terça-feira, 1 de outubro de 2019

Série mês das bruxas contra a intolerância religiosa: 1. Walpurga Hausmannin

Neste mês de outubro lanço a campanha contra a intolerância religiosa, com uma série diária de histórias verídicas de pessoas que foram acusadas de bruxaria e condenadas à morte por isso. Ainda que tenham sido considerados, posteriormente, inocentes, que o triste relato a respeito de suas experiências e que seu sangue clame em alta voz em nossos ouvidos e corações, para que isso nunca mais se repita.

 1. Walpurga Hausmannin

 
1. Walpurga Hausmannin

Segundo o que se sabe, ela teria nascido em algum momento entre 1510 e 1527 e, durante a maior parte de sua vida, não era uma pessoa conhecida. Trabalhou como parteira por vários anos, sem qualquer relato de mau comportamento; porém, a situação mudou em 1587, quando as acusações de bruxaria, vampirismo e assassinatos surgiram. Walpurga, já viúva, se tornou vítima de torturas terríveis e de um julgamento que a levou à morte.

Walpurga morreu em um dos mais famosos julgamentos de bruxas da história alemã. De acordo com os registros, a confissão dela foi especialmente chocante, considerada bem diferente das demais. Isso porque ela falou um bocado! Sofrendo intensas torturas e ciente de que não haveria saída, decidiu dar explicações detalhadas sobre os acontecimentos.

Depois de tudo isso, as autoridades locais a condenaram à morte na fogueira. Walpurga foi então levada pela cidade, seguindo um trajeto com direito a paradas para mais mutilações e torturas em público antes de chegar ao local da execução. Suas cinzas foram atiradas no córrego mais próximo.

Na verdade, é difícil descobrir quem Walpurga verdadeiramente foi, afinal a maior evidência contra ela (a confissão em si) não é tão convincente assim nos dias atuais. Analisemos a situação: uma mulher viúva no século 16, em plena caça às bruxas, sendo brutalmente torturada. Será que os detalhes tratados como confissão eram reais? Ou apenas uma tentativa de acabar com o sofrimento?

De acordo com estudiosos, a história de Walpurga é "infelizmente típica de julgamentos de bruxaria". Como diversas outras mulheres que foram executadas devido às suspeitas de uma sociedade cegamente religiosa, ela morreu sem ter direito a um julgamento de verdade, que levasse em consideração fatos para definir seu destino.

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Série mês das bruxas contra a intolerância religiosa: 1. Walpurga Hausmannin

Neste mês de outubro lanço a campanha contra a intolerância religiosa, com uma série diária de histórias verídicas de pessoas que foram acusadas de bruxaria e condenadas à morte por isso. Ainda que tenham sido considerados, posteriormente, inocentes, que o triste relato a respeito de suas experiências e que seu sangue clame em alta voz em nossos ouvidos e corações, para que isso nunca mais se repita.

 1. Walpurga Hausmannin

 
1. Walpurga Hausmannin

Segundo o que se sabe, ela teria nascido em algum momento entre 1510 e 1527 e, durante a maior parte de sua vida, não era uma pessoa conhecida. Trabalhou como parteira por vários anos, sem qualquer relato de mau comportamento; porém, a situação mudou em 1587, quando as acusações de bruxaria, vampirismo e assassinatos surgiram. Walpurga, já viúva, se tornou vítima de torturas terríveis e de um julgamento que a levou à morte.

Walpurga morreu em um dos mais famosos julgamentos de bruxas da história alemã. De acordo com os registros, a confissão dela foi especialmente chocante, considerada bem diferente das demais. Isso porque ela falou um bocado! Sofrendo intensas torturas e ciente de que não haveria saída, decidiu dar explicações detalhadas sobre os acontecimentos.

Depois de tudo isso, as autoridades locais a condenaram à morte na fogueira. Walpurga foi então levada pela cidade, seguindo um trajeto com direito a paradas para mais mutilações e torturas em público antes de chegar ao local da execução. Suas cinzas foram atiradas no córrego mais próximo.

Na verdade, é difícil descobrir quem Walpurga verdadeiramente foi, afinal a maior evidência contra ela (a confissão em si) não é tão convincente assim nos dias atuais. Analisemos a situação: uma mulher viúva no século 16, em plena caça às bruxas, sendo brutalmente torturada. Será que os detalhes tratados como confissão eram reais? Ou apenas uma tentativa de acabar com o sofrimento?

De acordo com estudiosos, a história de Walpurga é "infelizmente típica de julgamentos de bruxaria". Como diversas outras mulheres que foram executadas devido às suspeitas de uma sociedade cegamente religiosa, ela morreu sem ter direito a um julgamento de verdade, que levasse em consideração fatos para definir seu destino.