sábado, 28 de junho de 2014

Ser gente



Me aproximo do animalesco nesta vida
Prá tentar me humanizar.
Sou tentada a largar a minha lida
No intento de um muro derrubar.

Perdão, segurança, liberdade.
Utopia de uma vida surreal.
Aprendendo com o que sofre de vaidade
Me rasgo inteira neste mundo desigual.

Pelo tempo que me gasto trabalhando
Sou questionada e tratada sem valor
Quando aviso que ao sair estou ajudando
Não entendem minha prova de amor.

Quando o erro vem do outro não se julga
A intenção é o que prova seu valor
Quando o erro vem de mim, se põe a culpa
Não importa que me cause tanta dor.

O que não percebo ao meu redor
É a humanização que se defende
Produtividade vem de meu suor
Mas o caminho que eu faço não se entende.

Sinalizo o que preciso prá viver
E tento equilibrar a situação
Que seja eu se alguém vir a perder
Nome, posse ou titulação.

Por isso agora tenho buscado chegar mais perto
Do que privado foi de liberdade, de uma vida decente.
Prá que, de algum jeito, fique mais claro o certo
Prá que de uma vez por todas eu vire gente.


Angela Natel – 28/06/2014

Dreamer...


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Pão e circo

Pão e Circo

A gente não quer só futebol
A gente quer futebol, justiça, educação e saúde
A gente não quer só ganhar
A gente quer ganhar segurança e paz.

A gente não quer só um gol
A gente quer um gol prá balançar a rede
A gente não quer só lançar
A gente quer lançar fora a corrupção.

A gente não quer só ser Hexa
A gente quer ser Hexa sem politicagem.
A gente não quer só a Copa
A gente quer a copa sem malandragem.

A gente não quer só jogada
A gente quer jogado fora o homicídio.
A gente não quer só vencer
A gente quer vencer o infanticídio.

A gente não quer só o circo
Que nos oferecem sem compaixão
A gente quer dignidade
E um emprego prá ganhar o pão.


Angela Natel – 23/06/2014.

Arte que nasceu nesta madrugada

Poeira que o vento levanta
Percorre o caminho do mar
Desenho que a todos encanta
Se mostra no céu a dançar.

Por entre as folhas desliza
Girando em redemoinho
E dele cai numa brisa
Passando por cima de um ninho.

Parece um lençol estendido
Dando um rasante na estrada
Um pouco entra no ouvido
Do cão peludo que ladra.

O que justifica a lambança
Dessa corrida sem fim:
O pó que evoca a lembrança
O vento trouxe prá mim.


Angela Natel – 23/06/2014

sábado, 21 de junho de 2014

Fight for freedom!


#ARTFORFREEDOM 
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=397891940350038&set=a.284989058306994.1073741829.137128436426391&type=1&theater

segunda-feira, 16 de junho de 2014

sexta-feira, 13 de junho de 2014

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Perfil Sociorreligioso da Juventude Universitária Paranaense: Participe deste projeto!


Estou realizando uma pesquisa (dissertação de Mestrado: O perfil sociorreligioso das juventudes universitárias paranaenses) a fim de mapear a diversidade das práticas religiosas neste campo.

Participe deste projeto!
Se você é universitário(a) no Estado do Paraná, entre no link abaixo e responda ao questionário. Em 5 minutos você deixa sua marca neste trabalho e junta forças em um projeto para valorização da liberdade de fé e prática.

https://pucpr.co1.qualtrics.com/SE/?SID=SV_3q0nD7T4zTHgqIl

A pesquisa estará em andamento durante todo o mês de junho de 2014.

Participe e divulgue!

Muito obrigada.

Angela Natel

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Help Us Save Meriam Ibrahim

Me perdoa se...


Há tempos esse início de discurso me incomoda. Algo acontece, a pessoa demonstra chateação, tristeza, revolta. O outro, que de alguma forma causou tal reação, inicia: ‘Me perdoa se...”
            O discurso pode se dar de diversas formas: ‘Me perdoa se eu te fiz algum mal’; ‘me perdoa se você se magoou’; me perdoa se te causei tristeza’; ‘me perdoa se te prejudiquei’; etc. Mas o começo é sempre igual.
            O que me incomoda em tais situações é que o pedido vem com uma condicional: ‘se...’, e isso pode apresentar algumas dificuldades. Primeiro, existe arrependimento de quem causou a ação quando o pedido está condicionado ao sentimento de quem sofreu a ação?
Segundo, o pedido de perdão é somente para que o outro ‘se sinta melhor’? Nesse caso, poderia ser somente para botar panos quentes na situação, deixar para lá, sem necessidade de comprometimento para que a situação não se repita. Só refletindo...
Outro fator inquietante seria que se a pessoa não percebe ou não concorda que errou, não parece hipocrisia ou até sarcasmo formalizar um pedido de perdão sob este formato, parecendo que a razão do pedido é de inteira responsabilidade de quem sofreu a ação?
Defendo, com esta reflexão, que este tipo de discurso é totalmente desnecessário. Uma vez percebida a atitude errada, e com a disposição de mudar, pede-se perdão pelo que aconteceu. Caso não se concorde que tenha errado, é bom questionar se a maneira como foi colocada a situação não seria a causa do desentendimento. Nem sempre o que digo está errado, porém como digo pode ofender. Nesse caso, posso concordar que errei na maneira de me expressar, e por isso me desculpar.
Agora, pedir perdão ‘se’ fiz algo errado, ou o famoso ‘desculpa qualquer coisa’, soa vago, desinteressado e genuinamente despreocupado com o outro, um discurso ‘prá fazer média’, prá aliviar consciência, egoísta.
De qualquer modo, lanço esta reflexão. E ‘se’ ofendi alguém com isso, ‘desculpa qualquer coisa’.


Angela Natel – 01/06/2014.

terça-feira, 3 de junho de 2014

O Porquê



Questiono para entender
Pergunto prá saber o porquê
Não quero machucar você
Você não vê?

Dizer que estou brava não ajuda
Constatar meu problema não muda
Abaixo à cara sisuda!
Nem se iluda.

Não condiciono o perdão
Só quero saber a razão
Prá tanta imaginação
Me consola, então?

Se o objetivo é ajudar
Não é preciso espalhar
Nem satisfação tirar
Vem me beijar.


Angela Natel – 03/06/2014.

Ser gente



Me aproximo do animalesco nesta vida
Prá tentar me humanizar.
Sou tentada a largar a minha lida
No intento de um muro derrubar.

Perdão, segurança, liberdade.
Utopia de uma vida surreal.
Aprendendo com o que sofre de vaidade
Me rasgo inteira neste mundo desigual.

Pelo tempo que me gasto trabalhando
Sou questionada e tratada sem valor
Quando aviso que ao sair estou ajudando
Não entendem minha prova de amor.

Quando o erro vem do outro não se julga
A intenção é o que prova seu valor
Quando o erro vem de mim, se põe a culpa
Não importa que me cause tanta dor.

O que não percebo ao meu redor
É a humanização que se defende
Produtividade vem de meu suor
Mas o caminho que eu faço não se entende.

Sinalizo o que preciso prá viver
E tento equilibrar a situação
Que seja eu se alguém vir a perder
Nome, posse ou titulação.

Por isso agora tenho buscado chegar mais perto
Do que privado foi de liberdade, de uma vida decente.
Prá que, de algum jeito, fique mais claro o certo
Prá que de uma vez por todas eu vire gente.


Angela Natel – 28/06/2014

Dreamer...


DOE VIDA, DOE MEDULA, DOE COM FÉ...

Atenção! Pesquisa importante!


Atenção, pessoal! Minha pesquisa de Mestrado foi estendida e estará em andamento até o final do mês de julho. Não deixe de participar e divulgar! Muito obrigada!
https://pucpr.co1.qualtrics.com/SE/?SID=SV_3q0nD7T4zTHgqIl

Doação de Medula Óssea


Eu sou doadora de Medula Óssea!

Mais informações:
http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=677

https://www.facebook.com/angela.natel/posts/773095479389454?ref=notif&notif_t=like
 

Erro


https://www.facebook.com/photo.php?fbid=399876026818296&set=a.137140053091896.28836.137128436426391&type=1&theater

Pão e circo

Pão e Circo

A gente não quer só futebol
A gente quer futebol, justiça, educação e saúde
A gente não quer só ganhar
A gente quer ganhar segurança e paz.

A gente não quer só um gol
A gente quer um gol prá balançar a rede
A gente não quer só lançar
A gente quer lançar fora a corrupção.

A gente não quer só ser Hexa
A gente quer ser Hexa sem politicagem.
A gente não quer só a Copa
A gente quer a copa sem malandragem.

A gente não quer só jogada
A gente quer jogado fora o homicídio.
A gente não quer só vencer
A gente quer vencer o infanticídio.

A gente não quer só o circo
Que nos oferecem sem compaixão
A gente quer dignidade
E um emprego prá ganhar o pão.


Angela Natel – 23/06/2014.

Arte que nasceu nesta madrugada

Poeira que o vento levanta
Percorre o caminho do mar
Desenho que a todos encanta
Se mostra no céu a dançar.

Por entre as folhas desliza
Girando em redemoinho
E dele cai numa brisa
Passando por cima de um ninho.

Parece um lençol estendido
Dando um rasante na estrada
Um pouco entra no ouvido
Do cão peludo que ladra.

O que justifica a lambança
Dessa corrida sem fim:
O pó que evoca a lembrança
O vento trouxe prá mim.


Angela Natel – 23/06/2014

Fight for freedom!


#ARTFORFREEDOM 
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=397891940350038&set=a.284989058306994.1073741829.137128436426391&type=1&theater

Hermes C. Fernandes: O mundo secreto do inconsciente

Hermes C. Fernandes: O mundo secreto do inconsciente: Quando tinha pouco mais de cinquenta anos, o médico africano T.N. sofreu dois derrames cerebrais devastadores. Eles destruíram totalmen...

Art is not a crime!


@AngelNN #weareallbitches #unapologeticbitch #SorryNotSorry

Libras eu falo com as mãos: Eu não vou ver o Brasil jogar

Libras eu falo com as mãos: Eu não vou ver o Brasil jogar: Hoje a começa a tão esperada Copa do Mundo aqui no Brasil A estréia da seleção Brasileira está marcada para às 17h00 com o jogo que irá...

Dia dos namorados muito bem acompanhada!


http://www.umsabadoqualquer.com/

Perfil Sociorreligioso da Juventude Universitária Paranaense: Participe deste projeto!


Estou realizando uma pesquisa (dissertação de Mestrado: O perfil sociorreligioso das juventudes universitárias paranaenses) a fim de mapear a diversidade das práticas religiosas neste campo.

Participe deste projeto!
Se você é universitário(a) no Estado do Paraná, entre no link abaixo e responda ao questionário. Em 5 minutos você deixa sua marca neste trabalho e junta forças em um projeto para valorização da liberdade de fé e prática.

https://pucpr.co1.qualtrics.com/SE/?SID=SV_3q0nD7T4zTHgqIl

A pesquisa estará em andamento durante todo o mês de junho de 2014.

Participe e divulgue!

Muito obrigada.

Angela Natel

Help Us Save Meriam Ibrahim

Me perdoa se...


Há tempos esse início de discurso me incomoda. Algo acontece, a pessoa demonstra chateação, tristeza, revolta. O outro, que de alguma forma causou tal reação, inicia: ‘Me perdoa se...”
            O discurso pode se dar de diversas formas: ‘Me perdoa se eu te fiz algum mal’; ‘me perdoa se você se magoou’; me perdoa se te causei tristeza’; ‘me perdoa se te prejudiquei’; etc. Mas o começo é sempre igual.
            O que me incomoda em tais situações é que o pedido vem com uma condicional: ‘se...’, e isso pode apresentar algumas dificuldades. Primeiro, existe arrependimento de quem causou a ação quando o pedido está condicionado ao sentimento de quem sofreu a ação?
Segundo, o pedido de perdão é somente para que o outro ‘se sinta melhor’? Nesse caso, poderia ser somente para botar panos quentes na situação, deixar para lá, sem necessidade de comprometimento para que a situação não se repita. Só refletindo...
Outro fator inquietante seria que se a pessoa não percebe ou não concorda que errou, não parece hipocrisia ou até sarcasmo formalizar um pedido de perdão sob este formato, parecendo que a razão do pedido é de inteira responsabilidade de quem sofreu a ação?
Defendo, com esta reflexão, que este tipo de discurso é totalmente desnecessário. Uma vez percebida a atitude errada, e com a disposição de mudar, pede-se perdão pelo que aconteceu. Caso não se concorde que tenha errado, é bom questionar se a maneira como foi colocada a situação não seria a causa do desentendimento. Nem sempre o que digo está errado, porém como digo pode ofender. Nesse caso, posso concordar que errei na maneira de me expressar, e por isso me desculpar.
Agora, pedir perdão ‘se’ fiz algo errado, ou o famoso ‘desculpa qualquer coisa’, soa vago, desinteressado e genuinamente despreocupado com o outro, um discurso ‘prá fazer média’, prá aliviar consciência, egoísta.
De qualquer modo, lanço esta reflexão. E ‘se’ ofendi alguém com isso, ‘desculpa qualquer coisa’.


Angela Natel – 01/06/2014.

O Porquê



Questiono para entender
Pergunto prá saber o porquê
Não quero machucar você
Você não vê?

Dizer que estou brava não ajuda
Constatar meu problema não muda
Abaixo à cara sisuda!
Nem se iluda.

Não condiciono o perdão
Só quero saber a razão
Prá tanta imaginação
Me consola, então?

Se o objetivo é ajudar
Não é preciso espalhar
Nem satisfação tirar
Vem me beijar.


Angela Natel – 03/06/2014.

Calendário Junho 2014


Words


Parte integrante do livro 'Teologia em Poesia', de Angela Natel -http://pt.slideshare.net/eetown/teologia-em-poesia-de-angela-natel