segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Asherah

 



Uma informação apresentada pela pesquisadora da Universidade de Exeter, Francesca Stavrakopoulou, em 2011, apontou que originalmente as grandes religiões monoteístas –judaísmo, cristianismo e islamismo- que adoravam também a Deusa Asherah, junto a Yahweh. Se isso fosse comprovado, significaria que na origem dessas grandes religiões existe uma concepção mais equilibrada de vida, tanto o princípio masculino quanto o feminino, como ocorre, por exemplo, no hinduísmo com Shiva e Parvati ou Vishnu e Lakshmi. Stavrakopoulou baseou sua teoria em antigos textos, amuletos e figuras descobertas na cidade de Ugarit, hoje Siria, nos que se revelaram que Asherah era uma poderosa Divindade que se adorava junto a Deus Yahweh. Em uma vasilha do século XIII encontrada no deserto do Sinai, em Kuntillet Arjud, ela pede bênção à parede divina. E agora várias inscrições semelhantes foram encontradas, todas as quais fortalecem o caso de que o Deus do monoteísmo tinha uma consorte. Também é significativo que a admissão bíblica de que Asherah foi adorada no templo de Yahweh em Jerusalém e no Livro dos Reis se diz que uma estátua de Asherah foi adorada no templo e que uma pessoa feminina tinha vestimentas rituais para ela. Às vezes seu nome é traduzido como a Deusa da árvore da vida, mas também está vinculado ao mar em um de seus nomes Athirat, rbt ʼaṯrt ym, rabat ʼAṯirat yammi, Senhora do Mar ou Aquela que caminha sobre o mar. Seu outro epíteto nos textos ugaríticos (uma linguagem semítica) é "qaniyatu ʾilhm", “a criadora dos Deuses”. Nestes textos Athirat é a consorte de Deus El; existe uma referência aos 70 filhos de Athirat, presumivelmente os mesmos 70 filhos de “El”. Também se chama Elat, a contraparte feminina de El, nos textos acádios aparece como Ashratum, a esposa de Anu, o Deus do céu, e faz referência a toda a mitologia suméria de onde se derivou do relato da criação. E há muitas referências mais recentes sobre este tema, você pode procurar outras fontes, como em minha tese de doutorado, a obra mais completa e atualizada em português sobre a Deusa - https://angelanatel.wordpress.com/2025/02/25/pre-venda-do-livro-de-asherah-a-lo-ruchamah-tese-de-doutorado-de-angela-natel/


Nenhum comentário:

Asherah

 



Uma informação apresentada pela pesquisadora da Universidade de Exeter, Francesca Stavrakopoulou, em 2011, apontou que originalmente as grandes religiões monoteístas –judaísmo, cristianismo e islamismo- que adoravam também a Deusa Asherah, junto a Yahweh. Se isso fosse comprovado, significaria que na origem dessas grandes religiões existe uma concepção mais equilibrada de vida, tanto o princípio masculino quanto o feminino, como ocorre, por exemplo, no hinduísmo com Shiva e Parvati ou Vishnu e Lakshmi. Stavrakopoulou baseou sua teoria em antigos textos, amuletos e figuras descobertas na cidade de Ugarit, hoje Siria, nos que se revelaram que Asherah era uma poderosa Divindade que se adorava junto a Deus Yahweh. Em uma vasilha do século XIII encontrada no deserto do Sinai, em Kuntillet Arjud, ela pede bênção à parede divina. E agora várias inscrições semelhantes foram encontradas, todas as quais fortalecem o caso de que o Deus do monoteísmo tinha uma consorte. Também é significativo que a admissão bíblica de que Asherah foi adorada no templo de Yahweh em Jerusalém e no Livro dos Reis se diz que uma estátua de Asherah foi adorada no templo e que uma pessoa feminina tinha vestimentas rituais para ela. Às vezes seu nome é traduzido como a Deusa da árvore da vida, mas também está vinculado ao mar em um de seus nomes Athirat, rbt ʼaṯrt ym, rabat ʼAṯirat yammi, Senhora do Mar ou Aquela que caminha sobre o mar. Seu outro epíteto nos textos ugaríticos (uma linguagem semítica) é "qaniyatu ʾilhm", “a criadora dos Deuses”. Nestes textos Athirat é a consorte de Deus El; existe uma referência aos 70 filhos de Athirat, presumivelmente os mesmos 70 filhos de “El”. Também se chama Elat, a contraparte feminina de El, nos textos acádios aparece como Ashratum, a esposa de Anu, o Deus do céu, e faz referência a toda a mitologia suméria de onde se derivou do relato da criação. E há muitas referências mais recentes sobre este tema, você pode procurar outras fontes, como em minha tese de doutorado, a obra mais completa e atualizada em português sobre a Deusa - https://angelanatel.wordpress.com/2025/02/25/pre-venda-do-livro-de-asherah-a-lo-ruchamah-tese-de-doutorado-de-angela-natel/