quinta-feira, 7 de julho de 2022

Rainha Jinga (ou Nzinga) de Matamba, em Angola

 


Estátua dedicada à rainha Jinga (ou Nzinga) de Matamba, em Angola. Por quatro décadas, a poderosa soberana africana usou a guerra e a diplomacia para impedir o avanço do colonialismo português em seus territórios, no século XVII. Embora tenha sido uma das mulheres mais importantes da história da África, não existe qualquer retrato ou ilustração contemporânea do rosto da rainha Jinga de Angola, que reinou entre os anos de 1622 a 1663. A maioria das imagens produzidas sobre ela são baseadas nos escritos de Frei Cavazzi, que viveu na corte de Ndongo durante o governo da soberana. Numa litogravura clássica, feita muitos anos depois de sua morte, Jinga aparece de forma bastante europeizada, para não dizer também sexualizada, com o seio esquerdo à mostra. Levando isso em consideração, a estátua da soberana oferece ao apreciador outro perfil, mais imponente. A soberana está vestida em ricos tecidos, com um machado de guerra na mão direita, símbolo de sua realeza e coragem em batalha.

Texto: Renato Drummond Neto

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Rainha Jinga (ou Nzinga) de Matamba, em Angola

 


Estátua dedicada à rainha Jinga (ou Nzinga) de Matamba, em Angola. Por quatro décadas, a poderosa soberana africana usou a guerra e a diplomacia para impedir o avanço do colonialismo português em seus territórios, no século XVII. Embora tenha sido uma das mulheres mais importantes da história da África, não existe qualquer retrato ou ilustração contemporânea do rosto da rainha Jinga de Angola, que reinou entre os anos de 1622 a 1663. A maioria das imagens produzidas sobre ela são baseadas nos escritos de Frei Cavazzi, que viveu na corte de Ndongo durante o governo da soberana. Numa litogravura clássica, feita muitos anos depois de sua morte, Jinga aparece de forma bastante europeizada, para não dizer também sexualizada, com o seio esquerdo à mostra. Levando isso em consideração, a estátua da soberana oferece ao apreciador outro perfil, mais imponente. A soberana está vestida em ricos tecidos, com um machado de guerra na mão direita, símbolo de sua realeza e coragem em batalha.

Texto: Renato Drummond Neto