, é a partir do século XVII e XVIII que noção de família (pai, mãe e filhos) que temos hoje se estabelece. A noção anterior de núcleo familiar era bem mais ampla (incluía agregados, primos etc – figura abaixo). Até então, por exemplo, casamento pouco tinha a ver com o amor. Ele uma forma de selar acordos em famílias, continuidade do nome (Luís XVI sofre bastante na língua do povo por ter demorado a ter filho, sucessor no trono), descendência, forma de diminuir o desejo sexual, etc. Aliás, o cristianismo em sua origem considerou o casamento negativamente: “remédio à concupiscência”, “alternativa à danação para os incontinentes”, forma de conter a volúpia e, portanto, a desordem. Era solução para aqueles que não conseguem o estado superior do celibato (1Co 7,7-8). De todo modo, na grande maioria dos casos não envolvia sentimento entre os cônjuges e muito menos exigência de fidelidade.
Em segundo lugar, também pouco tinha a ver com religião. Na Idade Média europeia, até o século XI e XII, o casamento era uma cerimônia privada (que reunia amigos e parentes), normalmente conduzida pelo pai (ou tio) da noiva e realizado em casa. A função ritual do padre (quando havia) era apenas benzer o leito dos amantes, no cair da noite, a fim de que a “semente” frutificasse. A partir do século XII, a igreja começa a se ocupar com o tema, principalmente destacando a indissolubilidade do casamento (insiste-se no seu caráter sacramental). Isso tinha a ver também com o fato de que casamento (principalmente entre os nobres) era um contrato entre duas famílias. Com isso, o contrato não poderia ser desfeito a qualquer momento, garantindo certa estabilidade.
Logo depois, a luta de séculos foi no sentido de se enfatizar o aspecto institucional e público do casamento. Isso não quer dizer que a igreja não tentava regulamentar a vida sexual. Há muitos textos normativos sobre sexualidade e família, escritos em grande parte por homens e celibatários, com pouca experiência prática no tema. A cerimônia privada e familiar passa a sofrer mudança, por exemplo, no espaço. Ela não é mais realizada no âmbito privado da casa, mas desloca-se para o espaço público. No fim da Idade Média, a cerimônia era feita nas portas das igrejas ou mesmo cemitérios. É somente no século XVII que entra para o interior da igreja, indicando como a questão tinha se tornado um problema religioso.
Esse ponto se refere aos nobres. No caso dos habitantes do campo e da cidade, quando muito, havia algum ritual bastante simples. No mais das vezes, não havia ritual nenhum.
Séculos mais tarde, as coisas mudam um pouco com a separação de estado e igreja. No Brasil, por exemplo, a igreja não casa ninguém. Ela abençoa um ato que se realiza fora do âmbito religioso.
O que quero dizer com isso? Ora, há muitas concepções de família, casamento, etc. Mas, mais do que isso, é questão de direito civil. Há uma história que indica como ele se tornou objeto de preocupação das instituições eclesiástica. As práticas rituais são bom indício desse movimento. Assim como foi feito, ele é desfeito (aliás, as práticas atuais indicam muito bem isso. Para muitos, casamento volta a ser questão privada). Assim, ao meu ver, a questão se relaciona com cidadãos num estado de direito. Não vejo como isso pode ameaçar a fé de alguém. Basta conhecer um pouco da própria tradição cristã. Também, não me parece que seja a destruição da “família”. É, certamente, mais uma mudança de várias (não é a primeira e não será a última) na compreensão de família, afinal, a história continua...


Frederico Pieper Pires
https://www.facebook.com/frederico.pieperpires/posts/866675040073672

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Sorteio de livros "Um brinde à diferença!"



São 7 (sete) livros para 7 (sete) diferentes ganhadores! – Muitas chances para você ganhar!
- válido somente para território brasileiro -
Para o 1º nome sorteado: Prêmio 1) O Profeta do Islam: Muhammad
Para o 2º nome sorteado: Prêmio 2) Muhammad: O Mensageiro de Deus, de Dr. Abdul
Para o 3º nome sorteado: Prêmio 3) Um breve guia ilustrado para compreender o Islã
Para o 4º nome sorteado: Prêmio 4) Até quando? - O cuidado pastoral em contexto de violência contra a mulher praticada por parceiro íntimo (Aileen S. Carrol e Sérgio Andrade)
Para o 5º nome sorteado: Prêmio 5) Índia – a fronteira do sonho (Robson S. Oliveira)
Para o 6º nome sorteado: Prêmio 6) O Profeta do Islam: Muhammad
Para o 7º nome sorteado: Prêmio 7) Um breve guia ilustrado para compreender o Islã
Para participar, é só curtir a página Angela Natel, entrar no link da promoção e clicar no botão verde escrito “quero participar”:
2) Clique no botão verde escrito ‘quero participar’ no link:
https://www.sorteiefb.com.br/tab/promocao/464363
O resultado do sorteio será divulgado dia 03/07/2015 (sexta-feira) na página Angela Natel a partir das 18h:
https://www.facebook.com/pages/Angela-Natel/137128436426391
Lembrando que somente os participantes que realizarem os dois passos requeridos é que receberão seus prêmios caso sejam os ganhadores.
Aproveite e compartilhe com seus amigos!

domingo, 28 de junho de 2015

Falta-me



Falta-me coragem:
Prá dizer o que sinto,
Prá dizer que não minto
Quando digo que amo.

Falta-me malandragem:
Prá tomar a iniciativa,
E não dar justificativa
Sem causar nenhum dano.

Falta-me cara de pau:
Prá pedir ajuda em dinheiro
Prá espalhar pro mundo inteiro
Que sou outra pessoa.

Falta-me estima tal
Que me ajude a dizer,
Que me force a ser
E viver como leoa.


Angela Natel – 26/06/2015

sábado, 27 de junho de 2015

Que tal?

Porque a vida humana 
não se resume à sua sexualidade, 
que tal falarmos 
sobre respeito e dignidade?

sexta-feira, 26 de junho de 2015

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Insatisfação



Meias que não aquecem
Beijo que não corresponde
Um remédio que não alivia
Pés que não cruzam a ponte.

Páginas sem sentido
Comida que não enche a barriga
Um cobertor que não me cobre os pés
Casa mal varrida.

Dinheiro que não chega,
Trabalho que não rende.
Chefe que não paga,
Coração que não aprende.

Sempre com fome,
Sempre com frio,
Carente, ausente,
Falta de brio.

Uma completa insatisfação.
Uma busca que não acaba
Perda de tempo? Acho que não.
Espera que se dilui na água.


Angela Natel - 25/06/2015

terça-feira, 23 de junho de 2015

Convulsão Protestante


Como um soco no estômago este livro chegou para fazer nossa teologia convulsionar. Mais do que necessário, este desafio é para todos nós, que consideramos ter coerência entre nossa fé e nossas atitudes. Para desvelar toda hipocrisia e construir caminhos de sobriedade sobre um cristianismo acima de qualquer religiosidade, recomendo. Angela Natel

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Sorteio de livros "Um brinde à diferença!"



São 7 (sete) livros para 7 (sete) diferentes ganhadores! – Muitas chances para você ganhar!
- válido somente para território brasileiro -
Para o 1º nome sorteado: Prêmio 1) O Profeta do Islam: Muhammad
Para o 2º nome sorteado: Prêmio 2) Muhammad: O Mensageiro de Deus, de Dr. Abdul
Para o 3º nome sorteado: Prêmio 3) Um breve guia ilustrado para compreender o Islã
Para o 4º nome sorteado: Prêmio 4) Até quando? - O cuidado pastoral em contexto de violência contra a mulher praticada por parceiro íntimo (Aileen S. Carrol e Sérgio Andrade)
Para o 5º nome sorteado: Prêmio 5) Índia – a fronteira do sonho (Robson S. Oliveira)
Para o 6º nome sorteado: Prêmio 6) O Profeta do Islam: Muhammad
Para o 7º nome sorteado: Prêmio 7) Um breve guia ilustrado para compreender o Islã
Para participar, é só curtir a página Angela Natel, entrar no link da promoção e clicar no botão verde escrito “quero participar”:
2) Clique no botão verde escrito ‘quero participar’ no link:
https://www.sorteiefb.com.br/tab/promocao/464363
O resultado do sorteio será divulgado dia 03/07/2015 (sexta-feira) na página Angela Natel a partir das 18h:
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domingo, 21 de junho de 2015

O PINTASSILGO E AS RÃS - Rubem Alves

Num lugar muito longe daqui, havia um poço fundo, abandonado e escuro que alguém cavara, muitos e muitos anos atrás, não se sabe bem para que. Lá dentro se alojou um bando de rãs. As primeiras a entrar pensaram que aquele era um local bom de se viver, protegido, úmido, gostoso. De um pulo caíam lá dentro. Só que não perceberam que pular no buraco é fácil. O difícil é pular para fora dele. O poço era fundo demais e elas nunca mais puderam sair. Ficaram vivendo lá dentro. Casaram-se; tiveram filhos, multiplicaram-se. As mais velhas ainda se lembravam da beleza do mundo de fora e morriam de saudades. Contavam estórias para seus filhos e netos.
-- Quando eu era jovem, e ainda não tinha caído neste buraco... Era assim que sempre começavam. A princípio, a meninada parava para ouvir e gostava. "Estórias da carochinha", eles diziam. O fato é que nunca haviam estado do lado de fora, e pensavam que as tais estórias não passavam de invenções de seus avós já caducos. O tempo passou, os velhos morreram, e até mesmo essas estórias foram esquecidas. As novas gerações foram educadas segundo novos princípios pedagógicos, currículos adequados à realidade, o que importa é passar no vestibular, e acabaram por acreditar que o seu buraco era tudo o que existe no universo. Isto era cientifico, resultado da rigorosa análise material do seu mundo. O real era um cilindro oco e profundo, onde a água, a terra e o ar se combinavam para formar tudo o que existia. As rãzinhas aprendiam que o seu era o melhor dos mundos e, na escola, aprendiam a recitar:
"Rãzinha, não verás buraco algum como esteAma, com orgulho, o buraco em que nasceste..."
A vida, lá dentro, era como a vida em todo lugar. Havia as rãs fortes e truculentas. Elas mandavam nas outras que eram fracas e tinham de obedecer e trabalhar dobrado. Os insetos mais gostosos iam sempre para as mais fortes. As rãs oprimidas achavam, com toda a razão, que isto era uma injustiça. E, por isso mesmo, preparavam-se para uma grande revolução que poria fim a esse estado de coisas. Quando a classe dominante fosse derrubada, a vida no fundo do poço ficaria democrática e os insetos seriam distribuídos com justiça...
Se o buraco não era tão bom quanto cantava a poesia (assim diziam os ideólogos da revolução), era porque ele estava dominado pelas rãs fortes...
Aconteceu, entretanto, que um pintassilgo que voava por ali viu a boca do poço. Ficou curioso e resolveu investigar. Baixou o vôo e entrou nas profundezas. Qual não foi a sua surpresa ao descobrir as rãs! Mas mais perplexas ficaram elas ante a presença daquela estranha criatura. A simples presença do pintassilgo punha em questão todas as teorias sobre o mundo, pois que dele não havia registro algum em seus arquivos históricos. O pintassilgo morreu de dó ao ver as pobres rãs, prisioneiras daquele buraco fétido e escuro, sem nada saber do lindo mundo que havia fora do poço. Como é que elas podiam viver ali dentro, sem nunca pensar em sair? Claro que para se planejar sair é preciso acreditar que existe um "lá fora". Mas as rãs sabiam que um "lá fora" não existia, pois os limites do seu buraco eram os limites do universo.
O pintassilgo resolveu contar-lhes como era o mundo de fora. E se pôs a cantar furiosamente. Queria ajudar as pobres rãs...
Trinou flores, campos verdes, riachos cristalinos, lagoas, insetos de todos os tipos, sapos de outras raças e outros coaxares, bichos os mais variados, o sol, a lua, as estrelas, as nuvens.As rãs ficaram em polvorosa e logo se dividiram.Algumas acreditaram e começaram a imaginar como seria lá fora. Ficaram mais alegres e até mesmo mais bonitas. Coaxaram canções novas. E começaram a fazer planos para a fuga do poço. Desinteressaram-se das esperanças políticas antigas.
-- Não, não queremos democratizar o fundo do poço. Queremos é sair dele... Preferimos ser gente simples lá fora, onde tudo é bonito, a ser elite dominando aqui dentro, onde tudo é escuro e fedido...
As outras fecharam a cara e coaxaram mais grosso ainda. Não acreditaram...
O pintassilgo resolveu, então, trazer provas do que dizia. Chamou abe-lhas, com mel. Convidou borboletas coloridas. Trouxe flores perfumadas...
Mas tudo foi inútil para os que não queriam acreditar.-- Este bicho é um grande enganador, eles diziam. Sabemos que estas coisas não existem. Aprendemos em nossas escolas...O rei reuniu seus generais e ponderou que as idéias do pintassilgo eram politicamente perigosas. As rãs estavam perdendo o interesse pelo trabalho. Produziam menos. Com isto havia menos recursos para as despesas do Estado, especialmente uma ferrovia que se pretendia construir, ligando um lado do poço ao outro. Trabalhavam menos, coaxavam mais. Claro que as palavras do pintassilgo só podiam ser mentiras deslavadas, intrigas de oposição...
Os revolucionários, igualmente, puseram o pintassilgo de quarentena, pois o seu canto enfraquecia politicamente as rãs dominadas, que agora estavam mais interessadas em sair que em revolucionar o poço.
As rãs intelectuais, por sua vez, se puseram a fazer a análise filosófica, ideológica e psicanalítica da fala do pintassilgo. O seu relatório foi longo. Nele concluíram que:de um ponto de vista filosófico, faltava rigor ao discurso do pássaro, pois ele mais se aproximava da poesia que da ciência;de um ponto de vista ideológico, tratava-se de um discurso alienado, no qual não se fazia nem mesmo uma análise crítica das condições objetivas da sociedade ranal;de um ponto de vista psicanalítico, era óbvio que o pintassilgo sofria de perigosas alucinações que, dado o seu conteúdo, poderiam se transformar num fenômeno de massas.
Observaram, finalmente, que dadas as evidências, o pintassilgo se constituía num grave perigo tanto para a cultura como para as instituições do mundo das rãs. E com isto pediam das pessoas de boa vontade e responsabilidade as providências devidas para erradicar o mal.
O manifesto das rãs foi acolhido unanimemente tanto pelos líderes da direita como pelos líderes da esquerda pois, para além de suas discordâncias conjunturais, estava seu compromisso comum com o bem-estar e a tranquilidade da família ranal.Por ocasião da próxima visita do pintassilgo, ele foi preso, acusado de enganador do povo, morto, empalhado e exposto no Museu de História.Quanto às rãs, foram para sempre proibidas de coaxar as canções que o pintassilgo lhes ensinara.Um aluninho-rã, que visitava o museu, perguntou à sua professora:-- Que é aquilo, professora?-- É um pintassilgo, ela respondeu.-- E que coisas estranhas são aquelas nas suas costas?, ele perguntou. -- São asas...-- E para que servem?, ele insistiu.-- Para voar...-- E nós voamos?-- Não, respondeu a professora. Nós não voamos. Nós pulamos...
E não seria melhor voar?A professora compreendeu então, com um discreto sorriso, que um pintassilgo, mesmo empalhado, nunca seria esquecido.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Sorteio de livros "Um brinde à diferença!"



São 7 (sete) livros para 7 (sete) diferentes ganhadores! – Muitas chances para você ganhar!

- válido somente para território brasileiro -

Para o 1º nome sorteado: Prêmio 1) O Profeta do Islam: Muhammad

Para o 2º nome sorteado: Prêmio 2) Muhammad: O Mensageiro de Deus, de Dr. Abdul

Para o 3º nome sorteado: Prêmio 3) Um breve guia ilustrado para compreender o Islã

Para o 4º nome sorteado: Prêmio 4) Até quando? - O cuidado pastoral em contexto de violência contra a mulher praticada por parceiro íntimo (Aileen S. Carrol e Sérgio Andrade)

Para o 5º nome sorteado: Prêmio 5) Índia – a fronteira do sonho (Robson S. Oliveira)

Para o 6º nome sorteado: Prêmio 6) O Profeta do Islam: Muhammad

Para o 7º nome sorteado: Prêmio 7) Um breve guia ilustrado para compreender o Islã

Para participar, é só curtir a página Angela Natel, entrar no link da promoção e clicar no botão verde escrito “quero participar”:

1) Curta a página:

O resultado do sorteio será divulgado dia 03/07/2015 (sexta-feira) na página Angela Natel a partir das 18h:
https://www.facebook.com/pages/Angela-Natel/137128436426391

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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Tristeza



O lugar que deveria ser seu refúgio
Os braços que deveriam te acalentar
E tirar as dores d’alma com suas cores
Não passa de um vento a te derrubar.

Para onde se queria ter o desejo de voltar
Busca-se a distância, o esquecimento
Ignoram a impotência e a necessidade
Eis a razão para tal lamento.

Com a desculpa de não se poder ajudar
Material e financeiramente
Deixam de lado o carinho e o incentivo
Tornando a convivência insuportável.

Os dias que se passam longe
São refrigério, um descanso
E quanto mais se aproxima o retorno
Mais o coração aperta de tristeza.

Angela Natel

Maio/2015

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Sorteio de dia dos namorados!


Atenção: Sorteio "Nietzsche para o dia dos namorados"

Sorteio do livro HUMANO, DEMASIADO HUMANO - Friedrich Nietzsche (válido somente para território brasileiro)

Publicado em 1878, 'Humano, demasiado humano' marcou o afastamento de Nietzsche em relação ao romantismo de Wagner e ao pessimismo de Schopenhauer. Influenciado pelos moralistas franceses, Nietzsche adotou e expandiu a forma do aforismo, que neste livro aborda temas como metafísica, moral, religião, arte, literatura, amor, política e relações sociais. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza.

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O resultado do sorteio será divulgado dia 12/06/2015 (dia dos namorados) na página Angela Natel a partir das 18h:
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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Jornalista Sandra Terena questiona Justiça brasileira sobre infanticídio

Não aprendeu


Quando a perda das aulas (que é responsabilidade do Governo, e não dos professores) se torna mais importante do que a perda da vida e da dignidade humana dos educadores, vemos que a sociedade realmente ainda não aprendeu sua lição. - Angela Natel

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Essa dor



Uma dor que chegou de repente
Nem sei de onde veio
Mostra força até quando respiro.
Uma dor que me parte ao meio.

O que eu faço com essa dor
Que ora aumenta, ora diminui?
Onde a deixo para eu me recompor?
Por que é que nada a dilui?

Se eu pudesse a enveloparia
E mandava prá bem longe daqui.
Se eu pudesse, a desintegraria
Essa dor que antes nunca senti.

Mas percebo que uma dor como essa,
Física, puramente física
Não me machuca tanto, não me abala

Essa dor, ainda que me limite,
Os movimentos, a concentração,
Não me tira o pensamento,
Nem muda minha razão.

Essa dor não me afasta de ninguém,
Pelo contrário, me faz depender,
Essa dor não me causa impedimento
Na dimensão do ser.

Então, menos mal que seja essa dor
Que me atinge no momento
Prefiro esta do que a dor do coração,
De consciência e de sentimento.


Angela Natel – 08/06/2015.

sábado, 6 de junho de 2015

Paciência e coragem



Porque viver requer muita paciência,
E amar requer coragem.
O resto a gente dá um jeito,
Corta o cabelo pela metade,
Desliza ao som de Madonna, Angra, Cazuza, Legião e Raul...

E, claro, tem Paralamas e Zazo, o Nego, e cada um tem seu momento,
Mas ainda é preciso paciência,
E coragem,
Porque as pessoas não deixam passar,
Rotulam, desprezam,
E ainda corro o risco de ser ignorada, desprezada, rejeitada,
Como sempre.

Preferia não precisar de ninguém,
E dizer coisas que só existem em pensamento,
Brincar novamente com as palavras na dor
E na alegria me divertir com a surpresa alheia.
Mas ainda me falta paciência
E talvez um pouco mais de coragem
Prá não sentir mais pela metade
E me entregar completamente
Ao risco, ao novo, à liberdade.


Angela Natel – 06/06/2015.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Ideias do que posso fazer da minha vida...



1.       Abrir uma papelaria prá vender meu papel de trouxa.
2.       Voltar ao trabalho voluntário e ‘mendigar’ sustento.
3.       Esperar que as pessoas sejam coerentes e ajam de acordo com as palavras de incentivo que costumam me dar.
4.       Permitir que a opinião alheia defina meu corte de cabelo.
5.       Deixar de fazer o que gosto só porque alguém disse que não gosta.
6.       Achar que serei reconhecida pelo que sou e não somente pelo que faço.
7.       Considerar normal que ‘amigos’ só entrem em contato quando esperam ganhar algo com isso.
8.       Acreditar em promessas.
9.       Decidir ficar sozinha, já que não vejo possibilidade de encontrar alguém que tenha a coragem de caminhar ao meu lado.
10.   Colecionar as decepções que adquiri com o passar do tempo.

#sqn


Angela Natel – 05/06/2015

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O meu boicote é...

Querem dizer em quem devemos votar, o que devemos assistir ou não na TV, e agora, querem se meter até com o perfume que devemos ou não usar. Isso está me cheirando muito mal... Bem que Paulo nos avisou: "Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo (...) Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies? Todas estas coisas estão fadadas ao desaparecimento pelo uso, porque são baseadas em preceitos e doutrinas dos homens. As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no combate contra a satisfação da carne"(Colossenses 2:8,20-23). Quer saber? Estou tentado a boicotar essa gente.

Hermes Carvalho Fernandes

Sobre casamento, modelo de família e igreja cristã: um pouco de história.




A questão do casamento se está no âmbito dos direitos civis, tem muito pouco a ver com religião, a não ser como rito de passagem. Por que a religião se importa tanto com isso?
Há muitas noções de família e de casamento no decorrer da história. Na própria Bíblia hebraica, os grandes líderes são polig^amicos (será que quando alguns mencionam um modelo cristão de família consideram isso?). Mas, para ficar mais restrito à história, é a partir do século XVII e XVIII que noção de família (pai, mãe e filhos) que temos hoje se estabelece. A noção anterior de núcleo familiar era bem mais ampla (incluía agregados, primos etc – figura abaixo). Até então, por exemplo, casamento pouco tinha a ver com o amor. Ele uma forma de selar acordos em famílias, continuidade do nome (Luís XVI sofre bastante na língua do povo por ter demorado a ter filho, sucessor no trono), descendência, forma de diminuir o desejo sexual, etc. Aliás, o cristianismo em sua origem considerou o casamento negativamente: “remédio à concupiscência”, “alternativa à danação para os incontinentes”, forma de conter a volúpia e, portanto, a desordem. Era solução para aqueles que não conseguem o estado superior do celibato (1Co 7,7-8). De todo modo, na grande maioria dos casos não envolvia sentimento entre os cônjuges e muito menos exigência de fidelidade.
Em segundo lugar, também pouco tinha a ver com religião. Na Idade Média europeia, até o século XI e XII, o casamento era uma cerimônia privada (que reunia amigos e parentes), normalmente conduzida pelo pai (ou tio) da noiva e realizado em casa. A função ritual do padre (quando havia) era apenas benzer o leito dos amantes, no cair da noite, a fim de que a “semente” frutificasse. A partir do século XII, a igreja começa a se ocupar com o tema, principalmente destacando a indissolubilidade do casamento (insiste-se no seu caráter sacramental). Isso tinha a ver também com o fato de que casamento (principalmente entre os nobres) era um contrato entre duas famílias. Com isso, o contrato não poderia ser desfeito a qualquer momento, garantindo certa estabilidade.
Logo depois, a luta de séculos foi no sentido de se enfatizar o aspecto institucional e público do casamento. Isso não quer dizer que a igreja não tentava regulamentar a vida sexual. Há muitos textos normativos sobre sexualidade e família, escritos em grande parte por homens e celibatários, com pouca experiência prática no tema. A cerimônia privada e familiar passa a sofrer mudança, por exemplo, no espaço. Ela não é mais realizada no âmbito privado da casa, mas desloca-se para o espaço público. No fim da Idade Média, a cerimônia era feita nas portas das igrejas ou mesmo cemitérios. É somente no século XVII que entra para o interior da igreja, indicando como a questão tinha se tornado um problema religioso.
Esse ponto se refere aos nobres. No caso dos habitantes do campo e da cidade, quando muito, havia algum ritual bastante simples. No mais das vezes, não havia ritual nenhum.
Séculos mais tarde, as coisas mudam um pouco com a separação de estado e igreja. No Brasil, por exemplo, a igreja não casa ninguém. Ela abençoa um ato que se realiza fora do âmbito religioso.
O que quero dizer com isso? Ora, há muitas concepções de família, casamento, etc. Mas, mais do que isso, é questão de direito civil. Há uma história que indica como ele se tornou objeto de preocupação das instituições eclesiástica. As práticas rituais são bom indício desse movimento. Assim como foi feito, ele é desfeito (aliás, as práticas atuais indicam muito bem isso. Para muitos, casamento volta a ser questão privada). Assim, ao meu ver, a questão se relaciona com cidadãos num estado de direito. Não vejo como isso pode ameaçar a fé de alguém. Basta conhecer um pouco da própria tradição cristã. Também, não me parece que seja a destruição da “família”. É, certamente, mais uma mudança de várias (não é a primeira e não será a última) na compreensão de família, afinal, a história continua...


Frederico Pieper Pires
https://www.facebook.com/frederico.pieperpires/posts/866675040073672

Sorteio de livros "Um brinde à diferença!"



São 7 (sete) livros para 7 (sete) diferentes ganhadores! – Muitas chances para você ganhar!
- válido somente para território brasileiro -
Para o 1º nome sorteado: Prêmio 1) O Profeta do Islam: Muhammad
Para o 2º nome sorteado: Prêmio 2) Muhammad: O Mensageiro de Deus, de Dr. Abdul
Para o 3º nome sorteado: Prêmio 3) Um breve guia ilustrado para compreender o Islã
Para o 4º nome sorteado: Prêmio 4) Até quando? - O cuidado pastoral em contexto de violência contra a mulher praticada por parceiro íntimo (Aileen S. Carrol e Sérgio Andrade)
Para o 5º nome sorteado: Prêmio 5) Índia – a fronteira do sonho (Robson S. Oliveira)
Para o 6º nome sorteado: Prêmio 6) O Profeta do Islam: Muhammad
Para o 7º nome sorteado: Prêmio 7) Um breve guia ilustrado para compreender o Islã
Para participar, é só curtir a página Angela Natel, entrar no link da promoção e clicar no botão verde escrito “quero participar”:
2) Clique no botão verde escrito ‘quero participar’ no link:
https://www.sorteiefb.com.br/tab/promocao/464363
O resultado do sorteio será divulgado dia 03/07/2015 (sexta-feira) na página Angela Natel a partir das 18h:
https://www.facebook.com/pages/Angela-Natel/137128436426391
Lembrando que somente os participantes que realizarem os dois passos requeridos é que receberão seus prêmios caso sejam os ganhadores.
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Falta-me



Falta-me coragem:
Prá dizer o que sinto,
Prá dizer que não minto
Quando digo que amo.

Falta-me malandragem:
Prá tomar a iniciativa,
E não dar justificativa
Sem causar nenhum dano.

Falta-me cara de pau:
Prá pedir ajuda em dinheiro
Prá espalhar pro mundo inteiro
Que sou outra pessoa.

Falta-me estima tal
Que me ajude a dizer,
Que me force a ser
E viver como leoa.


Angela Natel – 26/06/2015

Que tal?

Porque a vida humana 
não se resume à sua sexualidade, 
que tal falarmos 
sobre respeito e dignidade?

Mensagem de áudio sobre Tiago 2 (Angela Natel)

Link da mensagem de áudio:

https://soundcloud.com/angelanatel/21-06-15-angela-natel-tiago-2

Insatisfação



Meias que não aquecem
Beijo que não corresponde
Um remédio que não alivia
Pés que não cruzam a ponte.

Páginas sem sentido
Comida que não enche a barriga
Um cobertor que não me cobre os pés
Casa mal varrida.

Dinheiro que não chega,
Trabalho que não rende.
Chefe que não paga,
Coração que não aprende.

Sempre com fome,
Sempre com frio,
Carente, ausente,
Falta de brio.

Uma completa insatisfação.
Uma busca que não acaba
Perda de tempo? Acho que não.
Espera que se dilui na água.


Angela Natel - 25/06/2015

Convulsão Protestante


Como um soco no estômago este livro chegou para fazer nossa teologia convulsionar. Mais do que necessário, este desafio é para todos nós, que consideramos ter coerência entre nossa fé e nossas atitudes. Para desvelar toda hipocrisia e construir caminhos de sobriedade sobre um cristianismo acima de qualquer religiosidade, recomendo. Angela Natel

Sorteio de livros "Um brinde à diferença!"



São 7 (sete) livros para 7 (sete) diferentes ganhadores! – Muitas chances para você ganhar!
- válido somente para território brasileiro -
Para o 1º nome sorteado: Prêmio 1) O Profeta do Islam: Muhammad
Para o 2º nome sorteado: Prêmio 2) Muhammad: O Mensageiro de Deus, de Dr. Abdul
Para o 3º nome sorteado: Prêmio 3) Um breve guia ilustrado para compreender o Islã
Para o 4º nome sorteado: Prêmio 4) Até quando? - O cuidado pastoral em contexto de violência contra a mulher praticada por parceiro íntimo (Aileen S. Carrol e Sérgio Andrade)
Para o 5º nome sorteado: Prêmio 5) Índia – a fronteira do sonho (Robson S. Oliveira)
Para o 6º nome sorteado: Prêmio 6) O Profeta do Islam: Muhammad
Para o 7º nome sorteado: Prêmio 7) Um breve guia ilustrado para compreender o Islã
Para participar, é só curtir a página Angela Natel, entrar no link da promoção e clicar no botão verde escrito “quero participar”:
2) Clique no botão verde escrito ‘quero participar’ no link:
https://www.sorteiefb.com.br/tab/promocao/464363
O resultado do sorteio será divulgado dia 03/07/2015 (sexta-feira) na página Angela Natel a partir das 18h:
https://www.facebook.com/pages/Angela-Natel/137128436426391
Lembrando que somente os participantes que realizarem os dois passos requeridos é que receberão seus prêmios caso sejam os ganhadores.
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O PINTASSILGO E AS RÃS - Rubem Alves

Num lugar muito longe daqui, havia um poço fundo, abandonado e escuro que alguém cavara, muitos e muitos anos atrás, não se sabe bem para que. Lá dentro se alojou um bando de rãs. As primeiras a entrar pensaram que aquele era um local bom de se viver, protegido, úmido, gostoso. De um pulo caíam lá dentro. Só que não perceberam que pular no buraco é fácil. O difícil é pular para fora dele. O poço era fundo demais e elas nunca mais puderam sair. Ficaram vivendo lá dentro. Casaram-se; tiveram filhos, multiplicaram-se. As mais velhas ainda se lembravam da beleza do mundo de fora e morriam de saudades. Contavam estórias para seus filhos e netos.
-- Quando eu era jovem, e ainda não tinha caído neste buraco... Era assim que sempre começavam. A princípio, a meninada parava para ouvir e gostava. "Estórias da carochinha", eles diziam. O fato é que nunca haviam estado do lado de fora, e pensavam que as tais estórias não passavam de invenções de seus avós já caducos. O tempo passou, os velhos morreram, e até mesmo essas estórias foram esquecidas. As novas gerações foram educadas segundo novos princípios pedagógicos, currículos adequados à realidade, o que importa é passar no vestibular, e acabaram por acreditar que o seu buraco era tudo o que existe no universo. Isto era cientifico, resultado da rigorosa análise material do seu mundo. O real era um cilindro oco e profundo, onde a água, a terra e o ar se combinavam para formar tudo o que existia. As rãzinhas aprendiam que o seu era o melhor dos mundos e, na escola, aprendiam a recitar:
"Rãzinha, não verás buraco algum como esteAma, com orgulho, o buraco em que nasceste..."
A vida, lá dentro, era como a vida em todo lugar. Havia as rãs fortes e truculentas. Elas mandavam nas outras que eram fracas e tinham de obedecer e trabalhar dobrado. Os insetos mais gostosos iam sempre para as mais fortes. As rãs oprimidas achavam, com toda a razão, que isto era uma injustiça. E, por isso mesmo, preparavam-se para uma grande revolução que poria fim a esse estado de coisas. Quando a classe dominante fosse derrubada, a vida no fundo do poço ficaria democrática e os insetos seriam distribuídos com justiça...
Se o buraco não era tão bom quanto cantava a poesia (assim diziam os ideólogos da revolução), era porque ele estava dominado pelas rãs fortes...
Aconteceu, entretanto, que um pintassilgo que voava por ali viu a boca do poço. Ficou curioso e resolveu investigar. Baixou o vôo e entrou nas profundezas. Qual não foi a sua surpresa ao descobrir as rãs! Mas mais perplexas ficaram elas ante a presença daquela estranha criatura. A simples presença do pintassilgo punha em questão todas as teorias sobre o mundo, pois que dele não havia registro algum em seus arquivos históricos. O pintassilgo morreu de dó ao ver as pobres rãs, prisioneiras daquele buraco fétido e escuro, sem nada saber do lindo mundo que havia fora do poço. Como é que elas podiam viver ali dentro, sem nunca pensar em sair? Claro que para se planejar sair é preciso acreditar que existe um "lá fora". Mas as rãs sabiam que um "lá fora" não existia, pois os limites do seu buraco eram os limites do universo.
O pintassilgo resolveu contar-lhes como era o mundo de fora. E se pôs a cantar furiosamente. Queria ajudar as pobres rãs...
Trinou flores, campos verdes, riachos cristalinos, lagoas, insetos de todos os tipos, sapos de outras raças e outros coaxares, bichos os mais variados, o sol, a lua, as estrelas, as nuvens.As rãs ficaram em polvorosa e logo se dividiram.Algumas acreditaram e começaram a imaginar como seria lá fora. Ficaram mais alegres e até mesmo mais bonitas. Coaxaram canções novas. E começaram a fazer planos para a fuga do poço. Desinteressaram-se das esperanças políticas antigas.
-- Não, não queremos democratizar o fundo do poço. Queremos é sair dele... Preferimos ser gente simples lá fora, onde tudo é bonito, a ser elite dominando aqui dentro, onde tudo é escuro e fedido...
As outras fecharam a cara e coaxaram mais grosso ainda. Não acreditaram...
O pintassilgo resolveu, então, trazer provas do que dizia. Chamou abe-lhas, com mel. Convidou borboletas coloridas. Trouxe flores perfumadas...
Mas tudo foi inútil para os que não queriam acreditar.-- Este bicho é um grande enganador, eles diziam. Sabemos que estas coisas não existem. Aprendemos em nossas escolas...O rei reuniu seus generais e ponderou que as idéias do pintassilgo eram politicamente perigosas. As rãs estavam perdendo o interesse pelo trabalho. Produziam menos. Com isto havia menos recursos para as despesas do Estado, especialmente uma ferrovia que se pretendia construir, ligando um lado do poço ao outro. Trabalhavam menos, coaxavam mais. Claro que as palavras do pintassilgo só podiam ser mentiras deslavadas, intrigas de oposição...
Os revolucionários, igualmente, puseram o pintassilgo de quarentena, pois o seu canto enfraquecia politicamente as rãs dominadas, que agora estavam mais interessadas em sair que em revolucionar o poço.
As rãs intelectuais, por sua vez, se puseram a fazer a análise filosófica, ideológica e psicanalítica da fala do pintassilgo. O seu relatório foi longo. Nele concluíram que:de um ponto de vista filosófico, faltava rigor ao discurso do pássaro, pois ele mais se aproximava da poesia que da ciência;de um ponto de vista ideológico, tratava-se de um discurso alienado, no qual não se fazia nem mesmo uma análise crítica das condições objetivas da sociedade ranal;de um ponto de vista psicanalítico, era óbvio que o pintassilgo sofria de perigosas alucinações que, dado o seu conteúdo, poderiam se transformar num fenômeno de massas.
Observaram, finalmente, que dadas as evidências, o pintassilgo se constituía num grave perigo tanto para a cultura como para as instituições do mundo das rãs. E com isto pediam das pessoas de boa vontade e responsabilidade as providências devidas para erradicar o mal.
O manifesto das rãs foi acolhido unanimemente tanto pelos líderes da direita como pelos líderes da esquerda pois, para além de suas discordâncias conjunturais, estava seu compromisso comum com o bem-estar e a tranquilidade da família ranal.Por ocasião da próxima visita do pintassilgo, ele foi preso, acusado de enganador do povo, morto, empalhado e exposto no Museu de História.Quanto às rãs, foram para sempre proibidas de coaxar as canções que o pintassilgo lhes ensinara.Um aluninho-rã, que visitava o museu, perguntou à sua professora:-- Que é aquilo, professora?-- É um pintassilgo, ela respondeu.-- E que coisas estranhas são aquelas nas suas costas?, ele perguntou. -- São asas...-- E para que servem?, ele insistiu.-- Para voar...-- E nós voamos?-- Não, respondeu a professora. Nós não voamos. Nós pulamos...
E não seria melhor voar?A professora compreendeu então, com um discreto sorriso, que um pintassilgo, mesmo empalhado, nunca seria esquecido.

Sorteio de livros "Um brinde à diferença!"



São 7 (sete) livros para 7 (sete) diferentes ganhadores! – Muitas chances para você ganhar!

- válido somente para território brasileiro -

Para o 1º nome sorteado: Prêmio 1) O Profeta do Islam: Muhammad

Para o 2º nome sorteado: Prêmio 2) Muhammad: O Mensageiro de Deus, de Dr. Abdul

Para o 3º nome sorteado: Prêmio 3) Um breve guia ilustrado para compreender o Islã

Para o 4º nome sorteado: Prêmio 4) Até quando? - O cuidado pastoral em contexto de violência contra a mulher praticada por parceiro íntimo (Aileen S. Carrol e Sérgio Andrade)

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O resultado do sorteio será divulgado dia 03/07/2015 (sexta-feira) na página Angela Natel a partir das 18h:
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Tristeza



O lugar que deveria ser seu refúgio
Os braços que deveriam te acalentar
E tirar as dores d’alma com suas cores
Não passa de um vento a te derrubar.

Para onde se queria ter o desejo de voltar
Busca-se a distância, o esquecimento
Ignoram a impotência e a necessidade
Eis a razão para tal lamento.

Com a desculpa de não se poder ajudar
Material e financeiramente
Deixam de lado o carinho e o incentivo
Tornando a convivência insuportável.

Os dias que se passam longe
São refrigério, um descanso
E quanto mais se aproxima o retorno
Mais o coração aperta de tristeza.

Angela Natel

Maio/2015

Sorteio de dia dos namorados!


Atenção: Sorteio "Nietzsche para o dia dos namorados"

Sorteio do livro HUMANO, DEMASIADO HUMANO - Friedrich Nietzsche (válido somente para território brasileiro)

Publicado em 1878, 'Humano, demasiado humano' marcou o afastamento de Nietzsche em relação ao romantismo de Wagner e ao pessimismo de Schopenhauer. Influenciado pelos moralistas franceses, Nietzsche adotou e expandiu a forma do aforismo, que neste livro aborda temas como metafísica, moral, religião, arte, literatura, amor, política e relações sociais. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza.

Para participar, é só curtir a página Angela Natel, entrar no link da promoção e clicar em quero participar:

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O resultado do sorteio será divulgado dia 12/06/2015 (dia dos namorados) na página Angela Natel a partir das 18h:
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Jornalista Sandra Terena questiona Justiça brasileira sobre infanticídio

Não aprendeu


Quando a perda das aulas (que é responsabilidade do Governo, e não dos professores) se torna mais importante do que a perda da vida e da dignidade humana dos educadores, vemos que a sociedade realmente ainda não aprendeu sua lição. - Angela Natel

Essa dor



Uma dor que chegou de repente
Nem sei de onde veio
Mostra força até quando respiro.
Uma dor que me parte ao meio.

O que eu faço com essa dor
Que ora aumenta, ora diminui?
Onde a deixo para eu me recompor?
Por que é que nada a dilui?

Se eu pudesse a enveloparia
E mandava prá bem longe daqui.
Se eu pudesse, a desintegraria
Essa dor que antes nunca senti.

Mas percebo que uma dor como essa,
Física, puramente física
Não me machuca tanto, não me abala

Essa dor, ainda que me limite,
Os movimentos, a concentração,
Não me tira o pensamento,
Nem muda minha razão.

Essa dor não me afasta de ninguém,
Pelo contrário, me faz depender,
Essa dor não me causa impedimento
Na dimensão do ser.

Então, menos mal que seja essa dor
Que me atinge no momento
Prefiro esta do que a dor do coração,
De consciência e de sentimento.


Angela Natel – 08/06/2015.

Paciência e coragem



Porque viver requer muita paciência,
E amar requer coragem.
O resto a gente dá um jeito,
Corta o cabelo pela metade,
Desliza ao som de Madonna, Angra, Cazuza, Legião e Raul...

E, claro, tem Paralamas e Zazo, o Nego, e cada um tem seu momento,
Mas ainda é preciso paciência,
E coragem,
Porque as pessoas não deixam passar,
Rotulam, desprezam,
E ainda corro o risco de ser ignorada, desprezada, rejeitada,
Como sempre.

Preferia não precisar de ninguém,
E dizer coisas que só existem em pensamento,
Brincar novamente com as palavras na dor
E na alegria me divertir com a surpresa alheia.
Mas ainda me falta paciência
E talvez um pouco mais de coragem
Prá não sentir mais pela metade
E me entregar completamente
Ao risco, ao novo, à liberdade.


Angela Natel – 06/06/2015.

Ideias do que posso fazer da minha vida...



1.       Abrir uma papelaria prá vender meu papel de trouxa.
2.       Voltar ao trabalho voluntário e ‘mendigar’ sustento.
3.       Esperar que as pessoas sejam coerentes e ajam de acordo com as palavras de incentivo que costumam me dar.
4.       Permitir que a opinião alheia defina meu corte de cabelo.
5.       Deixar de fazer o que gosto só porque alguém disse que não gosta.
6.       Achar que serei reconhecida pelo que sou e não somente pelo que faço.
7.       Considerar normal que ‘amigos’ só entrem em contato quando esperam ganhar algo com isso.
8.       Acreditar em promessas.
9.       Decidir ficar sozinha, já que não vejo possibilidade de encontrar alguém que tenha a coragem de caminhar ao meu lado.
10.   Colecionar as decepções que adquiri com o passar do tempo.

#sqn


Angela Natel – 05/06/2015

O meu boicote é...

Querem dizer em quem devemos votar, o que devemos assistir ou não na TV, e agora, querem se meter até com o perfume que devemos ou não usar. Isso está me cheirando muito mal... Bem que Paulo nos avisou: "Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo (...) Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies? Todas estas coisas estão fadadas ao desaparecimento pelo uso, porque são baseadas em preceitos e doutrinas dos homens. As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no combate contra a satisfação da carne"(Colossenses 2:8,20-23). Quer saber? Estou tentado a boicotar essa gente.

Hermes Carvalho Fernandes