quinta-feira, 21 de maio de 2009

DEUS ALÉM DAS BÊNÇÃOS


(de missionários brasileiros no Peru)


"Com efeito, Deus é bom para com Israel,para com os de coração limpo" Salmos 73:1


Este capítulo de Salmo é um dentre muitos que dão testemunho de que a fé pode ser fortalecida pela experiência angustiante da dúvida, por meio da qual, o indivíduo emerge enriquecido espiritualmente.

Asafe disse : "Deus é bom", não como um jarguão ou insignificante clichê evangélico, mas com uma profunda convicção que foi lapidada ante as tentações de alinhar-se com os irreverentes (vs.2-3), os que usam discursos de fé para testificarem a centralidade de suas próprias ambições como um modelo de espiritualidade que atrai prosperidade.

Ao vê-los prosperando com tranquilidade, saúde e estabilidade (vs.4-5) na prática da arrogância e perversidade, os "invejava" (v.3). Mas reconheceu que sua avaliação anterior a respeito do valor da vida com base em conquistas materiais, é irracional, é ilógica diante de Deus (v.22). Não cedendo às tentações da cômoda conclusão que vem do descompromisso com valores permanentes da verdadeira espiritualidade, concluiu que a fé não se baseia em conquistas pessoais ou materiais, esta avaliação é perecível (v.27), e sim, na fé que tem Deus sua única fonte de riqueza desvencilhada de automóveis, imóveis e móveis, sua satisfação plena está no relacionamento com Deus pela adoração. Percebe que Deus não se interessava em suas conquistas e sim por ele (v.23).

É Deus quem pode dar firmeza e segurança, é Ele quem tem conselhos sábios para o único destino glorioso (v.24). Seu debate consigo mesmo o leva à conclusão de que o relacionamento pessoal, íntimo com Deus transcende qualquer emoção provocada por conquistas materiais; ninguém além do Senhor pode satisfazê-lo (v.25).

A frase "Deus é bom", pode parecer ambígua. Possivelmente esta ambiguidade é a causa da dúvida na caminhada de fé de muitos cristãos. Como pode os pervertidos, esses que desprezam a fé como os que na fé desprezam Deus e Sua Palavra, prosperar e gozar paz, enquanto os justos são envergonhados pelas riquezas oriundas do descompromisso com a Verdade ? Esta era a dúvida do salmista. Ora, dizemos que Deus é bom da mesma forma que dizemos que um carro é bom. Neste caso, "É" serve para atribuir uma qualidade, pois carro É realmente BOM, pelo menos melhor que ônibus coletivo. Por outro lado, "É" indica identidade entre dois termos, como "carro é veículo"; ou seja, Deus é bom.

Um é igual ao outro ! Isto significa que Deus não tem bondade, Ele é bom ! Está em Sua natureza esta virtude. Isto implica que as verdadeiras noções de quem é Deus, naturalmente, só podem ser encontradas por trás das bênçãos ou conquistas pessoais no curso da vida. Sem Deus, não há espiritualidade ou moralidade verdadeiras, não podem estar separadas dEle.

Por isto, o ímpio pode fazer e gozar o bem (vs.3-5) sem natureza aceitável para Deus (v.27), e a moralidade que há no mundo é uma contradição, um oximoro, um paradoxo (Tg. 3:11-12). Veja que o salmista acentua estar com Deus, Seus conselhos, que Ele é sua maior riqueza e satisfação, fortaleza e herança eterna (vs.23-28) para justificar seu andar, seu cotidiano, e não elementos externos como se bondade fosse algo separado de Deus.

Não se pode entender a natureza do que é bom independente de Deus. Pode-se gozar relativa paz, ter as contas pagas, conquistar bens que ofereçam estabilidade e conforto, empregos satisfatórios, mas isto não significa evidência de fé em Deus. O que evidencia a fé verdadeira é o apego a Deus e a Seus sábios conselhos para serem vividos autonimamente das riquezas ou pobrezas deste mundo.

"Deus é bom". Este é o primeiro verso do capítulo. É a tese da bondade divina independente das nossas circunstâncias. Trata-se de quem é Deus, e não do que temos alcançado. A conclusão está no final : "Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúfio, para proclamar todos os seus feitos", v.28. Saber que Deus é bom, implica em viver apegado a Ele e dar testemunho, em meio das facilidades e dificuldades impostas pelas circunstâncias do dia-a-dia, de que o Senhor vale mais que as conquistas pessoais !
Com meu carinho,
Ericson Martins

Um comentário:

Anônimo disse...

papo de fracassado. e claro que deus valemais mas isso nao e desculpa pra vida de fracassos e miseria.

DEUS ALÉM DAS BÊNÇÃOS


(de missionários brasileiros no Peru)


"Com efeito, Deus é bom para com Israel,para com os de coração limpo" Salmos 73:1


Este capítulo de Salmo é um dentre muitos que dão testemunho de que a fé pode ser fortalecida pela experiência angustiante da dúvida, por meio da qual, o indivíduo emerge enriquecido espiritualmente.

Asafe disse : "Deus é bom", não como um jarguão ou insignificante clichê evangélico, mas com uma profunda convicção que foi lapidada ante as tentações de alinhar-se com os irreverentes (vs.2-3), os que usam discursos de fé para testificarem a centralidade de suas próprias ambições como um modelo de espiritualidade que atrai prosperidade.

Ao vê-los prosperando com tranquilidade, saúde e estabilidade (vs.4-5) na prática da arrogância e perversidade, os "invejava" (v.3). Mas reconheceu que sua avaliação anterior a respeito do valor da vida com base em conquistas materiais, é irracional, é ilógica diante de Deus (v.22). Não cedendo às tentações da cômoda conclusão que vem do descompromisso com valores permanentes da verdadeira espiritualidade, concluiu que a fé não se baseia em conquistas pessoais ou materiais, esta avaliação é perecível (v.27), e sim, na fé que tem Deus sua única fonte de riqueza desvencilhada de automóveis, imóveis e móveis, sua satisfação plena está no relacionamento com Deus pela adoração. Percebe que Deus não se interessava em suas conquistas e sim por ele (v.23).

É Deus quem pode dar firmeza e segurança, é Ele quem tem conselhos sábios para o único destino glorioso (v.24). Seu debate consigo mesmo o leva à conclusão de que o relacionamento pessoal, íntimo com Deus transcende qualquer emoção provocada por conquistas materiais; ninguém além do Senhor pode satisfazê-lo (v.25).

A frase "Deus é bom", pode parecer ambígua. Possivelmente esta ambiguidade é a causa da dúvida na caminhada de fé de muitos cristãos. Como pode os pervertidos, esses que desprezam a fé como os que na fé desprezam Deus e Sua Palavra, prosperar e gozar paz, enquanto os justos são envergonhados pelas riquezas oriundas do descompromisso com a Verdade ? Esta era a dúvida do salmista. Ora, dizemos que Deus é bom da mesma forma que dizemos que um carro é bom. Neste caso, "É" serve para atribuir uma qualidade, pois carro É realmente BOM, pelo menos melhor que ônibus coletivo. Por outro lado, "É" indica identidade entre dois termos, como "carro é veículo"; ou seja, Deus é bom.

Um é igual ao outro ! Isto significa que Deus não tem bondade, Ele é bom ! Está em Sua natureza esta virtude. Isto implica que as verdadeiras noções de quem é Deus, naturalmente, só podem ser encontradas por trás das bênçãos ou conquistas pessoais no curso da vida. Sem Deus, não há espiritualidade ou moralidade verdadeiras, não podem estar separadas dEle.

Por isto, o ímpio pode fazer e gozar o bem (vs.3-5) sem natureza aceitável para Deus (v.27), e a moralidade que há no mundo é uma contradição, um oximoro, um paradoxo (Tg. 3:11-12). Veja que o salmista acentua estar com Deus, Seus conselhos, que Ele é sua maior riqueza e satisfação, fortaleza e herança eterna (vs.23-28) para justificar seu andar, seu cotidiano, e não elementos externos como se bondade fosse algo separado de Deus.

Não se pode entender a natureza do que é bom independente de Deus. Pode-se gozar relativa paz, ter as contas pagas, conquistar bens que ofereçam estabilidade e conforto, empregos satisfatórios, mas isto não significa evidência de fé em Deus. O que evidencia a fé verdadeira é o apego a Deus e a Seus sábios conselhos para serem vividos autonimamente das riquezas ou pobrezas deste mundo.

"Deus é bom". Este é o primeiro verso do capítulo. É a tese da bondade divina independente das nossas circunstâncias. Trata-se de quem é Deus, e não do que temos alcançado. A conclusão está no final : "Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúfio, para proclamar todos os seus feitos", v.28. Saber que Deus é bom, implica em viver apegado a Ele e dar testemunho, em meio das facilidades e dificuldades impostas pelas circunstâncias do dia-a-dia, de que o Senhor vale mais que as conquistas pessoais !
Com meu carinho,
Ericson Martins