quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Entre as impotências e as importâncias, outras formas de amar.

 


A sensação de impotência que tenho nem sempre é ruim
Se alguém me diz para esvaziar o mar com uma caneca, eu me sinto impotente, mas não me sinto mal por isso e até rio do pedido
Ou se alguém me diz para juntar todos os grãos de areia um do lado do outro, eu nem tento, sei que sou impotente para isso
Só sei que não me cabe tal tarefa e me tranquilizo com isso
Em alguns momentos, até festejo não ter esse poder, essa capacidade e mesmo assim me sinto importante
Mas há outras situações em que da impotência não sinto nada bom
Me dá mesmo é angústia, talvez porque eu sinta que deveria estar sendo potente em resolver aquilo e não consigo
E já não consigo esvaziar dentro de mim nem mesmo um copo de água, que parece agora tão vasto como o mar
Talvez por isso meus deuses não sejam super poderosos, super potentes, onipresentes, oniscientes.
Não, os seres encantados nos quais acredito têm luzes pequenas como as dos vaga-lumes, alumiam um pouquinho, me auxiliam um pouco, às vezes, de alguns jeitos
E nem por isso são menos poderosos e importantes
Nesse reconhecimento da importância das impotências é que nasce as "importências"
Tapar o sol com a peneira, juntar a areia e fazer nas mãos a água do mar em uma concha passageira, aqui e agora só faço é de brincadeira.

Geni Nuñez - @genipapos no Instagram
Assista a live “Descatequizar para descolonizar”, com Geni Nuñez em meu canal no Youtube (Angela Natel) -
https://www.youtube.com/watch?v=mhtXVH-kO3I&t=2113s


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Entre as impotências e as importâncias, outras formas de amar.

 


A sensação de impotência que tenho nem sempre é ruim
Se alguém me diz para esvaziar o mar com uma caneca, eu me sinto impotente, mas não me sinto mal por isso e até rio do pedido
Ou se alguém me diz para juntar todos os grãos de areia um do lado do outro, eu nem tento, sei que sou impotente para isso
Só sei que não me cabe tal tarefa e me tranquilizo com isso
Em alguns momentos, até festejo não ter esse poder, essa capacidade e mesmo assim me sinto importante
Mas há outras situações em que da impotência não sinto nada bom
Me dá mesmo é angústia, talvez porque eu sinta que deveria estar sendo potente em resolver aquilo e não consigo
E já não consigo esvaziar dentro de mim nem mesmo um copo de água, que parece agora tão vasto como o mar
Talvez por isso meus deuses não sejam super poderosos, super potentes, onipresentes, oniscientes.
Não, os seres encantados nos quais acredito têm luzes pequenas como as dos vaga-lumes, alumiam um pouquinho, me auxiliam um pouco, às vezes, de alguns jeitos
E nem por isso são menos poderosos e importantes
Nesse reconhecimento da importância das impotências é que nasce as "importências"
Tapar o sol com a peneira, juntar a areia e fazer nas mãos a água do mar em uma concha passageira, aqui e agora só faço é de brincadeira.

Geni Nuñez - @genipapos no Instagram
Assista a live “Descatequizar para descolonizar”, com Geni Nuñez em meu canal no Youtube (Angela Natel) -
https://www.youtube.com/watch?v=mhtXVH-kO3I&t=2113s