segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Medo

Começou aos 13, após uma overdose. A partir daí, TODO DIA, durante longos 4 anos meu coração saltava pela boca e eu temia. Todos os medos estavam em mim. Todos os pensamentos viravam tensão. Mãos suadas. Pés suados. Dizem que os psicoativos trazem tudo à tona, e veio. Eu era só uma criança, assustada com tudo. Exames e exames e exames. Nada! - Na época pouco se sabia sobre transtornos de ansiedade.
"Por que eu?!" Era a minha frase de todas as manhãs em frente ao espelho. TODAS as manhãs eu pensava em me matar, mas esse era mais um medo. Nem todo medo é ruim, vai lendo..
Nessa fase um velho ancião da Assembléia de Deus me disse: "Filho, se Deus tá permitindo você passar por isso, Ele tá te preparando pra algo, nada é por acaso, a vida é um eterno aprendizado".
Nem sei se ele sabia o valor daquelas palavras pra mim. Falou de maneira despretensiosa, corriqueira, como se tivesse me falando o placar de um jogo de futebol. Aquilo mudou a minha vida, porque as perguntas mudaram. A partir daí eu eliminei o "por que?" da minha vida. Dei entrada ao "pra que?" - Ali despertava em mim fome por aprendizados. Quando mudei a pergunta, os medos e as respostas foram mudando. Tão óbvio. Pra essa simples pergunta se fizeram muitas respostas, uma em cada tempo. Volta e meia eu trombo com mais uma resposta, é preciso estar atento.
Quais são nossos medos? De onde surgiram? Quem colocou eles ali? São programados? Toda resposta é AUTO CONHECIMENTO.
Enquanto isso, os livros de autoajuda vão dizer que temos que vencer o pânico. Eu porém vos digo: (tipo Jesus pra ver se vcs me ouvem)
- Não faz isso não meu amado!
Vai ser tipo descer na arena pra enfrentar o Anderson Silva. O medo vai te cobrir de porrada, simples assim. Quem sofre disso sabe o que tô falando. É frustrante! Começa a parecer que não tem solução. Pensa comigo: O medo se alimentou muito tempo dentro de você. Tu nem sabia que ele tava ali. Ele te conhece como ninguém. Ele te conhece mais que você mesmo, que ainda tá na busca por respostas. Quando o medo se manifesta é porque ele já te DOMINA. Tu vai querer lutar já dominado num mata leão? Não né! A gente pode tá com medo, mas a gente não é burro.
A sociedade tem um fetiche com vitórias. Temos que vencer, vencer e vencer e vencer... É por isso que somos constantemente induzidos ao confronto, até quando o assunto é medo. Foda. Cansei de ler e ouvir: "Vai lutando que uma hora você vence o medo".
Como a gente não é bobo, a gente pensa: "Se a única opção é vencer e eu sigo apanhando de lavada, vou desistir." Desistir de vencer é bom, mas é nessa hora que a indústria farmacêutica entra em cena. Pra não desistirmos, nos receitam uns remedinhos, é tipo um "se você morrer a gente não vende". Na indústria farmacêutica sua doença é a alma do negócio, então fique vivo, mesmo dopado, pra consumir, viu?!
A essa altura sua cabeça dá um nó e você pensa: "Se lutar contra o medo é uma programação e tomar remédio também, o que eu faço?"
O que eu posso te falar é que o ancião estava certo. Tudo me foi um preparo e ainda tem sido na real. Quando mudei a pergunta, as respostas mudaram. Quando as respostas mudaram, TODOS OS MEDOS MUDARAM!
Não existe quem não tenha medo amigo, no fundo o medo é bom e nos afasta de muitos perigos. A questão é: QUAIS SÃO OS SEUS MEDOS? QUAIS SÃO OS MEDOS QUE IMPLANTARAM EM VOCÊ?
Os meus eram: Medo de morrer. Medo de não constituir patrimônio. Medo de ficar desempregado. Medo de não passar no vestibular. Medo de não passar num concurso público. Medo da solidão. Medo de não me aposentar. Medo de não ter um diploma. Medo de não casar. Medo de não "vencer na vida".
Eu não precisei vencer todos esses medos, até porque era muito 'Anderson Silva' pra um Harinho só. Com o tempo os medos foram trocados. Hoje eu só tenho um medo: Viver uma vida sem propósito, programada e sem sentido. E assim o fardo ficou leve, muito leve.
Vida sem medo é inconsequência. Vida com os medos certos é sabedoria.
*** Não costumo fazer isso, mas se pah, minha experiência pode ajudar alguém que você conhece. Compartilha. Marca. Copia e cola, mas passe adiante a informação.


Comércio da fé


sábado, 9 de fevereiro de 2019

Muita gente


É muita gente falando do que não sabe
dizendo-se mestre sem ter mestrado,
doutor sem doutorado,
copiando e colando discurso alheio
porque optou por defender um lado.

É muita gente defendendo um Estado político
dizendo ser isso bíblico,
muita gente fazendo teologia
sem caminhar passo a passo da exegese
e ter humildade ao preparar sua homilia.

É muita gente citando versículo bíblico
e legislação sem contexto,
sem interpretação de texto,
sem o menor esforço pra entender.

Muita gente dizendo-se entendido,
porém sem ética na vida,
sem empatia nem generosidade
gente que se atém somente à própria lida.

É muita gente contando o que se gasta com o outro
constrangendo quando ajuda
cobrando, fazendo lista,
publicando aos quatro ventos quando faz.
É muita gente arrotando santidade
mas cortando pela metade o gosto da convivência.

É muita gente dando palpite na vida alheia,
dando opinião sem caminhar no dia a dia,
querendo repartir o pão na ceia de domingo
quando nega e vira as costas durante toda a semana.
Muita gente proclamando jejum pela transformação da nação
sem querer mudar o próprio coração
sem ter disposição para aprender.

É muita gente retrucando com versículo bíblico
usando caixinha de promessa
dizendo ter palavra de Deus.
Pouca gente refletindo a imagem de Cristo,
não se parecem nada com Ele,
dizem ser cristãos, mas não conhecem Deus.

Angela Natel – 09/02/2019

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Chamado missionário: necessário para quem?




“Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos.
O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam;
mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos.” (Lc. 17:26 a 29)

“Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas.” (Mt. 14:28)


            O mundo que nos cerca constantemente nos faz pensar que estamos vivendo os dias apocalípticos preditos por Jesus na passagem de Lucas acima. Por causa disso, líderes cristãos no mundo todo estão sendo compelidos a pregar mais ousadamente no que diz respeito a desafiar as pessoas (principalmente jovens) para o trabalho missionário. Mas a grande pergunta é: O chamado missionário é necessário para quem?
            A televisão é apenas mais um meio de termos as provas do fim de nossos dias. Há guerra e rumores de guerra por todos os lados. Israel (mesmo para quem não dá muita importância para esse país e esse povo) tem chamado a atenção no cenário mundial. A cada dia que passa surge maior necessidade de um líder mundial que unifique o pensamento, a política e a economia do mundo a fim de salvar o que sobrou da humanidade. Estamos presenciando um caos generalizado. O mundo precisa de ajuda.
            Como nos dias de Noé e de Ló assistimos inquietos a depravação humana mobilizada em atos públicos a influenciar gratuitamente nossos filhos. Perdemos, como Igreja, muitas vezes o sono e a voz ao tentar mudar o destino de nossa cidade, nossa nação, na esperança de ser “uma voz que clama no deserto”, como foi a voz de Noé e a voz de Abraão – o intercessor (Gn. 18) na época de Ló. Mas o que tememos nos sobrevém: poucos ouvem, e a história se repete. A Igreja precisa ser ouvida.
            É por isso que surge, entre os líderes que se chamam pelo nome do Senhor, um clamor dentro das Igrejas, desafiando aqueles cujo coração arde pela transformação de nossa geração. São os apelos missionários – desafios para as pessoas (principalmente aqueles de quem se espera que vivam mais – os jovens) abrirem mão de suas famílias, seus bens e seu conforto a fim de seguir para um lugar onde a necessidade da Palavra de Deus e da pregação do Evangelho se mostre mais urgente. Com isso, nossas igrejas têm assumido uma responsabilidade há muito esquecida – a de ser testemunha simultaneamente “ tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia, Samaria, até os confins da terra” (At. 1:8). Os cristãos precisam obedecer.
            A partir disso, temos três personagens em nossa história do fim: o mundo afundado no pecado, a Igreja cristã como um todo e, em terceiro lugar, individualmente, cada cristão. Quem precisa desesperadamente que haja um chamado missionário? Quem precisa desse chamado?
            Nos anos que o Senhor tem me dado de preparo e tantas experiências dentro e fora do Brasil, sou constrangida a dizer que quem mais precisa da urgência de um chamado sou eu, individualmente, como cristã.
            O mundo não precisa de nós. O mundo precisa de Jesus, e Ele mesmo pode Se revelar sobrenaturalmente aos perdidos, como já fez em várias ocasiões. A Igreja como um todo não precisa ser bem sucedida em seus gritos de “Arrependam-se”. Sucesso nunca foi uma questão no Reino de Deus, fidelidade sim.
            Então resta cada um de nós, cristãos, que afirmamos ter um único Senhor, Jesus, como Rei e dono de nossas vidas. Nós sim, precisamos desesperadamente de um chamado, como Pedro dentro daquele barco no meio da madrugada, a dizer: “Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas” (Mt. 14:28), nós precisamos urgentemente do chamado do Senhor. Precisamos desse chamado, não para fazer um favor para Deus, nem para o mundo, nem aliviar a consciência de nossos líderes ou Igrejas, mas precisamos desse chamado para, como Pedro, reconhecer quem é o Senhor no meio de tudo o que nos cerca.
            Como nos dias de Noé ou nos dias de Ló, tudo ao redor deles cheirava maldade e engano, era difícil perceber a ação soberana de Deus ou mesmo reconhecer quem Deus era a despeito de toda aquela realidade. E, na madrugada dentro do barco, Pedro sentiu a necessidade de reconhecer Jesus a despeito da escuridão que o cercava. Ele precisava de um chamado, precisava de um chamado para ir ao encontro de Jesus, e tocá-lO.
            Hoje, mais do que em qualquer época de minha vida, percebo o quanto o chamado missionário vem cumprir seu propósito quando, em meio a tudo o que me parece estranho, vejo Jesus como nunca O vi antes, o conheço de uma forma que em lugar nenhum no mundo eu poderia conhecê-lO, vejo-O ao andar sobre as águas, ao sair do meu barco, vencer meus medos e responder Seu chamado.
            É disso que, como cristãos, precisamos. O mundo não precisa de nós, Deus mesmo não precisa de nós, nós é que precisamos desse chamado do Senhor. Por isso eu desafio você a se colocar diante do Filho de Deus hoje e dizer como Pedro: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas”, para onde for, da maneira que for, mostra-me o teu chamado para mim, e eu irei te encontrar lá.

Angela Natel
14/11/06 – Tete - Moçambique

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

A dignidade de Simon den Kramer



"O espelho dos mártires"

Simon den Kramer foi um mártir anabatista queimado na fogueira em 1553, na cidade de Bergen op Zoom, na província holandesa de Noord Brabant. Nós vemos nesta imagem nosso irmão Simon, um simples vendedor de mercado, de pé, recusando-se a se curvar enquanto a procissão das autoridades religiosas de sua cidade passava. Também é observado como seus companheiros tentam persuadi-lo. Possivelmente eles teriam dito "não se exponha meu irmão, essas pessoas são muito perigosas", "você está se metendo em confusão?", "SIMON, CURVE-SE! Você tem que respeitar as autoridades estabelecidas por Deus".

Naqueles tempos, a sujeição à autoridade pastoral atingiu os limites do servilismo. As pessoas preferiram abaixar a cabeça; eram tempos em que questionar não era permitido e muito menos questionavam as decisões dos sacerdotes. A liberdade de consciência foi um dos elementos fundamentais dos primeiros anabatistas que, inspirados nos Evangelhos, entenderam que na igreja de Jesus não deveria haver hierarquia (Mateus 20: 25-28), estas são coisas de governos pagãos, não da comunidade do Carpinteiro de Nazaré.

Este ato de desobediência civil (rebelião) causou a prisão de Simon e sua posterior execução.

Esta história de "Inspiração e Coragem" nos ajuda a discernir que há momentos e situações em nossa vida em que devemos nos manter firmes e manter nossas convicções. Além disso, como anabatistas menonitas, sabemos que não há outra autoridade além de Jesus Cristo, cuja palavra discernimos reunidos em nossas comunidades. No século XVI, nos libertamos, pagando um custo muito alto, do jugo das hierarquias eclesiásticas.
Hoje continuamos a manter esses princípios?

Tenha um dia abençoado.

Luis Ma. Alman Bornes
Igreja Anabatista Menonita de Buenos Aires
Argentina

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

PROTESTANTES ... Deus protesta contra nós !!!



Do Dr. Alfred Neufeld
02/04/2017
Com Wilma, no meio da neve e com um bom chimarrão, depois da Bíblia, lemos um sermão de Dietrich Bonhoeffer. O garoto pregou, já tendo um doutorado, na tenra idade de 26 anos, em frente ao marechal Paul von Hindenburg, presidente do Reich, na catedral de Berlim de 1932.
Hitler já estava pregando suas loucuras com aplausos da maioria cristã, católica e protestante. Além disso, Hitler era a maior força ecumênica do momento, porque como ninguém conseguiu unir as igrejas por trás do programa nacionalista a favor da vida (anti-aborto), em nome da família, contra a homossexualidade, incentivando a procriação (e dando generosas somas de dinheiro a cada novo filho alemão), em favor da nação, que sofreu o abuso econômico e a humilhação dos países vizinhos pelo Tratado de Versalhes, após a guerra mundial.
O jovem Bonhoeffer, em homenagem ao dia da Reforma Protestante, diante de seu público muito erudito pregou contra a 'perda do primeiro amor' Apocalipse 2,4-7, e então ele surpreendeu sua audiência com duas declarações:
- "Ser protestante significa entender que Deus está protestando contra nós": "Eu tenho contra você que você abandonou o primeiro amor!"
- "Podemos e devemos!"
Lutero, em sua época, arriscou sua vida e seus últimos recursos quando, diante do imperador Carlos V e das autoridades do Vaticano disse: "Não posso me retratar, não posso ... Deus me ajude!"
Nós, podemos, no entanto, porque nem começamos a arriscar nada pela causa da verdade e do Evangelho!
De acordo com Bonhoeffer, ser protestante significa nos assustar, porque Deus protesta contra nós. E também significa: não sejamos hipócritas e covardes. Nós temos muitos recursos ... e muitas possibilidades ...!
Lutero queimou seus últimos cartuchos. Nós nem sequer começamos...!

Postagem original em espanhol: https://www.facebook.com/CentraldePyTheos/photos/a.406008110158892/410229229736780/?type=3&theater

Tradução: Angela Natel

Questão Semântica



Igreja se planta?
Quem planta?
É seu trabalho
ou meu?
Não é Deus quem faz?
Ou eu faço acontecer?
Igreja é local
ou são pessoas?
Eu vou lá
ou somos juntos?
Uma questão semântica
ou de prática de vida?

Palavra de Deus é um livro
ou é a pessoa do Cristo vivo?
A verdade é uma ideia,
uma filosofia, um fato?
“Que é a verdade?”
Ou a verdade é uma Pessoa?
Vive na mentira quem fala contra os fatos
ou quem não segue a Cristo?
Fatos são interpretados
não temos clareza nem objetividade.
Então como a minha interpretação dos fatos
pode ser a verdade?
Uma questão Semântica
ou de vida por inteiro versus vida pela metade?

Angela Natel – 03/02/2019.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Veneno



Estamos sendo envenenados
todos os dias
pela comida que comemos
os líquidos que ingerimos.
Veneno mortal
destruindo nossos órgãos internos
lentamente
câncer gerado
nos bolsos cheios
no poder e na ganância.

Estamos sendo envenenados
pelos ouvidos, enganados,
veneno na mente
que chega através de simples mensagens
de whatsapp.
Veneno na veia
ódio à flor da pele
que nos faz odiar o diferente.
Veneno que apodrece a alma
e nos faz engasgar em palavras e ações de ódio.

Estamos sendo envenenados
dia após dia
em nossa religiosidade barata
condicionada a rituais de prosperidade,
pensamentos positivos
em modelos e estratégias de domínio.
Veneno social
que desumaniza e transforma o outro
em território de conquista.
Veneno que corrói a imagem de Deus em nós
e nos faz demônios na sociedade.

Estamos sendo envenenados por palavras bonitas
aparência de piedade
fruta bonita, brilhosa,
boas intenções pavimentando o inferno.

Angela Natel – 03/02/2019

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Conflito Israel x Palestina




Impactada com as imagens de Antônio Carlos Costa @antoniocarloscosta do muro que separa a cidade de Belém do restante de Israel e com suas palavras:
"Conversei com rabino, visitei kibutz, estive em campos de refugiados palestinos, passei dias em cidades palestinas e ouvi palestinos. Não fale sobre esse conflito sem estudá-lo a fundo."
.
Se você já fez uma viagem a Israel, com um guia judeu ou cristão ocidental, recomendo que faça novamente esta viagem com um guia cristão palestino, para aprofundar-se nas questões que são bem mais complexas do que nosso distante olhar pode perceber.
Ao falar sobre o conflito Israel/Palestina, leia, estude, pesquise, converse com diferentes pessoas, de diferentes posicionamentos, sempre com o coração e a mente de aprendiz, não de dono da verdade.
As questões são bem mais complexas do que parecem, uma única visão é pequena demais para abranger as vidas, as lutas, as feridas abertas por décadas de conflitos.
Não seja simplista, reducionista. Perceba as vidas, as implicações, as políticas, as teologias, os interesses, as mudanças, a diferença entre o Israel bíblico do Antigo para o do Novo Testamento e sua completa distinção do Israel político dos dias de hoje.
Não discuta nem faça inimigos só porque algumas questões desafiam o que você considera verdade absoluta. Ninguém tem a visão completa do todo. Por isso, vale a pena tentar aprender com quem percebe diferente de você.
Angela Natel

Brumadinho.



O maior ensinamento de Jesus Cristo, na minha opinião, é o de amar ao próximo como a si mesmo. Quem consegue viver assim, plantando o bem, ajudando, respeitando e fazendo diferença positiva nas vidas das pessoas que cruzam seu caminho são, para mim, as que atingiram a plenitude da existência humana.

Eu faço o máximo que posso, dentro das minhas falhas e humanidades, para ser uma destas pessoas.

Ajudo muita gente que não conheço e que nem vou conhecer pessoalmente. Já mudei a vida de muita gente que nem sabe que foi por minha causa que seus destinos mudaram. Mas confesso que fiz tudo isso sem correr o mínimo risco de vida.

Única situação em que sei que correria o risco, inclusive daria minha vida sem pensar um segundo, é para salvar meus filhos.

Por isso mesmo me prosto de joelhos perante os bombeiros. Pessoas que saem de suas casas, do seio de suas famílias para tentar salvar outra que nunca viram e não tem nenhuma relação ao custo, muitas vezes, de sua própria vida. .
.
Imagina? Correr o risco de ter seu filho crescendo sem pai para tentar salvar uma pessoa que vc nem sabe se é boa, se tem bom coração?! Apenas pela capacidade que o ser humano desenvolveu, na revolução cognitiva de milhares de anos atrás, de se identificar com seu semelhante e pensar uniformemente, como grupo. Como comunidade.
.
. “Ah, mas é o trabalho deles!”, podem argumentar. - E que trabalho, hein?! Passar seus dias sabendo que uma hora ou outra vc vai ser acionado para abraçar a morte com o objetivo de tirar outra pessoa que já está naquele abraço? Lembrando que é uma pessoa que ele nunca viu e não tem nenhuma relação! Não sabe se é um criminoso, abusador, violento, apenas um ser humano.
.
Realmente supera meu entendimento. Não sou tão evoluído assim. E me curvo perante todos os bombeiros que já atuaram em situações de calamidade, especialmente aos que estão envolvidos na tragedia de Brumadinho. Minha humanidade não me permite entender da onde sai essa coragem, essa entrega...mas Jesus Cristo sabe. Não à toa ele convocou seus filhos para amarem ao próximo como a si mesmo. .
Porém, neste caso eles conseguem ir além...eles amam ao próximo MAIS do que a si mesmo. .
#Respeito

Marcos Mion via Instagram

Reflexão Bíblica: Lucas 18

Esboço da pregação que compartilhei ontem na Igreja Irmãos Menonitas do Jardim Maringá:

Medo

Começou aos 13, após uma overdose. A partir daí, TODO DIA, durante longos 4 anos meu coração saltava pela boca e eu temia. Todos os medos estavam em mim. Todos os pensamentos viravam tensão. Mãos suadas. Pés suados. Dizem que os psicoativos trazem tudo à tona, e veio. Eu era só uma criança, assustada com tudo. Exames e exames e exames. Nada! - Na época pouco se sabia sobre transtornos de ansiedade.
"Por que eu?!" Era a minha frase de todas as manhãs em frente ao espelho. TODAS as manhãs eu pensava em me matar, mas esse era mais um medo. Nem todo medo é ruim, vai lendo..
Nessa fase um velho ancião da Assembléia de Deus me disse: "Filho, se Deus tá permitindo você passar por isso, Ele tá te preparando pra algo, nada é por acaso, a vida é um eterno aprendizado".
Nem sei se ele sabia o valor daquelas palavras pra mim. Falou de maneira despretensiosa, corriqueira, como se tivesse me falando o placar de um jogo de futebol. Aquilo mudou a minha vida, porque as perguntas mudaram. A partir daí eu eliminei o "por que?" da minha vida. Dei entrada ao "pra que?" - Ali despertava em mim fome por aprendizados. Quando mudei a pergunta, os medos e as respostas foram mudando. Tão óbvio. Pra essa simples pergunta se fizeram muitas respostas, uma em cada tempo. Volta e meia eu trombo com mais uma resposta, é preciso estar atento.
Quais são nossos medos? De onde surgiram? Quem colocou eles ali? São programados? Toda resposta é AUTO CONHECIMENTO.
Enquanto isso, os livros de autoajuda vão dizer que temos que vencer o pânico. Eu porém vos digo: (tipo Jesus pra ver se vcs me ouvem)
- Não faz isso não meu amado!
Vai ser tipo descer na arena pra enfrentar o Anderson Silva. O medo vai te cobrir de porrada, simples assim. Quem sofre disso sabe o que tô falando. É frustrante! Começa a parecer que não tem solução. Pensa comigo: O medo se alimentou muito tempo dentro de você. Tu nem sabia que ele tava ali. Ele te conhece como ninguém. Ele te conhece mais que você mesmo, que ainda tá na busca por respostas. Quando o medo se manifesta é porque ele já te DOMINA. Tu vai querer lutar já dominado num mata leão? Não né! A gente pode tá com medo, mas a gente não é burro.
A sociedade tem um fetiche com vitórias. Temos que vencer, vencer e vencer e vencer... É por isso que somos constantemente induzidos ao confronto, até quando o assunto é medo. Foda. Cansei de ler e ouvir: "Vai lutando que uma hora você vence o medo".
Como a gente não é bobo, a gente pensa: "Se a única opção é vencer e eu sigo apanhando de lavada, vou desistir." Desistir de vencer é bom, mas é nessa hora que a indústria farmacêutica entra em cena. Pra não desistirmos, nos receitam uns remedinhos, é tipo um "se você morrer a gente não vende". Na indústria farmacêutica sua doença é a alma do negócio, então fique vivo, mesmo dopado, pra consumir, viu?!
A essa altura sua cabeça dá um nó e você pensa: "Se lutar contra o medo é uma programação e tomar remédio também, o que eu faço?"
O que eu posso te falar é que o ancião estava certo. Tudo me foi um preparo e ainda tem sido na real. Quando mudei a pergunta, as respostas mudaram. Quando as respostas mudaram, TODOS OS MEDOS MUDARAM!
Não existe quem não tenha medo amigo, no fundo o medo é bom e nos afasta de muitos perigos. A questão é: QUAIS SÃO OS SEUS MEDOS? QUAIS SÃO OS MEDOS QUE IMPLANTARAM EM VOCÊ?
Os meus eram: Medo de morrer. Medo de não constituir patrimônio. Medo de ficar desempregado. Medo de não passar no vestibular. Medo de não passar num concurso público. Medo da solidão. Medo de não me aposentar. Medo de não ter um diploma. Medo de não casar. Medo de não "vencer na vida".
Eu não precisei vencer todos esses medos, até porque era muito 'Anderson Silva' pra um Harinho só. Com o tempo os medos foram trocados. Hoje eu só tenho um medo: Viver uma vida sem propósito, programada e sem sentido. E assim o fardo ficou leve, muito leve.
Vida sem medo é inconsequência. Vida com os medos certos é sabedoria.
*** Não costumo fazer isso, mas se pah, minha experiência pode ajudar alguém que você conhece. Compartilha. Marca. Copia e cola, mas passe adiante a informação.


Comércio da fé


Muita gente


É muita gente falando do que não sabe
dizendo-se mestre sem ter mestrado,
doutor sem doutorado,
copiando e colando discurso alheio
porque optou por defender um lado.

É muita gente defendendo um Estado político
dizendo ser isso bíblico,
muita gente fazendo teologia
sem caminhar passo a passo da exegese
e ter humildade ao preparar sua homilia.

É muita gente citando versículo bíblico
e legislação sem contexto,
sem interpretação de texto,
sem o menor esforço pra entender.

Muita gente dizendo-se entendido,
porém sem ética na vida,
sem empatia nem generosidade
gente que se atém somente à própria lida.

É muita gente contando o que se gasta com o outro
constrangendo quando ajuda
cobrando, fazendo lista,
publicando aos quatro ventos quando faz.
É muita gente arrotando santidade
mas cortando pela metade o gosto da convivência.

É muita gente dando palpite na vida alheia,
dando opinião sem caminhar no dia a dia,
querendo repartir o pão na ceia de domingo
quando nega e vira as costas durante toda a semana.
Muita gente proclamando jejum pela transformação da nação
sem querer mudar o próprio coração
sem ter disposição para aprender.

É muita gente retrucando com versículo bíblico
usando caixinha de promessa
dizendo ter palavra de Deus.
Pouca gente refletindo a imagem de Cristo,
não se parecem nada com Ele,
dizem ser cristãos, mas não conhecem Deus.

Angela Natel – 09/02/2019

Chamado missionário: necessário para quem?




“Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos.
O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam;
mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos.” (Lc. 17:26 a 29)

“Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas.” (Mt. 14:28)


            O mundo que nos cerca constantemente nos faz pensar que estamos vivendo os dias apocalípticos preditos por Jesus na passagem de Lucas acima. Por causa disso, líderes cristãos no mundo todo estão sendo compelidos a pregar mais ousadamente no que diz respeito a desafiar as pessoas (principalmente jovens) para o trabalho missionário. Mas a grande pergunta é: O chamado missionário é necessário para quem?
            A televisão é apenas mais um meio de termos as provas do fim de nossos dias. Há guerra e rumores de guerra por todos os lados. Israel (mesmo para quem não dá muita importância para esse país e esse povo) tem chamado a atenção no cenário mundial. A cada dia que passa surge maior necessidade de um líder mundial que unifique o pensamento, a política e a economia do mundo a fim de salvar o que sobrou da humanidade. Estamos presenciando um caos generalizado. O mundo precisa de ajuda.
            Como nos dias de Noé e de Ló assistimos inquietos a depravação humana mobilizada em atos públicos a influenciar gratuitamente nossos filhos. Perdemos, como Igreja, muitas vezes o sono e a voz ao tentar mudar o destino de nossa cidade, nossa nação, na esperança de ser “uma voz que clama no deserto”, como foi a voz de Noé e a voz de Abraão – o intercessor (Gn. 18) na época de Ló. Mas o que tememos nos sobrevém: poucos ouvem, e a história se repete. A Igreja precisa ser ouvida.
            É por isso que surge, entre os líderes que se chamam pelo nome do Senhor, um clamor dentro das Igrejas, desafiando aqueles cujo coração arde pela transformação de nossa geração. São os apelos missionários – desafios para as pessoas (principalmente aqueles de quem se espera que vivam mais – os jovens) abrirem mão de suas famílias, seus bens e seu conforto a fim de seguir para um lugar onde a necessidade da Palavra de Deus e da pregação do Evangelho se mostre mais urgente. Com isso, nossas igrejas têm assumido uma responsabilidade há muito esquecida – a de ser testemunha simultaneamente “ tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia, Samaria, até os confins da terra” (At. 1:8). Os cristãos precisam obedecer.
            A partir disso, temos três personagens em nossa história do fim: o mundo afundado no pecado, a Igreja cristã como um todo e, em terceiro lugar, individualmente, cada cristão. Quem precisa desesperadamente que haja um chamado missionário? Quem precisa desse chamado?
            Nos anos que o Senhor tem me dado de preparo e tantas experiências dentro e fora do Brasil, sou constrangida a dizer que quem mais precisa da urgência de um chamado sou eu, individualmente, como cristã.
            O mundo não precisa de nós. O mundo precisa de Jesus, e Ele mesmo pode Se revelar sobrenaturalmente aos perdidos, como já fez em várias ocasiões. A Igreja como um todo não precisa ser bem sucedida em seus gritos de “Arrependam-se”. Sucesso nunca foi uma questão no Reino de Deus, fidelidade sim.
            Então resta cada um de nós, cristãos, que afirmamos ter um único Senhor, Jesus, como Rei e dono de nossas vidas. Nós sim, precisamos desesperadamente de um chamado, como Pedro dentro daquele barco no meio da madrugada, a dizer: “Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas” (Mt. 14:28), nós precisamos urgentemente do chamado do Senhor. Precisamos desse chamado, não para fazer um favor para Deus, nem para o mundo, nem aliviar a consciência de nossos líderes ou Igrejas, mas precisamos desse chamado para, como Pedro, reconhecer quem é o Senhor no meio de tudo o que nos cerca.
            Como nos dias de Noé ou nos dias de Ló, tudo ao redor deles cheirava maldade e engano, era difícil perceber a ação soberana de Deus ou mesmo reconhecer quem Deus era a despeito de toda aquela realidade. E, na madrugada dentro do barco, Pedro sentiu a necessidade de reconhecer Jesus a despeito da escuridão que o cercava. Ele precisava de um chamado, precisava de um chamado para ir ao encontro de Jesus, e tocá-lO.
            Hoje, mais do que em qualquer época de minha vida, percebo o quanto o chamado missionário vem cumprir seu propósito quando, em meio a tudo o que me parece estranho, vejo Jesus como nunca O vi antes, o conheço de uma forma que em lugar nenhum no mundo eu poderia conhecê-lO, vejo-O ao andar sobre as águas, ao sair do meu barco, vencer meus medos e responder Seu chamado.
            É disso que, como cristãos, precisamos. O mundo não precisa de nós, Deus mesmo não precisa de nós, nós é que precisamos desse chamado do Senhor. Por isso eu desafio você a se colocar diante do Filho de Deus hoje e dizer como Pedro: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas”, para onde for, da maneira que for, mostra-me o teu chamado para mim, e eu irei te encontrar lá.

Angela Natel
14/11/06 – Tete - Moçambique

A dignidade de Simon den Kramer



"O espelho dos mártires"

Simon den Kramer foi um mártir anabatista queimado na fogueira em 1553, na cidade de Bergen op Zoom, na província holandesa de Noord Brabant. Nós vemos nesta imagem nosso irmão Simon, um simples vendedor de mercado, de pé, recusando-se a se curvar enquanto a procissão das autoridades religiosas de sua cidade passava. Também é observado como seus companheiros tentam persuadi-lo. Possivelmente eles teriam dito "não se exponha meu irmão, essas pessoas são muito perigosas", "você está se metendo em confusão?", "SIMON, CURVE-SE! Você tem que respeitar as autoridades estabelecidas por Deus".

Naqueles tempos, a sujeição à autoridade pastoral atingiu os limites do servilismo. As pessoas preferiram abaixar a cabeça; eram tempos em que questionar não era permitido e muito menos questionavam as decisões dos sacerdotes. A liberdade de consciência foi um dos elementos fundamentais dos primeiros anabatistas que, inspirados nos Evangelhos, entenderam que na igreja de Jesus não deveria haver hierarquia (Mateus 20: 25-28), estas são coisas de governos pagãos, não da comunidade do Carpinteiro de Nazaré.

Este ato de desobediência civil (rebelião) causou a prisão de Simon e sua posterior execução.

Esta história de "Inspiração e Coragem" nos ajuda a discernir que há momentos e situações em nossa vida em que devemos nos manter firmes e manter nossas convicções. Além disso, como anabatistas menonitas, sabemos que não há outra autoridade além de Jesus Cristo, cuja palavra discernimos reunidos em nossas comunidades. No século XVI, nos libertamos, pagando um custo muito alto, do jugo das hierarquias eclesiásticas.
Hoje continuamos a manter esses princípios?

Tenha um dia abençoado.

Luis Ma. Alman Bornes
Igreja Anabatista Menonita de Buenos Aires
Argentina

PROTESTANTES ... Deus protesta contra nós !!!



Do Dr. Alfred Neufeld
02/04/2017
Com Wilma, no meio da neve e com um bom chimarrão, depois da Bíblia, lemos um sermão de Dietrich Bonhoeffer. O garoto pregou, já tendo um doutorado, na tenra idade de 26 anos, em frente ao marechal Paul von Hindenburg, presidente do Reich, na catedral de Berlim de 1932.
Hitler já estava pregando suas loucuras com aplausos da maioria cristã, católica e protestante. Além disso, Hitler era a maior força ecumênica do momento, porque como ninguém conseguiu unir as igrejas por trás do programa nacionalista a favor da vida (anti-aborto), em nome da família, contra a homossexualidade, incentivando a procriação (e dando generosas somas de dinheiro a cada novo filho alemão), em favor da nação, que sofreu o abuso econômico e a humilhação dos países vizinhos pelo Tratado de Versalhes, após a guerra mundial.
O jovem Bonhoeffer, em homenagem ao dia da Reforma Protestante, diante de seu público muito erudito pregou contra a 'perda do primeiro amor' Apocalipse 2,4-7, e então ele surpreendeu sua audiência com duas declarações:
- "Ser protestante significa entender que Deus está protestando contra nós": "Eu tenho contra você que você abandonou o primeiro amor!"
- "Podemos e devemos!"
Lutero, em sua época, arriscou sua vida e seus últimos recursos quando, diante do imperador Carlos V e das autoridades do Vaticano disse: "Não posso me retratar, não posso ... Deus me ajude!"
Nós, podemos, no entanto, porque nem começamos a arriscar nada pela causa da verdade e do Evangelho!
De acordo com Bonhoeffer, ser protestante significa nos assustar, porque Deus protesta contra nós. E também significa: não sejamos hipócritas e covardes. Nós temos muitos recursos ... e muitas possibilidades ...!
Lutero queimou seus últimos cartuchos. Nós nem sequer começamos...!

Postagem original em espanhol: https://www.facebook.com/CentraldePyTheos/photos/a.406008110158892/410229229736780/?type=3&theater

Tradução: Angela Natel

Questão Semântica



Igreja se planta?
Quem planta?
É seu trabalho
ou meu?
Não é Deus quem faz?
Ou eu faço acontecer?
Igreja é local
ou são pessoas?
Eu vou lá
ou somos juntos?
Uma questão semântica
ou de prática de vida?

Palavra de Deus é um livro
ou é a pessoa do Cristo vivo?
A verdade é uma ideia,
uma filosofia, um fato?
“Que é a verdade?”
Ou a verdade é uma Pessoa?
Vive na mentira quem fala contra os fatos
ou quem não segue a Cristo?
Fatos são interpretados
não temos clareza nem objetividade.
Então como a minha interpretação dos fatos
pode ser a verdade?
Uma questão Semântica
ou de vida por inteiro versus vida pela metade?

Angela Natel – 03/02/2019.

Veneno



Estamos sendo envenenados
todos os dias
pela comida que comemos
os líquidos que ingerimos.
Veneno mortal
destruindo nossos órgãos internos
lentamente
câncer gerado
nos bolsos cheios
no poder e na ganância.

Estamos sendo envenenados
pelos ouvidos, enganados,
veneno na mente
que chega através de simples mensagens
de whatsapp.
Veneno na veia
ódio à flor da pele
que nos faz odiar o diferente.
Veneno que apodrece a alma
e nos faz engasgar em palavras e ações de ódio.

Estamos sendo envenenados
dia após dia
em nossa religiosidade barata
condicionada a rituais de prosperidade,
pensamentos positivos
em modelos e estratégias de domínio.
Veneno social
que desumaniza e transforma o outro
em território de conquista.
Veneno que corrói a imagem de Deus em nós
e nos faz demônios na sociedade.

Estamos sendo envenenados por palavras bonitas
aparência de piedade
fruta bonita, brilhosa,
boas intenções pavimentando o inferno.

Angela Natel – 03/02/2019

Conflito Israel x Palestina




Impactada com as imagens de Antônio Carlos Costa @antoniocarloscosta do muro que separa a cidade de Belém do restante de Israel e com suas palavras:
"Conversei com rabino, visitei kibutz, estive em campos de refugiados palestinos, passei dias em cidades palestinas e ouvi palestinos. Não fale sobre esse conflito sem estudá-lo a fundo."
.
Se você já fez uma viagem a Israel, com um guia judeu ou cristão ocidental, recomendo que faça novamente esta viagem com um guia cristão palestino, para aprofundar-se nas questões que são bem mais complexas do que nosso distante olhar pode perceber.
Ao falar sobre o conflito Israel/Palestina, leia, estude, pesquise, converse com diferentes pessoas, de diferentes posicionamentos, sempre com o coração e a mente de aprendiz, não de dono da verdade.
As questões são bem mais complexas do que parecem, uma única visão é pequena demais para abranger as vidas, as lutas, as feridas abertas por décadas de conflitos.
Não seja simplista, reducionista. Perceba as vidas, as implicações, as políticas, as teologias, os interesses, as mudanças, a diferença entre o Israel bíblico do Antigo para o do Novo Testamento e sua completa distinção do Israel político dos dias de hoje.
Não discuta nem faça inimigos só porque algumas questões desafiam o que você considera verdade absoluta. Ninguém tem a visão completa do todo. Por isso, vale a pena tentar aprender com quem percebe diferente de você.
Angela Natel

Brumadinho.



O maior ensinamento de Jesus Cristo, na minha opinião, é o de amar ao próximo como a si mesmo. Quem consegue viver assim, plantando o bem, ajudando, respeitando e fazendo diferença positiva nas vidas das pessoas que cruzam seu caminho são, para mim, as que atingiram a plenitude da existência humana.

Eu faço o máximo que posso, dentro das minhas falhas e humanidades, para ser uma destas pessoas.

Ajudo muita gente que não conheço e que nem vou conhecer pessoalmente. Já mudei a vida de muita gente que nem sabe que foi por minha causa que seus destinos mudaram. Mas confesso que fiz tudo isso sem correr o mínimo risco de vida.

Única situação em que sei que correria o risco, inclusive daria minha vida sem pensar um segundo, é para salvar meus filhos.

Por isso mesmo me prosto de joelhos perante os bombeiros. Pessoas que saem de suas casas, do seio de suas famílias para tentar salvar outra que nunca viram e não tem nenhuma relação ao custo, muitas vezes, de sua própria vida. .
.
Imagina? Correr o risco de ter seu filho crescendo sem pai para tentar salvar uma pessoa que vc nem sabe se é boa, se tem bom coração?! Apenas pela capacidade que o ser humano desenvolveu, na revolução cognitiva de milhares de anos atrás, de se identificar com seu semelhante e pensar uniformemente, como grupo. Como comunidade.
.
. “Ah, mas é o trabalho deles!”, podem argumentar. - E que trabalho, hein?! Passar seus dias sabendo que uma hora ou outra vc vai ser acionado para abraçar a morte com o objetivo de tirar outra pessoa que já está naquele abraço? Lembrando que é uma pessoa que ele nunca viu e não tem nenhuma relação! Não sabe se é um criminoso, abusador, violento, apenas um ser humano.
.
Realmente supera meu entendimento. Não sou tão evoluído assim. E me curvo perante todos os bombeiros que já atuaram em situações de calamidade, especialmente aos que estão envolvidos na tragedia de Brumadinho. Minha humanidade não me permite entender da onde sai essa coragem, essa entrega...mas Jesus Cristo sabe. Não à toa ele convocou seus filhos para amarem ao próximo como a si mesmo. .
Porém, neste caso eles conseguem ir além...eles amam ao próximo MAIS do que a si mesmo. .
#Respeito

Marcos Mion via Instagram