quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Série mês das bruxas contra a intolerância religiosa: 17. Hypatia de Alexandria

Neste mês de outubro lanço a campanha contra a intolerância religiosa, com uma série diária de histórias verídicas de pessoas que foram acusadas de bruxaria e condenadas à morte por isso. Ainda que tenham sido considerados, posteriormente, inocentes, que o triste relato a respeito de suas experiências e que seu sangue clame em alta voz em nossos ouvidos e corações, para que isso nunca mais se repita.


17. Hypatia de Alexandria



Nascida em Alexandria, no Egito, Hypatia foi uma filósofa, astrônoma e professora — aliás, ela foi a primeira mulher documentada na História como sendo matemática! — que, por volta do ano 415, foi executada simplesmente por conta de suas crenças pagãs. Hypatia era filha de Téon de Alexandria, um respeitado filósofo, astrônomo e matemático, e foi ele quem a educou e lhe transmitiu sua paixão pelas Ciências.

Por azar, Hypatia viveu em uma época de grande atrito entre as três principais religiões seguidas no Egito — o judaísmo, o paganismo e o cristianismo —, e os conflitos entre os seguidores eram constantes. Então, o cristianismo foi adotado como religião oficial e, depois de Cirilo de Alexandria ser nomeado Patriarca, os seguidores de outras crenças passaram a sofrer perseguição.

Para piorar as coisas, Cirilo começou a competir com Orestes, o então governador de Alexandria, pelo controle da cidade, e Hypatia era muito amiga de Orestes. Os homens do Patriarca inclusive tentaram assassinar o governador, mas, depois de o plano não dar certo, as atenções se voltaram para a filósofa — que era um alvo muito mais fácil.

Os aliados de Cirilo começaram a espalhar rumores sobre Hypatia — incluindo acusações de que ela praticava a bruxaria para influenciar Orestes —, e um dia, enquanto ela se dirigia ao trabalho, um grupo de cristãos revoltados a capturaram. Ela foi arrastada pelas ruas até uma igreja e, lá, a multidão a deixou completamente nua antes de matá-la por apedrejamento. Depois, seu corpo foi esquartejado — os pedaços exibidos em triunfo por Alexandria — e, então, incinerado.

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Série mês das bruxas contra a intolerância religiosa: 17. Hypatia de Alexandria

Neste mês de outubro lanço a campanha contra a intolerância religiosa, com uma série diária de histórias verídicas de pessoas que foram acusadas de bruxaria e condenadas à morte por isso. Ainda que tenham sido considerados, posteriormente, inocentes, que o triste relato a respeito de suas experiências e que seu sangue clame em alta voz em nossos ouvidos e corações, para que isso nunca mais se repita.


17. Hypatia de Alexandria



Nascida em Alexandria, no Egito, Hypatia foi uma filósofa, astrônoma e professora — aliás, ela foi a primeira mulher documentada na História como sendo matemática! — que, por volta do ano 415, foi executada simplesmente por conta de suas crenças pagãs. Hypatia era filha de Téon de Alexandria, um respeitado filósofo, astrônomo e matemático, e foi ele quem a educou e lhe transmitiu sua paixão pelas Ciências.

Por azar, Hypatia viveu em uma época de grande atrito entre as três principais religiões seguidas no Egito — o judaísmo, o paganismo e o cristianismo —, e os conflitos entre os seguidores eram constantes. Então, o cristianismo foi adotado como religião oficial e, depois de Cirilo de Alexandria ser nomeado Patriarca, os seguidores de outras crenças passaram a sofrer perseguição.

Para piorar as coisas, Cirilo começou a competir com Orestes, o então governador de Alexandria, pelo controle da cidade, e Hypatia era muito amiga de Orestes. Os homens do Patriarca inclusive tentaram assassinar o governador, mas, depois de o plano não dar certo, as atenções se voltaram para a filósofa — que era um alvo muito mais fácil.

Os aliados de Cirilo começaram a espalhar rumores sobre Hypatia — incluindo acusações de que ela praticava a bruxaria para influenciar Orestes —, e um dia, enquanto ela se dirigia ao trabalho, um grupo de cristãos revoltados a capturaram. Ela foi arrastada pelas ruas até uma igreja e, lá, a multidão a deixou completamente nua antes de matá-la por apedrejamento. Depois, seu corpo foi esquartejado — os pedaços exibidos em triunfo por Alexandria — e, então, incinerado.