Neste mês de outubro lanço a campanha contra a intolerância religiosa,
com uma série diária de histórias verídicas de pessoas que foram acusadas de
bruxaria e condenadas à morte por isso. Ainda que tenham sido considerados,
posteriormente, inocentes, que o triste relato a respeito de suas experiências
e que seu sangue clame em alta voz em nossos ouvidos e corações, para que isso
nunca mais se repita.
28. Bruxas de Salém
Bruxas de Salém refere-se ao episódio
gerado pela superstição e
pela credulidade que levaram, na América do Norte, aos últimos julgamentos por bruxaria na
pequena povoação de Salém, Massachusetts,
numa noite de
outubro de 1692.
O medo da bruxaria começou quando uma escrava negra
chamada Tituba contou
algumas histórias vudus (religião
tradicional da África Ocidental) a amigas praticantes do
ocultismo, tanto que algumas tiveram a ajuda da mesma para terem pactos como Davina
, por esse pacto, tiveram pesadelos.
Um médico que
foi chamado para as examinar declarou que as moças deveriam estar
"embruxadas".
Os julgamentos de Tituba e de outras foram
realizados perante o juiz Samuel Sewall. Cotton Mather,
um pregador colonial que acreditava em bruxaria, encarregou-se das acusações.
Após a morte de sua serva, Diz que Davina foi passando de corpo em corpo a cada
morte. O medo da bruxaria durou cerca de um ano, durante o qual vinte pessoas,
na sua maioria mulheres, foram declaradas culpadas de realizar bruxaria e
executadas. Um dos homens, Giles Corey, morreu de acordo com o bárbaro
costume medieval de
comprimir a vítima por rochas, com uma
tábua sobre o seu corpo, até sua morte ao fim de 3 dias. Foram presas cerca de
cento e cinquenta pessoas. Mais tarde, o juiz Sewall confessou que as suas
sentenças haviam sido um erro. Há suspeitas de que foram intoxicadas pelo
consumo do esporão-de-centeio (principal ingrediente do
pão), um fungo que extrai alcaloides na produção de produtos medicinais
incluindo o LSD. Se ingerido, o parasita pode causar uma doença conhecida hoje
como Ergotismo.
As principais testemunhas da acusação foram as primas Elizabeth
"Betty" Parris e Abigail
Williams, com, respectivamente, 9 e 11 anos.
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