terça-feira, 30 de agosto de 2022

O reino da morte

 


O reino da morte estende seus domínios
Através dos olhos revirados diante da dor,
Da manutenção de um sistema genocida,
Do dedo apontado, do cinismo e da ameaça velada.
O reino da morte mantém-se através da negociação de vidas
Da barganha de bênçãos e da imposição de dogmas,
Da troca sutil ou violenta de culturas e religiosidades
Por aquilo que se ensina como sendo ‘mais aceitável’.
O reino da morte amplia seus domínios
Em nome de Deus, da ortodoxia,
Em nome de um diploma, de reconhecimento,
Financiamento, em nome da venda da consciência.
O reino da morte impera
Através do desprezo pela emergência da vida,
Do pouco caso que se faz das estruturas que matam
E das catástrofes que nos são acometidas.
Assim o reino da morte vence
A cada desprezo pela vida, pela justiça,
A cada negação por se render
A cada obstinação diabólica dos que se dizem portadores da vida.

Angela Natel


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O reino da morte

 


O reino da morte estende seus domínios
Através dos olhos revirados diante da dor,
Da manutenção de um sistema genocida,
Do dedo apontado, do cinismo e da ameaça velada.
O reino da morte mantém-se através da negociação de vidas
Da barganha de bênçãos e da imposição de dogmas,
Da troca sutil ou violenta de culturas e religiosidades
Por aquilo que se ensina como sendo ‘mais aceitável’.
O reino da morte amplia seus domínios
Em nome de Deus, da ortodoxia,
Em nome de um diploma, de reconhecimento,
Financiamento, em nome da venda da consciência.
O reino da morte impera
Através do desprezo pela emergência da vida,
Do pouco caso que se faz das estruturas que matam
E das catástrofes que nos são acometidas.
Assim o reino da morte vence
A cada desprezo pela vida, pela justiça,
A cada negação por se render
A cada obstinação diabólica dos que se dizem portadores da vida.

Angela Natel