sexta-feira, 27 de março de 2009

Gratidão

Oh, Deus, obrigado por esta cama macia,
Pois um dia não a tive
E, quem sabe, outro dia não a terei.
Obrigado pelos Teus olhos fiéis a me observar,
Acompanhar meus passos,
Meus tombos, meus devaneios.
Sinto-me observada dia-após-dia,
Mas não intimidada;
Sempre, porém, observada.
Nunca estou só.
Obrigada.
Obrigada também pelo Teu silêncio que muito me fala, me ensina, produz.
E pelas duras palavras que meu pecado traz à luz.
Hoje agradeço, amanhã revolto, mesmo assim obrigada
Pela constância que existe em Teus brios.,
E pelo amor que és e fazes acontecer.
Obrigada pela comida
Que sobe à minha boca,
Pelas mãos que a levam,
Pelo corpo que a recebe,
Por aqueles que a transformaram,
E por aqueles que a venderam.
És o início e o fim
De todas as coisas.
Ainda nem posso crer
Que Te sou amada,
Querida, fui comprada.
Me vestes, alimentas, me queres bem,
Apesar dos pesares.
És maluco, incompreensível,
O Senhor do impossível.
O Deus Santo que deu Seu Filho.
És Tu.
E eu, nem mereço a honra
De partilhar da mesma linha
Que tenta Te descrever.
A incrédula, ingrata,
Egoísta e egocêntrica,
Medrosa e insegura,
Amarga e orgulhosa,
E as reticências não têm fim
Neste período, nem em outro
Que o segue, dentro do mesmo parágrafo.
Mesmo assim colocas
Um ponto final na história
Da minha culpa e a esqueces.
Tu? A esqueces?
És impossível. Tu o és!
Esqueces que não podes esquecer-Te?
És maravilhoso,
Isso é o que Tu és!
Ignoras meus motivos, carregas-me em Tuas mãos (que são tão fiéis), alimentas-me, vestes-me, dás-me um nome (que é novo), um sentido, amas-me com amor tal que...
Ah, te sou tão indigna!
E me dás uma cama para dormir, onde lembro cada um dos benefícios que me tens dado, então começo a enumerá-los, e a agradecer-Te por cada um deles.
De repente meu coração é tocado, e lágrimas escorrem por minha face.
Falaste-me novamente, sim, Teu bom Espírito Consolador tornou a me falar. E me encheu de santo gozo e gratidão, por não aceitares apenas meus serviços em Teu Reino, mas me aceitaste de volta em Tua família, como Tua filha pródiga que nada merece de Ti.
Sei que me perdoaste, por Jesus, e me encheste com Teu Santo Espírito,
Me ungiste a cabeça com óleo, e preparaste meus pés para a obra.
O mais importante, porém, e que me fará andar segura em meio aos vales mais sombrios que eu encontrar, é o fato de que Te sou amada.
E que nada, nada há de separar-me deste Teu amor, que é eterno, santo, justo e imutável.
Oh, Deus, Pai, muito obrigada.
Há tanto o mais que agradecer-Te.
Calo-me, agora, noite adentro.
A culpa que carrego é só minha, não mais procede de Ti, é sem fundamento.
Em Teus braços me entrego para andar em Tua luz, não consigo viver sem Teu Espírito, sem Ti, meu querido Senhor Jesus.

(By Lioness, agosto 1999)

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Gratidão

Oh, Deus, obrigado por esta cama macia,
Pois um dia não a tive
E, quem sabe, outro dia não a terei.
Obrigado pelos Teus olhos fiéis a me observar,
Acompanhar meus passos,
Meus tombos, meus devaneios.
Sinto-me observada dia-após-dia,
Mas não intimidada;
Sempre, porém, observada.
Nunca estou só.
Obrigada.
Obrigada também pelo Teu silêncio que muito me fala, me ensina, produz.
E pelas duras palavras que meu pecado traz à luz.
Hoje agradeço, amanhã revolto, mesmo assim obrigada
Pela constância que existe em Teus brios.,
E pelo amor que és e fazes acontecer.
Obrigada pela comida
Que sobe à minha boca,
Pelas mãos que a levam,
Pelo corpo que a recebe,
Por aqueles que a transformaram,
E por aqueles que a venderam.
És o início e o fim
De todas as coisas.
Ainda nem posso crer
Que Te sou amada,
Querida, fui comprada.
Me vestes, alimentas, me queres bem,
Apesar dos pesares.
És maluco, incompreensível,
O Senhor do impossível.
O Deus Santo que deu Seu Filho.
És Tu.
E eu, nem mereço a honra
De partilhar da mesma linha
Que tenta Te descrever.
A incrédula, ingrata,
Egoísta e egocêntrica,
Medrosa e insegura,
Amarga e orgulhosa,
E as reticências não têm fim
Neste período, nem em outro
Que o segue, dentro do mesmo parágrafo.
Mesmo assim colocas
Um ponto final na história
Da minha culpa e a esqueces.
Tu? A esqueces?
És impossível. Tu o és!
Esqueces que não podes esquecer-Te?
És maravilhoso,
Isso é o que Tu és!
Ignoras meus motivos, carregas-me em Tuas mãos (que são tão fiéis), alimentas-me, vestes-me, dás-me um nome (que é novo), um sentido, amas-me com amor tal que...
Ah, te sou tão indigna!
E me dás uma cama para dormir, onde lembro cada um dos benefícios que me tens dado, então começo a enumerá-los, e a agradecer-Te por cada um deles.
De repente meu coração é tocado, e lágrimas escorrem por minha face.
Falaste-me novamente, sim, Teu bom Espírito Consolador tornou a me falar. E me encheu de santo gozo e gratidão, por não aceitares apenas meus serviços em Teu Reino, mas me aceitaste de volta em Tua família, como Tua filha pródiga que nada merece de Ti.
Sei que me perdoaste, por Jesus, e me encheste com Teu Santo Espírito,
Me ungiste a cabeça com óleo, e preparaste meus pés para a obra.
O mais importante, porém, e que me fará andar segura em meio aos vales mais sombrios que eu encontrar, é o fato de que Te sou amada.
E que nada, nada há de separar-me deste Teu amor, que é eterno, santo, justo e imutável.
Oh, Deus, Pai, muito obrigada.
Há tanto o mais que agradecer-Te.
Calo-me, agora, noite adentro.
A culpa que carrego é só minha, não mais procede de Ti, é sem fundamento.
Em Teus braços me entrego para andar em Tua luz, não consigo viver sem Teu Espírito, sem Ti, meu querido Senhor Jesus.

(By Lioness, agosto 1999)