Proibido no Egito por conter cenas consideradas um insulto a religião muçulmana. Houve protestos, pois a história promovia o ódio ao cristianismo e reforçar falsos clichês a Igreja Católica. Teve problemas de distribuição na Itália e Estados Unidos, pelo tema controverso. Em contrapartida, levou a maioria dos prêmios do cinema Espanhol. O filme AGORA é estrelado pela atriz Rachel Weisz. O filme espanhol é dirigido por Alejandro Amenábar, conta a história de Hypatia, uma filósofa que viveu em Alexandria, no Egito, entre os anos de 355 a 415, época da dominação romana. Hypatia ensina matemática, filosofia e astronomia na Escola de Alexandria. A cidade é um centro de convulsões, por ideais religiosos, já que o cristianismo, judaísmo e a cultura greco-romana entram em ebulição, com violentos confrontos sociais que invadem as ruas de Alexandria. Entre os alunos de Hypatia es~toa Orestes, que a ama, porém não é correspondido. Também há Sinésius, que é adepto do cristianismo.Davus, escravo de Hypatia, que a ama secretamente. Hypatia somente quer saber de se dedicar ao estudo e sua principal preocupação, que é com o movimento da terra em torno do sol. Com os movimentos sociais, os cristãos se apoderam da situação, Orestes se torna prefeito, mantendo-se fiel ao seu amor por Hypatia. Davus, liberto da escravidão, se debate entre a fé cristã e sua paixão. Temos ainda Cyril, um líder cristão que domina a cidade, encontrado um ponto de fragilidade na relação de Orestes e Hypatia. Desta forma, usando as escrituras sagradas, ela é acusada de ateísmo e bruxaria.
AGORA é um belo filme. Reconstituição e época excelente, e uma história que põe frente a frente religião e ciência. Numa época onde havia muito misticismo, a ciência não podia se expressar de forma clara. Discutia-se se a terra era redonda ou quadrada. Não se dava importância aos estudos, tanto assim que a Biblioteca de Alexandria foi tomada, saqueada e o conhecimento ali depositado destruído. O filme é uma rara aula de história (com alguma liberdade poética), e também de idéias revolucionárias. Não deixa de lado o romantismo, principalmente por parte do escravo Davus. Dedicado a tal ponto a seu amor por Hypatia, que na cena final ameniza o sofrimento de sua amada. Foi uma grande surpresa ver um filme não-americano, bem realizado, com um detalhe: é falado em inglês. A produção espanhola assim o fez para melhor ser distribuído no maior mercado de cinema do mundo, que é o americano. Porém, ainda assim, devido o tema e por ser produção estrangeira, os americanos rejeitaram o filme. Aqui no Brasil também o filme foi pouco visto. Uma pena. É um belo espetáculo de cinema, além de um bom conteúdo.
Dica de Claustro Liberto:
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