domingo, 7 de agosto de 2011

Desesperança

Partindo vida ao meio
sopro no ouvido da vida
que me traz tanto medo
só de olhar a dura lida.

Quero ser amada e sentida
o toque que emana da fonte
são tantas tristezas nesta vida
não posso atravessar tal ponte.

A vida é a escolha do mau
pela doença, pelo pecado e pela morte
vida por vida, olho por olho, dente por dente
tudo é decidido à própria sorte.

Não tenho mais espaço
sinto-me sufocada
quero pintar, criar, expandir
mas me vejo constantemente condicionada.

Se doença é desculpa para maus tratos
então sou a mais desculpada de todas
mas não há desculpa prá mim
mesmo que tenha de deixar passar outras.

Se quero dormir, me acordam
se quero paz, me agitam
se quero companhia, somem
se quero ajuda, ignoram.

Aí espero que reconheçam
erro que tanto machucou
é inútil espera, até me esqueço
da promessa que se pronunciou.

Angela Natel - 07/08/2011

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Desesperança

Partindo vida ao meio
sopro no ouvido da vida
que me traz tanto medo
só de olhar a dura lida.

Quero ser amada e sentida
o toque que emana da fonte
são tantas tristezas nesta vida
não posso atravessar tal ponte.

A vida é a escolha do mau
pela doença, pelo pecado e pela morte
vida por vida, olho por olho, dente por dente
tudo é decidido à própria sorte.

Não tenho mais espaço
sinto-me sufocada
quero pintar, criar, expandir
mas me vejo constantemente condicionada.

Se doença é desculpa para maus tratos
então sou a mais desculpada de todas
mas não há desculpa prá mim
mesmo que tenha de deixar passar outras.

Se quero dormir, me acordam
se quero paz, me agitam
se quero companhia, somem
se quero ajuda, ignoram.

Aí espero que reconheçam
erro que tanto machucou
é inútil espera, até me esqueço
da promessa que se pronunciou.

Angela Natel - 07/08/2011