sexta-feira, 7 de novembro de 2014

...

Trago comigo um lenço de seda branco
E um par de brincos madrepérola
Deixo-me levar por onde o vento faz a curva
Até que a linha da minha vida se rompa.

Passo os olhos por debaixo da montanha
Cruzando as linhas que a cigana leu em mim
Busco a sombra que emudece a bruta noite
Porque ser mulher é bom.

Carregando em meu bolso os duros sonhos
Que construíram no universo um bem maior
Junto os cacos do que um dia foi usado
Numa história que escreveste a chorar.

E a jornada que meu lenço fez menção
Cegou-me o riso, calou meu sono,
Pintou a história, cortou a linha,
Um pesadelo que de tão duro me fez morrer.


Angela Natel – 06/11/2014

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Trago comigo um lenço de seda branco
E um par de brincos madrepérola
Deixo-me levar por onde o vento faz a curva
Até que a linha da minha vida se rompa.

Passo os olhos por debaixo da montanha
Cruzando as linhas que a cigana leu em mim
Busco a sombra que emudece a bruta noite
Porque ser mulher é bom.

Carregando em meu bolso os duros sonhos
Que construíram no universo um bem maior
Junto os cacos do que um dia foi usado
Numa história que escreveste a chorar.

E a jornada que meu lenço fez menção
Cegou-me o riso, calou meu sono,
Pintou a história, cortou a linha,
Um pesadelo que de tão duro me fez morrer.


Angela Natel – 06/11/2014