quarta-feira, 3 de junho de 2009

Minha situação - mais um capítulo da novela


Oi, gente!

Bem, minha situação não mudou muito de semana passada para cá. Parece pior, mas estou viva.

Tenho vontade de morrer, tenho muita vontade mesmo, mas é incrível como meu tempo com Deus de leitura bíblica e os blogs que criei têm me dado ânimo para prosseguir.

Me sinto sozinha e com uma dor no íntimo que não consigo descrever.

As situações, na prática, são essas:

- Sem marido há seis meses (incluindo sem notícias, sem ajuda financeira, sem apoio emocional, ou qualquer outra coisa);

- Medicada há 6 meses (8 comprimidos diários);

- Vivendo sozinha numa casa alugada (para não piorar com os chiliques do meu pai na casa dele);

- Sem o apoio financeiro que eu tinha da Igreja;

- Sem condições de arrumar um emprego (com atestado médico);

- Com o prazo do auxílio-doença do INSS encerrado;

- Precisando desesperadamente me ocupar.


Aí ontem fui na psicoterapeuta, e o assunto foi meu marido. A maior parte das pessoas dizem para eu esperar, que vai dar certo, etc.

Mas parece que ninguém entende que aqui dentro de mim tem um vulcão pronto para explodir com esse sentimento de abandono e desprezo por 6 meses. Parece pouco tempo, pode ser para os outros, mas não me casei para ficar sozinha, não nessas condições.

Nada vai apagar o fato de que no momento que mais precisei, ele não quis estar do meu lado.

Alguns disseram que ele poderia não ter dinheiro. Bom, logo depois que eu vim para o Brasil, ele viajou para Dubai por 10 dias, ficou em hotel e comprou autopeças para revender.

Ele mantém uma cozinheira particular na casa alugada onde vive lá em Moçambique.

Então nesse papo todo, ruminando as mesmas situações, saí da sessão chorando e passando mal, e até hoje ainda estou com tonturas e diarréia.

Hoje, graças à oferta que recebi da missão, fui ao médico psiquiatra. Ele parecia triste, não sei se por causa da minha situação.

Em todo caso, ele disse que parece que meu casamento já morreu há muito tempo, só falta enterrar. Que todo esse sofrimento é ficar velando por algo que não existe, porque não há comunicação e entendimento entre eu e meu marido. Ele não quer vir. Se quisesse, já teria vindo, e mesmo não comunicando comigo, ele poderia ver com os pastores ou meus pais quais são minhas necessidades para ajudar, mas nada.

E, se ele vir, não resolve a situação. Porque aceitar viver com ele dessa maneira é reconhecer que não passo de um brinquedo que ele deixa de lado quando quer, e quando tem vontade, pega de volta. Estou tão machucada, e tão cansada das pessoas se acharem no direito de me convencer ou me forçar a permanecer nesse casamento.

Jesus não pisaria dessa forma em mim.

Mas uma coisa boa foi o médico achar ótima a idéia de eu trabalhar em parceria com a missão, viajando pelo Brasil visitando igrejas num trabalho de conscientização missionária. Para isso fui liberada. Espero que a proposta ainda esteja de pé, porque pelo que o médico falou, é a minha única chance de me ocupar e não me deprimir mais.

5 comentários:

cris disse...

querida, me doeu seu post, infelizmente casamento é uma caixinha de surpresa e espero sinceramente que encontre dentro de si mesma a força necessária pra superar. quem sabe não seria hora de deixar esse vulcão explodir? é muito ruim essa sensação de abandono, principalmente numa hora dessas, mas quer saber? entrega nas mãos de Deus amiga, um dia ele vai colher o que tá plantando, nessa vida mesmo (porque tem gente que acha que só vai responder pelos atos nocivos depois de morrer) vai pagar caro o que faz com voce e eu digo isso por experiencia propria viu? Quanto a vc, fique firme, concentre-se em Deus-Pai que Ele há de suprir suas necessidades, você não está sozinha viu?! Já disse que o que precisar, quando precisar, pode contar comigo.
Um beijão, fique com Deus, vou orar por ti ok?

Lúcia disse...

Mesmo com toda essa situação, temos tido provas de que Deus está cuidando de você. Buscando sua força nEle, vc não desfalecerá. Pensei em te convidar para vir aqui, mas estou com um problemão e nao sei se seria uma boa companhia... Te amo, se cuida, estarei orando. bjs

Márcia disse...

Mulher e Leoa, tudo que vc precisa está aí, dentro de você, do seu coração.
Vc é leoa não é ?!?!?! Vida de leoa não deve ser fácil mas no fim ela é quem reina soberana !!!
Põe esta força pra fora, pode doer, mas é pro seu bem, só seu !!!
Vamos LEOAAAA !!!! Reaja !!!!
Eu acredito que tudo o que acontece conosco somos nós mesmos que atraimos. Pense um pouco, só vc e mais ninguém pode reagir e mudar isso !!
Não te conheço pra dar meus palpites, mas se vc usa uma leoa pra se identificar pela vida é pq ai dentro tem muita força armazenada que deve ser usada à seu favor !!!
Beijim

Hazel Evangelista disse...

Querida Lioness,

Este post apanhou-me de surpresa, e parei tudo para te responder.
Lamento muito pela tua situação. Ninguém merece.
Imagino a tua dificuldade. Também eu perderia a minha sanidade mental se passasse pelo mesmo.
Compreendo-te.
E compreendo agora a força com que te socorres da Bíblia. Tem sido o teu grande amparo, imagino.

Também já passei por momentos difíceis na vida, há vários anos atrás. Momentos de solidão e profunda dor. Em que sentia que ninguém gostava de mim, que ninguém se importaria se eu morresse, e que eu era uma criatura feia, sem valor, sem futuro, sem nada.
Consegui ultrapassar esse branco buraco negro e voar, milagrosamente.
Hoje sou feliz. E nunca pensei que o conseguisse.
E a felicidade passa por aceitarmo-nos a nós mesmos, a amar-nos como somos. E a fazer escolhas.
Fulano tal não te liga? Esquece-o.
Fulana tal tem inveja de ti? Afasta-te dela.
Fulano tal está sempre a criticar-te? Manda-o à merd@ e segue de nariz erguido.

Não deixes sequer que a outra pessoa termine a frase se essa frase for algo que te vá magoar.

Há momentoa na vida, em que temos que ser... leoas! E isso, por vezes, implica enfrentarmos a solidão no meio da selva. Reinar. E, com o tempo, encontraremos quem nos mereça. Quem nos respeite. Quem nos ame como somos. Porque, aí, já nós mesmas sabemos amarmo-nos e respeitarmo-nos.

A transformação começa dentro de ti.
O teu ex-marido foi embora?
Então é porque não era suficientemente bom para estar contigo. Amiga, o problema é ele, não tu.

Cura as tuas feridas e segue em frente.
Com ou sem Bíblia, Deus está dentro de ti. Nunca estás só.

Não há sofrimento que dure para sempre.
Nem a vida, em si, dura para sempre.
Não percas mais tempo.
Imagina que tens uma doença incurável e irás morrer muito em breve. Vais continuar a pensar no ex? Resposta: não! Vais ficar louca e furiosa pelo tempo que desperdiçaste a destruir-te por um homem que não te merece.

E vais vestir a tua roupa que te faz sentir mais confiante, e enfrentar o mundo com uma força que desconhecias em ti.

Pensa nisso.
Não percas tempo. Pode vir um meteorito a caminho do Planeta Terra e isto ir tudo pelos ares.

Sê feliz agora. Liberta-te dessa nuvem, dessas amarras, desse vidro embaciado que não deixa os teus olhos verem a verdadeira cor do céu azul.

Quero ver um sorriso.

Vamos lá.
Raras vezes comento aqui, mas quando comento é fogo!! kkkkkk

Este comentário vale por todos os que não fiz, por não entender os posts que costumavas escrever.
Este, eu entendi. Este, ouvi a tua voz. O teu rugido!

Leoa, está na hora!

Jairo disse...

Tenha certeza de sua FÈ! Sua crença fará pensar no sofrimento DELE, portanto, um alento para sua dor momentânea.
Abraços

Minha situação - mais um capítulo da novela


Oi, gente!

Bem, minha situação não mudou muito de semana passada para cá. Parece pior, mas estou viva.

Tenho vontade de morrer, tenho muita vontade mesmo, mas é incrível como meu tempo com Deus de leitura bíblica e os blogs que criei têm me dado ânimo para prosseguir.

Me sinto sozinha e com uma dor no íntimo que não consigo descrever.

As situações, na prática, são essas:

- Sem marido há seis meses (incluindo sem notícias, sem ajuda financeira, sem apoio emocional, ou qualquer outra coisa);

- Medicada há 6 meses (8 comprimidos diários);

- Vivendo sozinha numa casa alugada (para não piorar com os chiliques do meu pai na casa dele);

- Sem o apoio financeiro que eu tinha da Igreja;

- Sem condições de arrumar um emprego (com atestado médico);

- Com o prazo do auxílio-doença do INSS encerrado;

- Precisando desesperadamente me ocupar.


Aí ontem fui na psicoterapeuta, e o assunto foi meu marido. A maior parte das pessoas dizem para eu esperar, que vai dar certo, etc.

Mas parece que ninguém entende que aqui dentro de mim tem um vulcão pronto para explodir com esse sentimento de abandono e desprezo por 6 meses. Parece pouco tempo, pode ser para os outros, mas não me casei para ficar sozinha, não nessas condições.

Nada vai apagar o fato de que no momento que mais precisei, ele não quis estar do meu lado.

Alguns disseram que ele poderia não ter dinheiro. Bom, logo depois que eu vim para o Brasil, ele viajou para Dubai por 10 dias, ficou em hotel e comprou autopeças para revender.

Ele mantém uma cozinheira particular na casa alugada onde vive lá em Moçambique.

Então nesse papo todo, ruminando as mesmas situações, saí da sessão chorando e passando mal, e até hoje ainda estou com tonturas e diarréia.

Hoje, graças à oferta que recebi da missão, fui ao médico psiquiatra. Ele parecia triste, não sei se por causa da minha situação.

Em todo caso, ele disse que parece que meu casamento já morreu há muito tempo, só falta enterrar. Que todo esse sofrimento é ficar velando por algo que não existe, porque não há comunicação e entendimento entre eu e meu marido. Ele não quer vir. Se quisesse, já teria vindo, e mesmo não comunicando comigo, ele poderia ver com os pastores ou meus pais quais são minhas necessidades para ajudar, mas nada.

E, se ele vir, não resolve a situação. Porque aceitar viver com ele dessa maneira é reconhecer que não passo de um brinquedo que ele deixa de lado quando quer, e quando tem vontade, pega de volta. Estou tão machucada, e tão cansada das pessoas se acharem no direito de me convencer ou me forçar a permanecer nesse casamento.

Jesus não pisaria dessa forma em mim.

Mas uma coisa boa foi o médico achar ótima a idéia de eu trabalhar em parceria com a missão, viajando pelo Brasil visitando igrejas num trabalho de conscientização missionária. Para isso fui liberada. Espero que a proposta ainda esteja de pé, porque pelo que o médico falou, é a minha única chance de me ocupar e não me deprimir mais.