domingo, 20 de janeiro de 2019

Empatia


Tem pessoas que só começam a sentir empatia pela dor alheia quando passam por situações semelhantes, quando sentem dores parecidas...
Eu fui uma dessas pessoas...
Só compreendi um pouco do que é viver um relacionamento abusivo quando estive em um, sem saída, longe de meu país, sem dinheiro para voltar, e ainda com pessoas que se diziam meus amigos e líderes me chamando de mentirosa.
Agradeço a Deus pelos poucos que acreditaram em mim e que me estenderam a mão quando mais precisei. Foram pouquíssimos...
Agradeço a Deus por minha família, que me recebeu de volta e, principalmente, por minha irmã Angelita, que me defende e me ama incondicionalmente.
Depois do que passei, nunca mais vi a vida da mesma maneira. Não sou a mesma pessoa. Consigo, pela graça de Deus, perceber a dor alheia, ainda que não a sinta, me compadecer e ouvir antes de emitir julgamento.
As decisões da vida são complexas, exigem sensibilidade, empatia, mais ouvir do que emitir opinião.
Não se trata de opinião, na verdade. A vida é complexa, exige um caminhar junto, uma cumplicidade que nos desgasta, uma renúncia que nos tira do conforto. Por isso são poucos os que, de fato, caminham conosco.
A maior parte das pessoas apenas se resume a expectadores, como se estivéssemos em um palco, dando um show a elas, abertos ao julgamento e condenação.
A vida não é um show. 
Quem vive de show, na verdade, não vive.
Por isso, é preciso pedir socorro, é preciso ouvir os gritos de quem grita, ouvir as razões antes de dar opinião, pesar as razões, calçar os sapatos do outro e tentar sentir sua dor.
Muitos dizem seguir a Cristo, mas foi isso que Ele fez... quem está disposto a seguí-lO, que faça o mesmo!
Angela Natel

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Empatia


Tem pessoas que só começam a sentir empatia pela dor alheia quando passam por situações semelhantes, quando sentem dores parecidas...
Eu fui uma dessas pessoas...
Só compreendi um pouco do que é viver um relacionamento abusivo quando estive em um, sem saída, longe de meu país, sem dinheiro para voltar, e ainda com pessoas que se diziam meus amigos e líderes me chamando de mentirosa.
Agradeço a Deus pelos poucos que acreditaram em mim e que me estenderam a mão quando mais precisei. Foram pouquíssimos...
Agradeço a Deus por minha família, que me recebeu de volta e, principalmente, por minha irmã Angelita, que me defende e me ama incondicionalmente.
Depois do que passei, nunca mais vi a vida da mesma maneira. Não sou a mesma pessoa. Consigo, pela graça de Deus, perceber a dor alheia, ainda que não a sinta, me compadecer e ouvir antes de emitir julgamento.
As decisões da vida são complexas, exigem sensibilidade, empatia, mais ouvir do que emitir opinião.
Não se trata de opinião, na verdade. A vida é complexa, exige um caminhar junto, uma cumplicidade que nos desgasta, uma renúncia que nos tira do conforto. Por isso são poucos os que, de fato, caminham conosco.
A maior parte das pessoas apenas se resume a expectadores, como se estivéssemos em um palco, dando um show a elas, abertos ao julgamento e condenação.
A vida não é um show. 
Quem vive de show, na verdade, não vive.
Por isso, é preciso pedir socorro, é preciso ouvir os gritos de quem grita, ouvir as razões antes de dar opinião, pesar as razões, calçar os sapatos do outro e tentar sentir sua dor.
Muitos dizem seguir a Cristo, mas foi isso que Ele fez... quem está disposto a seguí-lO, que faça o mesmo!
Angela Natel