segunda-feira, 8 de junho de 2015

Essa dor



Uma dor que chegou de repente
Nem sei de onde veio
Mostra força até quando respiro.
Uma dor que me parte ao meio.

O que eu faço com essa dor
Que ora aumenta, ora diminui?
Onde a deixo para eu me recompor?
Por que é que nada a dilui?

Se eu pudesse a enveloparia
E mandava prá bem longe daqui.
Se eu pudesse, a desintegraria
Essa dor que antes nunca senti.

Mas percebo que uma dor como essa,
Física, puramente física
Não me machuca tanto, não me abala

Essa dor, ainda que me limite,
Os movimentos, a concentração,
Não me tira o pensamento,
Nem muda minha razão.

Essa dor não me afasta de ninguém,
Pelo contrário, me faz depender,
Essa dor não me causa impedimento
Na dimensão do ser.

Então, menos mal que seja essa dor
Que me atinge no momento
Prefiro esta do que a dor do coração,
De consciência e de sentimento.


Angela Natel – 08/06/2015.

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Essa dor



Uma dor que chegou de repente
Nem sei de onde veio
Mostra força até quando respiro.
Uma dor que me parte ao meio.

O que eu faço com essa dor
Que ora aumenta, ora diminui?
Onde a deixo para eu me recompor?
Por que é que nada a dilui?

Se eu pudesse a enveloparia
E mandava prá bem longe daqui.
Se eu pudesse, a desintegraria
Essa dor que antes nunca senti.

Mas percebo que uma dor como essa,
Física, puramente física
Não me machuca tanto, não me abala

Essa dor, ainda que me limite,
Os movimentos, a concentração,
Não me tira o pensamento,
Nem muda minha razão.

Essa dor não me afasta de ninguém,
Pelo contrário, me faz depender,
Essa dor não me causa impedimento
Na dimensão do ser.

Então, menos mal que seja essa dor
Que me atinge no momento
Prefiro esta do que a dor do coração,
De consciência e de sentimento.


Angela Natel – 08/06/2015.