terça-feira, 13 de julho de 2010

Voltando prá casa

17/10/05

Passei quase o dia todo fazendo minha mudança, com a ajuda do G., que remontou minha sapateira. Organizar coisas e limpar tudo.

À tarde entreguei serviço encaminhado com as igrejas para a S..

A mãe avisou que amanhã deposita o dinheiro para a passagem para eu ir a Curitiba.

Banho, descansar.

18/10/05

Pela manhã recebi um torpedo da mãe avisando que tinha depositado 200 reais para eu comprar a passagem de ônibus para Curitiba.

Falei com o J. e ele me levou até o Extra para retirar dinheiro e depois para a rodoferroviária, onde comprei a passagem para hoje mesmo, às 16 horas. Foi uma pequena loucura, muito agradável.

Enviei avisos pela Internet para muita gente avisando da viagem e fui terminar de arrumar as coisas, que estavam empacotadas em uma mala grande, duas bolsas, uma mochila e uma caixa de papelão, além da bolsa de mão. Entreguei parte da minha comida para a S., o J. e a G., que veio passar uns dias com eles.

Ao me despedir da S., ela me disse que estaria orando, não pelas decisões de campo, porque lhe pareciam mais definidas, mas pelo meu relacionamento com F., para que se resolvesse.

Ás 16 horas o J. me levou para a rodoferroviária e lá me deixou. Quando vi o homem das bagagens se aproximando com uma grande balança, me desesperei – Será que agora teria limite de peso para as bagagens? Pois era por isso que tinha optado pelo ônibus, para poder levar mais coisas!

Aí, para minha decepção, o homem me informou que o limite era de 30 kg. Ao pesar minha bagagem, deu mais de 110 kg e ele queria me cobrar 80 reais pelo excesso. Quando reclamei, dizendo que eram livros, que não poderiam ficar, ele disse para eu falar com o encarregado e dizer que era doação.

Ao me dirigir ao encarregado, e diante do outro homem, disse que era missionária e que precisava levar os livros para a casa de meus pais (me recusei a mentir) e que já tinha estado na África, estendendo-lhes meu cartão de visitas para que eles comprovassem minhas palavras no meu site pessoal.

Percebi um pouco de surpresa da parte deles, mas o encarregado não parava de dizer que não poderia me liberar assim, etc. Respondi-lhe que não estava pedindo que me liberasse de graça, mas que fosse razoável na taxa, já que eu só dispunha de 50 reais na carteira (tinha mais uma nota de 5 dólares, mas isso eu não mencionei, já que não poderia usá-la durante a viagem).

Ele, então, disse que cobraria, então, os 50, mas não aceitei com o argumento de que precisava comer durante a viagem. Depois de muita insistência, ele me cobrou 40 reais e me liberou.

Foi por Deus! Mas tive de fazer alguns malabarismos para fazer render aqueles 10 reais para as refeições de 24 horas de viagem, mas sobrevivi – glória a Deus!

O ônibus era semi-leito. Recebemos um pacote com lanche, um cobertor e um travesseiro, e tinha ar condicionado. Passaram o filme ‘Titanic’ na tv do ônibus, e deu para distrair.

Li o livro ‘Polyanna’, que a Raquel me emprestou – muito bom mesmo!

A pena foi que à noite um rapaz embarcou e sentou no banco ao meu lado. Com o ônibus cheio, não tive muita opção além de tentar dormir com o pouco espaço que me sobrava, apesar de ser um ônibus semi-leito. Para minha surpresa, quando estava quase pegando no sono, ouço o rapaz falar alto: ‘Vem, amor da minha vida!’ – Abri os olhos e constatei que ele falava dormindo e, depois de olhar em volta para ver se o mico era só dele, ri um pouco antes de adormecer.

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Voltando prá casa

17/10/05

Passei quase o dia todo fazendo minha mudança, com a ajuda do G., que remontou minha sapateira. Organizar coisas e limpar tudo.

À tarde entreguei serviço encaminhado com as igrejas para a S..

A mãe avisou que amanhã deposita o dinheiro para a passagem para eu ir a Curitiba.

Banho, descansar.

18/10/05

Pela manhã recebi um torpedo da mãe avisando que tinha depositado 200 reais para eu comprar a passagem de ônibus para Curitiba.

Falei com o J. e ele me levou até o Extra para retirar dinheiro e depois para a rodoferroviária, onde comprei a passagem para hoje mesmo, às 16 horas. Foi uma pequena loucura, muito agradável.

Enviei avisos pela Internet para muita gente avisando da viagem e fui terminar de arrumar as coisas, que estavam empacotadas em uma mala grande, duas bolsas, uma mochila e uma caixa de papelão, além da bolsa de mão. Entreguei parte da minha comida para a S., o J. e a G., que veio passar uns dias com eles.

Ao me despedir da S., ela me disse que estaria orando, não pelas decisões de campo, porque lhe pareciam mais definidas, mas pelo meu relacionamento com F., para que se resolvesse.

Ás 16 horas o J. me levou para a rodoferroviária e lá me deixou. Quando vi o homem das bagagens se aproximando com uma grande balança, me desesperei – Será que agora teria limite de peso para as bagagens? Pois era por isso que tinha optado pelo ônibus, para poder levar mais coisas!

Aí, para minha decepção, o homem me informou que o limite era de 30 kg. Ao pesar minha bagagem, deu mais de 110 kg e ele queria me cobrar 80 reais pelo excesso. Quando reclamei, dizendo que eram livros, que não poderiam ficar, ele disse para eu falar com o encarregado e dizer que era doação.

Ao me dirigir ao encarregado, e diante do outro homem, disse que era missionária e que precisava levar os livros para a casa de meus pais (me recusei a mentir) e que já tinha estado na África, estendendo-lhes meu cartão de visitas para que eles comprovassem minhas palavras no meu site pessoal.

Percebi um pouco de surpresa da parte deles, mas o encarregado não parava de dizer que não poderia me liberar assim, etc. Respondi-lhe que não estava pedindo que me liberasse de graça, mas que fosse razoável na taxa, já que eu só dispunha de 50 reais na carteira (tinha mais uma nota de 5 dólares, mas isso eu não mencionei, já que não poderia usá-la durante a viagem).

Ele, então, disse que cobraria, então, os 50, mas não aceitei com o argumento de que precisava comer durante a viagem. Depois de muita insistência, ele me cobrou 40 reais e me liberou.

Foi por Deus! Mas tive de fazer alguns malabarismos para fazer render aqueles 10 reais para as refeições de 24 horas de viagem, mas sobrevivi – glória a Deus!

O ônibus era semi-leito. Recebemos um pacote com lanche, um cobertor e um travesseiro, e tinha ar condicionado. Passaram o filme ‘Titanic’ na tv do ônibus, e deu para distrair.

Li o livro ‘Polyanna’, que a Raquel me emprestou – muito bom mesmo!

A pena foi que à noite um rapaz embarcou e sentou no banco ao meu lado. Com o ônibus cheio, não tive muita opção além de tentar dormir com o pouco espaço que me sobrava, apesar de ser um ônibus semi-leito. Para minha surpresa, quando estava quase pegando no sono, ouço o rapaz falar alto: ‘Vem, amor da minha vida!’ – Abri os olhos e constatei que ele falava dormindo e, depois de olhar em volta para ver se o mico era só dele, ri um pouco antes de adormecer.