sábado, 19 de novembro de 2011

A beleza de Cristo



Olhos manchados de dor
Mancando a cada degrau
São pares de pernas sem cor
Lutando prá vencer o mal.

Cansado mas persistente
Anda e distribui seu sorriso
Ainda que não lhe sobre dente
Mantém no amor o seu siso.

Beleza se esconde tão bem
Que ao longe não se percebe
Bondade é o que mais tem
Dá muito mais do que recebe.

Um corpo ferido, desfigurado
Que o tempo, a vida, mudou
Carrega de todos o fardo
Para o seu próprio não olhou.

O que mais chama atenção
É o abraço bem carinhoso
Que dispensa a todos, sem exceção,
Em seu caminhar doloso.

Pode a vida ser tão bela
E ao mesmo tempo tão cruel
Que a pequena chama da menor vela
Lance sua luz até o mais alto céu?

É nessa pobreza e falta de exuberância
Que o próprio Cristo decide se manifestar
Através de braços onde não mora jactância
Ele abraça todo o que dele se aproximar.

(Angela Natel, 19/11/2011)

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A beleza de Cristo



Olhos manchados de dor
Mancando a cada degrau
São pares de pernas sem cor
Lutando prá vencer o mal.

Cansado mas persistente
Anda e distribui seu sorriso
Ainda que não lhe sobre dente
Mantém no amor o seu siso.

Beleza se esconde tão bem
Que ao longe não se percebe
Bondade é o que mais tem
Dá muito mais do que recebe.

Um corpo ferido, desfigurado
Que o tempo, a vida, mudou
Carrega de todos o fardo
Para o seu próprio não olhou.

O que mais chama atenção
É o abraço bem carinhoso
Que dispensa a todos, sem exceção,
Em seu caminhar doloso.

Pode a vida ser tão bela
E ao mesmo tempo tão cruel
Que a pequena chama da menor vela
Lance sua luz até o mais alto céu?

É nessa pobreza e falta de exuberância
Que o próprio Cristo decide se manifestar
Através de braços onde não mora jactância
Ele abraça todo o que dele se aproximar.

(Angela Natel, 19/11/2011)