domingo, 24 de dezembro de 2023

Quando a "família feliz" é a desunida

 


Nem todo conflito será solucionado

Nem todo desencontro será superado

Nem toda resolução será a conciliação

E não por falta de tentativa,

não por falta de comunicação,

nem por falta de paciência,

mas porque há posições que são mesmo incompatíveis com aliança

Há uniões compulsórias que são mais violentas que qualquer afastamento

Ninguém deveria ser obrigado a perdoar quem lhe fez mal, muito menos ser obrigado a acreditar que seus agressores fizeram o “melhor que podiam” à época.

Se cometeram violências, isso não foi o “melhor” possível, mas o pior.

Não é verdade que apenas mediante o perdão seguiremos em paz, podemos elaborar nossas mágoas e ainda assim não perdoar

E mesmo perdoando, podemos não ver sentido em proximidade e reencontro

Onde não há escuta, insistir nas palavras pode ser descuidar de si

Ao contrário do que diz a pregação conservadora “em defesa da família”, é possível sim seguir por caminhos de saúde e alegria em contextos de desunião, de afastamento, de desencontro

Que nenhum vínculo sanguíneo seja meio para nos prender onde e com quem não nos sentimos bem

Ser o “rebelde” ou a “pessoa problemática” em contextos de normalização de violência, é sinal de saúde

Às vezes, sua “família feliz” não é a que está junto, mas a que segue separado.

Repostado de Geni Nuñez - @genipapos no Instagram

Assista a live Descatequizar para Descolonizar, com Gebi Nuñez em meu canal do Youtube - https://www.youtube.com/watch?v=mhtXVH-kO3I&t=56s

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Quando a "família feliz" é a desunida

 


Nem todo conflito será solucionado

Nem todo desencontro será superado

Nem toda resolução será a conciliação

E não por falta de tentativa,

não por falta de comunicação,

nem por falta de paciência,

mas porque há posições que são mesmo incompatíveis com aliança

Há uniões compulsórias que são mais violentas que qualquer afastamento

Ninguém deveria ser obrigado a perdoar quem lhe fez mal, muito menos ser obrigado a acreditar que seus agressores fizeram o “melhor que podiam” à época.

Se cometeram violências, isso não foi o “melhor” possível, mas o pior.

Não é verdade que apenas mediante o perdão seguiremos em paz, podemos elaborar nossas mágoas e ainda assim não perdoar

E mesmo perdoando, podemos não ver sentido em proximidade e reencontro

Onde não há escuta, insistir nas palavras pode ser descuidar de si

Ao contrário do que diz a pregação conservadora “em defesa da família”, é possível sim seguir por caminhos de saúde e alegria em contextos de desunião, de afastamento, de desencontro

Que nenhum vínculo sanguíneo seja meio para nos prender onde e com quem não nos sentimos bem

Ser o “rebelde” ou a “pessoa problemática” em contextos de normalização de violência, é sinal de saúde

Às vezes, sua “família feliz” não é a que está junto, mas a que segue separado.

Repostado de Geni Nuñez - @genipapos no Instagram

Assista a live Descatequizar para Descolonizar, com Gebi Nuñez em meu canal do Youtube - https://www.youtube.com/watch?v=mhtXVH-kO3I&t=56s