segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sem lugar prá morar


28/07/06

Na próxima segunda feira é Dia da Mulher Africana. Fui convidada a participar de uma manifestação de mulheres ligadas ao governo e à sociedade moçambicana e depois um lanche numa quadra de esportes no centro da cidade. A missionária M. foi quem me introduziu ao grupo.

Fiz amizade com uma moça muçulmana chamada Z., filha do dono de uma das lojas onde comprei parte da mobília para o apartamento. Ela é uma pessoa muito querida e tenho passado bons momentos com ela. Orem pela salvação de Z., para que seu coração se abra para o Senhor Jesus e ela e toda a sua casa sejam salvos.

É uma sensação diferente ouvir em momentos específicos do dia as orações dos muçulmanos nos alto-falantes da mesquita central da cidade. São realmente os momentos mais silenciosos do dia, quando se pode ouvir somente aquele som que se alastra pela cidade, e perceber a reverência com que eles o fazem.

Agora, com relação ao apartamento, há muito tempo já tinha percebido e sinalizado quando às infiltrações por todos os lados, além de vazamentos por todos os canos de todas as pias e torneiras. Mas nessa quinta feira, por volta do meio dia, bem quando estava escrevendo o livro de discipulado, fui surpreendida com água caindo do teto da cozinha, como se estivessem a despejar continuamente um balde de água. Era muita água e ficou por mais de hora caindo. E isso bem na lâmpada, com risco de um curto circuito. Fui no apartamento de cima e o morador me disse que a cozinha deles fica bem em cima da minha e está tudo entupido há umas duas semanas. Chamei a proprietária do apartamento e ela me disse isso sempre ocorre e que não pode fazer nada, que se eu quiser posso sair. Fiquei sem saber o que fazer, pois tinha um fogão elétrico e equipamentos para proteger da água, fora o chão que ficou ensopado. Então contactei a missionária M., que viu a situação e ficou assustada. Ela disse para eu pegar o básico e retornar para a casa dela. Tranquei tudo, peguei algumas coisas e fui para a casa de M.. Ainda bem que a reunião de mães da Igreja menonita foi adiada pela líder que mandou me avisar. Estivemos conversando e vimos como foi bom eu ter me mudado logo, pois se eu deixasse para me mudar quando M. fosse embora, só iria perceber depois e então não teria quem me socorresse. M. tem sugerido para eu buscar outro lugar, não apenas pela comodidade, mas pela minha saúde e a manutenção das coisas todas. O ruim é que já paguei luz para uns dois meses naquele apartamento (40 dólares), além das reformas com fechaduras, conta de água do mês passado que chegou e nem sei quem usou, telas nas janelas, etc. Outros lugares são mais caros e não são tão à mão no centro da cidade como aquele apartamento. Mesmo assim a missionária M. já estava procurando um outro lugar para mim sem eu saber, desde quando lhe contei que não tinha contrato para o aluguel do apartamento. Por causa do meu estado de saúde nem pensei e acompanhei M. até a casa dela, e fiquei de pensar no assunto. Sinceramente, não sei o que fazer. M. vai passar o fim de semana em outra cidade e ficarei só na casa dela esse fim de semana. Ela volta no domingo à tarde. Estou longe da cidade e domingo pela manhã tem culto. Fora isso, não estou em condições financeiras de alugar outra coisa agora, já que investi boa parte do dinheiro que trouxe na mobília do apartamento e em materiais, gastei com medicamentos, internet, etc.

Somente à noite é que recebi uma ligação da proprietária do apartamento dizendo que ela conseguiu um encanador para mexer lá. Mesmo assim só irá na terça-feira que vem à tarde, e terá que fazer um rebuliço naquele lugar para arrumar tudo. A maior parte das minhas coisas ficou no apartamento, junto com os móveis, geladeira, etc.

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Sem lugar prá morar


28/07/06

Na próxima segunda feira é Dia da Mulher Africana. Fui convidada a participar de uma manifestação de mulheres ligadas ao governo e à sociedade moçambicana e depois um lanche numa quadra de esportes no centro da cidade. A missionária M. foi quem me introduziu ao grupo.

Fiz amizade com uma moça muçulmana chamada Z., filha do dono de uma das lojas onde comprei parte da mobília para o apartamento. Ela é uma pessoa muito querida e tenho passado bons momentos com ela. Orem pela salvação de Z., para que seu coração se abra para o Senhor Jesus e ela e toda a sua casa sejam salvos.

É uma sensação diferente ouvir em momentos específicos do dia as orações dos muçulmanos nos alto-falantes da mesquita central da cidade. São realmente os momentos mais silenciosos do dia, quando se pode ouvir somente aquele som que se alastra pela cidade, e perceber a reverência com que eles o fazem.

Agora, com relação ao apartamento, há muito tempo já tinha percebido e sinalizado quando às infiltrações por todos os lados, além de vazamentos por todos os canos de todas as pias e torneiras. Mas nessa quinta feira, por volta do meio dia, bem quando estava escrevendo o livro de discipulado, fui surpreendida com água caindo do teto da cozinha, como se estivessem a despejar continuamente um balde de água. Era muita água e ficou por mais de hora caindo. E isso bem na lâmpada, com risco de um curto circuito. Fui no apartamento de cima e o morador me disse que a cozinha deles fica bem em cima da minha e está tudo entupido há umas duas semanas. Chamei a proprietária do apartamento e ela me disse isso sempre ocorre e que não pode fazer nada, que se eu quiser posso sair. Fiquei sem saber o que fazer, pois tinha um fogão elétrico e equipamentos para proteger da água, fora o chão que ficou ensopado. Então contactei a missionária M., que viu a situação e ficou assustada. Ela disse para eu pegar o básico e retornar para a casa dela. Tranquei tudo, peguei algumas coisas e fui para a casa de M.. Ainda bem que a reunião de mães da Igreja menonita foi adiada pela líder que mandou me avisar. Estivemos conversando e vimos como foi bom eu ter me mudado logo, pois se eu deixasse para me mudar quando M. fosse embora, só iria perceber depois e então não teria quem me socorresse. M. tem sugerido para eu buscar outro lugar, não apenas pela comodidade, mas pela minha saúde e a manutenção das coisas todas. O ruim é que já paguei luz para uns dois meses naquele apartamento (40 dólares), além das reformas com fechaduras, conta de água do mês passado que chegou e nem sei quem usou, telas nas janelas, etc. Outros lugares são mais caros e não são tão à mão no centro da cidade como aquele apartamento. Mesmo assim a missionária M. já estava procurando um outro lugar para mim sem eu saber, desde quando lhe contei que não tinha contrato para o aluguel do apartamento. Por causa do meu estado de saúde nem pensei e acompanhei M. até a casa dela, e fiquei de pensar no assunto. Sinceramente, não sei o que fazer. M. vai passar o fim de semana em outra cidade e ficarei só na casa dela esse fim de semana. Ela volta no domingo à tarde. Estou longe da cidade e domingo pela manhã tem culto. Fora isso, não estou em condições financeiras de alugar outra coisa agora, já que investi boa parte do dinheiro que trouxe na mobília do apartamento e em materiais, gastei com medicamentos, internet, etc.

Somente à noite é que recebi uma ligação da proprietária do apartamento dizendo que ela conseguiu um encanador para mexer lá. Mesmo assim só irá na terça-feira que vem à tarde, e terá que fazer um rebuliço naquele lugar para arrumar tudo. A maior parte das minhas coisas ficou no apartamento, junto com os móveis, geladeira, etc.