Desde as linhas invisíveis
Desenhadas pelos movimentos repetitivos
De meus pés
Até os dedos machucados
Pelas sensações de desconforto social.
Vou tecendo teias
E desenhando tabuleiros
Pra fechar as pontas das páginas
De meus cadernos
De quem sou.
Coloco música alta
Para abafar o som do outro
Que me perturba
E durmo com o som do ventilador
Pra poder esquecer que há pessoas
Que não se importam.
Canto junto para esquecer,
Para aliviar o pensamento
E repito comigo letras,
Sons, movimentando-me
De um lado para o outro
Ou batendo repetidamente
Os pés no chão,
Ou os dedos na perna,
Para me sentir segura.
Mordo as tampas de minhas canetas
Assim alivio o stress.
É possível que você não compreenda,
Ou me julgue por isso,
Mas isso não significa que você não tenha suas formas
De manter a cabeça no lugar.
Por isso, não vale a pena me julgar
Nem tentar me explicar.
São movimentos, ações, formas de agir
Que fazem parte de mim
Não precisa me corrigir.
Stims
Angela Natel
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