Neste mês de outubro lanço a campanha contra a intolerância religiosa,
com uma série diária de histórias verídicas de pessoas que foram acusadas de
bruxaria e condenadas à morte por isso. Ainda que tenham sido considerados,
posteriormente, inocentes, que o triste relato a respeito de suas experiências
e que seu sangue clame em alta voz em nossos ouvidos e corações, para que isso
nunca mais se repita.
6. Família Pappenheimer
O caso da Família Pappenheimer, composta pelo casal Paulus e
Anna, e seus filhos Hansel, Michel e Gumpprecht — que tinham 10, 20 e 22 anos,
respectivamente —, aconteceu no início do século 16, na Alemanha. Os cinco
viviam na Bavária e eram muito pobres, ganhando a vida limpando privadas e
pedindo esmolas, até que foram presos por conta de acusações bem vagas
relacionadas a crimes pequenos.
Para o azar da família, as estradas da região haviam se tornado
locais bem perigosos — onde os assaltos e assassinatos eram frequentes —, e o
Duque da Bavária decidiu usar os Pappenheimer como exemplo. Então, os pobres
coitados foram interrogados sob tortura, e Hansel, o garotinho de 10 anos,
acabou confessando que ele e seus familiares eram bruxos.
Os Pappenheimer foram condenados pouco tempo depois. Eles foram
novamente torturados, tiveram seus corpos mutilados e foram queimados diante de
uma multidão — e Hansel, coitadinho, foi forçado a assistir a tudo antes de ser
jogado vivo na fogueira.
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