Amo figuras de linguagem
Dão-me total liberdade
Posso esconder um pensamento
Num vão momento.
Sou traçada novamente
Pela régua que me oprime
Como rio que corre
lentamente
Pela costa que o define.
Sinto não poder me calar
Sob a chuva de ideias que
caem sobre mim
Divago tal qual animal
engaiolado
Sou desnudado.
Por isso tome o rolo de
palavras
Nas mãos, e corra com ele.
Não pare até que eu avise
Em minhas convicções não
pise.
A língua é um fenômeno
carismático
Ela sorri para mim
debochando
Da ironia que tentei
expressar
Ela não vai me decepcionar.
Por isso uso um milhão de
verbetes
Só para dizer que estou
apaixonada
Pela inteligência de quem me
cativa,
Pela mente que me atiça.
Então grave o meu nome
Sobre o véu que cobre o seu
coração
E as mentiras que ele te
contar
Que te façam me amar.
Angela Natel – 23/03/2014.
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