domingo, 10 de abril de 2011

Alguém, por favor, me explique... Poema dedicado às vítimas do massacre em Realengo


Alguém, por favor, me explique
De onde provém tanto ódio?
E como lidar com a dor
gerada por este episódio?

Alguém, por favor, me explique
Como se pode apagar o sorriso
de uma criança inocente?
Ver seu sangue derramado no piso
Seu futuro acabar no presente

Alguém, por favor, me explique
Pois já sei quem puxou o gatilho
Mas desconheço quem armou a bomba
Não importa de quem ele é filho
Ou mesmo quem dele zomba

Alguém, por favor, me explique
De quem comprou aquelas armas?
Quem lhe proveu munição?
Onde aprendeu a usá-las?
Quem foi cúmplice de sua ação?

Alguém, por favor, me explique
Em que jaula vivia a fera?
quem sempre lhe dava ração?
Quanto tempo durou a espera
pra que tomasse tal decisão?

Alguém, por favor, me explique
De que fonte ele bebeu?
Quão maligna sua inspiração
Será que ninguém se atreveu
a questionar sua intenção?

Alguém, por amor, suplique
Por quem perdeu seus tesouros
pra que não perca a esperança
de que todos os dias vindouros
serão de paz, amor e bonança

Alô, alô, Realengo
Aquele abraço!
Amor, amor, Realengo
a cada passo

Autor: Hermes C. Fernandes em 08/04/2011, um dia depois do massacre que calou o Brasil

Um comentário:

Alguém, por favor, me explique... Poema dedicado às vítimas do massacre em Realengo


Alguém, por favor, me explique
De onde provém tanto ódio?
E como lidar com a dor
gerada por este episódio?

Alguém, por favor, me explique
Como se pode apagar o sorriso
de uma criança inocente?
Ver seu sangue derramado no piso
Seu futuro acabar no presente

Alguém, por favor, me explique
Pois já sei quem puxou o gatilho
Mas desconheço quem armou a bomba
Não importa de quem ele é filho
Ou mesmo quem dele zomba

Alguém, por favor, me explique
De quem comprou aquelas armas?
Quem lhe proveu munição?
Onde aprendeu a usá-las?
Quem foi cúmplice de sua ação?

Alguém, por favor, me explique
Em que jaula vivia a fera?
quem sempre lhe dava ração?
Quanto tempo durou a espera
pra que tomasse tal decisão?

Alguém, por favor, me explique
De que fonte ele bebeu?
Quão maligna sua inspiração
Será que ninguém se atreveu
a questionar sua intenção?

Alguém, por amor, suplique
Por quem perdeu seus tesouros
pra que não perca a esperança
de que todos os dias vindouros
serão de paz, amor e bonança

Alô, alô, Realengo
Aquele abraço!
Amor, amor, Realengo
a cada passo

Autor: Hermes C. Fernandes em 08/04/2011, um dia depois do massacre que calou o Brasil