quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Preço



Disseram-me para ficar à vontade
Mostrar quem sou e escolher.
Quiseram ver a outra metade
Aquela que tentei esconder.

Disseram que tudo era meu
Desde que pudesse pagar
Insistiram, até que o cansaço venceu
E não pude deixar de falar.

Assim que mostrei opinião
E minha face revelei
Perdi de todo o meu chão
Um gancho de esquerda levei.

Apesar de palavras bonitas
E um sorriso dissimulado
vi-me só e arrependida
foi-se quem estava ao meu lado.

Liberdade tem um preço
Que poucos querem pagar.
Viraram-me do avesso
Esqueceram-se de amar.


Angela Natel – 31/12/2014.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Para minha irmã Angelita, em seu aniversário


Duas almas nunca solitárias
caminhando em cumplicidade.
São almas vivas, libertárias
sedentas pela verdade.

Somos irmãs, amigas, almas gêmeas
unidas por sangue, lágrimas e dor
seguimos com ímpeto de jovens fêmeas,
trazemos conosco o selo do amor.

Para minha irmã Angelita, em seu aniversário, de Angela Natel - 26/12/2014

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Devil pray

Jason Manns Stageit 24/12-14 - With Jensen Ackles

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Feliz Aniversário, Li!


Festejar seu aniversário com tanto carinho e alegria é a felicidade da minha vida. Ter-te como amiga, irmã, companheira e cúmplice nos sonhos e desejos da vida é o maior presente que tenho recebido de Deus. Nada do que fiz até hoje, nada do que ensinei tem seu valor se eu não tivesse você, dessa maneira, ao meu lado. Minha irmã, minha vida, te amo! Feliz aniversário! - dez/2014 - foto de Eliana Rocha 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Feliz Natal!


A pequena grande Janaina e eu desejamos um Feliz Natal! - 21/12/2014 - na Colônia Castelhanos.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Aniversário de 3 anos de divórcio!


Dor

"O dia em que decidi não permitir mais que as palavras de quem amo me torturassem, e pedi que essas palavras mudassem, 
o que ganhei foi ver quem amo se afastar sem me deixar possibilidade de comunicação. Talvez o que tanto defendiam não era o relacionamento, mas uma opinião. 
Quando deixei de compartilhá-la, minha presença perdeu o valor. A tristeza me consumiu por dentro, cessou a tortura, o que me atinge agora é uma aguda dor."

Angela Natel

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Make the devil pray

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

E se...


E se...

E se todas as minhas misérias pudessem ser sufocadas por uma cena como esta?
Se todos os meus erros, minhas maldades propositadas, as injúrias que falei, a mão levantada contra outrem... se tudo isso pudesse ser respondido por esta criança a dormir?
E se por acaso eu pudesse encontrar nestes bracinhos o amor que em homem algum encontrei, a aceitação que tanto busquei?
Se, num suspiro de um sono profundo esta criança pudesse inverter o meu mundo e trazer à memória o propósito já esquecido, a compaixão que por tanto tempo ignorei?
Vejo em suas trêmulas pálpebras a segurança que em anos jamais vi. Percebo que todas as minhas mazelas não se comparam à sublime presença deitada ali.
Sou imersa em desconforto, uma vez que a imagem do deus que adorava não se encaixa em nada com esta criança. Mas percebo a minha insensatez ao tentar entender como um Deus maior do que eu poderia trazer-me esperança.
Este Deus que se faz presente tão puro, mostrando vulnerabilidade infantil não é nada do que eu esperava, não violenta, não paga, mas a mim, pecadora, se mostra gentil.
Constrangida por tão grata beleza, e por minhas fraquezas, me dobro em temor.
Mas este sono profundo que abala até hoje o mundo traz consigo uma fonte de amor.
E esta fonte transbordante, cuja graça traz em seu semblante, pode quebrar todo jugo que sobre mim esteja a pesar.
Sou levada a crer num milagre maior do que os que me favorecem: busco ser transformada e de um modo singular como este abençoar mais do que ser abençoada.
Por isso não hesito em me questionar se uma cena tão singular não quebrou minha teorização.
Porque entender Deus, não entendo, mas Ele veio até mim em tão maravilhosa visitação.

Angela Natel - 16/12/2014.

A imagem acompanha um texto.

Este texto e muitos outros estudos estão à disposição na página http://angelanatel.wordpress.com/
ou nos blogs
http://lioness-tocadaleoa.blogspot.com/
http://guardiadaverdade.blogspot.com.br/

ou no meu baile de máscaras particular:
http://angelanatel.tumblr.com/

@AngelNN #weareallbitches #unapologeticbitch #SorryNotSorry

Planos para minha lápide:



Já escolhi como desejo minha lápide: O Anjo da Dor é uma escultura fúnebre criada em 1894 pelo americano William Wetmore Story no Cemitério Protestante em Roma.

É perfeita.






A melhor que já vi : está escolhido.

Angela Natel

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O deus de Frankenstein




O deus mais adorado em nossos dias é o deus de Frankenstein. Parece loucura, mas não é. Pode-se observar facilmente como nossa busca pelo transcendente tem caído num antropomorfismo exacerbado.
Isso significa que em nosso desespero por algo além de nós mesmos acabamos por criar uma divindade ou um ser transcendente que não passa de um produto de nossa própria imaginação, um deus 'à nossa imagem e semelhança' e não o contrário.
Trata-se de uma divindade cujas características que reconhecemos são as que nos são convenientes - escolho na Bíblia ou em outras literaturas religiosas somente aquilo que entendo, concordo e aceito, e monto meu deus de Frankenstein conforme minhas necessidades, anseios e lógicas.
Não se trata de um Criador, mas de uma criatura de minha própria imaginação. Posso pensar nesse deus como uma força ao mesmo tempo em que, incoerentemente, me reconheço como sua imagem e semelhança. Falo dele como salvador, poderoso, ao mesmo tempo em que o trato como um gênio da lâmpada totalmente a meu dispôr. Posso reconhecer sua existência e divindade, mas na prática lido com ele como se fosse meu servo, um Papai Noel do ano todo, punindo os maus e recompensando os bons.
Dessa forma, monto meu deus de Frankenstein com peças de inúmeras teologias, mitos e fontes religiosas, sem nem ao menos elaborar uma noção coerente do que pode ser uma divindade.
Um deus que me é conveniente, que atenda às minhas necessidades sem comprometer minhas vontades, um deus construído a partir de minha imagem e limitações.
Sim, e ainda posso querer defendê-lo perante outros, pois é inadmissível para minha teologia qualquer tipo de questionamento.
Este é o deus de Frankenstein, que mais se parece comigo do que eu com ele, apesar de ter sido construído de partes diferentes do espaço e do tempo no imaginário humano. Um deus que nada tem em comum com uma divindade específica dentro de uma unidade de fé - seja cristã, muçulmana, judaica, hindu, animista, etc.
Por si só é uma incoerência existencial, assim como o monstro de Frankenstein, criado a partir do ser humano, sem a possibilidade de interagir de modo saudável com o mesmo, devido às suas inúmeras limitações.
Um deus de Frankenstein é limitado e confuso, incapaz de preencher as lacunas da alma humana, exatamente porque se restringe a ela. Sua dimensão não alcança os limites do inexplicável.
Infelizmente, por ser muito comum em nossos dias, o deus de Frankenstein toma o espaço do transcendente em nossas vidas - nos dá conforto, alivia momentaneamente a consciência, tapa alguns buracos no sistema explicatório de nossa cosmovisão. Sistematizamos facilmente esta divindade, porque cabe em nossa mente, podemos  sondá-lo em todas as suas dimensões. Assim, fica mais difícil sairmos da zona de conforto em busca  de algo maior do que nós mesmos - um Deus inexplicável, pessoal, diferente e acima de todas as coisas criadas.

Sempre gostei da história do monstro de Frankenstein. Só nunca antes tinha imaginado que pudéssemos nos dobrar a uma divindade semelhante a ele.
Por esta razão decidi de uma vez por todas que prefiro mil vezes ser compreendida a compreender, e me dobro ante o inexplicável.
Que meus monstros interiores não tomem o lugar que só a Deus pertence, e que este Deus inexplicável nunca se limite ao tamanho de minha teologia.

Angela Natel - 02/12/2014.


Estes textos e muitos outros estudos estão à disposição na páginahttp://angelanatel.wordpress.com/ ou nos blogs
http://lioness-tocadaleoa.blogspot.com/
http://guardiadaverdade.blogspot.com.br/

ou no meu baile de máscaras particular:
http://angelanatel.tumblr.com/

@AngelNN 
#weareallbitches #unapologeticbitch #SorryNotSorry

Preço



Disseram-me para ficar à vontade
Mostrar quem sou e escolher.
Quiseram ver a outra metade
Aquela que tentei esconder.

Disseram que tudo era meu
Desde que pudesse pagar
Insistiram, até que o cansaço venceu
E não pude deixar de falar.

Assim que mostrei opinião
E minha face revelei
Perdi de todo o meu chão
Um gancho de esquerda levei.

Apesar de palavras bonitas
E um sorriso dissimulado
vi-me só e arrependida
foi-se quem estava ao meu lado.

Liberdade tem um preço
Que poucos querem pagar.
Viraram-me do avesso
Esqueceram-se de amar.


Angela Natel – 31/12/2014.

Para minha irmã Angelita, em seu aniversário


Duas almas nunca solitárias
caminhando em cumplicidade.
São almas vivas, libertárias
sedentas pela verdade.

Somos irmãs, amigas, almas gêmeas
unidas por sangue, lágrimas e dor
seguimos com ímpeto de jovens fêmeas,
trazemos conosco o selo do amor.

Para minha irmã Angelita, em seu aniversário, de Angela Natel - 26/12/2014

Devil pray

Jason Manns Stageit 24/12-14 - With Jensen Ackles

Feliz Aniversário, Li!


Festejar seu aniversário com tanto carinho e alegria é a felicidade da minha vida. Ter-te como amiga, irmã, companheira e cúmplice nos sonhos e desejos da vida é o maior presente que tenho recebido de Deus. Nada do que fiz até hoje, nada do que ensinei tem seu valor se eu não tivesse você, dessa maneira, ao meu lado. Minha irmã, minha vida, te amo! Feliz aniversário! - dez/2014 - foto de Eliana Rocha 

Feliz Natal!


A pequena grande Janaina e eu desejamos um Feliz Natal! - 21/12/2014 - na Colônia Castelhanos.

Aniversário de 3 anos de divórcio!


Dor

"O dia em que decidi não permitir mais que as palavras de quem amo me torturassem, e pedi que essas palavras mudassem, 
o que ganhei foi ver quem amo se afastar sem me deixar possibilidade de comunicação. Talvez o que tanto defendiam não era o relacionamento, mas uma opinião. 
Quando deixei de compartilhá-la, minha presença perdeu o valor. A tristeza me consumiu por dentro, cessou a tortura, o que me atinge agora é uma aguda dor."

Angela Natel

Make the devil pray

E se...


E se...

E se todas as minhas misérias pudessem ser sufocadas por uma cena como esta?
Se todos os meus erros, minhas maldades propositadas, as injúrias que falei, a mão levantada contra outrem... se tudo isso pudesse ser respondido por esta criança a dormir?
E se por acaso eu pudesse encontrar nestes bracinhos o amor que em homem algum encontrei, a aceitação que tanto busquei?
Se, num suspiro de um sono profundo esta criança pudesse inverter o meu mundo e trazer à memória o propósito já esquecido, a compaixão que por tanto tempo ignorei?
Vejo em suas trêmulas pálpebras a segurança que em anos jamais vi. Percebo que todas as minhas mazelas não se comparam à sublime presença deitada ali.
Sou imersa em desconforto, uma vez que a imagem do deus que adorava não se encaixa em nada com esta criança. Mas percebo a minha insensatez ao tentar entender como um Deus maior do que eu poderia trazer-me esperança.
Este Deus que se faz presente tão puro, mostrando vulnerabilidade infantil não é nada do que eu esperava, não violenta, não paga, mas a mim, pecadora, se mostra gentil.
Constrangida por tão grata beleza, e por minhas fraquezas, me dobro em temor.
Mas este sono profundo que abala até hoje o mundo traz consigo uma fonte de amor.
E esta fonte transbordante, cuja graça traz em seu semblante, pode quebrar todo jugo que sobre mim esteja a pesar.
Sou levada a crer num milagre maior do que os que me favorecem: busco ser transformada e de um modo singular como este abençoar mais do que ser abençoada.
Por isso não hesito em me questionar se uma cena tão singular não quebrou minha teorização.
Porque entender Deus, não entendo, mas Ele veio até mim em tão maravilhosa visitação.

Angela Natel - 16/12/2014.

A imagem acompanha um texto.

Este texto e muitos outros estudos estão à disposição na página http://angelanatel.wordpress.com/
ou nos blogs
http://lioness-tocadaleoa.blogspot.com/
http://guardiadaverdade.blogspot.com.br/

ou no meu baile de máscaras particular:
http://angelanatel.tumblr.com/

@AngelNN #weareallbitches #unapologeticbitch #SorryNotSorry

Planos para minha lápide:



Já escolhi como desejo minha lápide: O Anjo da Dor é uma escultura fúnebre criada em 1894 pelo americano William Wetmore Story no Cemitério Protestante em Roma.

É perfeita.






A melhor que já vi : está escolhido.

Angela Natel

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Angela has been to: Brazil, Malawi, Mozambique, Paraguay, South Africa, Swaziland, Uruguay. Get your own travel map from Matador Network.

O deus de Frankenstein




O deus mais adorado em nossos dias é o deus de Frankenstein. Parece loucura, mas não é. Pode-se observar facilmente como nossa busca pelo transcendente tem caído num antropomorfismo exacerbado.
Isso significa que em nosso desespero por algo além de nós mesmos acabamos por criar uma divindade ou um ser transcendente que não passa de um produto de nossa própria imaginação, um deus 'à nossa imagem e semelhança' e não o contrário.
Trata-se de uma divindade cujas características que reconhecemos são as que nos são convenientes - escolho na Bíblia ou em outras literaturas religiosas somente aquilo que entendo, concordo e aceito, e monto meu deus de Frankenstein conforme minhas necessidades, anseios e lógicas.
Não se trata de um Criador, mas de uma criatura de minha própria imaginação. Posso pensar nesse deus como uma força ao mesmo tempo em que, incoerentemente, me reconheço como sua imagem e semelhança. Falo dele como salvador, poderoso, ao mesmo tempo em que o trato como um gênio da lâmpada totalmente a meu dispôr. Posso reconhecer sua existência e divindade, mas na prática lido com ele como se fosse meu servo, um Papai Noel do ano todo, punindo os maus e recompensando os bons.
Dessa forma, monto meu deus de Frankenstein com peças de inúmeras teologias, mitos e fontes religiosas, sem nem ao menos elaborar uma noção coerente do que pode ser uma divindade.
Um deus que me é conveniente, que atenda às minhas necessidades sem comprometer minhas vontades, um deus construído a partir de minha imagem e limitações.
Sim, e ainda posso querer defendê-lo perante outros, pois é inadmissível para minha teologia qualquer tipo de questionamento.
Este é o deus de Frankenstein, que mais se parece comigo do que eu com ele, apesar de ter sido construído de partes diferentes do espaço e do tempo no imaginário humano. Um deus que nada tem em comum com uma divindade específica dentro de uma unidade de fé - seja cristã, muçulmana, judaica, hindu, animista, etc.
Por si só é uma incoerência existencial, assim como o monstro de Frankenstein, criado a partir do ser humano, sem a possibilidade de interagir de modo saudável com o mesmo, devido às suas inúmeras limitações.
Um deus de Frankenstein é limitado e confuso, incapaz de preencher as lacunas da alma humana, exatamente porque se restringe a ela. Sua dimensão não alcança os limites do inexplicável.
Infelizmente, por ser muito comum em nossos dias, o deus de Frankenstein toma o espaço do transcendente em nossas vidas - nos dá conforto, alivia momentaneamente a consciência, tapa alguns buracos no sistema explicatório de nossa cosmovisão. Sistematizamos facilmente esta divindade, porque cabe em nossa mente, podemos  sondá-lo em todas as suas dimensões. Assim, fica mais difícil sairmos da zona de conforto em busca  de algo maior do que nós mesmos - um Deus inexplicável, pessoal, diferente e acima de todas as coisas criadas.

Sempre gostei da história do monstro de Frankenstein. Só nunca antes tinha imaginado que pudéssemos nos dobrar a uma divindade semelhante a ele.
Por esta razão decidi de uma vez por todas que prefiro mil vezes ser compreendida a compreender, e me dobro ante o inexplicável.
Que meus monstros interiores não tomem o lugar que só a Deus pertence, e que este Deus inexplicável nunca se limite ao tamanho de minha teologia.

Angela Natel - 02/12/2014.


Estes textos e muitos outros estudos estão à disposição na páginahttp://angelanatel.wordpress.com/ ou nos blogs
http://lioness-tocadaleoa.blogspot.com/
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ou no meu baile de máscaras particular:
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