Quando sou confrontado
Com a fera dentro de mim
Me vejo do lado errado
Sou obrigado a dizer sim.
Não grito, vivo calado
Sofrendo a desilusão
De estar sempre saciado
Com o sangue do meu irmão.
O medo que me domina
É a marca de meu pesar
Matar ou morrer é a minha
sina
Fome que trago em meu olhar.
Não é fácil toda essa luta
Que travo no dia a dia
Fera que nega a ajuda
Que sobrevive na noite fria.
Quebro as pernas do que me
serve
Estraçalho o mais fraco
Brinco com o que se perde
Ao idiota estendo o laço.
Fera dentro de mim
A quem tento dominar
Ao que não quero digo sim
Negando o direito de amar.
Angela Natel – 20/03/2014
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