Ah, largue mão, meu irmão,
dessa mania complicada
de ver sempre o erro do
outro
antes de notar sua própria
mancada.
Ah, largue mão, meu irmão,
de querer ser o consciente
o politicamente correto
com atitude incoerente.
Ah, largue mão, meu irmão,
de defender o perdão
só prá se sentir melhor
sem buscar reparação.
Ah, largue mão, meu irmão,
de querer o elogio
e quando não o recebe
tem o outro por vadio.
Ah, largue mão, meu irmão,
de se afastar de quem te ama
porque ouviu o que não
queria
ou não gostou do que te
chama.
Ah, largue mão, meu irmão,
de rejeitar a correção,
de ignorar o toque dado
e fingir ser santarrão.
Ah, largue mão, meu irmão,
de tratar as pessoas numa
panela
como se a pessoa humana
não tivesse nada de singular
nela.
Ah, largue mão, meu irmão,
de assumir trabalho que não
é seu
reclamando de
irresponsabilidade
não dando espaço para o que
é meu.
Ah, largue mão, meu irmão,
de querer abraçar o mundo,
de defender o amor
mas no outro pisar fundo.
Ah, largue mão, meu irmão,
de estar sempre no controle,
de querer ser deus,
veja se não é tempo, se não
está na hora
de respirar, relaxar e olhar
pros céus.
Angela Natel - 19/03/2014
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