Neste mês de outubro lanço a campanha contra a intolerância religiosa,
com uma série diária de histórias verídicas de pessoas que foram acusadas de
bruxaria e condenadas à morte por isso. Ainda que tenham sido considerados,
posteriormente, inocentes, que o triste relato a respeito de suas experiências
e que seu sangue clame em alta voz em nossos ouvidos e corações, para que isso
nunca mais se repita.
8.
Joana D’ Arc
Joana d'Arc (em francês: Jeanne d'Arc, IPA: [ʒan daʁk]; em italiano: Giovanna D'Arco; ca. 1412 – 30 de
maio de 1431), é uma
heroína francesa e santa canonizada
pela Igreja Católica, conhecida por seus feitos
durante a Guerra dos Cem Anos. Nasceu filha de Jacques
d'Arc e Isabelle Romée, numa família camponesa, em Domrémy no
nordeste da França. Joana alegava receber visões divinas do arcanjo Miguel,
de Santa Margarida e da Santa Catarina, que a instruíram a ajudar as
forças de Carlos VII e livrar a França do domínio da Inglaterra. O não coroado Carlos VII enviou
Joana junto com um exército para tentar solucionar o Cerco de Orleães. Após apenas nove dias de ação,
a batalha terminou com um resultado favorável aos franceses e Orleães foi
libertada, elevando assim a reputação de Joana a condição de heroína nacional
aos olhos do povo
francês. Seguiu-se uma série de vitórias militares para as forças de
Carlos VII, que permitiram sua coroação como rei na Catedral de Reims. Como
resultado, a moral da população francesa melhorou e a maré da Guerra dos Cem
Anos começou a virar em favor dos franceses.
Após o fracassado Cerco de Paris, contudo, a popularidade de
Joana dentre a nobreza francesa despencou. Em 23 de maio de 1430, ela foi
capturada em Compiègne pelos Borguinhões, um
grupo de franceses que apoiavam os ingleses. Eles a entregaram nas mãos do
governo da Inglaterra,[8] que
colocaram seu julgamento nas mãos do bispo Pierre Cauchon, jogando contra ela diversas
acusações de cunho religioso.[9] Cauchon
a declarou culpada e ela foi sentenciada a morte na
fogueira. Joana foi executada em 30 de maio de 1431, aos 19 anos de
idade. Sua morte, contudo, a elevou aos status de mártir e
fez aumentar o fervor patriótico francês contra os ingleses.[10]
Em 1456, um tribunal inquisitorial foi autorizado pelo Papa
Calisto III para examinar seu julgamento, esmiuçando suas acusações e
proclamando sua inocência, formalmente declarando Joana como uma mártir da
igreja.[10] No
século XVI ela foi usada como símbolo pela Liga
Católica contra os protestantes e, em 1803, Joana foi
oficialmente declarada como um símbolo nacional da França por decisão do
imperador Napoleão Bonaparte.[11] Ela
foi beatificada em
1909 e canonizada em
1920 pelo Vaticano.
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