segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Víboras!


(À luz de Mateus 3: 7 e Isaías 11: 8)

As víboras deixaram seus covis
e elas andam livremente pelas nossas cidades,
pelas praças, parques e ruas;
elas estão nos escritórios e nos mercados,
em casas e templos,
elas hipnotizam aqueles que estão desprevenidos,
seduzem aqueles que são da mesma enseada,
Elas envenenam aqueles que as enfrentam.

Cobras em uniformes verdes,
Cega com armas carregadas de ódio.
Víboras de terno e gravata,
Elas condenam à fome com um decreto.
Vermes rastejantes com microfones
elas falam de céus exclusivos e distantes
esquecendo aquele copo de água
e sobre os abraços que devemos
aqui em nossa terra
de dor e solidão.

Víboras que apontam de maneira diferente com o dedo,
que desprezam seus vizinhos
por sua origem, pela cor de sua pele,
por suas opções políticas ou por sua sexualidade.
Víboras que violam outro ser humano,
que abusam, que batem, que violam,
que assumem os corpos
e aquelas que alienam a mente de outras pessoas.
Víboras que possuem políticas que excluem,
que nunca se interessam por dignidade
nem pelos direitos de outros seres humanos.
Víboras que incentivam o ódio
e destilam seu palavreado venenoso
sem medir o dano que causam.
Víboras!

Mas, chegará o dia em que uma criança
ou uma garota ou um garoto
ela vai colocar a mão no ninho
que concentra todos os ódios
e jogará com os medos que paralisam,
com as violências que mutilam,
com as queimaduras que permitem,
com os venenos que corrompem,
com a peçonha que mata,
com as cobras que dominaram
à sua vontade os nossos povos,
colonizando nossas culturas,
Mutilando nossa fé

Nesse dia, o novo mundo nascerá,
A outra terra com a qual continuamos sonhando.
E será o advento definitivo.

Gerardo Oberman

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Víboras!


(À luz de Mateus 3: 7 e Isaías 11: 8)

As víboras deixaram seus covis
e elas andam livremente pelas nossas cidades,
pelas praças, parques e ruas;
elas estão nos escritórios e nos mercados,
em casas e templos,
elas hipnotizam aqueles que estão desprevenidos,
seduzem aqueles que são da mesma enseada,
Elas envenenam aqueles que as enfrentam.

Cobras em uniformes verdes,
Cega com armas carregadas de ódio.
Víboras de terno e gravata,
Elas condenam à fome com um decreto.
Vermes rastejantes com microfones
elas falam de céus exclusivos e distantes
esquecendo aquele copo de água
e sobre os abraços que devemos
aqui em nossa terra
de dor e solidão.

Víboras que apontam de maneira diferente com o dedo,
que desprezam seus vizinhos
por sua origem, pela cor de sua pele,
por suas opções políticas ou por sua sexualidade.
Víboras que violam outro ser humano,
que abusam, que batem, que violam,
que assumem os corpos
e aquelas que alienam a mente de outras pessoas.
Víboras que possuem políticas que excluem,
que nunca se interessam por dignidade
nem pelos direitos de outros seres humanos.
Víboras que incentivam o ódio
e destilam seu palavreado venenoso
sem medir o dano que causam.
Víboras!

Mas, chegará o dia em que uma criança
ou uma garota ou um garoto
ela vai colocar a mão no ninho
que concentra todos os ódios
e jogará com os medos que paralisam,
com as violências que mutilam,
com as queimaduras que permitem,
com os venenos que corrompem,
com a peçonha que mata,
com as cobras que dominaram
à sua vontade os nossos povos,
colonizando nossas culturas,
Mutilando nossa fé

Nesse dia, o novo mundo nascerá,
A outra terra com a qual continuamos sonhando.
E será o advento definitivo.

Gerardo Oberman