O “Relevo de Burney” “Senhora da Noite”, que acredita-se
representar ou Inanna ou sua irmã mais velha Ereshkigal (19º ou 18º século AEC). A mitóloga Diane
Wolkstein interpreta o mito como uma união entre Inanna e seu próprio
“lado escuro”: sua irmã gêmea, Ereshkigal. Quando Inanna ascende do
submundo, é através dos poderes de Ereshkigal, mas, enquanto Inanna está no
submundo, é Ereshkigal que aparentemente assume os poderes da
fertilidade. O poema termina com uma frase elogiosa, não de Inanna, mas de
Ereshkigal. Wolkstein interpreta a narrativa como um poema de louvor
dedicado aos aspectos mais negativos do domínio de Inanna, simbolizando a
aceitação da necessidade da morte para facilitar a continuidade da vida. Joseph
Campbell interpreta o mito como sendo sobre o poder psicológico de uma descida
ao inconsciente, a realização da própria força através de um episódio de
aparente impotência e a aceitação das próprias qualidades negativas. Sua
interpretação é anacrônica, por isso é importante distinguir o sentido do mito
em seu contexto original, de acordo com as próprias interpretações das culturas
de origem, das ressignificações psicológicas e arquetípicas que são anacrônicas
e universalizantes e, portanto, coloniais.
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