domingo, 17 de janeiro de 2010

Crise

Sinto a vida sobre meus ombros.
Ninguém me culpa
(pelo menos não diretamente).

Sinto-me paranóica,
vivendo com a consciência
de que não sei viver neste mundo
- talvez em outro, quem sabe.

Sinto-me incompreendida,
julgada em todo o tempo,
tratada como mentirosa,
ardilosa, incapaz.

Penso que não quero
viver desta maneira,
porque desta maneira
não é viver.

Queria parar de sentir dor,
pelo menos por alguns minutos.
Queria não dever nada a ninguém,
pelo menos por um segundo.

Queria passar debaixo de um trem
e não ver mais este mundo.

Lioness - 05/01/10.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lembrei de um pequeno texto meu:

"Sempre sou alvo de constantes batalhas, mas certamente sou um alvo certeiro da felicidade.

Sempre existe um lado da vida que me faz sorrir".

Surgiu quando estava ali a me chatear com tantas coisas quando fui assaltado por uma lembrança engraçada, então apenas sorri. Gostosa sensação.

Forte abraço,

Jair Gabardo.
www.paraquefiquem.blogspot.com

Crise

Sinto a vida sobre meus ombros.
Ninguém me culpa
(pelo menos não diretamente).

Sinto-me paranóica,
vivendo com a consciência
de que não sei viver neste mundo
- talvez em outro, quem sabe.

Sinto-me incompreendida,
julgada em todo o tempo,
tratada como mentirosa,
ardilosa, incapaz.

Penso que não quero
viver desta maneira,
porque desta maneira
não é viver.

Queria parar de sentir dor,
pelo menos por alguns minutos.
Queria não dever nada a ninguém,
pelo menos por um segundo.

Queria passar debaixo de um trem
e não ver mais este mundo.

Lioness - 05/01/10.