quarta-feira, 3 de março de 2010

Um poema que não é meu

Das várias mulheres que me habitam,
uma anda querendo sorrir.
Vejo seu ensaio,
seu lábio que de soslaio esboça
uma alegria de viver,antiga,
esquecida num porão qualquer.

Cansada de ser triste,
me chama para o sol
para um azul qualquer
e insiste em ser feliz.

Todas as outras a condenam.
Lembram-lhe a solidão da noite
o vazio da cama
a falta do companheiro esperado
e perdido...
Falam-lhe da dor
da vontade de morrer
de todos os dias cinzentos...

Dizem-lhe que se cale
que é melhor ficar quieta
esperando que o tempo passe
para que um dia, afinal,
se possam reunir amado e amada
num mundo perfeito
sem doença
em que seremos só a essência
e a alegria do reencontro.

Ela, no entanto,
faz-se criança...
Deixa que transpareça
o brilho nos olhos,
há muito baços,
e insiste no canto dos pássaros
no brilho do sol
e na música,
que lava a alma....

Fala-me dos segredos
que podem estar por vir
mas que precisam querer
precisam da vontade
do prazer
de viver.

O que faço com essas mulheres?
que destino tomar?
De fênix, de condor,
de cotovia a rouxinol...
Quem levará a todas
a mensagem de vida
que me mantém?

(Cátia Toledo - minha professora na primeira faculdade que fiz).

Um comentário:

Hyanara disse...

oiii
ainda lembra de mim?!
to de volta...bju
passa la no meu....

Um poema que não é meu

Das várias mulheres que me habitam,
uma anda querendo sorrir.
Vejo seu ensaio,
seu lábio que de soslaio esboça
uma alegria de viver,antiga,
esquecida num porão qualquer.

Cansada de ser triste,
me chama para o sol
para um azul qualquer
e insiste em ser feliz.

Todas as outras a condenam.
Lembram-lhe a solidão da noite
o vazio da cama
a falta do companheiro esperado
e perdido...
Falam-lhe da dor
da vontade de morrer
de todos os dias cinzentos...

Dizem-lhe que se cale
que é melhor ficar quieta
esperando que o tempo passe
para que um dia, afinal,
se possam reunir amado e amada
num mundo perfeito
sem doença
em que seremos só a essência
e a alegria do reencontro.

Ela, no entanto,
faz-se criança...
Deixa que transpareça
o brilho nos olhos,
há muito baços,
e insiste no canto dos pássaros
no brilho do sol
e na música,
que lava a alma....

Fala-me dos segredos
que podem estar por vir
mas que precisam querer
precisam da vontade
do prazer
de viver.

O que faço com essas mulheres?
que destino tomar?
De fênix, de condor,
de cotovia a rouxinol...
Quem levará a todas
a mensagem de vida
que me mantém?

(Cátia Toledo - minha professora na primeira faculdade que fiz).