terça-feira, 31 de maio de 2022
segunda-feira, 30 de maio de 2022
A alegria de começar o dia e a semana sem ter água entrando em "casa".
Pesquisem como ajudar e apoiem da forma que for possível as famílias de Recife.
Há pessoas com deficiência que perderam cadeiras de rodas e outros acessórios fundamentais para sua sobrevivência. Há necessidade de tudo, então não perca a oportunidade para apoiar, ajudar, contribuir e somar forças no suporte a essas pessoas.
E vamos lutar, porque esse problema é estrutural, não é uma catástrofe da natureza.
Pessoas vulneráveis com questões climáticas são as que não tem acesso a direitos básicos em nossa sociedade.
É preciso resistir e lutar!
Ótima semana, pessoal.
Curso "Leituras do Novo Testamento: os quatro Evangelhos e a literatura".
Afrodite de Afrodisias
Afrodite de Afrodisias, desfigurada após a cristianização do
império romano. Sua forma anatólica era distinta da grega, muitas vezes tomando
a forma asiática de uma Deusa pilar, como Artemis Ephesia, Hera de Samos,
Atargatis /Dea Síria ... A concha da vieira aqui é, no entanto, helenística. Os
iconoclastas cristãos e mais tarde muçulmanos mutilaram ícones de Deusa em todo
o Mediterrâneo, descendo o Nilo, na Ásia ocidental e no norte da Europa, até a
Grã-Bretanha.
Foto de Yeshe Matthews.
Chapolim Colorado, é você?
domingo, 29 de maio de 2022
Curso Bíblia Hebraica (Antigo Testamento): formação e conteúdo
Mulher de cerâmica de Tappeh Sarab, Kermanshah
Mulher de cerâmica de Tappeh Sarab, Kermanshah, Irã,
7000-6100 AEC. Com apenas 2,5 polegadas de altura, esta ancestral está agora no
Museu Nacional do Irã.
sábado, 28 de maio de 2022
Visitante especial na aula de alfabetização de hebraico
Visitante especial na aula de alfabetização de hebraico quando eu lecionava no bacharelado em Teologia em 2019.
sexta-feira, 27 de maio de 2022
Escritores do Antigo Testamento e o Épico de Gilgamesh.
Escritores do Antigo Testamento Épico de Gilgamesh. Quer saber mais? Curso “Bíblia Hebraica: formação e conteúdo (panorama histórico e literário)” – estudo sobre os textos do Antigo Testamento Para informações e inscrição: https://angelanatel.wordpress.com/2022/04/02/curso-biblia-hebraica-formacao-e-conteudo-panorama-historico-e-literario/
Com o Prof. Dr. José Ademar Kaefer da UMESP, na PUCPR– 2019.
Após a palestra "As cartas de Tell El Amarna e o berço de Israel", com o Prof. Dr. José Ademar Kaefer da UMESP, na PUCPR– 2019.
quinta-feira, 26 de maio de 2022
Um livro à prova de fogo.
A autora Margaret Atwood aparece tentando queimar o livro com um grande lança-chamas no vídeo promocional. A campanha, que está sendo veiculada desde segunda (23) no canal no YouTube da editora, promove um leilão da Sotheby's em colaboração com a autora e a Penguin.
Os valores arrecadados pela ação serão doados à PEN America, entidade que luta pela liberdade de expressão. Até o momento de fechamento dessa matéria os lances estavam em 70 mil dólares, equivalente a pouco mais de 330 mil reais na cotação atual.
Tradução:
Andressa Cassiano Gazabini
Mãe dos Deuses na Suméria - Nammu
Rastreando a esquiva Mãe dos Deuses na Suméria: "Embora
Nammu (também transliterada como Namma) não apareça como personagem principal
em nenhum dos mitos sumérios conhecidos, ela é mencionada brevemente em vários
deles. Muitas das informações que conhecemos sobre esta Deusa primitiva são
derivadas destas referências passageiras a seu respeito. No mito intitulado
"Enki e Ninmah", por exemplo, é mencionado que Nammu foi a "mãe
primeva que deu à luz os Deuses seniores".
É também no mito de 'Enki e Ninmah' que Nammu é apresentada
como a criadora dos seres humanos. O mito começa descrevendo o modo de vida que
os Deuses estavam levando antes da criação das pessoas. Durante esse tempo, os Deuses
tinham que trabalhar: "Os Deuses estavam cavando os canais e empilhando o
lodo em Ḫarali.
Enquanto os Deuses seniores supervisionavam o trabalho, eram
os menores que faziam o trabalho árduo. Infelizes com sua vida difícil, os Deuses
começaram a reclamar e a colocar a culpa de Enki, um Deus sumério maior. Enki,
no entanto, estava adormecido "nas águas subterrâneas, o lugar cujo
interior nenhum outro Deus conhece" e, portanto, não estava ciente da
insatisfação dos outros Deuses.
Foi Nammu que reuniu as lágrimas dos outros Deuses e as trouxe
até seu filho, e disse: "Você está realmente deitado lá dormindo, e ......
não está acordado? Os Deuses, suas criaturas, estão esmagando seus ....... Meu
filho, acorde de sua cama! Por favor, aplique a habilidade derivada de sua
sabedoria e crie um substituto (?) para os Deuses, para que eles possam ser
libertados de seu trabalho"!
Isto despertou o Deus, que começou a pensar sobre o assunto
mencionado por sua mãe. Finalmente, Enki decidiu que Nammu deveria criar os
seres que ela havia sugerido a ele, "a criatura que você planejou
realmente virá à existência". Imponha a ele o trabalho de carregar cestas.
Você deve amassar o barro do topo do abzu; as Deusas de nascimento (...) irão
cortar o barro e você deverá trazer a forma à existência". Assim, as
pessoas foram criadas". [Esta história que coloca Enki no comando, dizendo
à mãe criadora o que fazer, é uma reescrita de uma história anterior. Isso é
ainda mais provável se ele deslocou Nammu como Divindade tutelar de Eridu.
Embora haja poucas evidências no momento para um culto
dedicado à adoração de Nammu, sabe-se que ela estava associada ao panteão de
Eridu. Especula-se que antes de Enki se tornar o Deus padroeiro de Eridu, era
Nammu que era a padroeira da cidade.
Embora sua importância como Deusa tenha diminuído com o
tempo, ela continuou a ser muito respeitada pelos antigos mesopotâmios. Como
exemplo, a fundadora da Terceira Dinastia Suméria de Ur, Ur-Nammu, recebeu seu
nome em homenagem a ela.
Não se sabe que existam fotos de Nammu; a foto aqui é um
retrato de uma mulher.
Dr. Israel Finkelstein, professor da Universidade de Tel Aviv, de Israel, com o tema "Repensando Israel e Judá: implicações arqueológicas aos estudos bíblicos".
O Grupo de Pesquisa
“Arqueologia do Antigo Oriente Próximo”, do Programa de Pós-Graduação em
Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo, recebeu nos dias
16 a 17 de maio de 2019 o arqueólogo Dr. Israel Finkelstein, professor da
Universidade de Tel Aviv, de Israel.
Finkelstein trabalhou o tema "Repensando
Israel e Judá: implicações arqueológicas aos estudos bíblicos". O curso
contou com 141 inscritos de todas as regiões do País e teve apoio da Faculdade
de Teologia e da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB). Foram três
dias de intensas atividades com as seguintes temáticas:
Dia 15, manhã: Meguido e Israel Norte
Dia 16, manhã: Kiriath-Jearim e Jeoboão
II
Dia 16, tarde: Mesa redonda dos grupos de
pesquisa da PUC-GO; PUC-PR e UMESP
Dia 16, noite: Conferência: As terras altas
do Neguev e regiões circunvizinhas durante o Ferro I
Dia 17, manhã: A realidade hasmoneia por
trás dos livros de Esdras, Neemias e Crônicas. "Foi um momento importante
para aprofundar a pesquisa bíblica-arqueológica no Brasil", destacaram os
professores Suely Xavier e José Ademar Kaefer.
#arqueologia #bible #biblia #israelfinkelstein #teologia #theology #orienteproximo #israel #juda
quarta-feira, 25 de maio de 2022
Asherah: a esposa de Yahweh? | Com Ângela Natel
Stims
Desde as linhas invisíveis
Desenhadas pelos movimentos repetitivos
De meus pés
Até os dedos machucados
Pelas sensações de desconforto social.
Vou tecendo teias
E desenhando tabuleiros
Pra fechar as pontas das páginas
De meus cadernos
De quem sou.
Coloco música alta
Para abafar o som do outro
Que me perturba
E durmo com o som do ventilador
Pra poder esquecer que há pessoas
Que não se importam.
Canto junto para esquecer,
Para aliviar o pensamento
E repito comigo letras,
Sons, movimentando-me
De um lado para o outro
Ou batendo repetidamente
Os pés no chão,
Ou os dedos na perna,
Para me sentir segura.
Mordo as tampas de minhas canetas
Assim alivio o stress.
É possível que você não compreenda,
Ou me julgue por isso,
Mas isso não significa que você não tenha suas formas
De manter a cabeça no lugar.
Por isso, não vale a pena me julgar
Nem tentar me explicar.
São movimentos, ações, formas de agir
Que fazem parte de mim
Não precisa me corrigir.
Stims
Angela Natel
Live sobre "Teologia do Domínio", com Wellington Barbosa
Prepare a pipoca, o coração e a mente para essa conversa imperdível que terei com Wellington Barbosa sobre Teologia do Domínio, o que é, de onde vem e sua influência em nossa sociedade.
Acesse https://www.youtube.com/watch?v=YIdpDLuezWw e ative o lembrete. É preciso resistir e, pra isso, é preciso saber exatamente com quem e com o que estamos lidando. Dia 24 de junho de 2022, às 17h em meu canal do youtube. Nos encontramos lá!
ATENÇÃO: ÚLTIMOS DIAS PARA CONCORRER!
ATENÇÃO: ÚLTIMOS DIAS PARA CONCORRER!
Todos os que adquirirem o curso “Asherah: Deusa de Israel” (apenas 50 reais o pacote completo) até 29 de maio concorrerão ao box “Deusas e mitos do Antigo Testamento”, contendo os livros “Asherah: Deusa de Israel” e “Lilith: a primeira Eva”.
Dia 29/05 às 17h farei uma live no meu Instagram (@angelanatel007) para realizar o sorteio ao vivo. Todos os que já adquiriram o curso estão automaticamente concorrendo, junto com todos os que adquirirem até dia 29 de maio de 2022.
Então não perca tempo e adquira já seu pacote do Curso 'Asherah: Deusa de Israel'
Para acessar as 2h de aula gravadas mais o material didático para pesquisa interdisciplinar e atendimento personalizado, é só enviar um pix de 50 reais para eetown@gmail.com (ou pelo PicPay @angelanatel) e colocar seu nome completo e endereço de e-mail na descrição do pix. Você receberá em seu e-mail o acesso a todo o pacote.
Conteúdo:
- Asherah no antigo sudoeste Asiático.
- Asherah como Deusa de Israel e de Judá.
- Asherah como esposa de Javé.
- Arqueologia, Historiografia e muito mais!
Não perca essa!
#asherah #asherot
אשרה #אשרות#
Sacerdotisa da Deusa suméria Ninsun
Sacerdotisa da Deusa suméria Ninsun, ou mais Ninsumun ("senhora
das vacas selvagens"). Ela era a mãe de Gilgamesh.
Joanne d'Arc
terça-feira, 24 de maio de 2022
Senhora Sabaeana
Senhora Sabaeana, início do 1º milênio EC, Arábia. A postura
sentada e as vestes plissadas com esculturas etíopes de mulheres do mesmo
período, do outro lado do Mar Vermelho.
Documento raro
Um documento raríssimo e importante a respeito da violência promovida na época da Reforma Protestante por alguns de seus mais proeminentes líderes, a partir de testemunhas oculares.
Tem leitura de trecho desse livro em meu canal:
segunda-feira, 23 de maio de 2022
Será que Paulo era realmente machista?
Será que Paulo era
realmente machista?
Santa Tecla, me ajude a ignorar os lacradores e
a continuar incentivando a pesquisa.
Ícone feito por @rubenscwb
domingo, 22 de maio de 2022
Live: "Existir é cuidar" - uma conversa com Abobrinha e Baderna, da Edit...
Mãe ancestral do Congo
Mãe ancestral, conhecida como kishikishi, do povo
matrilinear BaPende no sul do Congo. "A escultura de madeira no topo das
casas dos grandes chefes Pende orientais (sing. kibulu) na República
Democrática do Congo é uma mãe e um filho com machado. As figuras da
maternidade no topo do telhado com armas eram simbolicamente vitais para
anunciar e proteger o domínio sagrado de um chefe e sua iniciação e treinamento
em feitiçaria, habilidades que lhe permitiam liderar seu povo.
A figura da maternidade preside e guarda os segredos do
poder principal contidos dentro desta estrutura, também a residência do chefe.
O 'estômago' da casa é seu santuário mais interno sob o polo central que
sustenta a figura do telhado. Neste "estômago" são depositadas todas
as sementes e grãos cultivados localmente, com a adição de remédios protetores.
Uma oração entoada quando estes itens foram colocados secretamente, na
escuridão matinal, indica que a casa e seu conteúdo incorporam um microcosmo do
mundo Pende. Esta é a invocação do chefe a seus antepassados e constituintes:
"Você é o pólo central da casa, você é a vila com seu
povo, seus campos e sua floresta". Nós lhe demos todas as sementes para o
cultivo, para que você possa agarrar a terra como as sementes [raízes] agarram
a terra ali". Todas as sementes crescem, que você possa crescer [como] as
sementes crescem, para que as mulheres possam dar à luz, para que haja muito
vinho de palma, para que os caçadores possam matar [suas presas] com suas armas".
O telhado com eixo, que empunha o teto da mãe e da criança
(kishi-kishi) é a declaração pública dessas ideias, visível à distância por
causa de seu tamanho e posição elevada. A figura lembra uma mulher-chefe,
primeira esposa do grande chefe polígamo, enfatizando o papel nutritivo do
próprio chefe. Sob as sanções ancestrais, ela é uma protetora da vida de Pende
dentro do reino do chefe, seu colar de dentes de leopardo frequentemente usado,
sinalizando essa autoridade. Sua arma é certamente um aviso para qualquer
pessoa de má intenção, um aviso reiterado por medicamentos no
"estômago" abaixo.
Como primeira esposa, ela tem vários deveres rituais em
relação à agricultura e é uma força política, assim como um emblema espiritual.
Ela dança com um machado na investidura do chefe, depois o entrega a ele para
decapitar um cão de uma só vez. Seu sangue e o de um bode morto por seu
primeiro ministro é recolhido em um copo (segurado na mão esquerda de algumas
figuras do teto) que é passado a todos os presentes. Seu filho representa a
continuação de sua linha matrilinear, e lembra ao povo a morte de uma irmã e,
portanto, a perda de uma linhagem. (Petridis 2002: 133; Strother ibid: 176).
Faleceu neste sábado, 21 de maio, às 16h, em Belo Horizonte (MG), Johan Konings
Faleceu neste sábado, 21 de maio, às 16h, em Belo Horizonte (MG), em decorrência de um aneurisma cerebral, o padre jesuíta Johan Konings, filósofo, filólogo e doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina (Bélgica). Ele era professor titular da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE, tradutor da Bíblia e autor de vários livros, principalmente na área de Bíblia.
Faleceu ontem a teóloga Rosemary Radford Ruether
A teóloga feminista e libertadora Rosemary Radford Ruether influenciou gerações de homens e mulheres nas causas da justiça para as mulheres, os pobres, as pessoas de cor, o Oriente Médio e a Terra. A estudiosa, professora, ativista, autora e ex-colunista da NCR faleceu no dia 21 de maio de 2022. Ela tinha 85 anos. Seu legado, tanto intelectual quanto pessoal, é rico além da imaginação. O alcance e a profundidade de seu trabalho, e o testemunho de sua vida como uma empenhada buscadora de justiça feminista, brilhará para sempre com um brilho que com o tempo só vai aumentar. Uma classicista por treinamento, Ruether foi franca em suas opiniões liberais sobre tudo, desde a ordenação das mulheres até o Estado palestino. Ela escreveu centenas de artigos e 36 livros, incluindo o Sexismo e Religião em 1983 e a cartilha ecofeminista Gaia e Deus em 1992. Ruether influenciou milhares de estudantes, primeiro na Universidade historicamente negra Howard de 1965 a 1975, depois no Seminário Teológico Garrett-Evangelical como Professora de Teologia Aplicada da Georgia Harkness, de 1976 a 2002. Foi professora visitante na Harvard Divinity School, no Princeton Theological Seminary, na Yale Divinity School e na Sir George Williams University em Montreal. Embora ela tenha ensinado muitos estudantes católicos, Ruether valorizava a maior liberdade acadêmica dos empregadores não-católicos. Após perder uma oferta de emprego de uma escola católica nos anos 60 por causa de um artigo que escreveu para a revista TheWashington Post, intitulado "Why a Catholic Mother Believe in Birth Control", ela aprendeu sua lição: "Não trabalhe para uma instituição católica", disse à Conscience, a revista Catholics for Choice, em cuja diretoria ela serviu por muitos anos. No entanto, ela frequentou escolas católicas quando jovem, e foi influenciada pelas religiosas que a ensinaram. Ecumênica desde o nascimento, ela era a mais jovem de três filhas de uma mãe católica e pai episcopal que morreu quando ela tinha 12 anos. Ela nasceu em St. Paul, Minn., em 1936, mas cresceu em Washington, D.C., e na Califórnia. Seu mestrado em teologia histórica (1960) e doutorado em patrística (1965) são ambos da Claremont Graduate School; sua dissertação foi sobre o pai da igreja Gregory of Nazianzus. Seus feitos acadêmicos são ainda mais notáveis, pois ela também estava criando três filhos durante seu trabalho de graduação, tendo se casado com o cientista político Herman J. Ruether em 1957. Depois de se envolver no movimento de direitos civis em Claremont, ela foi voluntária no Mississippi depois do "Verão da Liberdade", através do Programa do Ministério Delta. Este compromisso inicial com a justiça racial a distinguiu de algumas feministas brancas daquela época, que inicialmente não olhavam para questões de classe e raça. Seu livro Women Healing Earth em 1996 destacou as teólogas e ativistas latino-americanas, asiáticas e africanas. A escrita feminista de Ruether criticou o patriarcado histórico e contemporâneo no mundo e na igreja, especialmente entre o clero e a hierarquia. Ela foi defensora da Conferência de Ordenação Feminina e do movimento Women-Church, que defende as comunidades litúrgicas lideradas por mulheres fora da igreja patriarcal, e membro da diretoria da Catholics for Choice. Em sua autobiografia de 2013, My Quests for Hope and Meaning, ela escreveu: "Tive o privilégio de ter me desviado neste caminho e me encontrei guiada por qualquer combinação de instinto e graça divina que leve a explorar milha após milha de um caminho particular de pensamento e vida. ... É tanto uma direção para a qual fui conduzida quanto uma direção que conscientemente escolhi". Como tantos outros viajantes neste caminho, só podemos dizer um ao outro, "aqui devemos ir; não podemos fazer o contrário". "
sábado, 21 de maio de 2022
Bíblia, exegese, hermenêutica e vida - recorte de minha fala na aula par...
Judite decapitando Holofernes é uma pintura da artista barroca italiana Artemisia Gentileschi
Judite decapitando Holofernes é uma
pintura da artista barroca italiana Artemisia Gentileschi concluída entre 1614
e 1620. O trabalho mostra a cena de Judite degolando Holofernes, comum na arte
desde o início do Renascimento.
A pintura é implacavelmente física,
com jorros de sangue. Apesar de a pintura retratar uma cena clássica da Bíblia,
Gentileschi desenhou a si mesma como Judite e seu mentor, Agostino Tassi, que
foi julgado por estuprá-la, como Holofernes. A biógrafa de Gentileschi, Mary
Garrard, propôs uma leitura autobiográfica da pintura, afirmando que ele
funciona como uma catarse de expressão da raiva reprimida da artista.
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@historiaesquecida
@gtmulheresnahistoriadafil
sexta-feira, 20 de maio de 2022
Saiu um artigo meu sobre a Deusa 'Anat e a narrativa de Jael em Juízes 4 e 5 na Revista Teoliterária.
Saiu um artigo meu sobre a Deusa 'Anat e a narrativa de Jael em Juízes 4 e 5 na Revista Teoliterária. Publiquei junto com meu orientador:
https://revistas.pucsp.br/index.php/teoliteraria/article/view/57441
A Bíblia (Antigo e Novo Testamento), a Bíblia Hebraica, a Septuaginta e ...
Mudança climática e arqueologia
O derretimento do gelo glacial no Valais está descobrindo
coisas antigas como esta mulher: "Uma estátua de madeira pensada para ser
de 400 AEC-100 AEC encontrada no Collon Pass, entre Arolla na Suíça e Bionaz na
Itália", do Musée d'histoire du Valais
Levanta-te!
Levanta-te, Erinyes, é tempo de as mulheres agirem. Pela
liberdade, autodeterminação, contra a violência patriarcal e racista, a guerra
e o autoritarismo. 80% do povo apoia o direito ao aborto, mas os governantes
(já não "representantes") e os juízes (não "justos") negam
a vontade popular. Que democracia!
"Aeschylus'
The Furies: Awake, Arise, Rouse Her as I Rouse Thee," por John Flaxman,
1795
quinta-feira, 19 de maio de 2022
Curso "O panteão ugarítico e a mitologia cananeia: Deuses e Deusas da Bí...
Jesus existiu?
Quer saber mais?
Curso: “Leituras do Novo Testamento: os quatro Evangelhos e a literatura.”
Neste curso iremos examinar linguística e literariamente os principais textos dos quatro evangelhos canônicos: Mateus, Marcos, Lucas e João (Novo Testamento).
Numa leitura superficial e descontextualizada dos Evangelhos, é fácil utilizá-los de forma polissêmica e arbitrária, o que acarreta vários equívocos exegéticos. Neste curso a concentração será na análise de termos gregos chaves para a compreensão das principais narrativas de cada Evangelho, suas relações com a literatura da época de sua redação e contextualização autoral. Além disso serão fornecidos materiais para aprofundamento interdisciplinar, bem como dicas de compreensão e aplicação das narrativas para a espiritualidade pessoal.
Conteúdo:
Introdução à narratologia e figuras de linguagem importantes nos Evangelhos.
Trabalho conjunto sobre narrativas específicas de cada Evangelho canônico.
Métodos de ensino e aprendizagem:
12 horas distribuídas em 4 gravações de 3 horas cada – uma para cada Evangelho – breves conferências, leitura de textos.
1 aula extra gravada para aprofundamento.
Plataforma online com material de leitura e perguntas para guiar os alunos através do material de leitura que será fornecido, acesso a todas as aulas gravadas para assistir quando quiser.
O curso inclui:
Atendimento personalizado.
Certificado de conclusão de 15 horas.
Não é necessário um conhecimento prévio.
PARA ADQUIRIR:
Envie um pix de 120 reais para eetown@gmail.com (ou para o PicPay @angelanatel) colocando seu nome completo e endereço de e-mail na descrição do pix.
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Ao adquirir seu ingresso você está contribuindo diretamente para sustento e tratamento médico de Angela Natel – muito obrigada!
Você é um brinquedo, Buzz!
Não passamos de um brinquedo
Nas mãos das instituições
Dos detentores do poder econômico.
Brinquedos facilmente manipuláveis
Em organizações e agências midiáticas.
Sim, Buzz é um brinquedo.
descoberta em “Toy Story” que muda a perspectiva de Buzz.
Nós, que nos achamos tão revolucionários
E progressistas, e “verdadeiros cristãos”
Por pensarmos em mudar o sistema,
Não passamos de um brinquedo que o alimenta por dentro
Agindo somente no âmbito que ele nos permite fazê-lo.
Criamos um Jesus negro
Que mantém as amarras coloniais da religião sobre nós
E sorrimos para nossas correntes
E para as agências e organizações que, com seu dinheiro sujo, nos financiam.
E publicamos artigos para sermos reconhecidos
Por uma academia que nos trata como mercadoria.
Que nos vende.
E votamos em políticos progressistas que nos mantém na roda
Do partidarismo político e cúmplices de um Estado genocida.
E buscamos igualdade de gênero através de cargos para mulheres
Dentro do sistema religioso
Para que tenhamos a ilusão de que este pode ser redimido
Se apenas trocarmos suas roupas, mantendo sua essência hierárquica
escravocrata.
Sim, você não passa de um brinquedo, Buzz
E suas cordas podem ser invisíveis, mas lá estão.
E enquanto as agências midiáticas te permitem gravar vídeos “subversivos”
Financiando essa falsa sensação de luta
Isso que você chama de revolução não passa de um teatro de marionetes
No qual você é apenas um coadjuvante.
Assim surgem pastores com falas lacradoras
Como se estivessem descobrindo a roda e se levantando contra o fundamentalismo
Ao mesmo tempo em que recebem seus salários milionários e são sustentados
Pelo sistema que determina até onde podem criticar.
Líderes progressistas celebrando a representatividade LGBTQIA+
Dentro do mesmo cenário e sob o mesmo fundamento que os assassina.
O monoteísmo que anula a possibilidade do outro,
Que violenta identidades, que só ama os iguais.
E mulheres são ordenadas ao ministério
Para que continuem sujeitas à Igreja
Que permanece no controle de seus corpos.
Militantes continuam levantando a voz como colunistas
De mídias tão corruptas quanto as entidades por elas denunciadas.
E o dinheiro, Mamon, continua reinando
Porque é a justificativa para essa escravização sob poderes.
A ilusão do voto, o teatro religioso, a escravidão dos empregos que nos fazem
esquecer as cordas.
Você é apenas um brinquedo lutando com as armas que recebeu de seus opressores
Movimentando os dedos em riste dentro dos limites permitidos.
Angela Natel
quarta-feira, 18 de maio de 2022
Live "Existir é cuidar", com Abobrinha e Baderna da Editora independente...
Enterro de 7.500 anos em Eilat contém a primeira Asherah
Na encosta de uma montanha árida com vista para a atual cidade resort do Mar Vermelho de Eilat, uma comunidade pré-histórica ergueu um cemitério e um local de culto, começando há pelo menos 7.500 anos e continuando por mais de mil anos. Em meio aos túmulos, entre as masseboth, arqueólogos encontraram o toco de um zimbro.
Isto pode ser, dizem eles, nada mais que a mais antiga Asherah
jamais encontrada, predecessora de um culto que viria a ser abraçado pelos
cananeus e abominado pelos javistas. As escavadeiras também encontraram contas antigas,
feitas de materiais exóticos, incluindo as os mais antigos exemplares de
faiança e de esteatita encontrados no Levante.
A olho nu, o local empoleirado acima de Eilat se parece com rochas
em algum tipo de arranjo. Para o olho arqueológico treinado, ele traz uma visão
do sistema de crenças durante os períodos do Neolítico Final e Calcolítico, e
seu significado para as tradições posteriores do antigo Oriente Próximo.
Descoberto pela primeira vez em 1978, o local só foi escavado no
final dos anos 80 como uma escavação de recuperação antes da expansão de Eilat
para o oeste. A escavação foi realizada por Israel Hershkovitz e Uzi Avner, que
encontraram 11 sepulturas simples, 20 túmulos, duas áreas identificadas como
santuários ao ar livre e uma instalação cúltica. Levaria três décadas para que
a análise fosse feita e os trabalhos publicados, em 2018.
Infelizmente, dez dos túmulos foram muito danificados por máquinas
pesadas durante as obras de infraestrutura antes da descoberta do local, e as
outras dez haviam sido roubadas na antiguidade.
Felizmente para a posteridade, no entanto, os invasores não
terminaram seu trabalho, e agora o Prof. Avner compartilha as percepções
alcançadas a partir dos restos mortais.
Abaixo das areias vermelhas
O cemitério com vista para a cidade moderna estava em uso há mais
de mil anos, no sexto e quinto milênios AEC. (c. 5450 - 4250 AEC.), de acordo
com achados e datação por radiocarbono do carvão vegetal encontrado no local.
Das 11 "sepulturas simples" que os arqueólogos
encontraram, três foram escavadas. De antemão, elas mal tinham sido distinguidas
na superfície. Cerca de 20 centímetros abaixo, os arqueólogos encontraram uma
"cama de pedra" de rochas, aparentemente disposta para corresponder a
uma posição flexionada do falecido, juntamente com (muito poucos) bens tumulares.
Os túmulos, por outro lado, eram difíceis de serem perdidos. Foram
construídos utilizando grandes rochas colocadas no chão, apoiadas do exterior
por pavimentos de pedra adicionais. As câmaras funerárias dos túmulos continham
principalmente ossos longos, pélvis e crânios dos mortos, cobertos com terra e
pedras de tamanho médio.
Avner acredita que as sepulturas simples representam o enterro
inicial, e uma vez que os corpos tivessem se decomposto ali, os ossos
selecionados seriam colocados em segundo lugar nos túmulos com os bens. O exame
dos restos mortais indica que isto foi feito para todos os membros da
comunidade acima dos cinco anos de idade.
As mercadorias tumulares incluíam ferramentas de pedra - pontas de
flechas, raspadores, pedras de amolar e tigelas de arenito. Duas das tigelas
foram decoradas com relevos que podem representar um desenho geométrico, uma
cobra, diz Avner.
Havia também fragmentos de cerâmica primitiva, ossos de ovelhas e
cabras, animais selvagens e aves, e uma abundância de pequenas coisas, desde
conchas e pedaços de coral até minerais, pedras semipreciosas - e miçangas.
A maioria das contas foi habilmente trabalhada a partir de conchas.
Mas algumas claramente se originaram de longe, incluindo a faiança mais antiga
conhecida e as contas esteatitas esmaltadas. As contas de faiança e esteatita
aparentemente vinham da Mesopotâmia.
Os arqueólogos também encontraram um pedaço de realgar vermelho
(minério de arsênico) da Anatólia e uma conta de cobre que também pode ser um
dos objetos fundidos conhecidos nas terras do Levante.
Refeições sagradas
Algumas das câmaras funerárias dos túmulos, que variavam de um
metro e meio a três metros de diâmetro, continham vários indivíduos. Esses,
Avner acredita, que eram túmulos familiares nucleares. Outras apresentavam
várias câmaras. Em alguns casos, múltiplos túmulos estavam ligados, talvez
servindo à família estendida.
Havia uma exceção para os túmulos que serviam para enterros
secundários: um continha um corpo feminino parcialmente articulado ao lado de
uma criança, ambas enterradas em posição flexionada.
Compreender a lógica na pré-história é difícil, mas talvez possam
ser encontradas pistas em enterros secundários posteriores, do período
histórico - uma prática que persiste em algumas sociedades até os dias de hoje.
O enterro secundário foi praticado nos períodos do Primeiro e Segundo Templo. A Bíblia descreve que o Rei Davi "descansou com seus ancestrais" (1 Reis 11,21), e os Juízes 2,10 explicam que depois de uma geração inteira ter sido "reunida aos seus ancestrais", os próximos foram infelizes e desconhecedores de Javé.
Os corpos seriam colocados em cavernas funerárias e uma vez que os ossos
estivessem limpos, eles seriam transferidos para outra sala na caverna
funerária onde descansavam os restos mortais de outros membros da família.
Quanto à lógica, o Talmude de Jerusalém, Moed Katan 1,5, apresenta
a coleta de ossos e a colocação do ossuário na caverna como um evento feliz, já
que o falecido foi aliviado da dor.
Qualquer que fosse a lógica por trás do enterro secundário no Eilat
pré-histórico, o banquete estava acontecendo. Entre as sepulturas, os
arqueólogos encontraram inúmeros fornos. É impossível dizer se os banquetes eram
realizados durante funerais secundários, periódicos ou outros.
As pessoas do "cemitério de Eilat" não inventaram o
banquete fúnebre, se é o que foi. Arqueólogos relataram indicações
interpretadas como festas mortuárias do período Natufian (cerca de 15.000 a
11.500 anos atrás), como o local "Hilazon Shaman", onde restos de uma
festa foram detectados acima da sepultura; e no local Neolítico B Pré-Cerâmico
posterior Kfar Hahoresh, onde oito auroques foram abatidos.
Em resumo, explica Avner, o banquete ritual tem sido uma coisa da
pré-história antiga.
No Oriente Próximo, documentos históricos contam sobre o rito
acádio do kispu. A família se reunia no túmulo de seus antepassados e
recitava os nomes de seus antepassados até oito gerações atrás. Eles
compartilhariam notícias sobre a família com seus antepassados e lhes pediriam
para intervir em prol da saúde e fertilidade da família e seus campos. Eles
derramavam uma libação de água fria, cerveja ou vinho sobre o solo e depois,
comiam.
Em 1999, Avner compartilha, ele foi convidado para uma festa ritual
em Java, Indonésia, para a qual a família convidou os espíritos de seus
antepassados que remontam a quatro gerações.
No entanto, o local em Eilat é o primeiro onde vários fornos foram
descobertos no contexto imediato de um cemitério. O conjunto principal continha
nada menos que 66 fornos, cercando dois dos túmulos.
O pôr-do-sol da vida
Enquanto o site Eilat atesta tradições que remontam à história
antiga, há um fenômeno pré-histórico generalizado que não é encontrado lá. A
referência é a caveiras rebocadas - literalmente.
Há cerca de 9.500 anos e mais, outras sociedades do Levante e tão antigas
quanto a Anatólia separaram os crânios dos corpos e os cobriram com gesso,
retratando cruamente as feições faciais. Muitas delas foram encontradas em
Israel, Síria e Jordânia, e na Turquia, mas não aqui.
Por um lado, o local de Eilat é um pouco posterior. Mas seus
crânios parecem ter recebido um tratamento especial, no entanto. Todos foram
colocados na parte ocidental das câmaras funerárias, separados dos outros
restos mortais e muitas vezes perto de uma "almofada" de pedra,
descreve Avner.
Em um caso, em um único túmulo, seis crânios foram encontrados
"aninhados" aos pés de uma massebah: uma pedra de pé não
cultivada, vagamente antropomórfica.
Esta orientação era intencional, postula ele. A entrada dos túmulos era no Leste, servindo potencialmente como porta de entrada para o sol nascente. Também é possível que, como nos sistemas de crenças posteriores, o sol poente fosse percebido como escoltando os mortos para o próximo mundo. Teoricamente, portanto, os crânios eram colocados no lado ocidental dos túmulos a fim de aparecer primeiro quando "nasceram no outro mundo".
Masseboth eram comuns no Levante e no Oriente
Próximo desde 11.000 AEC. até a Idade do Ferro. Exemplos incluem masseboth
ao lado do templo e palácio na cidade norte de Hazor, no templo midianita em
Timna, e mesmo entre os primeiros judaítas, no primeiro templo no santuário judaíta
em Arad.
Em Eilat, o arqueólogo observou dois tipos de masseboth em
conexão com os túmulos para enterros: pedras largas, geralmente como um
conjunto de duas, localizadas no perímetro oriental do túmulo voltado para o
leste, às vezes com bancos de oferta de pedra ou células semicirculares na
frente. O outro tipo é de um a três masseboth dentro dos túmulos,
voltados para o norte.
Com base em múltiplos achados em Israel e além, documentos
históricos e observações antropológicas, o amplo número de masseboth em
frente aos túmulos pode ter representado Deusas da fertilidade. As que estão
dentro das câmaras funerárias podem ter representado os antepassados.
Mas a história deste sítio peculiar ainda não está terminada. Os arqueólogos também identificaram dois santuários ao ar livre, construídos pela colocação de um perímetro composto por uma fileira de pedras de campo.
O contorno do santuário menor, que é 10 por 4 metros, parece
vagamente antropomórfico. Em seu lado oriental havia uma instalação com nada
menos que 99 masseboth no interior, duas das quais eram relativamente
mais altos: 55 e 65 centímetros. Estas podem ter representado um par de Divindades,
enquanto as menores, de 10 a 30 cm de altura, podem ter representado os
ancestrais, disse Avner.
As raízes de Asherah
A leste de duas das sepulturas, foram encontradas duas instalações.
Uma foi construída 70 cm no chão e, foi pavimentada com pequenas lajes. Foi
neste pavimento que os arqueólogos identificaram os restos de um tronco de
zimbro.
A relíquia de madeira tem 30 cm de altura e foi encontrada ainda em
pé. O tronco provavelmente tinha sido trazido para o local das montanhas Edomitas,
na atual Jordânia.
A presença do zimbro, trazido de longe para ser colocado em um pavimento dentro de um local de enterro e culto, deixa poucas dúvidas de que se tratava de uma madeira sagrada, diz Avner.
Mais tarde, tais "árvores sagradas" eram comuns no
Levante e no Oriente Próximo. Na Bíblia e nos textos ugaríticos, "Asherah",
frequentemente simbolizada por uma árvore, era a Deusa que representava a
fertilidade, dando vida e prosperidade a seus seguidores. Algumas vezes, ela
também é referida como a esposa de "El" e seu culto foi mencionado
várias vezes no Antigo Testamento. A Bíblia também menciona desaprovadamente asherim,
objetos de culto relacionados ao culto cananeu.
Na Mishnah, redigida no início do século III EC., ela é
representada como uma árvore viva, um tronco de árvore, ou uma escultura de
madeira.
Antes da descoberta do tronco do zimbro em Eilat, apenas três
árvores sagradas potencialmente identificadas como Asheroth foram encontradas
no Oriente Próximo, embora posteriores e duas delas ainda sejam debatidas
calorosamente: no santuário do início da Idade do Bronze em Beycesultan,
Turquia; no santuário da Idade do Bronze em Qatna, Síria e no santuário da
Idade do Ferro em Lachish.
A Asherah em Eilat foi datada por análise de radiocarbono a 4540 AEC.
É a "Asherah" mais antiga encontrada em qualquer lugar.
Há uma outra estranheza extrema sobre este cemitério que, como foi
dito, foi criado em uma encosta rochosa e árida com vista para o Mar Vermelho.
Ao contrário de outros cemitérios pré-históricos em geral, ele
parece ser uma instituição independente, separada do assentamento. Também está
entre os primeiros a integrar masseboth dentro dos cemitérios. Se as
interpretações dos tipos de masseboth estiverem corretas, então os
mortos eram colocados para descansar com símbolos de fertilidade feminina e
renascimento, como indicado pelas amplas pedras de pé, a orientação dos túmulos
e elementos internos, e as Asheroth.
E talvez, este estranho terreno mortuário acima do mar azul
cintilante entre as montanhas vermelhas possa representar uma nova percepção
cíclica de vida e morte, morte e renascimento, ao contrário da percepção comum
e linear de uma passagem unilateral da curta vida na terra para a eterna vida
após a morte que aparentemente prevaleceu entre os povos do deserto já no 6o
milênio AEC.
A alegria de começar o dia e a semana sem ter água entrando em "casa".
Pesquisem como ajudar e apoiem da forma que for possível as famílias de Recife.
Há pessoas com deficiência que perderam cadeiras de rodas e outros acessórios fundamentais para sua sobrevivência. Há necessidade de tudo, então não perca a oportunidade para apoiar, ajudar, contribuir e somar forças no suporte a essas pessoas.
E vamos lutar, porque esse problema é estrutural, não é uma catástrofe da natureza.
Pessoas vulneráveis com questões climáticas são as que não tem acesso a direitos básicos em nossa sociedade.
É preciso resistir e lutar!
Ótima semana, pessoal.
Curso "Leituras do Novo Testamento: os quatro Evangelhos e a literatura".
Afrodite de Afrodisias
Afrodite de Afrodisias, desfigurada após a cristianização do
império romano. Sua forma anatólica era distinta da grega, muitas vezes tomando
a forma asiática de uma Deusa pilar, como Artemis Ephesia, Hera de Samos,
Atargatis /Dea Síria ... A concha da vieira aqui é, no entanto, helenística. Os
iconoclastas cristãos e mais tarde muçulmanos mutilaram ícones de Deusa em todo
o Mediterrâneo, descendo o Nilo, na Ásia ocidental e no norte da Europa, até a
Grã-Bretanha.
Foto de Yeshe Matthews.
Chapolim Colorado, é você?
Curso Bíblia Hebraica (Antigo Testamento): formação e conteúdo
Mulher de cerâmica de Tappeh Sarab, Kermanshah
Mulher de cerâmica de Tappeh Sarab, Kermanshah, Irã,
7000-6100 AEC. Com apenas 2,5 polegadas de altura, esta ancestral está agora no
Museu Nacional do Irã.
Visitante especial na aula de alfabetização de hebraico
Visitante especial na aula de alfabetização de hebraico quando eu lecionava no bacharelado em Teologia em 2019.
Escritores do Antigo Testamento e o Épico de Gilgamesh.
Escritores do Antigo Testamento Épico de Gilgamesh. Quer saber mais? Curso “Bíblia Hebraica: formação e conteúdo (panorama histórico e literário)” – estudo sobre os textos do Antigo Testamento Para informações e inscrição: https://angelanatel.wordpress.com/2022/04/02/curso-biblia-hebraica-formacao-e-conteudo-panorama-historico-e-literario/
Com o Prof. Dr. José Ademar Kaefer da UMESP, na PUCPR– 2019.
Após a palestra "As cartas de Tell El Amarna e o berço de Israel", com o Prof. Dr. José Ademar Kaefer da UMESP, na PUCPR– 2019.
Um livro à prova de fogo.
A autora Margaret Atwood aparece tentando queimar o livro com um grande lança-chamas no vídeo promocional. A campanha, que está sendo veiculada desde segunda (23) no canal no YouTube da editora, promove um leilão da Sotheby's em colaboração com a autora e a Penguin.
Os valores arrecadados pela ação serão doados à PEN America, entidade que luta pela liberdade de expressão. Até o momento de fechamento dessa matéria os lances estavam em 70 mil dólares, equivalente a pouco mais de 330 mil reais na cotação atual.
Tradução:
Andressa Cassiano Gazabini
Mãe dos Deuses na Suméria - Nammu
Rastreando a esquiva Mãe dos Deuses na Suméria: "Embora
Nammu (também transliterada como Namma) não apareça como personagem principal
em nenhum dos mitos sumérios conhecidos, ela é mencionada brevemente em vários
deles. Muitas das informações que conhecemos sobre esta Deusa primitiva são
derivadas destas referências passageiras a seu respeito. No mito intitulado
"Enki e Ninmah", por exemplo, é mencionado que Nammu foi a "mãe
primeva que deu à luz os Deuses seniores".
É também no mito de 'Enki e Ninmah' que Nammu é apresentada
como a criadora dos seres humanos. O mito começa descrevendo o modo de vida que
os Deuses estavam levando antes da criação das pessoas. Durante esse tempo, os Deuses
tinham que trabalhar: "Os Deuses estavam cavando os canais e empilhando o
lodo em Ḫarali.
Enquanto os Deuses seniores supervisionavam o trabalho, eram
os menores que faziam o trabalho árduo. Infelizes com sua vida difícil, os Deuses
começaram a reclamar e a colocar a culpa de Enki, um Deus sumério maior. Enki,
no entanto, estava adormecido "nas águas subterrâneas, o lugar cujo
interior nenhum outro Deus conhece" e, portanto, não estava ciente da
insatisfação dos outros Deuses.
Foi Nammu que reuniu as lágrimas dos outros Deuses e as trouxe
até seu filho, e disse: "Você está realmente deitado lá dormindo, e ......
não está acordado? Os Deuses, suas criaturas, estão esmagando seus ....... Meu
filho, acorde de sua cama! Por favor, aplique a habilidade derivada de sua
sabedoria e crie um substituto (?) para os Deuses, para que eles possam ser
libertados de seu trabalho"!
Isto despertou o Deus, que começou a pensar sobre o assunto
mencionado por sua mãe. Finalmente, Enki decidiu que Nammu deveria criar os
seres que ela havia sugerido a ele, "a criatura que você planejou
realmente virá à existência". Imponha a ele o trabalho de carregar cestas.
Você deve amassar o barro do topo do abzu; as Deusas de nascimento (...) irão
cortar o barro e você deverá trazer a forma à existência". Assim, as
pessoas foram criadas". [Esta história que coloca Enki no comando, dizendo
à mãe criadora o que fazer, é uma reescrita de uma história anterior. Isso é
ainda mais provável se ele deslocou Nammu como Divindade tutelar de Eridu.
Embora haja poucas evidências no momento para um culto
dedicado à adoração de Nammu, sabe-se que ela estava associada ao panteão de
Eridu. Especula-se que antes de Enki se tornar o Deus padroeiro de Eridu, era
Nammu que era a padroeira da cidade.
Embora sua importância como Deusa tenha diminuído com o
tempo, ela continuou a ser muito respeitada pelos antigos mesopotâmios. Como
exemplo, a fundadora da Terceira Dinastia Suméria de Ur, Ur-Nammu, recebeu seu
nome em homenagem a ela.
Não se sabe que existam fotos de Nammu; a foto aqui é um
retrato de uma mulher.
Dr. Israel Finkelstein, professor da Universidade de Tel Aviv, de Israel, com o tema "Repensando Israel e Judá: implicações arqueológicas aos estudos bíblicos".
O Grupo de Pesquisa
“Arqueologia do Antigo Oriente Próximo”, do Programa de Pós-Graduação em
Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo, recebeu nos dias
16 a 17 de maio de 2019 o arqueólogo Dr. Israel Finkelstein, professor da
Universidade de Tel Aviv, de Israel.
Finkelstein trabalhou o tema "Repensando
Israel e Judá: implicações arqueológicas aos estudos bíblicos". O curso
contou com 141 inscritos de todas as regiões do País e teve apoio da Faculdade
de Teologia e da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB). Foram três
dias de intensas atividades com as seguintes temáticas:
Dia 15, manhã: Meguido e Israel Norte
Dia 16, manhã: Kiriath-Jearim e Jeoboão
II
Dia 16, tarde: Mesa redonda dos grupos de
pesquisa da PUC-GO; PUC-PR e UMESP
Dia 16, noite: Conferência: As terras altas
do Neguev e regiões circunvizinhas durante o Ferro I
Dia 17, manhã: A realidade hasmoneia por
trás dos livros de Esdras, Neemias e Crônicas. "Foi um momento importante
para aprofundar a pesquisa bíblica-arqueológica no Brasil", destacaram os
professores Suely Xavier e José Ademar Kaefer.
#arqueologia #bible #biblia #israelfinkelstein #teologia #theology #orienteproximo #israel #juda
Asherah: a esposa de Yahweh? | Com Ângela Natel
Stims
Desde as linhas invisíveis
Desenhadas pelos movimentos repetitivos
De meus pés
Até os dedos machucados
Pelas sensações de desconforto social.
Vou tecendo teias
E desenhando tabuleiros
Pra fechar as pontas das páginas
De meus cadernos
De quem sou.
Coloco música alta
Para abafar o som do outro
Que me perturba
E durmo com o som do ventilador
Pra poder esquecer que há pessoas
Que não se importam.
Canto junto para esquecer,
Para aliviar o pensamento
E repito comigo letras,
Sons, movimentando-me
De um lado para o outro
Ou batendo repetidamente
Os pés no chão,
Ou os dedos na perna,
Para me sentir segura.
Mordo as tampas de minhas canetas
Assim alivio o stress.
É possível que você não compreenda,
Ou me julgue por isso,
Mas isso não significa que você não tenha suas formas
De manter a cabeça no lugar.
Por isso, não vale a pena me julgar
Nem tentar me explicar.
São movimentos, ações, formas de agir
Que fazem parte de mim
Não precisa me corrigir.
Stims
Angela Natel
Live sobre "Teologia do Domínio", com Wellington Barbosa
Prepare a pipoca, o coração e a mente para essa conversa imperdível que terei com Wellington Barbosa sobre Teologia do Domínio, o que é, de onde vem e sua influência em nossa sociedade.
Acesse https://www.youtube.com/watch?v=YIdpDLuezWw e ative o lembrete. É preciso resistir e, pra isso, é preciso saber exatamente com quem e com o que estamos lidando. Dia 24 de junho de 2022, às 17h em meu canal do youtube. Nos encontramos lá!
ATENÇÃO: ÚLTIMOS DIAS PARA CONCORRER!
ATENÇÃO: ÚLTIMOS DIAS PARA CONCORRER!
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אשרה #אשרות#
Sacerdotisa da Deusa suméria Ninsun
Sacerdotisa da Deusa suméria Ninsun, ou mais Ninsumun ("senhora
das vacas selvagens"). Ela era a mãe de Gilgamesh.
Joanne d'Arc
Senhora Sabaeana
Senhora Sabaeana, início do 1º milênio EC, Arábia. A postura
sentada e as vestes plissadas com esculturas etíopes de mulheres do mesmo
período, do outro lado do Mar Vermelho.
Documento raro
Um documento raríssimo e importante a respeito da violência promovida na época da Reforma Protestante por alguns de seus mais proeminentes líderes, a partir de testemunhas oculares.
Tem leitura de trecho desse livro em meu canal:
Será que Paulo era realmente machista?
Será que Paulo era
realmente machista?
Santa Tecla, me ajude a ignorar os lacradores e
a continuar incentivando a pesquisa.
Ícone feito por @rubenscwb
Live: "Existir é cuidar" - uma conversa com Abobrinha e Baderna, da Edit...
Mãe ancestral do Congo
Mãe ancestral, conhecida como kishikishi, do povo
matrilinear BaPende no sul do Congo. "A escultura de madeira no topo das
casas dos grandes chefes Pende orientais (sing. kibulu) na República
Democrática do Congo é uma mãe e um filho com machado. As figuras da
maternidade no topo do telhado com armas eram simbolicamente vitais para
anunciar e proteger o domínio sagrado de um chefe e sua iniciação e treinamento
em feitiçaria, habilidades que lhe permitiam liderar seu povo.
A figura da maternidade preside e guarda os segredos do
poder principal contidos dentro desta estrutura, também a residência do chefe.
O 'estômago' da casa é seu santuário mais interno sob o polo central que
sustenta a figura do telhado. Neste "estômago" são depositadas todas
as sementes e grãos cultivados localmente, com a adição de remédios protetores.
Uma oração entoada quando estes itens foram colocados secretamente, na
escuridão matinal, indica que a casa e seu conteúdo incorporam um microcosmo do
mundo Pende. Esta é a invocação do chefe a seus antepassados e constituintes:
"Você é o pólo central da casa, você é a vila com seu
povo, seus campos e sua floresta". Nós lhe demos todas as sementes para o
cultivo, para que você possa agarrar a terra como as sementes [raízes] agarram
a terra ali". Todas as sementes crescem, que você possa crescer [como] as
sementes crescem, para que as mulheres possam dar à luz, para que haja muito
vinho de palma, para que os caçadores possam matar [suas presas] com suas armas".
O telhado com eixo, que empunha o teto da mãe e da criança
(kishi-kishi) é a declaração pública dessas ideias, visível à distância por
causa de seu tamanho e posição elevada. A figura lembra uma mulher-chefe,
primeira esposa do grande chefe polígamo, enfatizando o papel nutritivo do
próprio chefe. Sob as sanções ancestrais, ela é uma protetora da vida de Pende
dentro do reino do chefe, seu colar de dentes de leopardo frequentemente usado,
sinalizando essa autoridade. Sua arma é certamente um aviso para qualquer
pessoa de má intenção, um aviso reiterado por medicamentos no
"estômago" abaixo.
Como primeira esposa, ela tem vários deveres rituais em
relação à agricultura e é uma força política, assim como um emblema espiritual.
Ela dança com um machado na investidura do chefe, depois o entrega a ele para
decapitar um cão de uma só vez. Seu sangue e o de um bode morto por seu
primeiro ministro é recolhido em um copo (segurado na mão esquerda de algumas
figuras do teto) que é passado a todos os presentes. Seu filho representa a
continuação de sua linha matrilinear, e lembra ao povo a morte de uma irmã e,
portanto, a perda de uma linhagem. (Petridis 2002: 133; Strother ibid: 176).
Faleceu neste sábado, 21 de maio, às 16h, em Belo Horizonte (MG), Johan Konings
Faleceu neste sábado, 21 de maio, às 16h, em Belo Horizonte (MG), em decorrência de um aneurisma cerebral, o padre jesuíta Johan Konings, filósofo, filólogo e doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina (Bélgica). Ele era professor titular da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE, tradutor da Bíblia e autor de vários livros, principalmente na área de Bíblia.
Faleceu ontem a teóloga Rosemary Radford Ruether
A teóloga feminista e libertadora Rosemary Radford Ruether influenciou gerações de homens e mulheres nas causas da justiça para as mulheres, os pobres, as pessoas de cor, o Oriente Médio e a Terra. A estudiosa, professora, ativista, autora e ex-colunista da NCR faleceu no dia 21 de maio de 2022. Ela tinha 85 anos. Seu legado, tanto intelectual quanto pessoal, é rico além da imaginação. O alcance e a profundidade de seu trabalho, e o testemunho de sua vida como uma empenhada buscadora de justiça feminista, brilhará para sempre com um brilho que com o tempo só vai aumentar. Uma classicista por treinamento, Ruether foi franca em suas opiniões liberais sobre tudo, desde a ordenação das mulheres até o Estado palestino. Ela escreveu centenas de artigos e 36 livros, incluindo o Sexismo e Religião em 1983 e a cartilha ecofeminista Gaia e Deus em 1992. Ruether influenciou milhares de estudantes, primeiro na Universidade historicamente negra Howard de 1965 a 1975, depois no Seminário Teológico Garrett-Evangelical como Professora de Teologia Aplicada da Georgia Harkness, de 1976 a 2002. Foi professora visitante na Harvard Divinity School, no Princeton Theological Seminary, na Yale Divinity School e na Sir George Williams University em Montreal. Embora ela tenha ensinado muitos estudantes católicos, Ruether valorizava a maior liberdade acadêmica dos empregadores não-católicos. Após perder uma oferta de emprego de uma escola católica nos anos 60 por causa de um artigo que escreveu para a revista TheWashington Post, intitulado "Why a Catholic Mother Believe in Birth Control", ela aprendeu sua lição: "Não trabalhe para uma instituição católica", disse à Conscience, a revista Catholics for Choice, em cuja diretoria ela serviu por muitos anos. No entanto, ela frequentou escolas católicas quando jovem, e foi influenciada pelas religiosas que a ensinaram. Ecumênica desde o nascimento, ela era a mais jovem de três filhas de uma mãe católica e pai episcopal que morreu quando ela tinha 12 anos. Ela nasceu em St. Paul, Minn., em 1936, mas cresceu em Washington, D.C., e na Califórnia. Seu mestrado em teologia histórica (1960) e doutorado em patrística (1965) são ambos da Claremont Graduate School; sua dissertação foi sobre o pai da igreja Gregory of Nazianzus. Seus feitos acadêmicos são ainda mais notáveis, pois ela também estava criando três filhos durante seu trabalho de graduação, tendo se casado com o cientista político Herman J. Ruether em 1957. Depois de se envolver no movimento de direitos civis em Claremont, ela foi voluntária no Mississippi depois do "Verão da Liberdade", através do Programa do Ministério Delta. Este compromisso inicial com a justiça racial a distinguiu de algumas feministas brancas daquela época, que inicialmente não olhavam para questões de classe e raça. Seu livro Women Healing Earth em 1996 destacou as teólogas e ativistas latino-americanas, asiáticas e africanas. A escrita feminista de Ruether criticou o patriarcado histórico e contemporâneo no mundo e na igreja, especialmente entre o clero e a hierarquia. Ela foi defensora da Conferência de Ordenação Feminina e do movimento Women-Church, que defende as comunidades litúrgicas lideradas por mulheres fora da igreja patriarcal, e membro da diretoria da Catholics for Choice. Em sua autobiografia de 2013, My Quests for Hope and Meaning, ela escreveu: "Tive o privilégio de ter me desviado neste caminho e me encontrei guiada por qualquer combinação de instinto e graça divina que leve a explorar milha após milha de um caminho particular de pensamento e vida. ... É tanto uma direção para a qual fui conduzida quanto uma direção que conscientemente escolhi". Como tantos outros viajantes neste caminho, só podemos dizer um ao outro, "aqui devemos ir; não podemos fazer o contrário". "
Bíblia, exegese, hermenêutica e vida - recorte de minha fala na aula par...
Judite decapitando Holofernes é uma pintura da artista barroca italiana Artemisia Gentileschi
Judite decapitando Holofernes é uma
pintura da artista barroca italiana Artemisia Gentileschi concluída entre 1614
e 1620. O trabalho mostra a cena de Judite degolando Holofernes, comum na arte
desde o início do Renascimento.
A pintura é implacavelmente física,
com jorros de sangue. Apesar de a pintura retratar uma cena clássica da Bíblia,
Gentileschi desenhou a si mesma como Judite e seu mentor, Agostino Tassi, que
foi julgado por estuprá-la, como Holofernes. A biógrafa de Gentileschi, Mary
Garrard, propôs uma leitura autobiográfica da pintura, afirmando que ele
funciona como uma catarse de expressão da raiva reprimida da artista.
Repost
@historiaesquecida
@gtmulheresnahistoriadafil
Saiu um artigo meu sobre a Deusa 'Anat e a narrativa de Jael em Juízes 4 e 5 na Revista Teoliterária.
Saiu um artigo meu sobre a Deusa 'Anat e a narrativa de Jael em Juízes 4 e 5 na Revista Teoliterária. Publiquei junto com meu orientador:
https://revistas.pucsp.br/index.php/teoliteraria/article/view/57441
A Bíblia (Antigo e Novo Testamento), a Bíblia Hebraica, a Septuaginta e ...
Mudança climática e arqueologia
O derretimento do gelo glacial no Valais está descobrindo
coisas antigas como esta mulher: "Uma estátua de madeira pensada para ser
de 400 AEC-100 AEC encontrada no Collon Pass, entre Arolla na Suíça e Bionaz na
Itália", do Musée d'histoire du Valais
Levanta-te!
Levanta-te, Erinyes, é tempo de as mulheres agirem. Pela
liberdade, autodeterminação, contra a violência patriarcal e racista, a guerra
e o autoritarismo. 80% do povo apoia o direito ao aborto, mas os governantes
(já não "representantes") e os juízes (não "justos") negam
a vontade popular. Que democracia!
"Aeschylus'
The Furies: Awake, Arise, Rouse Her as I Rouse Thee," por John Flaxman,
1795
Curso "O panteão ugarítico e a mitologia cananeia: Deuses e Deusas da Bí...
Jesus existiu?
Quer saber mais?
Curso: “Leituras do Novo Testamento: os quatro Evangelhos e a literatura.”
Neste curso iremos examinar linguística e literariamente os principais textos dos quatro evangelhos canônicos: Mateus, Marcos, Lucas e João (Novo Testamento).
Numa leitura superficial e descontextualizada dos Evangelhos, é fácil utilizá-los de forma polissêmica e arbitrária, o que acarreta vários equívocos exegéticos. Neste curso a concentração será na análise de termos gregos chaves para a compreensão das principais narrativas de cada Evangelho, suas relações com a literatura da época de sua redação e contextualização autoral. Além disso serão fornecidos materiais para aprofundamento interdisciplinar, bem como dicas de compreensão e aplicação das narrativas para a espiritualidade pessoal.
Conteúdo:
Introdução à narratologia e figuras de linguagem importantes nos Evangelhos.
Trabalho conjunto sobre narrativas específicas de cada Evangelho canônico.
Métodos de ensino e aprendizagem:
12 horas distribuídas em 4 gravações de 3 horas cada – uma para cada Evangelho – breves conferências, leitura de textos.
1 aula extra gravada para aprofundamento.
Plataforma online com material de leitura e perguntas para guiar os alunos através do material de leitura que será fornecido, acesso a todas as aulas gravadas para assistir quando quiser.
O curso inclui:
Atendimento personalizado.
Certificado de conclusão de 15 horas.
Não é necessário um conhecimento prévio.
PARA ADQUIRIR:
Envie um pix de 120 reais para eetown@gmail.com (ou para o PicPay @angelanatel) colocando seu nome completo e endereço de e-mail na descrição do pix.
Você receberá por e-mail o acesso ao pacote completo deste curso.
Ao adquirir seu ingresso você está contribuindo diretamente para sustento e tratamento médico de Angela Natel – muito obrigada!
Você é um brinquedo, Buzz!
Não passamos de um brinquedo
Nas mãos das instituições
Dos detentores do poder econômico.
Brinquedos facilmente manipuláveis
Em organizações e agências midiáticas.
Sim, Buzz é um brinquedo.
descoberta em “Toy Story” que muda a perspectiva de Buzz.
Nós, que nos achamos tão revolucionários
E progressistas, e “verdadeiros cristãos”
Por pensarmos em mudar o sistema,
Não passamos de um brinquedo que o alimenta por dentro
Agindo somente no âmbito que ele nos permite fazê-lo.
Criamos um Jesus negro
Que mantém as amarras coloniais da religião sobre nós
E sorrimos para nossas correntes
E para as agências e organizações que, com seu dinheiro sujo, nos financiam.
E publicamos artigos para sermos reconhecidos
Por uma academia que nos trata como mercadoria.
Que nos vende.
E votamos em políticos progressistas que nos mantém na roda
Do partidarismo político e cúmplices de um Estado genocida.
E buscamos igualdade de gênero através de cargos para mulheres
Dentro do sistema religioso
Para que tenhamos a ilusão de que este pode ser redimido
Se apenas trocarmos suas roupas, mantendo sua essência hierárquica
escravocrata.
Sim, você não passa de um brinquedo, Buzz
E suas cordas podem ser invisíveis, mas lá estão.
E enquanto as agências midiáticas te permitem gravar vídeos “subversivos”
Financiando essa falsa sensação de luta
Isso que você chama de revolução não passa de um teatro de marionetes
No qual você é apenas um coadjuvante.
Assim surgem pastores com falas lacradoras
Como se estivessem descobrindo a roda e se levantando contra o fundamentalismo
Ao mesmo tempo em que recebem seus salários milionários e são sustentados
Pelo sistema que determina até onde podem criticar.
Líderes progressistas celebrando a representatividade LGBTQIA+
Dentro do mesmo cenário e sob o mesmo fundamento que os assassina.
O monoteísmo que anula a possibilidade do outro,
Que violenta identidades, que só ama os iguais.
E mulheres são ordenadas ao ministério
Para que continuem sujeitas à Igreja
Que permanece no controle de seus corpos.
Militantes continuam levantando a voz como colunistas
De mídias tão corruptas quanto as entidades por elas denunciadas.
E o dinheiro, Mamon, continua reinando
Porque é a justificativa para essa escravização sob poderes.
A ilusão do voto, o teatro religioso, a escravidão dos empregos que nos fazem
esquecer as cordas.
Você é apenas um brinquedo lutando com as armas que recebeu de seus opressores
Movimentando os dedos em riste dentro dos limites permitidos.
Angela Natel
Live "Existir é cuidar", com Abobrinha e Baderna da Editora independente...
Enterro de 7.500 anos em Eilat contém a primeira Asherah
Na encosta de uma montanha árida com vista para a atual cidade resort do Mar Vermelho de Eilat, uma comunidade pré-histórica ergueu um cemitério e um local de culto, começando há pelo menos 7.500 anos e continuando por mais de mil anos. Em meio aos túmulos, entre as masseboth, arqueólogos encontraram o toco de um zimbro.
Isto pode ser, dizem eles, nada mais que a mais antiga Asherah
jamais encontrada, predecessora de um culto que viria a ser abraçado pelos
cananeus e abominado pelos javistas. As escavadeiras também encontraram contas antigas,
feitas de materiais exóticos, incluindo as os mais antigos exemplares de
faiança e de esteatita encontrados no Levante.
A olho nu, o local empoleirado acima de Eilat se parece com rochas
em algum tipo de arranjo. Para o olho arqueológico treinado, ele traz uma visão
do sistema de crenças durante os períodos do Neolítico Final e Calcolítico, e
seu significado para as tradições posteriores do antigo Oriente Próximo.
Descoberto pela primeira vez em 1978, o local só foi escavado no
final dos anos 80 como uma escavação de recuperação antes da expansão de Eilat
para o oeste. A escavação foi realizada por Israel Hershkovitz e Uzi Avner, que
encontraram 11 sepulturas simples, 20 túmulos, duas áreas identificadas como
santuários ao ar livre e uma instalação cúltica. Levaria três décadas para que
a análise fosse feita e os trabalhos publicados, em 2018.
Infelizmente, dez dos túmulos foram muito danificados por máquinas
pesadas durante as obras de infraestrutura antes da descoberta do local, e as
outras dez haviam sido roubadas na antiguidade.
Felizmente para a posteridade, no entanto, os invasores não
terminaram seu trabalho, e agora o Prof. Avner compartilha as percepções
alcançadas a partir dos restos mortais.
Abaixo das areias vermelhas
O cemitério com vista para a cidade moderna estava em uso há mais
de mil anos, no sexto e quinto milênios AEC. (c. 5450 - 4250 AEC.), de acordo
com achados e datação por radiocarbono do carvão vegetal encontrado no local.
Das 11 "sepulturas simples" que os arqueólogos
encontraram, três foram escavadas. De antemão, elas mal tinham sido distinguidas
na superfície. Cerca de 20 centímetros abaixo, os arqueólogos encontraram uma
"cama de pedra" de rochas, aparentemente disposta para corresponder a
uma posição flexionada do falecido, juntamente com (muito poucos) bens tumulares.
Os túmulos, por outro lado, eram difíceis de serem perdidos. Foram
construídos utilizando grandes rochas colocadas no chão, apoiadas do exterior
por pavimentos de pedra adicionais. As câmaras funerárias dos túmulos continham
principalmente ossos longos, pélvis e crânios dos mortos, cobertos com terra e
pedras de tamanho médio.
Avner acredita que as sepulturas simples representam o enterro
inicial, e uma vez que os corpos tivessem se decomposto ali, os ossos
selecionados seriam colocados em segundo lugar nos túmulos com os bens. O exame
dos restos mortais indica que isto foi feito para todos os membros da
comunidade acima dos cinco anos de idade.
As mercadorias tumulares incluíam ferramentas de pedra - pontas de
flechas, raspadores, pedras de amolar e tigelas de arenito. Duas das tigelas
foram decoradas com relevos que podem representar um desenho geométrico, uma
cobra, diz Avner.
Havia também fragmentos de cerâmica primitiva, ossos de ovelhas e
cabras, animais selvagens e aves, e uma abundância de pequenas coisas, desde
conchas e pedaços de coral até minerais, pedras semipreciosas - e miçangas.
A maioria das contas foi habilmente trabalhada a partir de conchas.
Mas algumas claramente se originaram de longe, incluindo a faiança mais antiga
conhecida e as contas esteatitas esmaltadas. As contas de faiança e esteatita
aparentemente vinham da Mesopotâmia.
Os arqueólogos também encontraram um pedaço de realgar vermelho
(minério de arsênico) da Anatólia e uma conta de cobre que também pode ser um
dos objetos fundidos conhecidos nas terras do Levante.
Refeições sagradas
Algumas das câmaras funerárias dos túmulos, que variavam de um
metro e meio a três metros de diâmetro, continham vários indivíduos. Esses,
Avner acredita, que eram túmulos familiares nucleares. Outras apresentavam
várias câmaras. Em alguns casos, múltiplos túmulos estavam ligados, talvez
servindo à família estendida.
Havia uma exceção para os túmulos que serviam para enterros
secundários: um continha um corpo feminino parcialmente articulado ao lado de
uma criança, ambas enterradas em posição flexionada.
Compreender a lógica na pré-história é difícil, mas talvez possam
ser encontradas pistas em enterros secundários posteriores, do período
histórico - uma prática que persiste em algumas sociedades até os dias de hoje.
O enterro secundário foi praticado nos períodos do Primeiro e Segundo Templo. A Bíblia descreve que o Rei Davi "descansou com seus ancestrais" (1 Reis 11,21), e os Juízes 2,10 explicam que depois de uma geração inteira ter sido "reunida aos seus ancestrais", os próximos foram infelizes e desconhecedores de Javé.
Os corpos seriam colocados em cavernas funerárias e uma vez que os ossos
estivessem limpos, eles seriam transferidos para outra sala na caverna
funerária onde descansavam os restos mortais de outros membros da família.
Quanto à lógica, o Talmude de Jerusalém, Moed Katan 1,5, apresenta
a coleta de ossos e a colocação do ossuário na caverna como um evento feliz, já
que o falecido foi aliviado da dor.
Qualquer que fosse a lógica por trás do enterro secundário no Eilat
pré-histórico, o banquete estava acontecendo. Entre as sepulturas, os
arqueólogos encontraram inúmeros fornos. É impossível dizer se os banquetes eram
realizados durante funerais secundários, periódicos ou outros.
As pessoas do "cemitério de Eilat" não inventaram o
banquete fúnebre, se é o que foi. Arqueólogos relataram indicações
interpretadas como festas mortuárias do período Natufian (cerca de 15.000 a
11.500 anos atrás), como o local "Hilazon Shaman", onde restos de uma
festa foram detectados acima da sepultura; e no local Neolítico B Pré-Cerâmico
posterior Kfar Hahoresh, onde oito auroques foram abatidos.
Em resumo, explica Avner, o banquete ritual tem sido uma coisa da
pré-história antiga.
No Oriente Próximo, documentos históricos contam sobre o rito
acádio do kispu. A família se reunia no túmulo de seus antepassados e
recitava os nomes de seus antepassados até oito gerações atrás. Eles
compartilhariam notícias sobre a família com seus antepassados e lhes pediriam
para intervir em prol da saúde e fertilidade da família e seus campos. Eles
derramavam uma libação de água fria, cerveja ou vinho sobre o solo e depois,
comiam.
Em 1999, Avner compartilha, ele foi convidado para uma festa ritual
em Java, Indonésia, para a qual a família convidou os espíritos de seus
antepassados que remontam a quatro gerações.
No entanto, o local em Eilat é o primeiro onde vários fornos foram
descobertos no contexto imediato de um cemitério. O conjunto principal continha
nada menos que 66 fornos, cercando dois dos túmulos.
O pôr-do-sol da vida
Enquanto o site Eilat atesta tradições que remontam à história
antiga, há um fenômeno pré-histórico generalizado que não é encontrado lá. A
referência é a caveiras rebocadas - literalmente.
Há cerca de 9.500 anos e mais, outras sociedades do Levante e tão antigas
quanto a Anatólia separaram os crânios dos corpos e os cobriram com gesso,
retratando cruamente as feições faciais. Muitas delas foram encontradas em
Israel, Síria e Jordânia, e na Turquia, mas não aqui.
Por um lado, o local de Eilat é um pouco posterior. Mas seus
crânios parecem ter recebido um tratamento especial, no entanto. Todos foram
colocados na parte ocidental das câmaras funerárias, separados dos outros
restos mortais e muitas vezes perto de uma "almofada" de pedra,
descreve Avner.
Em um caso, em um único túmulo, seis crânios foram encontrados
"aninhados" aos pés de uma massebah: uma pedra de pé não
cultivada, vagamente antropomórfica.
Esta orientação era intencional, postula ele. A entrada dos túmulos era no Leste, servindo potencialmente como porta de entrada para o sol nascente. Também é possível que, como nos sistemas de crenças posteriores, o sol poente fosse percebido como escoltando os mortos para o próximo mundo. Teoricamente, portanto, os crânios eram colocados no lado ocidental dos túmulos a fim de aparecer primeiro quando "nasceram no outro mundo".
Masseboth eram comuns no Levante e no Oriente
Próximo desde 11.000 AEC. até a Idade do Ferro. Exemplos incluem masseboth
ao lado do templo e palácio na cidade norte de Hazor, no templo midianita em
Timna, e mesmo entre os primeiros judaítas, no primeiro templo no santuário judaíta
em Arad.
Em Eilat, o arqueólogo observou dois tipos de masseboth em
conexão com os túmulos para enterros: pedras largas, geralmente como um
conjunto de duas, localizadas no perímetro oriental do túmulo voltado para o
leste, às vezes com bancos de oferta de pedra ou células semicirculares na
frente. O outro tipo é de um a três masseboth dentro dos túmulos,
voltados para o norte.
Com base em múltiplos achados em Israel e além, documentos
históricos e observações antropológicas, o amplo número de masseboth em
frente aos túmulos pode ter representado Deusas da fertilidade. As que estão
dentro das câmaras funerárias podem ter representado os antepassados.
Mas a história deste sítio peculiar ainda não está terminada. Os arqueólogos também identificaram dois santuários ao ar livre, construídos pela colocação de um perímetro composto por uma fileira de pedras de campo.
O contorno do santuário menor, que é 10 por 4 metros, parece
vagamente antropomórfico. Em seu lado oriental havia uma instalação com nada
menos que 99 masseboth no interior, duas das quais eram relativamente
mais altos: 55 e 65 centímetros. Estas podem ter representado um par de Divindades,
enquanto as menores, de 10 a 30 cm de altura, podem ter representado os
ancestrais, disse Avner.
As raízes de Asherah
A leste de duas das sepulturas, foram encontradas duas instalações.
Uma foi construída 70 cm no chão e, foi pavimentada com pequenas lajes. Foi
neste pavimento que os arqueólogos identificaram os restos de um tronco de
zimbro.
A relíquia de madeira tem 30 cm de altura e foi encontrada ainda em
pé. O tronco provavelmente tinha sido trazido para o local das montanhas Edomitas,
na atual Jordânia.
A presença do zimbro, trazido de longe para ser colocado em um pavimento dentro de um local de enterro e culto, deixa poucas dúvidas de que se tratava de uma madeira sagrada, diz Avner.
Mais tarde, tais "árvores sagradas" eram comuns no
Levante e no Oriente Próximo. Na Bíblia e nos textos ugaríticos, "Asherah",
frequentemente simbolizada por uma árvore, era a Deusa que representava a
fertilidade, dando vida e prosperidade a seus seguidores. Algumas vezes, ela
também é referida como a esposa de "El" e seu culto foi mencionado
várias vezes no Antigo Testamento. A Bíblia também menciona desaprovadamente asherim,
objetos de culto relacionados ao culto cananeu.
Na Mishnah, redigida no início do século III EC., ela é
representada como uma árvore viva, um tronco de árvore, ou uma escultura de
madeira.
Antes da descoberta do tronco do zimbro em Eilat, apenas três
árvores sagradas potencialmente identificadas como Asheroth foram encontradas
no Oriente Próximo, embora posteriores e duas delas ainda sejam debatidas
calorosamente: no santuário do início da Idade do Bronze em Beycesultan,
Turquia; no santuário da Idade do Bronze em Qatna, Síria e no santuário da
Idade do Ferro em Lachish.
A Asherah em Eilat foi datada por análise de radiocarbono a 4540 AEC.
É a "Asherah" mais antiga encontrada em qualquer lugar.
Há uma outra estranheza extrema sobre este cemitério que, como foi
dito, foi criado em uma encosta rochosa e árida com vista para o Mar Vermelho.
Ao contrário de outros cemitérios pré-históricos em geral, ele
parece ser uma instituição independente, separada do assentamento. Também está
entre os primeiros a integrar masseboth dentro dos cemitérios. Se as
interpretações dos tipos de masseboth estiverem corretas, então os
mortos eram colocados para descansar com símbolos de fertilidade feminina e
renascimento, como indicado pelas amplas pedras de pé, a orientação dos túmulos
e elementos internos, e as Asheroth.
E talvez, este estranho terreno mortuário acima do mar azul
cintilante entre as montanhas vermelhas possa representar uma nova percepção
cíclica de vida e morte, morte e renascimento, ao contrário da percepção comum
e linear de uma passagem unilateral da curta vida na terra para a eterna vida
após a morte que aparentemente prevaleceu entre os povos do deserto já no 6o
milênio AEC.