sexta-feira, 2 de julho de 2010

Cegueira social


Naquela mesa, sempre solitário, sentava-se o velho pedreiro.
Naquela mesa, sempre presente, pedia cachaça e amendoim.
Naquela mesa, sempre cachaça, amendoim e seu João.
Naquela mesa, sempre solidão.

Pobre proletário, escolheu o bar errado para beber.
Pobre noite de João, cachaça, amendoim, solidão.

Cândido João, otimista em ser notado...
Cachaça e amendoim não! Aqui se bebe Whisky!
Não! Aqui não tem espaço pra João!
Triste Solidão...

Naquela chuva, que não caía sempre, caminhava o velho pedreiro.
Naquela chuva, sempre gelada, aquecido estava de cachaça.
Naquela chuva, desistia de tudo o seu João.
Naquela chuva, decidiu beijar a morte!

Pobre proletário, agora morto, escolheu o suicídio.
Pobre noite corriqueira, agora sem João.

Caído João, agora bem notado...
Cachaça, foi a cachaça todos diziam!
Cachaça não! Foi solidão.
Triste inversão.

(Allen Cristhian)

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Cegueira social


Naquela mesa, sempre solitário, sentava-se o velho pedreiro.
Naquela mesa, sempre presente, pedia cachaça e amendoim.
Naquela mesa, sempre cachaça, amendoim e seu João.
Naquela mesa, sempre solidão.

Pobre proletário, escolheu o bar errado para beber.
Pobre noite de João, cachaça, amendoim, solidão.

Cândido João, otimista em ser notado...
Cachaça e amendoim não! Aqui se bebe Whisky!
Não! Aqui não tem espaço pra João!
Triste Solidão...

Naquela chuva, que não caía sempre, caminhava o velho pedreiro.
Naquela chuva, sempre gelada, aquecido estava de cachaça.
Naquela chuva, desistia de tudo o seu João.
Naquela chuva, decidiu beijar a morte!

Pobre proletário, agora morto, escolheu o suicídio.
Pobre noite corriqueira, agora sem João.

Caído João, agora bem notado...
Cachaça, foi a cachaça todos diziam!
Cachaça não! Foi solidão.
Triste inversão.

(Allen Cristhian)