terça-feira, 15 de janeiro de 2019

MANIFESTO DA UNIÃO CÍVICA EVANGÉLICA PAULISTA - 1936





A União Cívica Evangélica Paulista [vem aos] seus eleitores nesta hora solene de tanta confusão e incerteza, para reafirmar sua existência, por muitos julgada extinta, por falta de manifestações exteriores visíveis e confirma seus [princípios] exarados no manifesto de 15 de janeiro deste ano do qual extraímos os seguintes trechos que relembram nossa atuação e nossos compromissos:
A Diretoria da U. C. E. P. ratificando o aviso colocado nas folhas evangélicas em julho de 1933, tem o prazer de comunicar a todos que conosco tomaram parte na campanha eleitoral que caminhará como orientadora do movimento eleitoral evangélica no estado de São Paulo, em conexão com os ideais da legenda “Liberdade e Justiça” que foi justamente a divisa que apresentamos na última campanha eleitoral. A U. C. E. P. fica constituindo um centro evangélico de vigilância para acolher e providenciar sobre todos os casos que cheguem ao [nosso] conhecimento em que haja pressão a liberdade de consciência e desrespeito ou quebra de direitos constitucionais, que garantem a liberdade e igualdade de crenças perante a lei, como qualquer perseguição e injustiça por motivos religiosos. Assim todos aqueles que forem vítimas de coação ou receberem atos concretos que ponham em opressão a liberdade de consciência por motivos religiosos, queiram dirigir-se a diretoria que tomará as providências que no caso couberem. 
A diretoria entende também ser seu dever neste momento de confusão e incertezas, declarara francamente os pontos que a norteiam quanto a ideologias comunistas, que se debatem no país e apelar a todos os evangélicos eleitores, que se abstenham de quaisquer compromissos políticos com tais partidos e ideologias [que] são contrárias aos princípios evangélicos. 
Como orientadora de opiniões, faz suas as palavras que foram adotadas como declaração de princípios pela Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, que sintetiza todos os pontos contrários aos extremismos de direita ou de esquerda, o comunismo, o integralismo, e outros quaisquer. 
Assim, condenamos todo movimento político ou social que: 
“Considerando o momento caótico do mundo e o movimento de idéias perigosas que apelam apara as mentes cristãs e por vezes delas se apoderam, Sínodo da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil declara contrário aos princípios da Reforma – que ele crê decorrentes do Novo Testamento – qualquer movimento político e social que der os seguintes resultados:
Atentando contra a liberdade de consciência livre dentro da lei; 
Atentado contra a liberdade de consciência, de crítica, de culto e de imprensa, quando esteja ela dentro da lei e da moral; 
Atentado contra a formação livre como partido com programas claros dentro da lei; 
Atentado contra a liberdade de propriedade em si, garantida e expressão livre do individuo de da organização normal da família; 
Atentado contra as bases sagradas da família Posse do poder pela força por parte de uma facção, que se arvore em país, transformando a bandeira nacional, mãe bondosa que é para abrigar dentro da lei as divergências naturais de seus filhos, em madrasta odioso que protege uns filhos tiranizando outros; 
Exigência de juramentos incondicionais nas mãos de um homem, o que é, além de gravíssima imprudência, para não dizer imoralidade, um atentado contra o princípio básico de reforma, a saber: o livre exame e a crítica, princípio que é não só um direito, mas um dever da dignidade humana; 
Nacionalismo rubro, que é uma deturpação do verdadeiro patriotismo e que conduz fatalmente a um orgulho nacional insensato, preparando o caminho para o ódio entre as nações, a opressão e a conquista; 
Ódio de raças e orgulha da superioridade racial, que afasta indivíduos e nações, contrariamente do universalismo cristão; 
A militarização da infância escola e a inoculação da alma infantil, de idéias de violência que não somente a deturpam e alienam a cristo, mas prepara o caminho para o imperialismo, o militarismo, os gastos excessivos com preparativos bélicos, em detrimento da escola, do pão sagrado, do operário, dos hospitais; 
Toda expansão de dinheiro que acarreta parasitismo, tirania, compressão a comunidade, exploração criminosa da pessoa e do trabalho humano. 
Com estes alavantados propósitos bem definidos e com esta diretriz de ação política e social, a diretoria conta com o apoio unânime de todos os evangélicos, eleitores ou não e de ambos os sexos, de todo estado de São Paulo, para na primeira oportunidade, dar um forte exemplo de civismo na defesa de nossos ideais. 
São Paulo, julho de 1936. 
N R S Couto Esher (e outras assinaturas)

Via Max Cassin
https://www.facebook.com/max.cassin.1/posts/2223378177714726

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MANIFESTO DA UNIÃO CÍVICA EVANGÉLICA PAULISTA - 1936





A União Cívica Evangélica Paulista [vem aos] seus eleitores nesta hora solene de tanta confusão e incerteza, para reafirmar sua existência, por muitos julgada extinta, por falta de manifestações exteriores visíveis e confirma seus [princípios] exarados no manifesto de 15 de janeiro deste ano do qual extraímos os seguintes trechos que relembram nossa atuação e nossos compromissos:
A Diretoria da U. C. E. P. ratificando o aviso colocado nas folhas evangélicas em julho de 1933, tem o prazer de comunicar a todos que conosco tomaram parte na campanha eleitoral que caminhará como orientadora do movimento eleitoral evangélica no estado de São Paulo, em conexão com os ideais da legenda “Liberdade e Justiça” que foi justamente a divisa que apresentamos na última campanha eleitoral. A U. C. E. P. fica constituindo um centro evangélico de vigilância para acolher e providenciar sobre todos os casos que cheguem ao [nosso] conhecimento em que haja pressão a liberdade de consciência e desrespeito ou quebra de direitos constitucionais, que garantem a liberdade e igualdade de crenças perante a lei, como qualquer perseguição e injustiça por motivos religiosos. Assim todos aqueles que forem vítimas de coação ou receberem atos concretos que ponham em opressão a liberdade de consciência por motivos religiosos, queiram dirigir-se a diretoria que tomará as providências que no caso couberem. 
A diretoria entende também ser seu dever neste momento de confusão e incertezas, declarara francamente os pontos que a norteiam quanto a ideologias comunistas, que se debatem no país e apelar a todos os evangélicos eleitores, que se abstenham de quaisquer compromissos políticos com tais partidos e ideologias [que] são contrárias aos princípios evangélicos. 
Como orientadora de opiniões, faz suas as palavras que foram adotadas como declaração de princípios pela Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, que sintetiza todos os pontos contrários aos extremismos de direita ou de esquerda, o comunismo, o integralismo, e outros quaisquer. 
Assim, condenamos todo movimento político ou social que: 
“Considerando o momento caótico do mundo e o movimento de idéias perigosas que apelam apara as mentes cristãs e por vezes delas se apoderam, Sínodo da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil declara contrário aos princípios da Reforma – que ele crê decorrentes do Novo Testamento – qualquer movimento político e social que der os seguintes resultados:
Atentando contra a liberdade de consciência livre dentro da lei; 
Atentado contra a liberdade de consciência, de crítica, de culto e de imprensa, quando esteja ela dentro da lei e da moral; 
Atentado contra a formação livre como partido com programas claros dentro da lei; 
Atentado contra a liberdade de propriedade em si, garantida e expressão livre do individuo de da organização normal da família; 
Atentado contra as bases sagradas da família Posse do poder pela força por parte de uma facção, que se arvore em país, transformando a bandeira nacional, mãe bondosa que é para abrigar dentro da lei as divergências naturais de seus filhos, em madrasta odioso que protege uns filhos tiranizando outros; 
Exigência de juramentos incondicionais nas mãos de um homem, o que é, além de gravíssima imprudência, para não dizer imoralidade, um atentado contra o princípio básico de reforma, a saber: o livre exame e a crítica, princípio que é não só um direito, mas um dever da dignidade humana; 
Nacionalismo rubro, que é uma deturpação do verdadeiro patriotismo e que conduz fatalmente a um orgulho nacional insensato, preparando o caminho para o ódio entre as nações, a opressão e a conquista; 
Ódio de raças e orgulha da superioridade racial, que afasta indivíduos e nações, contrariamente do universalismo cristão; 
A militarização da infância escola e a inoculação da alma infantil, de idéias de violência que não somente a deturpam e alienam a cristo, mas prepara o caminho para o imperialismo, o militarismo, os gastos excessivos com preparativos bélicos, em detrimento da escola, do pão sagrado, do operário, dos hospitais; 
Toda expansão de dinheiro que acarreta parasitismo, tirania, compressão a comunidade, exploração criminosa da pessoa e do trabalho humano. 
Com estes alavantados propósitos bem definidos e com esta diretriz de ação política e social, a diretoria conta com o apoio unânime de todos os evangélicos, eleitores ou não e de ambos os sexos, de todo estado de São Paulo, para na primeira oportunidade, dar um forte exemplo de civismo na defesa de nossos ideais. 
São Paulo, julho de 1936. 
N R S Couto Esher (e outras assinaturas)

Via Max Cassin
https://www.facebook.com/max.cassin.1/posts/2223378177714726