sábado, 10 de setembro de 2011

Estuprada por um conhecido




Um estuprador não tem de ser um estranho
Para ser legítimo
Alguém que você nunca viu.
Mas se você estiver em público com ele
Dançando uma música,
Dando um beijo leve de tchau
Com a boca fechada
Prestar queixa seria tão difícil
Como tentar manter as pernas fechadas,
Enquanto tentam enfiar um “trem” em você.
Estes homens, nossos amigos
Que cheiram bem
Mantêm-se empregados
E nos levam para jantar fora.
Trancam a porta atrás de você
E nós somos deixadas
Com as cicatrizes.
Ser traídas por homens
Que nos conhecem.
E esperamos tal estranho
Que sempre pensamos
Que estava por vir,
Que submeteríamos
Devemos saber
Mulheres abdicam todos os direitos pessoais
Na presença de um homem
Que poderia aparentemente
Ser considerado um estuprador
Especialmente se ele tem sido considerado um amigo.
E não é menos digna
De ser surrada
Dentro de uma polegada de sua vida
Ser publicamente humilhada
E abusada sexualmente.
Então, o desconhecido,
Que sempre pensávamos que seria,
Nunca apareceu
Faz desejar com que a natureza do estupro mude
Agora podemos encontrá-los
Em círculos de amizade que freqüentamos
Vê-los no café com alguém que nós conhecemos
Poderíamos até mesmo recebê-los no jantar
E ser estupradas em nossas próprias casas.
Por um convite
Por um convite...

(For Colored Girls, ‘Para garotas negras que já pensaram em suicídio’, depoimento de uma mulher estuprada em sua própria casa, por um conhecido)

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Estuprada por um conhecido




Um estuprador não tem de ser um estranho
Para ser legítimo
Alguém que você nunca viu.
Mas se você estiver em público com ele
Dançando uma música,
Dando um beijo leve de tchau
Com a boca fechada
Prestar queixa seria tão difícil
Como tentar manter as pernas fechadas,
Enquanto tentam enfiar um “trem” em você.
Estes homens, nossos amigos
Que cheiram bem
Mantêm-se empregados
E nos levam para jantar fora.
Trancam a porta atrás de você
E nós somos deixadas
Com as cicatrizes.
Ser traídas por homens
Que nos conhecem.
E esperamos tal estranho
Que sempre pensamos
Que estava por vir,
Que submeteríamos
Devemos saber
Mulheres abdicam todos os direitos pessoais
Na presença de um homem
Que poderia aparentemente
Ser considerado um estuprador
Especialmente se ele tem sido considerado um amigo.
E não é menos digna
De ser surrada
Dentro de uma polegada de sua vida
Ser publicamente humilhada
E abusada sexualmente.
Então, o desconhecido,
Que sempre pensávamos que seria,
Nunca apareceu
Faz desejar com que a natureza do estupro mude
Agora podemos encontrá-los
Em círculos de amizade que freqüentamos
Vê-los no café com alguém que nós conhecemos
Poderíamos até mesmo recebê-los no jantar
E ser estupradas em nossas próprias casas.
Por um convite
Por um convite...

(For Colored Girls, ‘Para garotas negras que já pensaram em suicídio’, depoimento de uma mulher estuprada em sua própria casa, por um conhecido)