sábado, 14 de setembro de 2019

Estamos envenenados


Falar daquele que pensa, crê ou age diferente é prazeroso, principalmente quando nos achamos em nossa razão.
Enfatizar e fazer questão de mencionar as falhas alheias, nos posicionando como "os certos" só para manter "nosso direito" e nossa razão, é igualmente satisfatório.
Rebatendo, usando a fala e a ação alheia como justificativa para nossas palavras, nossa atitude de superioridade, como "donos da razão", nos dá a sensação de justiça.
Ainda há o questionamento da capacidade e do profissionalismo alheio, da integridade de sua teologia e a demonização cultural, que ignora as diferenças teológicas possíveis existentes. Juntando tudo isso, aliado à confusão que comumente se faz entre se dizer cristão e seguir a Jesus.
O resultado?
Veneno, veneno, veneno, por todos os lados, contaminando nosso coração, nosso olhar sobre o outro, nossa própria visão a respeito de quem Jesus é. E o veneno se espalha por nossa língua e membros, ágeis em se levantar em violência e ódio. Assim, se desumaniza o outro a ponto de torná-lo nosso inimigo, demonizando-o. E isso é tão contagioso que se retroalimenta num ciclo vicioso de ação e reação intolerantes.
Onde podemos encontrar a paz e aposentar nossas armas desta guerra santa?
Quando as línguas venenosas se caladão e finalmente veremos o bem sendo distribuído em retribuição ao mal?
Como veremos a face de Cristo se não estendermos nosso olhar de misericórdia a todo o que nos cerca?
Meu coração, neste fim de semana, se contrai em tristeza e agonia por todos os momentos em que perdemos a oportunidade de nos calar e nos permitir sermos canais de vida àqueles que nos tem ofendido.
Anseio pela cura desse envenenamento em nosso coração, que só é possível através do antídoto do Amor.
Angela Natel

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Estamos envenenados


Falar daquele que pensa, crê ou age diferente é prazeroso, principalmente quando nos achamos em nossa razão.
Enfatizar e fazer questão de mencionar as falhas alheias, nos posicionando como "os certos" só para manter "nosso direito" e nossa razão, é igualmente satisfatório.
Rebatendo, usando a fala e a ação alheia como justificativa para nossas palavras, nossa atitude de superioridade, como "donos da razão", nos dá a sensação de justiça.
Ainda há o questionamento da capacidade e do profissionalismo alheio, da integridade de sua teologia e a demonização cultural, que ignora as diferenças teológicas possíveis existentes. Juntando tudo isso, aliado à confusão que comumente se faz entre se dizer cristão e seguir a Jesus.
O resultado?
Veneno, veneno, veneno, por todos os lados, contaminando nosso coração, nosso olhar sobre o outro, nossa própria visão a respeito de quem Jesus é. E o veneno se espalha por nossa língua e membros, ágeis em se levantar em violência e ódio. Assim, se desumaniza o outro a ponto de torná-lo nosso inimigo, demonizando-o. E isso é tão contagioso que se retroalimenta num ciclo vicioso de ação e reação intolerantes.
Onde podemos encontrar a paz e aposentar nossas armas desta guerra santa?
Quando as línguas venenosas se caladão e finalmente veremos o bem sendo distribuído em retribuição ao mal?
Como veremos a face de Cristo se não estendermos nosso olhar de misericórdia a todo o que nos cerca?
Meu coração, neste fim de semana, se contrai em tristeza e agonia por todos os momentos em que perdemos a oportunidade de nos calar e nos permitir sermos canais de vida àqueles que nos tem ofendido.
Anseio pela cura desse envenenamento em nosso coração, que só é possível através do antídoto do Amor.
Angela Natel