quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Procuro um homem...




Há 2.000 anos, o filósofo grego Diógenes saiu de casa com uma lanterna na mão. O sol brilhava naquela manhã, todos perguntavam a ele a razão de levar uma lanterna e por que fazia isso. Diógenes respondia: "Procuro um homem". Segundo ele, não havia nenhum homem nas ruas e nos lugares públicos. Diz a lenda que não encontrou nenhum, todos eram incompetentes ou corruptos.
E hoje, o mais antigo adágio se comprova: Não há um sequer!
Porém, para muitos, é ainda mais importante falar, publicar, postar, compartilhar, incitar, ainda que com fontes duvidosas, ainda que possam ser notícias falsas, é mais urgente que se faça barulho.
É preciso manter o ódio. Assim o medo pode aumentar e determinar as ações, assim não se dá espaço e tempo para a justiça, assim não se calam as vozes para aquietar o coração em busca da verdade.
Menos orações são feitas, menos reflexões ponderadas, mais barulho, mais urgência se pede, assim menos consciência se tem, menos humanidade, menos verdade.
Há mais medo de monstros que se criam em torno de pessoas e situações do que medo de se errar, assim mais e mais vítimas são criadas, vítimas de nosso ódio gratuito, de nosso muito falar, nosso pouco ajudar.
"Procuro um homem." Procuro alguém... honesto, bom, misericordioso, com mãos estendidas para ajudar, não para apontar, procuro...

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Procuro um homem...




Há 2.000 anos, o filósofo grego Diógenes saiu de casa com uma lanterna na mão. O sol brilhava naquela manhã, todos perguntavam a ele a razão de levar uma lanterna e por que fazia isso. Diógenes respondia: "Procuro um homem". Segundo ele, não havia nenhum homem nas ruas e nos lugares públicos. Diz a lenda que não encontrou nenhum, todos eram incompetentes ou corruptos.
E hoje, o mais antigo adágio se comprova: Não há um sequer!
Porém, para muitos, é ainda mais importante falar, publicar, postar, compartilhar, incitar, ainda que com fontes duvidosas, ainda que possam ser notícias falsas, é mais urgente que se faça barulho.
É preciso manter o ódio. Assim o medo pode aumentar e determinar as ações, assim não se dá espaço e tempo para a justiça, assim não se calam as vozes para aquietar o coração em busca da verdade.
Menos orações são feitas, menos reflexões ponderadas, mais barulho, mais urgência se pede, assim menos consciência se tem, menos humanidade, menos verdade.
Há mais medo de monstros que se criam em torno de pessoas e situações do que medo de se errar, assim mais e mais vítimas são criadas, vítimas de nosso ódio gratuito, de nosso muito falar, nosso pouco ajudar.
"Procuro um homem." Procuro alguém... honesto, bom, misericordioso, com mãos estendidas para ajudar, não para apontar, procuro...