quinta-feira, 4 de março de 2010

Sombras do que poderiam ser...


27/08/05

Voltei a me alimentar normalmente e, pela manhã, arrumei minhas malas. Também liguei para a ALEM (falei com o J. para avisar de minha chegada amanhã.

Depois do almoço, li a Bíblia mais um pouco e a D., com a F.e a M.vieram. Mostrei-lhes os banners que o F. me deu e tiramos fotos.

Lá pelas 17 horas a R. e a A. vieram e trouxeram muitos presentes de papelaria (maravilhoso!). Que delícia conversar com gente que pensa parecido conosco!

Tomei banho, me arrumei e o pai me levou para o Templo da Shalom.

Culto Jovem e casamento da J.com o G., na expectativa de ver o F..

Olha o tipo do refrão da música cantada durante a cerimônia do casamento: “Deus de aliança, Deus de promessas, Deus que não é homem prá mentir. Tudo pode passar, tudo pode mudar, mas Tua Palavra vai se cumprir.” (‘Deus de promessas’, do Ministério Toque no Altar, da Comunidade Apascentar de Nova Iguaçu). Chorei um monte durante essa música, tentando me controlar, sabendo que o F. não estava lá.

Quando eu já tinha me entregue ao que Jesus quisesse, e a S. e o Sr. H. já tinham me convidado para pagar minha janta, vi o Fernando aparecer como quem tinha se esforçado muito para chegar lá; eu o vi perguntando algo para a V. que apontou para mim. Ele veio em minha direção (o que me fez pensar que ele tinha perguntado por mim) e nos abraçamos, como se tivéssemos esperado muito por aquele momento (pelo menos eu esperei). Foi muito doido, ele chegar no fim da cerimônia, sem carro, depois de ter enfrentado uma loucura com mudança, etc.

Aí recusei a carona da S. para ir com o F.. Pensei que íamos à pé (da Shalom até o Brazeiro, na Marechal) e, mesmo de salto, não desisti. Mas ele estava cansado mesmo, e fomos de ônibus. Ele pagou para mim e fomos conversando até lá. Falamos sobre tudo: sua casa, seus móveis, que eu acho que ele precisa aprender a receber, a ser abençoado, sua família, seus gostos, meu pai, línguas, culturas, etc. Dei-lhe um presente bem complexo: O livro “Não há portas fechadas”, o vídeo “A colheita”, um chaveiro da bandeira do Brasil, um exemplar do jornal da ALEM, Um guia da Bíblia e um cd com fotos e vídeos de meu trabalho missionário, que o R. montou prá mim. Ele agiu como um cavalheiro, me deu o braço na hora de subir escadas, puxou e ajeitou a cadeira para eu sentar, abriu e fechou porta de carro e fazia os pedidos ao garçom por mim.

Que loucura! Quem poderia imaginar que existem homens como esse hoje em dia? Quem poderia imaginar que eu iria encontrar um?

Durante o jantar percebi olhares surpresos dos jovens e sorrisos maliciosos (no bom sentido) da V. (estou até vendo ela contando tudo para a D.).

F. me disse que, caso nos desencontrássemos, ele iria falar com meu pai para jantarmos fora, o que me surpreendeu, já que só começamos a nos falar nessas duas últimas semanas mesmo.

Tiramos muitas fotos, mas foram poucas aquelas nas quais me saí tolerável. Apesar disso, recebi uma gentileza atrás da outra e, na hora da noiva jogar o buquê, ouvi a C. me chamar, ao que F. respondeu: “Ela não precisa, o buquê virá até ela”. Mas a novidade foi que o tão desejado ramalhete era para ser disputado pelos homens. Não foi preciso insistir muito, um único incentivo e F. foi à caça. Mas o R. não deixou para ninguém. Com socos e pontapés (de brincadeira, é claro) ele conseguiu o troféu, para a alegria da C.. F. apareceu se desculpando: “Eu tentei”.

No final, ele só não conseguiu pagar a minha janta porque Sr. H. já o tinha feito, mas decidiu pagar um táxi para me levar em casa. Só percebi que já tinha passado da meia noite porque vi os semáforos em amarelo e me surpreendi. Ele perguntou minha idade pela segunda ou terceira vez e ficou constrangido quando disse isso a ele.

Ele confessou que é muito observador e que fica mais apreensivo com minha mãe do que com meu pai, caso algo me aconteça, devido ai olhar protetor dela sobre mim.

Na minha casa, ele pagou e dispensou o táxi, dizendo que precisa caminhar. Que situação! Quando foi pegar na minha mão, eu segurava meu molho de chaves e fiquei SUPERNERVOSA! Meu pai apareceu na janela e F. o cumprimentou normalmente. Ele me disse pela milésima vez que sou linda e nos abraçamos. Então ele disse que, apesar de ter perdido o casamento (que ele queria muito ver por ser um casamento não católico brasileiro), a noite foi maravilhosa para ele. Eu precisava lhe dizer que, não pelo que ele fez por mim, ele é um homem maravilhoso, e o fiz. Então ele me mandou um beijo do outro lado das grades do portão e assim nos despedimos, inusitadamente.

Contei rapidamente o que aconteceu para a mãe, que só dava risadas.

Incrível que falamos sobre tudo nessa noite, como que para recuperar um tempo que, sem saber, perdemos, antes de nos conhecermos.

Sei lá a que horas fui pegar no sono, porque para onde me virava na cama lá estava uma lembrança, um gesto, uma palavra, um olhar. Vá saber no que tudo isso vai dar...


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Sombras do que poderiam ser...


27/08/05

Voltei a me alimentar normalmente e, pela manhã, arrumei minhas malas. Também liguei para a ALEM (falei com o J. para avisar de minha chegada amanhã.

Depois do almoço, li a Bíblia mais um pouco e a D., com a F.e a M.vieram. Mostrei-lhes os banners que o F. me deu e tiramos fotos.

Lá pelas 17 horas a R. e a A. vieram e trouxeram muitos presentes de papelaria (maravilhoso!). Que delícia conversar com gente que pensa parecido conosco!

Tomei banho, me arrumei e o pai me levou para o Templo da Shalom.

Culto Jovem e casamento da J.com o G., na expectativa de ver o F..

Olha o tipo do refrão da música cantada durante a cerimônia do casamento: “Deus de aliança, Deus de promessas, Deus que não é homem prá mentir. Tudo pode passar, tudo pode mudar, mas Tua Palavra vai se cumprir.” (‘Deus de promessas’, do Ministério Toque no Altar, da Comunidade Apascentar de Nova Iguaçu). Chorei um monte durante essa música, tentando me controlar, sabendo que o F. não estava lá.

Quando eu já tinha me entregue ao que Jesus quisesse, e a S. e o Sr. H. já tinham me convidado para pagar minha janta, vi o Fernando aparecer como quem tinha se esforçado muito para chegar lá; eu o vi perguntando algo para a V. que apontou para mim. Ele veio em minha direção (o que me fez pensar que ele tinha perguntado por mim) e nos abraçamos, como se tivéssemos esperado muito por aquele momento (pelo menos eu esperei). Foi muito doido, ele chegar no fim da cerimônia, sem carro, depois de ter enfrentado uma loucura com mudança, etc.

Aí recusei a carona da S. para ir com o F.. Pensei que íamos à pé (da Shalom até o Brazeiro, na Marechal) e, mesmo de salto, não desisti. Mas ele estava cansado mesmo, e fomos de ônibus. Ele pagou para mim e fomos conversando até lá. Falamos sobre tudo: sua casa, seus móveis, que eu acho que ele precisa aprender a receber, a ser abençoado, sua família, seus gostos, meu pai, línguas, culturas, etc. Dei-lhe um presente bem complexo: O livro “Não há portas fechadas”, o vídeo “A colheita”, um chaveiro da bandeira do Brasil, um exemplar do jornal da ALEM, Um guia da Bíblia e um cd com fotos e vídeos de meu trabalho missionário, que o R. montou prá mim. Ele agiu como um cavalheiro, me deu o braço na hora de subir escadas, puxou e ajeitou a cadeira para eu sentar, abriu e fechou porta de carro e fazia os pedidos ao garçom por mim.

Que loucura! Quem poderia imaginar que existem homens como esse hoje em dia? Quem poderia imaginar que eu iria encontrar um?

Durante o jantar percebi olhares surpresos dos jovens e sorrisos maliciosos (no bom sentido) da V. (estou até vendo ela contando tudo para a D.).

F. me disse que, caso nos desencontrássemos, ele iria falar com meu pai para jantarmos fora, o que me surpreendeu, já que só começamos a nos falar nessas duas últimas semanas mesmo.

Tiramos muitas fotos, mas foram poucas aquelas nas quais me saí tolerável. Apesar disso, recebi uma gentileza atrás da outra e, na hora da noiva jogar o buquê, ouvi a C. me chamar, ao que F. respondeu: “Ela não precisa, o buquê virá até ela”. Mas a novidade foi que o tão desejado ramalhete era para ser disputado pelos homens. Não foi preciso insistir muito, um único incentivo e F. foi à caça. Mas o R. não deixou para ninguém. Com socos e pontapés (de brincadeira, é claro) ele conseguiu o troféu, para a alegria da C.. F. apareceu se desculpando: “Eu tentei”.

No final, ele só não conseguiu pagar a minha janta porque Sr. H. já o tinha feito, mas decidiu pagar um táxi para me levar em casa. Só percebi que já tinha passado da meia noite porque vi os semáforos em amarelo e me surpreendi. Ele perguntou minha idade pela segunda ou terceira vez e ficou constrangido quando disse isso a ele.

Ele confessou que é muito observador e que fica mais apreensivo com minha mãe do que com meu pai, caso algo me aconteça, devido ai olhar protetor dela sobre mim.

Na minha casa, ele pagou e dispensou o táxi, dizendo que precisa caminhar. Que situação! Quando foi pegar na minha mão, eu segurava meu molho de chaves e fiquei SUPERNERVOSA! Meu pai apareceu na janela e F. o cumprimentou normalmente. Ele me disse pela milésima vez que sou linda e nos abraçamos. Então ele disse que, apesar de ter perdido o casamento (que ele queria muito ver por ser um casamento não católico brasileiro), a noite foi maravilhosa para ele. Eu precisava lhe dizer que, não pelo que ele fez por mim, ele é um homem maravilhoso, e o fiz. Então ele me mandou um beijo do outro lado das grades do portão e assim nos despedimos, inusitadamente.

Contei rapidamente o que aconteceu para a mãe, que só dava risadas.

Incrível que falamos sobre tudo nessa noite, como que para recuperar um tempo que, sem saber, perdemos, antes de nos conhecermos.

Sei lá a que horas fui pegar no sono, porque para onde me virava na cama lá estava uma lembrança, um gesto, uma palavra, um olhar. Vá saber no que tudo isso vai dar...