sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

O que muitos não compreendem...

 


O que muitos não compreendem- ou não querem compreender - é que não podem exigir comportamento da gente sem entender o que passamos de fato.
Me afastei de pessoas da família, bem próximas, que pros outros se fazem de melhores pessoas, mas que comigo é como se eu simplesmente não pudesse ser quem sou.
Cansei de 43 anos da minha vida ter que mascarar sentimentos, calar gostos, sufocar crises, ser criticada em praticamente TUDO, desde a maneira de segurar um talher, até a roupa que uso ou as escolhas que faço para mim mesma.
Praticamente, para essas pessoas, é como se minha existência, como um todo, fosse um erro. Ainda que, de tempos em tempos, essas mesmas pessoas me mandem mensagens de amor, palavras de admiração. Na convivência, é outra história.
Piadas que para os de fora parecem apenas "brincadeirinhas", são a ponta do iceberg que massacrou minha identidade a vida toda.
Então, que se f* a opinião de quem me conhece e de quem me desconhece, porque na minha pele só habita eu.
Quanto às questões de trabalho, se esquecem que sou professora, não vendedora. Então, tem sido um enorme desgaste o trabalho de "vender" meus cursos.
O que tenho recebido é uma verdadeira chuva de boas ideias e mais trabalho do que, de fato, ajuda. Portanto, o mínimo que solicito é respeito por quem sou e pelo que faço, porque gente privilegiada tem o hábito de pensar que por ter criado 12 cursos em um ano eu já deveria ter estabilidade financeira quando, na verdade, o que tenho é mais necessidade de trabalhar porque, como já disse, não sou vendedora, e boas ideias não ajudam, apenas somam no peso do que tenho que fazer.
Tenho pouquíssimos alunos, maravilhosos, mas que não são suficientes mais para cobrir minhas despesas e necessidades, principalmente com medicamentos. Criei cursos que eu desejava ter feito há 30 anos atrás. Cursos que todas os tipos de pessoas se beneficiariam se os adquirissem, e não apenas quem tem interesse na área. Convencê-las disso é difícil.
Além disso, não posso esquecer que tenho uma tese para terminar, sou estudante. Talvez, se você que leu até refletisse apenas antes de falar qualquer coisa, já ajudaria muito. Não preciso de boas ideias. Preciso de alunos, preciso de parceria na divulgação dos cursos, preciso de apoiadores no http://apoia.se/angelanatel e preciso de membros no meu canal. Isso ajuda muito.
Não preciso de julgamento, de comparação, muito menos de pessoas que se contentam que relacionamento é apenas dar um tapinha nas costas e dizer: "tá tudo bem" uma vez a cada 6 meses.
Se você chegou recentemente em minhas redes, será sempre bem vinde. Saiba que sou gente, e não vou abrir mais mão de ser quem sou por causa de mentes domesticadas a tratar tudo como apenas um negócio.
Angela Natel

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O que muitos não compreendem...

 


O que muitos não compreendem- ou não querem compreender - é que não podem exigir comportamento da gente sem entender o que passamos de fato.
Me afastei de pessoas da família, bem próximas, que pros outros se fazem de melhores pessoas, mas que comigo é como se eu simplesmente não pudesse ser quem sou.
Cansei de 43 anos da minha vida ter que mascarar sentimentos, calar gostos, sufocar crises, ser criticada em praticamente TUDO, desde a maneira de segurar um talher, até a roupa que uso ou as escolhas que faço para mim mesma.
Praticamente, para essas pessoas, é como se minha existência, como um todo, fosse um erro. Ainda que, de tempos em tempos, essas mesmas pessoas me mandem mensagens de amor, palavras de admiração. Na convivência, é outra história.
Piadas que para os de fora parecem apenas "brincadeirinhas", são a ponta do iceberg que massacrou minha identidade a vida toda.
Então, que se f* a opinião de quem me conhece e de quem me desconhece, porque na minha pele só habita eu.
Quanto às questões de trabalho, se esquecem que sou professora, não vendedora. Então, tem sido um enorme desgaste o trabalho de "vender" meus cursos.
O que tenho recebido é uma verdadeira chuva de boas ideias e mais trabalho do que, de fato, ajuda. Portanto, o mínimo que solicito é respeito por quem sou e pelo que faço, porque gente privilegiada tem o hábito de pensar que por ter criado 12 cursos em um ano eu já deveria ter estabilidade financeira quando, na verdade, o que tenho é mais necessidade de trabalhar porque, como já disse, não sou vendedora, e boas ideias não ajudam, apenas somam no peso do que tenho que fazer.
Tenho pouquíssimos alunos, maravilhosos, mas que não são suficientes mais para cobrir minhas despesas e necessidades, principalmente com medicamentos. Criei cursos que eu desejava ter feito há 30 anos atrás. Cursos que todas os tipos de pessoas se beneficiariam se os adquirissem, e não apenas quem tem interesse na área. Convencê-las disso é difícil.
Além disso, não posso esquecer que tenho uma tese para terminar, sou estudante. Talvez, se você que leu até refletisse apenas antes de falar qualquer coisa, já ajudaria muito. Não preciso de boas ideias. Preciso de alunos, preciso de parceria na divulgação dos cursos, preciso de apoiadores no http://apoia.se/angelanatel e preciso de membros no meu canal. Isso ajuda muito.
Não preciso de julgamento, de comparação, muito menos de pessoas que se contentam que relacionamento é apenas dar um tapinha nas costas e dizer: "tá tudo bem" uma vez a cada 6 meses.
Se você chegou recentemente em minhas redes, será sempre bem vinde. Saiba que sou gente, e não vou abrir mais mão de ser quem sou por causa de mentes domesticadas a tratar tudo como apenas um negócio.
Angela Natel