Poeira que o vento levanta
Percorre o caminho do mar
Desenho que a todos encanta
Se mostra no céu a dançar.
Por entre as folhas desliza
Girando em redemoinho
E dele cai numa brisa
Passando por cima de um ninho.
Parece um lençol estendido
Dando um rasante na estrada
Um pouco entra no ouvido
Do cão peludo que ladra.
O que justifica a lambança
Dessa corrida sem fim:
O pó que evoca a lembrança
O vento trouxe prá mim.
Angela Natel – 23/06/2014
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