segunda-feira, 12 de maio de 2025

Senhora da Noite

 


O “Relevo de Burney” “Senhora da Noite”, que acredita-se representar ou Inanna ou sua irmã mais velha Ereshkigal (19º  ou 18º  século AEC). A mitóloga Diane Wolkstein interpreta o mito como uma união entre Inanna e seu próprio “lado escuro”: sua irmã gêmea, Ereshkigal. Quando Inanna ascende do submundo, é através dos poderes de Ereshkigal, mas, enquanto Inanna está no submundo, é Ereshkigal que aparentemente assume os poderes da fertilidade. O poema termina com uma frase elogiosa, não de Inanna, mas de Ereshkigal. Wolkstein interpreta a narrativa como um poema de louvor dedicado aos aspectos mais negativos do domínio de Inanna, simbolizando a aceitação da necessidade da morte para facilitar a continuidade da vida. Joseph Campbell interpreta o mito como sendo sobre o poder psicológico de uma descida ao inconsciente, a realização da própria força através de um episódio de aparente impotência e a aceitação das próprias qualidades negativas. Sua interpretação é anacrônica, por isso é importante distinguir o sentido do mito em seu contexto original, de acordo com as próprias interpretações das culturas de origem, das ressignificações psicológicas e arquetípicas que são anacrônicas e universalizantes e, portanto, coloniais.

Para a mitologia de Inanna, adquira o Curso: “Ela está pegando fogo! Cântico dos Cânticos texto a texto”.
Garanta já seu ingresso: https://angelanatel.wordpress.com/2023/03/08/curso-ela-esta-pegando-fogo-cantico-dos-canticos-texto-a-texto-2/


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Senhora da Noite

 


O “Relevo de Burney” “Senhora da Noite”, que acredita-se representar ou Inanna ou sua irmã mais velha Ereshkigal (19º  ou 18º  século AEC). A mitóloga Diane Wolkstein interpreta o mito como uma união entre Inanna e seu próprio “lado escuro”: sua irmã gêmea, Ereshkigal. Quando Inanna ascende do submundo, é através dos poderes de Ereshkigal, mas, enquanto Inanna está no submundo, é Ereshkigal que aparentemente assume os poderes da fertilidade. O poema termina com uma frase elogiosa, não de Inanna, mas de Ereshkigal. Wolkstein interpreta a narrativa como um poema de louvor dedicado aos aspectos mais negativos do domínio de Inanna, simbolizando a aceitação da necessidade da morte para facilitar a continuidade da vida. Joseph Campbell interpreta o mito como sendo sobre o poder psicológico de uma descida ao inconsciente, a realização da própria força através de um episódio de aparente impotência e a aceitação das próprias qualidades negativas. Sua interpretação é anacrônica, por isso é importante distinguir o sentido do mito em seu contexto original, de acordo com as próprias interpretações das culturas de origem, das ressignificações psicológicas e arquetípicas que são anacrônicas e universalizantes e, portanto, coloniais.

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