Tive
um sonho numa noite friorenta
Super
lua desfilando pelo céu
Segurança
de um abraço que me esquenta
Segredos
de um leitor sob o meu véu.
Apesar
de me sentir injustiçada
Colho
os frutos de uma fonte inesgotável
Caminho
ereta e não sou envergonhada
Aliando-me
somente ao que é amável.
Mudo
a cena e já não corro mais
Não
há medo, luto, fome ou tristeza
Apesar
da escuridão só reina a paz
E
nada pode abalar minha certeza.
Me
vejo agora por entre as páginas de um livro
Em
seu apelo subliminar e subversivo
Sou
aprovada em todo o seu crivo
Descubro,
então, por que é que vivo.
Volto
prá casa cheia de saudades
Posso
guardar todo o meu tesouro
Ignorando
nossas maldades
Somos
família que vale ouro.
(Angela
Natel – 25/06/2013)