quinta-feira, 31 de agosto de 2023

O exercício de se amar e ser amado sem tentar controlar todos os porquês.

 




Talvez aquilo que você entenda como suas mais bonitas qualidades, não seja percebido da mesma forma por outras pessoas
Talvez aquilo que você não veja como problemático, outras pessoas percebam assim
Nesse encontro entre o que pensamos que somos e as percepções das demais pessoas sobre nós, pode haver uma grande surpresa
O que fica disso, é que não temos como controlar completamente os motivos pelos quais as pessoas se aproximam e se afastam de nós, sobretudo se lembramos da dimensão estrutural e coletiva das opressões
Por isso, não tentar descobrir individual e exaustivamente essas razões, pode nos auxiliar a melhor celebrar as permanências que recebemos, mesmo que essas também possam ser passageiras
Sem ficar dando tanto espaço às vozes que, a despeito da alegria e saúde daquele vínculo, dizem que aquela relação não combina ou não faz sentido, que seria melhor se fosse com outra pessoa, em outro momento e assim por diante
Não subestimemos o amor que recebemos tentando colocar nele nossas próprias explicações: nem mesmo de nossos próprios desejos temos total transparência, quanto mais sobre os dos outros
Não é porque não sabemos esmiuçadamente todas as razões do amor que deixamos de vivê-lo, senti-lo, desejá-lo: há sempre algo que nos excede, que é um sim e pronto.
"A veces,
al doblar una esquina
o al cruzar una calle,
me ha llegado,
no sé de dónde,
una racha de felicidad.
La he recibido con humildad
y agradecimiento,
y no he tratado de explicármela,
porque sé que a todos nos sobran los motivos de tristeza".
— Jorge Luis Borges

Geni Nuñez - @genipapos no Instagram
Assista a live “Descatequizar para descolonizar”, com Geni Nuñez em meu canal no Youtube (Angela Natel) -
https://www.youtube.com/watch?v=mhtXVH-kO3I&t=2113s


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O exercício de se amar e ser amado sem tentar controlar todos os porquês.

 




Talvez aquilo que você entenda como suas mais bonitas qualidades, não seja percebido da mesma forma por outras pessoas
Talvez aquilo que você não veja como problemático, outras pessoas percebam assim
Nesse encontro entre o que pensamos que somos e as percepções das demais pessoas sobre nós, pode haver uma grande surpresa
O que fica disso, é que não temos como controlar completamente os motivos pelos quais as pessoas se aproximam e se afastam de nós, sobretudo se lembramos da dimensão estrutural e coletiva das opressões
Por isso, não tentar descobrir individual e exaustivamente essas razões, pode nos auxiliar a melhor celebrar as permanências que recebemos, mesmo que essas também possam ser passageiras
Sem ficar dando tanto espaço às vozes que, a despeito da alegria e saúde daquele vínculo, dizem que aquela relação não combina ou não faz sentido, que seria melhor se fosse com outra pessoa, em outro momento e assim por diante
Não subestimemos o amor que recebemos tentando colocar nele nossas próprias explicações: nem mesmo de nossos próprios desejos temos total transparência, quanto mais sobre os dos outros
Não é porque não sabemos esmiuçadamente todas as razões do amor que deixamos de vivê-lo, senti-lo, desejá-lo: há sempre algo que nos excede, que é um sim e pronto.
"A veces,
al doblar una esquina
o al cruzar una calle,
me ha llegado,
no sé de dónde,
una racha de felicidad.
La he recibido con humildad
y agradecimiento,
y no he tratado de explicármela,
porque sé que a todos nos sobran los motivos de tristeza".
— Jorge Luis Borges

Geni Nuñez - @genipapos no Instagram
Assista a live “Descatequizar para descolonizar”, com Geni Nuñez em meu canal no Youtube (Angela Natel) -
https://www.youtube.com/watch?v=mhtXVH-kO3I&t=2113s