Nem todo conflito será solucionado
Nem todo desencontro será superado
Nem toda resolução será a conciliação
E não por falta de tentativa,
não por falta de comunicação,
nem por falta de paciência,
mas porque há posições que são mesmo incompatíveis com aliança
Há uniões compulsórias que são mais violentas que qualquer afastamento
Ninguém deveria ser obrigado a perdoar quem lhe fez mal, muito menos ser obrigado a acreditar que seus agressores fizeram o “melhor que podiam” à época.
Se cometeram violências, isso não foi o “melhor” possível, mas o pior.
Não é verdade que apenas mediante o perdão seguiremos em paz, podemos elaborar nossas mágoas e ainda assim não perdoar
E mesmo perdoando, podemos não ver sentido em proximidade e reencontro
Onde não há escuta, insistir nas palavras pode ser descuidar de si
Ao contrário do que diz a pregação conservadora “em defesa da família”, é possível sim seguir por caminhos de saúde e alegria em contextos de desunião, de afastamento, de desencontro
Que nenhum vínculo sanguíneo seja meio para nos prender onde e com quem não nos sentimos bem
Ser o “rebelde” ou a “pessoa problemática” em contextos de normalização de violência, é sinal de saúde
Às vezes, sua “família feliz” não é a que está junto, mas a que segue separado.
Repostado de Geni Nuñez - @genipapos no Instagram
Assista a live Descatequizar para Descolonizar, com Gebi Nuñez em meu canal do Youtube - https://www.youtube.com/watch?v=mhtXVH-kO3I&t=56s
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