Como Lucretia Mott convenceu William Lloyd Garrison de que
Deus sempre foi um pacifista (nas palavras de Garrison):
"Se minha mente se liberalizou em algum grau, se os
dogmas teológicos que antes considerava essenciais para o cristianismo agora repudiam
como absurdos e perniciosos, devo muito a James e Lucretia Mott. Eu me lembro
em uma ocasião, quando minha reverência pela Bíblia como um volume inspirado
foi tal que fui morto pela letra. Entrando em conversa com Lucretia sobre o
assunto da guerra, fiquei surpreso ao ouvir de que ela não acreditava que Deus
jamais autorizou ou sancionou a guerra, em qualquer época ou nação.
Não que eu tivesse qualquer dúvida quanto à proibição de
toda guerra no Novo Testamento, mas nunca pensei em questionar a integridade do
registro judaico. 'Como você descarta as declarações feitas no Antigo
Testamento', perguntei, 'que o Senhor ordenou a Moisés, Josué e outros que
travassem guerras de extermínio?' "Posso acreditar mais facilmente que o
homem é falível do que Deus é mutável", foi a resposta dela.
Nesta resposta, tão cheia de bom senso e verdadeira
sabedoria, encontrei uma solução fácil para muitas dificuldades das Escrituras
e, em vez de ser mais 'morto pela letra', 'foi' vivificado pelo espírito '”.
~ William Lloyd Garrison (de um editorial que ele escreveu
no jornal The Libertator, contado em "James e Lucretia Mott: Life and
Letters", publicado em 1884, pp. 296-297)
(Foto: James e Lucretia Mott)
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