sábado, 17 de setembro de 2011

Adeus




Desde que percebi
Que havia alguém chamando ‘a garota negra’
Ou uma mulher má
Cadela ou intrometida
Venho tentando não ser assim
E deixar a amargura para os outros
Vindo alguém para me amar
Sem cicatrizes profundas de cheiro desagradável
A partir do lixo
Ou ficar gritando na rua
Onde lunáticos sussurram:
‘vagabunda, vagabunda, cadela’
Saindo daqui com tudo isso
Eu não tinha nada para você.

Eu trouxe a você a alegria que encontrei
E eu encontrei alegria
E então há essa mulher que te magoa
A quem você deixou três a quatro vezes
E então voltou
Depois de colocar o meu coração na sola do seu sapato.
Só voltou ao lugar que machucou
E eu não tenho nada.
Então, fui até alguém que tinha algo para mim
Mas nenhum deles era você.
Tenho um verdadeiro amor morto aqui para você agora.
Porque não sei mais
Como evitar o meu rosto coberto de lágrimas
Porque eu tinha me convencido
De que as garotas negras não tem direito à tristeza.
Eu vivi para você.
Eu sei que fiz isso por mim, mas eu não agüentava.
Não poderia suportar, lamentar e ser negra ao mesmo tempo.
É tão redundante no mundo moderno.

(For Colored Girls, ‘Para garotas negras que já pensaram em suicídio’, depoimento de Juanita Sims)

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Adeus




Desde que percebi
Que havia alguém chamando ‘a garota negra’
Ou uma mulher má
Cadela ou intrometida
Venho tentando não ser assim
E deixar a amargura para os outros
Vindo alguém para me amar
Sem cicatrizes profundas de cheiro desagradável
A partir do lixo
Ou ficar gritando na rua
Onde lunáticos sussurram:
‘vagabunda, vagabunda, cadela’
Saindo daqui com tudo isso
Eu não tinha nada para você.

Eu trouxe a você a alegria que encontrei
E eu encontrei alegria
E então há essa mulher que te magoa
A quem você deixou três a quatro vezes
E então voltou
Depois de colocar o meu coração na sola do seu sapato.
Só voltou ao lugar que machucou
E eu não tenho nada.
Então, fui até alguém que tinha algo para mim
Mas nenhum deles era você.
Tenho um verdadeiro amor morto aqui para você agora.
Porque não sei mais
Como evitar o meu rosto coberto de lágrimas
Porque eu tinha me convencido
De que as garotas negras não tem direito à tristeza.
Eu vivi para você.
Eu sei que fiz isso por mim, mas eu não agüentava.
Não poderia suportar, lamentar e ser negra ao mesmo tempo.
É tão redundante no mundo moderno.

(For Colored Girls, ‘Para garotas negras que já pensaram em suicídio’, depoimento de Juanita Sims)